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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
NATAL – RN
2023
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NATAL – RN
2023
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1. Introdução
Nas décadas de 1980 e 1990 o Brasil passou por transformações sociais, econômicas e
políticas significativas. No contexto educacional, essas décadas foram marcadas por debates
sobre a qualidade da educação e a necessidade de reformas. Em 1996, foi promulgada a atual
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/1996, que trouxe novas
orientações para a formação profissional, visando a integração entre educação geral e formação
técnica. Observa-se ainda a promulgação do Decreto nº 2.208/97, que estabeleceu diretrizes
para a Formação Profissional e a integração entre educação básica e educação profissional
técnica. No entanto, posteriormente, a Portaria Ministerial nº 646/97 reforçou a separação entre
ensino médio e formação profissional.
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Conjunto de nove instituições de interesse de categorias profissionais, estabelecidas pela Constituição brasileira.
Criado no governo do presidente Getúlio Vargas em 1942. Além da qualificação profissional, o Sistema também
tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores com a oferta de serviços à população, como
escolas, cursos técnicos e profissionalizantes, especialização e capacitação, atividades culturais, programação de
eventos, centros esportivos e de pesquisas. As nove entidades do Sistema S são mantidas com recursos de empresas
dos setores correspondentes da iniciativa privada.
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A primeira década do século XXI (2001- 2010) houve debates e movimentos em prol
da integração curricular entre o ensino médio e a formação técnica. Isso culminou na revogação
do Decreto nº 2.208/97 e na aprovação do Decreto nº 5.154/2004, permitindo a criação de cursos
técnicos integrados ao ensino médio. Essa medida buscava oferecer aos estudantes uma
formação mais abrangente e alinhada com as demandas do mercado de trabalho. É importante
ressaltar que ao longo desse período, a sociedade brasileira passou por mudanças econômicas,
políticas e sociais significativas, e essas transformações influenciaram diretamente as políticas
educacionais e a evolução da Formação Profissional no país. Os desafios e debates em torno da
integração entre educação geral e formação profissional refletem as complexidades enfrentadas
na busca por um sistema educacional mais eficiente e alinhado às necessidades da sociedade e
do mercado de trabalho.
Embora houvesse uma expectativa e euforia nesta nova fase de resgate da educação
profissional da rede estadual do RN, observou-se que no período de 2009 a 2016, no tocante
especifico da construção e funcionamento dos Centros Estaduais de Educação Profissional,
quiçá pela inercia ou burocracia estatal, houve um atraso anormal nas obras, como atesta Silva
(2015):
Os recursos para construção desses Centros foram firmados por meio do Convênio nº
658468/2009, no qual foi destinado o valor equivalente a R$ 55.229.737,80. Dessa
maneira, em 2009, foram iniciadas as obras, contudo, em 2016, ainda não consta nos
levantamentos realizados pela SEEC/SUEP/RN nenhum desses Centros em
funcionamento no Estado, para o que se propôs fazer, pois as obras ainda estão em
andamento e o que está pronto foi destinado à outras atividades conforme informações
e verificações feitas in loco.... (SILVA, 2015, p. 96).
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2. Problema da Pesquisa
3. Justificativa
De ordem pessoal, reside no fato de ser aluno oriundo de Escola Pública de Educação
Profissional do curso Técnico em Contabilidade da Escola estadual Prof. Anísio Teixeira (Natal, 1992)
e que desde 2014, como professor, vem-se integrando estudos e trabalhos como o SISMÉDIO (sendo
bolsista no Programa do Governo Federal que promovia estudos, debates e formação docente na
reformulação do Ensino Médio); No período de 2017 a 2020 fez-se parte Equipe de estudos sobre a
educação profissional da Subcoordenadoria de Educação Profissional da Secretaria Estadual de
Educação, bem como ser aluno (especial) dos Programas de Pós Graduação em Educação do Instituto
Federal de Educação do RN (IFRN), cursando a disciplina Gestão e avaliação de políticas da educação
profissional (2020); na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cursando a disciplina
Estado e Políticas Educacionais (2021) e nos anos de 2022 e 2023, cursou respectivamente História da
Educação Profissional no Brasil e Metodologias Da Pesquisa Em História Da Educação Profissional
no Programa de Pós Graduação do IFRN – Campi Natal Central, configurando assim uma afinidade e
dedicação aos estudos acadêmicos a este importante tema na educação.
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Disponível em: https://www-periodicos-capes-gov-br.ezl.periodicos.capes.gov.br/index.php/buscador-primo.html
Acesso em 28 ago 2023
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4. Objetivos
Geral
Específicos:
5. Referencial Teórico-Metodológico
O ano de 2022, seria o ano que marcava os 100 (cem) anos do ensino profissional
ofertado pela rede pública estadual, entretanto, tal marco passou em “brancas nuvens”, uma
vez que a própria Secretaria de Educação Estadual e as poucas obras acadêmicas, acredita-
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se que ofuscou o marco temporal de cem anos da presença da educação técnica profissional
na rede pública de ensino do Rio Grande do Norte, portanto mais do que uma tentativa de
reconstruir uma trajetória histórica, uma prática cotidiana educacional, o ato de relembrá-los
traz a re experiência de determinados acontecimentos, reordenando-os, dando nova forma a
vivências e acontecimentos hoje esquecidos e aparentemente não sentidos.
