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ANDERSON LUIZ DE LIMA TEIXEIRA

CÁLCULO DAS EMISSÕES DE CO2 EM UM ÂMBITO ORGANIZACIONAL.

CURITIBA
2010
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ANDERSON LUIZ DE LIMA TEIXEIRA

CÁLCULO DAS EMISSÕES DE CO2 EM UM ÂMBITO ORGANIZACIONAL.

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado para obtenção de Título
de Especialista em MBA em Gestão
Ambiental Turma V do curso de MBA
em Gestão Ambiental do Setor de
Ciências Agrárias, Universidade
Federal do Paraná sob orientação da
Profª. Drª. Ana Paula Dalla Corte.

CURITIBA
2010
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SUMÁRIO

RESUMO...........................................................................................................05

1. INTRODUÇÃO............................................................................................. 06

2.OBJETIVO GERAL.......................................................................................09

2.1Objetivos Específicos.................................................................................. 09

3.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................... 09

4.METODOLOGIA............................................................................................12

5.VIABILIDADE ECONOMICA..........................................................................20

6 CRONOGRAMA.............................................................................................21

7.RESULTADOS..............................................................................................22

8.CONSIDERAÇÕESFINAIS............................................................................28

9.REFERENCIAS.............................................................................................29

10.ANEXOS....................................................................................................... 32
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LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS

TABELA 01............................................................................................................22

TABELA 02. ..........................................................................................................22

TABELA 03............................................................................................................23

TABELA 04............................................................................................................24

TABELA 05. ..........................................................................................................25

TABELA 06.............................................................................................................25

GRÁFICO 01..........................................................................................................23

GRÁFICO 02 .........................................................................................................25

GRÁFICO 03..........................................................................................................26
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RESUMO

O presente trabalho teve como finalidade a realização de um inventário


de emissões dos gases de Efeito Estufa (GEE), especificamente o CO2, na
unidade regional da EMATER da Lapa - PR.
No mesmo foram abordadas as consequências das Mudanças
Climáticas, um pequeno resumo das conferências e tratados que abordam
essa temática, bem como, as metodologias para a realização de um inventário
desse gênero.
O inventário foi realizado com uso da ferramenta GHG Protocol
Brasileiro, onde foram identificadas as principais fontes geradoras de emissões.
Com base neste inventário foi evidenciado que as emissões totais de CO2
nesta unidade da Emater, são principalmente as emissões indiretas de Escopo
3 (56,14%) isso se deve pelo fato de serem os recursos cujo consumo
apresenta um potencial alto de emissão de CO 2. As emissões indiretas de
Escopo 2 vem na sequência seguido das emissões da devida a compra de
energia elétrica (33,12%) e por último vem o Escopo 1 com (10,47%) que
geralmente é o grande responsável pelo maior índice de emissões em
inventário desse gênero, nesse caso colaborou pouco pelo fato do combustível
usado nos veículos do instituto ser o Etanol.
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1. INTRODUÇÃO

As alterações climáticas podem ser consideradas, sem dúvida alguma,


como um dos desafios mais graves enfrentados pelo mundo e como uma das
mais serias ameaças ao bem estar humano e aos ecossistemas naturais do
presente século. Para se entender este fenômeno e necessário conhecer a
dinâmica e a composição da atmosfera, componente do sistema climático
constituído por uma mistura de vários gases que se encontram em diferentes
concentrações, entre eles os chamados gases de efeito estufa (GEE).
Estes gases representam uma pequena porção do total, sendo eles, o
dióxido decarbono (CO2), ozônio (O3), metano (CH4), oxido nitroso (N2O),
hexafluoreto de enxofre (SF6), hidrofluorcabonos (HFCs), perfluorcarbonos
(PFCs), e o vapor d’agua (H 2O). Tais gases são assim denominados, pois
possuem a capacidade de reter calor na atmosfera, ocasionado o efeito estufa
natural, fenômeno relacionado com o balanço de energia térmica que mantém
a superfície terrestre aquecida (RAITZ e SANTOS, 2008). Tal aquecimento é
provocado pela entrada dos raios solares na atmosfera e absorção destes pela
superfície da Terra.
No entanto, nem toda a radiação incidente é absorvida, sendo parte do
total refletido antes mesmo de entrar na atmosfera. A radiação que entra,
esquenta a superfície da Terra fazendo com que ela emita raios
infravermelhos. Em condições normais, parte desta radiação é retida pela
atmosfera, não retornando para o espaço. Esta retenção é propiciada pelos
GEE e é de suma importância para a manutenção da temperatura media da
Terra em níveis adequados para o desenvolvimento da vida (PEREIRA e MAY,
2003). Caso não existissem tais gases, a temperatura media terrestre seria de
cerca de 18°C negativos, o que a transformaria em um gelado deserto sem
vida.
Alguns GEE sempre existiram na atmosfera, muito antes do surgimento
da vida humana na Terra. No entanto, com o desenvolvimento industrial e
outras atividades antropicas, as emissões destes gases se intensificaram,
provocando um aumento das concentrações e acúmulo dos mesmos na
atmosfera. Este acúmulo ocasiona um aumento na retenção de calor, o que
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provoca uma intensificação do efeito estufa natural fazendo com que a


