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FICHAMENTO
É importante destacar o ano de 1906, pois nesse período ocorreram ações que
estabeleceram o ensino técnico-industrial no Brasil e que possibilitaram a criação das
Escolas de Aprendizes Artífices. (SILVA, p. 15995)
Essa alteração de Escola de Artíficies para Lyceus acorre no governo de Getúlio Vargas
e está em conformidade com a nova constituição. O Brasil, nesta época, passava por
profundas transformações que aos poucos inseria o país no capitalismo industrial com o
fortalecimento da indústria e do emprego. Por isso, tornou-se fundamental o
investimento na formação profissional da população, pois as indústrias necessitavam de
mão de obra qualificada, deixando a Educação Profissional de atender a formação
básica das crianças para iniciar sua atuação com o Ensino Médio. (SILVA, p. 15995)
A partir de 1941 entraram em vigor várias leis conhecidas como a “Reforma
Capanema”
que remodelaram o ensino no Brasil. (SILVA, p. 15996)
Segundo Cunha (2005b) a finalidade do Ensino Médio nessa organização era de:
[...] formar força de trabalho especificada para os setores da produção e da burocracia: o
ensino agrícola, para o setor primário; o ensino industrial, para o setor secundário; o
ensino industrial para o setor terciário; e o ensino normal, para a formação de
professores para o primário. (CUNHA, 2005b, p. 41)
A transformação das escolas industriais foi acelerada a partir de 1959 quando uma
comissão do Ministério da Educação foi formada para discutir diretrizes e medidas para
a formação de mão de obra para a indústria. Participaram dessa comissão educadores
liberais e administradores do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.).
As considerações desse grupo materializaram o Decreto-Lei 50.492 de 1961 que alterou
o primeiro ciclo do Ensino Médio transformando-o em ginasial e promovendo uma
aprendizagem profissional desvinculada do secundo ciclo (CUNHA, 2005b).