Você está na página 1de 3

EXERCÍCIO

1. Com base na videoaula. Elabore uma linha do tempo com os marcos históricos
da educação profissional no Brasil.
Resposta:
A educação profissional no Brasil é centenária, o ano de 1909 é
considerado o marco histórico do ensino profissionalizante no nosso país, no
recorrente ano houve a criação das “Escolas de Aprendizes Artífices” que
tinham como finalidade o controle social, pois muitas pessoas estavam sem
ocupações nas ruas, sem empregos e na visão organicista do então presidente da
época o Nilo Peçanha essa realidade poderia ter como consequências como a
desordem social, o número de crimes e roubos poderia aumentar, e então o
mesmo postula o decreto nº 7.566, de 23 de Setembro de 1909 que tem como
objetivo a fundação de várias escolas que ensinavam algum determinado oficio,
onde as mesmas tinham convênios com as forças armadas como a marinha e o
exército, por exemplo.
No ano de 1927, houve um decreto nº 5.241 de 27 de Agosto que
defendia “O ensino profissionalizante como obrigatório nas escolas primárias
subvencionadas ou mantidas pela união”, dez anos depois, no ano de 1937 o
governo de Getúlio Vargas acrescenta além da educação profissional também a
industrial, no art 129 foi definido que as indústrias e os sindicatos econômicos
precisariam crias escolas de aprendizes na esfera de sua especialidade, então
cada indústria iria fundar uma escola dentro do que a mesma produzia. No
recorrente ano, as escolas de aprendizes e artífices foram mantidas pela união
em liceus industriais e ainda a fundações de novos liceus para que esse ensino
profissional fosse propagado em todos os ramos e graus, isso se encontrava
requerido na Lei nº 378, de 13 de Janeiro de 1937.
Em 1942, ainda na gestão de Getúlio Vargas houve a criação da Lei
Orgânica do Ensino Industrial com o Decreto-Lei nº 4.073 de 30 de Janeiro de
1942 onde o então Ministro de Educação na época Gustavo Capanema onde se
defendia que o ensino industrial seria ministrado em dois ciclos: o primeiro seria
o ensino industrial básico, o ensino de maestria, artesanal e a aprendizagem, o
segundo ciclo iria compreender o ensino pedagógico e técnico. No mesmo ano,
houve o Decreto-Lei nº 4127/42 que estabeleceu as bases de organização da rede
federal de estabelecimentos de ensino industrial, onde essa decisão coincide com
a industrialização do país e portanto se extingue os liceus industrias e os
transformou em escolas técnicas e industriais, onde as quais passaram a oferecer
formação profissional nos dois ciclos do ensino industrial. Dessa forma, a partir
de 1942 as Escolas de Aprendizes Artífices são transformadas em Escolas
Industriais e Técnicas, oferecendo formação profissional e com nível secundário.
Diante disso, a década de 40 foi muito importante, pois no ano de 1942
ainda teve a fundação do SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)
através do Decreto-Lei nº 4.048 de 22 de Janeiro de 1942; no ano de 1946 foi
estabelecido o SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) pelo
Decreto-Lei nº8621 de 10 de Janeiro de 1946, bem como a aprendizagem dos
comerciários foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 8621do mesmo dia citado.
No ano de 1959 as escolas industrias e técnicas passam a ser autônomas
em relação a didática e gestão e são nomeadas Escolas Técnicas Federais que
formava uma mão de obra essencial à aceleração do processo de industrialização
do país. Em 20 de Dezembro foi promulgada a Lei nº 4.024/61 que foi nossa
primeira LDB que permitia que concluintes de cursos de educação profissional,
organizados nos termos das Leis Orgânicas do Ensino Profissional, pudessem ter
a oportunidade de continuar seus estudos a nível superior, porém essa
possibilidade só entrava em vigor se o curso fosse da mesma área. A vista disso,
todo currículo de 2º grau passa a ter um caráter técnico-profissional, só que essa
obrigatoriedade não teve muito sucesso na medida em que as escolas públicas
não havia qualidade nesse ensino, e as escolas particulares ofereciam de maneira
de fachada.
No ano de 1978, houve a criação dos primeiros CEFET’s onde as escolas
técnicas do Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram transformadas em
Centros Federais de Educação Tecnológica.
No ano de 1982, a partir da Lei 7044/82 torna opcional a habilitação
profissional para os estabelecimentos de ensino, já em 1994 a Lei 8984 institui o
Sistema Nacional de Educação Tecnológica e transforma as escolas técnicas em
CEFET’s, embora só são transformadas mesmo em 1999.
A lei 9394/96, atual LDB, é dedicado um capítulo para a Educação
Profissional e Tecnológica que inclui a seção IV-A no capítulo II para tratar
especificamente da Educação Profissional técnica de nível médio. A partir de
2006 ocorre o processo de expansão da instalação da Educação Profissional nas
cidades que não tinham, nas periferias, e no ano de 2007 as Instituições Federais
de Educação Tecnológica a partir do decreto 6.095 de 24 de Abril houve a
integração da implementação dos IF’s (Instituto Federais de Educação, Ciência e
Tecnológica.
No ano de 2008, a Lei 11.741 altera dispositivos da atual LDB para
redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da Educação Profissional de
nível médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos). Em 2012, foram definidas
as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica
de Nível Médio pela Resolução CNE/CEB nº 6/2012 com fundamentos no
Parecer CNE/CEB nº 11/2012.
No ano de 2014 o PNE (Plano Nacional de Educação) prevê oferecer no
mínimo 25% das matriculas de EJA no ensino fundamental e médio na forma
integrada de Educação Profissional. O que temos de mais recente é a Lei nº
13.415/2017 introduziu algumas alterações na LDB com a oferta do nível médio
profissionalizante estabelecendo a inclusão de vivências práticas do trabalho
com parcerias e fazendo uso de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre
aprendizagem profissional.

Você também pode gostar