temperatura media da Terra aumente.
Variações na temperatura da Terra são processos naturais quando
consideradas as escalas de tempo de milhares de anos e já ocorreram diversas
vezes ao longo das eras geológicas do planeta. Entretanto, com a velocidade e
intensidade com que estão ocorrendo as mudanças no sistema climático
terrestre, este assunto se tornou motivo de preocupação de cientistas e lideres
mundiais, principalmente a partir das duas últimas décadas (SANQUETA et al.,
2004).
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC – do
inglês Intergovernmental Panel on Climate Change) publica desde 1990
relatórios de avaliação sobre as mudanças climáticas. Desde seu primeiro
relatório já alertava sobre os perigos do aquecimento global e sugeria medidas
para a sua contenção. Em seu quarto relatório de avaliação (AR4), publicado
em 2007, ficou confirmado que o principal motivo do aumento da temperatura
global e a maior concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera,
ocasionada pelas atividades humanas. Segundo o AR4, as emissões mundiais
de GEE aumentaram cerca de 70% entre 1970 e 2004, e o principal gás
emitido foi o CO2, que teve um aumento de 80% no mesmo período.
Apesar de todos os GEE colaborarem para o agravamento do
aquecimento global, o principal responsável por este fenômeno e o CO 2, pois
alem de ser o gás mais emitido quando comparado aos outros, suas emissões
estão ocorrendo em quantidades cada vez maiores, e ele ainda dura mais
tempo na atmosfera (HANSEN et al., 2008). Ou seja, porções de gases que
foram emitidos há anos, ainda encontram-se na atmosfera, colaborando para o
efeito estufa atual.
Como resultado dessas excessivas emissões, os impactos do
aquecimento global já são percebidos claramente nos dias atuais e muitos
deles se mostram potencialmente catastróficos como a ocorrência de
tempestades, ciclones, furacões, desertificação, derretimento das geleiras com
conseqüente aumento do nível do mar, entre outros. Tais impactos passaram a
ser observados de forma mais nítida a partir da segunda metade do século XX,
onde começaram a ocorrer com freqüência e intensidade maiores (MARENGO
et al., 2009).
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Se as tendências de aumento das emissões de GEE se mantiverem,


modelos climáticos sugerem que a temperatura em algumas regiões do globo
pode subir acima de 6°C ate o fim deste século (IPCC, 2008). O atual aumento
já tem se mostrado potencialmente perigoso para a humanidade e, caso a
temperatura continue a subir, os resultados poderão ser ainda mais intensos e
catastróficos, atingindo mais regiões do globo terrestre.
Portanto, diante de todas as evidencias e das ameaças decorrentes das
mudanças climáticas, a sociedade esta defronte a um grande desafio e, para
que seja possível superá-lo, é preciso que haja mudanças nos valores
individuais e uma junção de ações empresariais, governamentais e da
sociedade civil. Diversos cientistas, entes políticos, empresas e a própria
sociedade civil tem se mobilizado no intuito de implantarem medidas para a
contenção do aquecimento global por meio da estabilização da concentração
dos GEE. Por este motivo, cresceram as medidas que visam o
desenvolvimento de práticas ambientalmente responsáveis, com o intuito de
contribuir para a redução das emissões destes gases.
A elaboração do Inventario de Emissões de GEE pode ser considerada
como primeiro passo para que uma instituição ou empresa possa contribuir
para o combate as mudanças climáticas (GHG, 2009). Consistindo
basicamente em um diagnostico do perfil das emissões de GEE da empresa
e/ou organização, tal ferramenta permite a adoção de metas voluntárias de
redução de emissões e a formulação de políticas empresariais e/ou
institucionais que se adéqüem as novas tendências do mercado mundial.
Empresas que demonstram sua preocupação com questões ambientais estão
sendo cada vez mais valorizadas e priorizadas por acionistas e clientes que
levam em consideração tais ações. Para isso, elas devem abranger em seu
planejamento estratégico tais questões, demonstrando assim que se
preocupam com seu impacto sobre o meio em que operam e que buscam levar
em consideração as necessidades de seus clientes, colaboradores,
comunidade, parceiros e governo. Diante da importância do assunto e da
necessidade de colaboração o presente trabalho propões para o enfrentamento
do problema a realização de um inventário para calcular o total de emissões de
CO2, o inventário foi realizado na EMATER unidade Lapa – PR, cujos registros
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ajudarão a identificar as oportunidades de redução, através de planos de


