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A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO

ATUAL
PEDAGOGIA
A Prática Pedagógica da Educação Atual, a prática pedagógica da atualidade,
as modificações da sociedade, a escola contemporânea, o saber científico e a
busca pelo saber.
RESUMO: As relevantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer
do tempo, dentre elas o desenvolvimento tecnológico e o aprimoramento de
novas maneiras de pensamento sobre o saber e sobre o processo pedagógico, têm
refletido principalmente nas ações dos alunos no contexto escolar, o que tem se
tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes escolares
resultando em forma de comprometimento do processo ensino-aprendizagem.
Dessa forma, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo
educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de forma
a beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e metodológicas
de promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser
colocado como mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas
um instrumento de enfoque motivador desse processo. A sociedade atual se vê
confrontada com o desenvolvimento acelerado que ocorre a sua volta, onde o
desenvolvimento e as descobertas ocorrem em frações de segundos, ocasionando
um certo desgaste e comprometimento das ações voltadas para o aprimoramento
do ensino, colocando a sala de aula como um ambiente de pouca relevância para
a consolidação do conhecimento, enfatizando a vivência social o requisito
primordial para a busca de aprendizado. Diante do exposto, é facilmente
observado que a busca pelo conhecimento não tem sido o foco de interesse
principal da sociedade, pois a atualização das informações tem ocorrido de forma
acessível a todos os segmentos satisfazendo de uma forma geral aos interesses
daqueles que as buscam. Dessa forma, a escola nesse contexto tem alternativa
rever suas ações e o seu papel no aprimoramento da sua prática educativa, sendo
que, uma análise sobre seus conceitos didático-metodológicos precisa ser feita,
de forma a adequar sua postura pedagógica ao momento atual e principalmente
colocar-se na posição de organização principal e mais importante na evolução
dos princípios fundamentais de uma sociedade, cumprindo assim sua função
transformadora e idealizadora de conhecimentos científicos-filosóficos pautando
o resultado de suas ações em saber concreto. 

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA ATUALIDADE

O processo educacional sempre foi alvo de constantes discussões e apontamentos


que motivaram sua evolução em vários aspectos, principalmente no que tange a
condução de metodologias de ensino por nossos educadores e a valorização do
contexto escolar formador para nossos alunos. Nesse aspecto GADOTTI
(2000:4), pesquisador desse processo afirma que, 

Enraizada na sociedade de classes escravista da Idade Antiga, destinada a uma


pequena minoria, a educação tradicional iniciou seu declínio já no movimento
renascentista, mas ela sobrevive até hoje, apesar da extensão média da
escolaridade trazida pela educação burguesa. A educação nova, que surge de
forma mais clara a partir da obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses últimos
dois séculos e trouxe consigo numerosas conquistas, sobretudo no campo das
ciências da educação e das metodologias de ensino. O conceito de “aprender
fazendo” de John Dewey e as técnicas Freinet, por exemplo, são aquisições
definitivas na história da pedagogia. Tanto a concepção tradicional de educação
quanto a nova, amplamente consolidadas, terão um lugar garantido na educação
do futuro. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) 

Diante de enumeras transformações sociais, onde informações e descobertas


acontecem em frações de segundo, o processo de desenvolvimento da escola
entra na pauta como um dos mais importantes aspectos a serem discutidos neste
processo, pois é nela que são promovidas as mais importantes formulações
teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social de todas as nações, dessa
forma, a pesquisa educacional acaba tomando um lugar central na busca de
perspectivas que possibilitem uma nova prática educacional, envolvendo
principalmente os agentes que conduzem o ambiente escolar, transformando o
ensino em parte integrante ou principal na motivação dessas transformações. 
Com as constantes modificações sofridas por nossa sociedade no decorrer do
tempo, dentre elas o desenvolvimento de tecnologias e o aprimoramento de um
modo de pensar menos autoritário e menos regrado, os agentes educacionais e a
escola de uma maneira geral, vêm vivenciando um processo de mudança que tem
refletido principalmente nas ações de seus alunos e na materialização destas no
contexto escolar, fato que tem se tornado ponto de dificuldade e insegurança
entre professores e agentes escolares de forma geral, configurando em forma de
comprometimento do processo ensino-aprendizagem, sobre isso, GADOTTI
(2000:6) afirma que, 

Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta- se numa dupla


encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta
da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes
teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar
caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações.
(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) 

A escola contemporânea sofre com o desenvolvimento acelerado que ocorre a


sua volta, onde as informações são atualizadas em frações de segundos,
ocasionando de certa forma, o desgaste e o comprometimento das ações voltadas
para o aprimoramento do ensino, fazendo com que a sala de aula se torne um
ambiente de pouca relevância para a consolidação do conhecimento, tornando a
vivência social o requisito primordial para a busca de aprendizado, sobre essa
escola, AMÉLIA HAMZE (2004:1) afirma em seu artigo “O Professor e o
Mundo Contemporâneo”, que 