O historiador Michel de Certeau (2002, p. 65) nos remete algumas indagações como:
O que os historiadores fazem quando fazem história? Para quem você trabalha? O que é
este produto e há uma história? ele não revelou explicitamente, mas a pergunta está aí, nas
entrelinhas: por que, Afinal, a história funciona? Certamente, a história da escrita da história
pode fornecer valiosas orientações para compreender a natureza do ofício do historiador e os
debates em torno da cientificidade da história. As diferentes concepções e práticas ao longo do
tempo ajudam a iluminar como os historiadores abordam e interpretam o passado, bem como a
influência de diferentes paradigmas, como o positivismo e o historicismo. Cada um desses
paradigmas traz perspectivas distintas sobre como abordar e interpretar o passado e a análise
dos paradigmas como o positivismo e o historicismo mostram como a prática historiográfica
evoluiu e como diferentes abordagens moldaram a compreensão do passado. Essas reflexões
também oferecem insights sobre como os historiadores podem equilibrar objetividade e
interpretação em sua busca pela verdade histórica.
A natureza e robustez das fontes e a relação do historiador com as fontes. Embora muito
se tenha avançado na discussão sobre pensar e fazer história, esses dois aspectos ainda suscitam
dúvidas sobre novas fontes, novas questões, e trazem uma série de dificuldades para
operacionalizá-las, o que nos fez por muito tempo apenas sobre o que escolher. Observa-se
ainda que o documento escrito é bastante importante para reconstituir um fato histórico, todavia,
não se pode venerar ou definir como o principal instrumento, pois para entender que no trabalho
do pesquisador com as fontes históricas, não há uma verdade absoluta e final.
interpretar o passado. Elas são a base sobre a qual a história é construída, e sua análise cuidadosa
é fundamental para uma narrativa histórica precisa e significativa, onde desempenham um papel
crucial na pesquisa da história da educação profissional, permitindo que os pesquisadores
obtenham uma compreensão profunda e contextualizada de como esse campo se desenvolveu
ao longo do tempo e como influenciou e foi influenciado pelos eventos históricos, políticos,
sociais e econômicos.
Para NORA (1993), os lugares de memória são investidos da imaginação de uma aura
simbólica, ao mesmo tempo em que procuram garantir a cristalização da memória. Na opinião
do autor:
[...] se é verdade que a razão básica de ser um lugar de memória é parar o tempo,
bloquear a obra do esquecimento, corrigir o estado de coisas, imortalizar a morte,
materializar o imaterial para prender [...] o máximo de sentido no mínimo de signos,
claro, e isso os torna fascinantes: que os lugares de memória vivem apenas de sua
capacidade de transformação, da reflexão constante de seus significados e do zumbido
imprevisível de suas consequências. (NORA, 1993, p. 22).
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Para a ideologia política oficial, era urgente a implementação dos direitos sociais
ligados à valorização do trabalho e à valorização do trabalhador brasileiro. A
construção do homem novo deveria ser feita por meio da política de controle da mão-
de-obra e da organização científica do trabalho. Era preciso criar o universo
ideológico da própria industrialização. MEDEIROS NETA, 2020, p.18)
Já nas décadas seguintes de 1960 e 1970, ao cidadão produtivo e nos anos 1990 a uma
formação mais completa trabalhadores aliando a formação técnica a uma sólida base científica,
e nas primeiras décadas do século XXI observa-se o desafio de desenvolver e concretizar uma
educação profissional integral e omnilateral3. E para compreender e traçar paralelos entre a
educação profissional, importa referir que a educação profissional é vista como um campo que
se encontra em conflito entre os diferentes grupos que compõem a sociedade, tendo em conta
fatores como: história política, reforma educativa, educação desenvolvimento. eventos e
projetos de treinamento. (MANFREDI, 2003).
Portanto, a compreensão da educação profissional requer uma análise holística que leve
em consideração todos esses fatores e a dinâmica entre eles. É importante encontrar soluções
que atendam às necessidades da sociedade, da economia e dos indivíduos, ao mesmo tempo em
que se navega pelos conflitos inerentes a esse campo, ressaltando que na educação profissional
diferentes partes interessadas, incluindo governos, educadores, empregadores, sindicatos e
alunos, podem ter interesses e objetivos divergentes em relação à educação profissional.
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O conceito que se refere a uma formação humana oposta à formação unilateral provocada pelo trabalho alienado,
pela divisão social do trabalho, pela reificação, pelas relações burguesas estranhadas, enfim, sendo o processo
formativo que deve encontrar seu sentido no ser humano integral, rico não pela posse de coisas, mas pela
apropriação total de seu próprio ser, desenvolvido socialmente pelo total cultivo de suas possibilidades, para a sua
total realização.
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6. Metodologia
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regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
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