eficiência energética e redução na utilização de insumos.

2. OBJETIVO GERAL

O presente trabalho tem como objetivo diagnosticar as emissões de


GEE do ano de 2010 da EMATER unidade da Lapa - PR, servindo de suporte
para o gerenciamento e monitoramento de tais emissões, assim como para a
definição de metas voluntárias de redução de emissões de CO2.

2.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

Calcular o total de emissões diretas e indiretas de CO2 dos escopos 1, 2


e 3 da EMATER unidade Lapa - PR;

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Há pelo menos 40 anos se discute na esfera internacional as mudanças


climáticas globais. Durante este período uma serie de encontros foi realizada
para se discutir formas de mitigar os efeitos negativos das mudanças
climáticas. Destes encontros resultaram vários protocolos, conferencias e
acordos que foram firmados com o intuito de promover ações que
amenizassem o impacto antrópico no meio ambiente.
Na década de 80, as mudanças climáticas se tornaram um tema
controvertido e surgiu a necessidade de existirem mais informações de cunho
cientifico, atualizadas e confiáveis sobre o assunto. Foi assim que no final de
1988, para suprir tal necessidade, a Organização Meteorológica Mundial
(OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
criaram o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
A tarefa inicial do IPCC era preparar uma revisão abrangente dos
conhecimentos científicos e das recomendações sobre as mudanças
climáticas, identificar seus impactos sociais e econômicos, e traçar estratégias
para uma possível convenção internacional sobre o clima (IPCC, 2010).
Em seu primeiro Relatório de Avaliação, divulgado em 1990, revelou-se
a importância do assunto e ficou clara a necessidade de existir uma plataforma
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política entre os países para enfrentar as conseqüências das alterações


climáticas. Tais resultados foram decisivos para a elaboração de um tratado
internacional que visasse reduzir o aquecimento global e lidasse com as
conseqüências das mudanças climáticas.
Este tratado foi firmado em 1992, com a participação de diversos países
do mundo, com o intuito de estabilizar as concentrações atmosféricas dos
gases de efeito estufa a níveis que impediriam que a interferência humana
fosse perigosa
para o clima mundial. Trata-se da Convenção - Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima – UNFCC (do inglês, United Nations Framework
Convention on Climate Change), um dos principais tratados sobre emissões de
GEE e efeito estufa.
Porém, os conhecimentos da época ainda não eram precisos, e não foi
possível uma quantificação rigorosa dos níveis desejáveis a ser alcançados,
adotando então, uma convenção geral que estabeleceu princípios que
permitiram o inicio de um processo de negociação e serviu como ponto de
partida para as ações voltadas para redução das emissões.
Em seu artigo 4°, a Convenção trás, entre outras obrigações das Partes
(países participantes), a de elaboração, atualização e publicação de inventários
nacionais de emissões antropicas por fontes, e as remoções por sumidouros de
todos os GEE que não são controlados pelo Protocolo de Montreal. São
obrigações comuns, mas diferenciadas de acordo com o grau de
desenvolvimento dos países, pois considera que países que se industrializaram
a mais tempo, contribuíram e contribuem com uma maior quantidade de
emissões (ONU, 1992).
O IPCC continuou, por meio de seus Relatórios de Avaliação publicados
periodicamente, a responder as necessidades da UNFCCC de obtenção de
conhecimentos técnicos e científicos sobre as mudanças climáticas. O seu
segundo Relatório de Avaliação, publicado em 1995, deu contribuição
fundamental para a adoção do Protocolo de Quioto.
Em uma das reuniões periódicas para revisão e adequação dos países
participantes (as COPs), viu-se que o compromisso de redução das emissões
aos níveis de 1990 ate 2000 era inadequado para se atingir o objetivo a longo
prazo. Então, para complementar a Convenção, cinco anos mais tarde durante
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a COP-3, foi aprovado o Protocolo de Quioto, documento que transformou as