Como educadores não devemos identificar o termo informação como


conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas.
Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam as pessoas por ilimitados
meios sem que se saiba os efeitos que acarretam. Conhecimento é a compreensão
da procedência da informação, da sua dinâmica própria, e das conseqüências que
dela advem, exigindo para isso um certo grau de racionalidade. A apropriação do
conhecimento, é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a
leitura critica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e
autonomia mental.(HAMZE, A .O professor e o mundo contemporâneo, 2004) 

É perceptível que o saber cientifico e a busca pelo conhecimento, tem fugido do


interesse da sociedade em geral, pois a atualização das informações tem ocorrido
de forma acessível a todos os segmentos satisfazendo de uma forma geral aos
interesses daqueles que as buscam. A escola nesse contexto tem por opção
repensar suas ações e o seu papel no aprimoramento do saber, e para isso, uma
reflexão sobre seus conceitos didático-metodológicos precisa ser feita, de forma a
adequar-se ao momento atual e principalmente colocar-se na postura de
organização principal e mais importante na evolução dos princípios fundamentais
de uma sociedade, DOWBOR (1998:259), sobre essa temática diz que, 

...será preciso trabalhar em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro.


Fazer tudo hoje para superar as condições do atraso e, ao mesmo tempo, criar as
condições para aproveitar amanhã as possibilidades das novas tecnologias.
(DOWBOR, L. A Reprodução Social, 1998) 

GADOTTI (2000:8), sobre o assunto afirma que seja qual for à perspectiva que a
educação contemporânea tomar, uma educação voltada para o futuro será sempre
uma educação contestadora, superadora dos limites impostos pelo Estado e pelo
mercado, portanto, uma educação muito mais voltada para a transformação social
do que para a transmissão cultural. 

Dessa Forma, a prática pedagógica dos agentes educacionais no momento atual,


bem como a condução do processo ensino-aprendizagem na sociedade
contemporânea, precisa ter como primícia a necessidade de uma reformulação
pedagógica que priorize uma prática formadora para o desenvolvimento, onde a
escola deixe de ser vista como uma obrigação a ser cumprida pelo aluno, e se
torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento intelectual que o motivará a
participar do processo de desenvolvimento social, não como mero receptor de
informações, mas como idealizador de práticas que favoreçam esse processo, 
Na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para navegar nesse
mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações
“úteis” para a competitividade, para obter resultados. Deve oferecer uma
formação geral na direção de uma educação integral. O que significa servir de
bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca
de uma informação que os faça crescer e não embrutecer.(GADOTTI, M.
Perspectivas atuais da educação, 2000) 

Segundo Ladislau Dowbor (1998:259), a escola deixará de ser “lecionadora” para


ser “gestora do conhecimento”. Prossegue dizendo que pela primeira vez a
educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento. A
educação tornou-se estratégica para o desenvolvimento, mas, para isso, não basta
“modernizá-la”, como querem alguns. Será preciso transformá-la
profundamente. 

O professor nesse contexto deve ter em mente a necessidade de se colocar em


uma postura norteadora do processo ensino-aprendizagem, levando em
consideração que sua prática pedagógica em sala de aula tem papel fundamental
no desenvolvimento intelectual de seu aluno, podendo ele ser o foco de
crescimento ou de introspecção do mesmo quando da sua aplicação metodológica
na condução da aprendizagem. Sobre essa prática, GADOTTI (2000:9) afirma
que “nesse contexto, o educador é um mediador do conhecimento, diante do
aluno que é o sujeito da sua própria formação. Ele precisa construir
conhecimento a partir do que faz e, para isso, também precisa ser curioso, buscar
sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos seus
alunos”. 
Ele afirma ainda que, 

Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em


conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos
falsos pregadores da palavra, dos marketeiros, eles são os verdadeiros “amantes
da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber
(não o dado, a informação e o puro conhecimento), porque constroem sentido
para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais
justo, mas produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são
imprescindíveis.(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000) 

HAMZE (2004:1) em seu artigo “O Professor e o Mundo Contemporâneo”


considera que 
Os novos tempos exigem um padrão educacional que esteja voltado para o
desenvolvimento de um conjunto de competências e de habilidades essenciais, a
fim de que os alunos possam fundamentalmente compreender e refletir sobre a
realidade, participando e agindo no contexto de uma sociedade comprometida
com o futuro. (HAMZE, A .O professor e o mundo contemporâneo, 2004) 

Assim, faz-se necessário à busca de uma nova reflexão no processo educativo,


onde o agente escolar passe a vivenciar essas transformações de forma a
beneficiar suas ações podendo buscar novas formas didáticas e metodológicas de
promoção do processo ensino-aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser
colocado como mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas
um instrumento de enfoque motivador desse processo. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

CASTRO, A. H. O professor e o mundo contemporâneo.Jornal O Diário


Barretos, opinião aberta, 08 jul 2004. 

DOWBOR, L. A reprodução Social. São Paulo: Vozes, 1998. 

GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes


Médicas, 2000.

Publicado por: livia alves branquinho

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do Brasil Escola, através do


canal colaborativo Meu Artigo. Para acessar os textos produzidos pelo site,
acesse: http://www.brasilescola.com.

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