reduções voluntarias das emissões de GEE em reduções obrigatórias. Ele foi
elaborado em 1997 e ficou aberto para as assinaturas dos países a partir de
1998, porem entrou em vigor somente 2005, quando pelo menos 55 Partes na
Convenção, incluindo os países desenvolvidos que contabilizaram pelo menos
55% das emissões totais de CO2 em 1990, ratificaram sua participação (ONU,
1997).
Segundo o Protocolo, os países industrializados devem reduzir suas
emissões de GEE em pelo menos 5% em relação aos níveis de emissão
identificados em 1990, ate o período entre 2008 e 2012 (ONU, 1997).
Para que estes países quantificassem suas emissões de GEE ao longo
dos anos e identificassem suas potenciais reduções, foi necessário inventariar
tais emissões de GEE. Para isso foram utilizadas diretrizes e metodologias de
preparação de inventários elaboradas pelo IPCC. Estas diretrizes e
metodologias serviram também de base para a
organização do GHG Protocol, um protocolo internacional amplamente utilizado
para elaboração de Inventários Corporativos.
O Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) foi criado conjuntamente
em 1998 pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD)
e pelo World Resources Institute (WRI), com parcerias de empresas,
organizações não governamentais (ONGs), governo e outras instituições
conveniadas ao WRI e ao WBCSD. Construído sobre um padrão corporativo, o
GHG desenvolve um conjunto de ferramentas contábeis para ajudar as
empresas a calcularem suas emissões, alem de produzir documentos de
orientação adicionais, para ajudar as empresas a compreenderem e
administrarem suas emissões de GEE (GHG, 2010).
Desde sua criação, o GHG já serviu de base para a elaboração de
Inventários de mais de 1.000 empresas e organizações em diferentes países
do mundo. Alguns destes países, inclusive, já desenvolveram programas
nacionais de emissões de GEE com base no GHG Protocol. O Brasil e um
deles, que em uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, Conselho
Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, Conselho Empresarial
Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, WRI e Fundação Getulio Vargas,
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lançou em 2008 o GHG Protocol Brasileiro, um protocolo adaptado ao contexto


nacional.
O GHG Protocol além de estar em conformidade com as metodologias
do IPCC, também é compatível com as normas da International Organization
for Standardization (ISO).
A ISO 14.064 – Gases de Efeito Estufa e uma norma internacional
aprovada pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) e esta em
vigor no Brasil desde 2007. Ela e dividida em três partes que compõem um
guia para a elaboração de Inventários de GEE e gerenciamento dos gases.
São três partes seqüenciais que tratam especificamente de:

· ISO 14.064 – Parte 1: Especificação e orientação a organizações para


quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de gases de
efeito estufa;
· ISO 14.064 – Parte 2: Especificação e orientação a projetos para
quantificação, monitoramento e elaboração de relatórios das reduções de
emissões ou da melhoria das remoções de gases de efeito estufa;
· ISO 14.064 – Parte 3: Especificação e orientação para a validação e
verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa.

4. METODOLOGIA

Para inventariar as emissões de GEE, e necessária a utilização de uma


metodologia bem definida que permita apresentar de forma clara todo o
conteúdo das emissões de uma empresa. Por isso, dentre as diferentes
metodologias existentes para elaboração de inventários de GEE escolheu-se o
GHG Protocol, uma ferramenta reconhecida, respeitada e utilizada
mundialmente para quantificar e gerenciar as emissões de GEE, e a ISO
14.064, norma nacional que estabelece critérios muito semelhantes aos do
GHG, alem de outras recomendações.
Os GEE considerados pelo GHG Protocol e pela ISO 14.064, são os
mesmos regulados pelo Protocolo de Quioto, sendo eles: dióxido de carbono
(CO2), metano (CH4), oxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6),
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hidrofluorcarbonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs). Destes gases, foi apenas


realizado o calculo das emissões de CO2.

4.1 DEFINIÇÃO DO ANO BASE

Um passo fundamental para a quantificação das emissões de GEE e a


definição do ano base, podendo este ser o atual ano de elaboração do
inventario, qualquer ano anterior para o qual estejam disponíveis dados de
emissões de GEE, ou, ainda, uma media anual de emissões de vários períodos
consecutivos.
Para a elaboração do presente Inventario de Emissões de GEE foi
escolhido como ano base o ano de 2010.

4.2 ESCOPOS

4.2.1 ESCOPO 1: EMISSÕES DIRETAS DE GEE

O Escopo 1 engloba as emissões diretas de GEE provenientes de fontes


que pertencem ou são controladas pela empresa. Tais emissões dividem-se
nas seguintes categorias:

· Combustão estacionária: emissões causadas pela geração de eletricidade,


vapor, calor ou energia com o uso de equipamentos (caldeiras, fornos
queimadores, turbinas, aquecedores, incineradores, motores, fachos etc.) em
um local fixo;

· Combustão móvel: emissões devido à utilização de combustíveis pela frota


operacional da empresa;

· Emissões de processos físicos e químicos: emissões, que não sejam de


combustão, resultantes de processos físicos ou químicos, tais como as
emissões de CO2 da calcinação na fabricação de cimento, entre outras;
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· Emissões fugitivas: liberações da produção, processamento, transmissão,


armazenagem e uso de combustíveis, como liberação de hexafluoreto de
enxofre (SF6) em equipamentos elétricos, vazamento de hidrofluorcarbonos
(HFCs) durante o uso de equipamento de refrigeração e ar condicionado e
vazamento de metano (CH4) no transporte de gás natural;

· Emissões agrícolas: emissões ocasionadas pela fermentação entérica


(CH4); manejo de esterco (CH 4, N2O); cultivo do arroz (CH4); preparo do solo
(CO2, CH4, N2O); queima prescrita da vegetação nativa (CH4, N2O); queima dos
resíduos agrícolas (CH4, N2O).

No caso da EMATER, foram considerados para calculo nesse Escopo a


Combustão Móvel e a Combustão de GLP.

4.2.2 ESCOPO 2: EMISSÕES INDIRETAS DE GEE DE CONSUMO


DE ENERGIA

O Escopo 2 refere-se as emissões de GEE provenientes da aquisição de


energia elétrica e térmica que e consumida pela empresa. A energia adquirida
e definida como sendo aquela que e comprada ou então trazida para dentro
dos limites organizacionais da organização. Neste Escopo as emissões
ocorrem fisicamente no local onde a energia e gerada. Foram consideradas no
presente inventario apenas as emissões provenientes da compra de energia
elétrica do Sistema Integrado Nacional (SIN).

4.2.3 ESCOPO 3: OUTRAS EMISSÕES INDIRETAS

O Escopo 3 e uma categoria de relato opcional, que permite a


consideração de todas as outras emissões indiretas. Tais emissões são uma
consequência das atividades da empresa, mas ocorrem em fontes que não
pertencem ou não são controladas por ela. Alguns exemplos de atividades de
Escopo 3 apresentados pelo GHG são: a extração e produção de matérias-
primas e outros materiais realizados por uma outra empresa mas utilizados nos
processos da organização que esta elaborando o inventario; o transporte de
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colaboradores da empresa em meios não controlados pela mesma; emissões


relativas ao uso final de bens de consumo vendidos pela empresa inventariada,
entre outras.
Para este inventario, foram incluídas neste escopo as emissões de GEE
provenientes do consumo de água, transporte pendular dos colaboradores e o
consumo de folhas de papel sulfite.

4.3 PROCEDIMENTOS E PREMISSAS ADOTADAS

O objetivo maior do Programa GHG engloba a promoção de uma cultura


corporativa de caráter voluntario para a elaboração de inventários. O GHG
Protocol visa ainda dar base para todas as etapas de elaboração do inventario
e, quando necessário, adaptar ou desenvolver metodologias compatíveis,
baseando-se nas melhores técnicas internacionais e metodologias do IPCC.
Suas diretrizes visam orientar todas as ações de elaboração do
inventario, para que sejam feitas de forma coerente, bem como estabelecer as
prioridades e apresentar o processo de implementação do programa.
Este inventário foi elaborado seguindo as diretrizes do GHG que estão
listadas abaixo:
· Seguir metodologias de contabilização internacionalmente aceitas, para
facilitar a comparação com outros registros, simplificar a participação de
entidades e dar credibilidade ao programa;
· Assegurar que os inventários englobem todas as emissões ao longo do
tempo, para que se possa avaliar a contribuição da organização para as
mudanças climáticas;
· Distinguir claramente a contabilização de emissões de GEE de projetos e de
organizações;
· Assegurar compatibilidade com outros programas existentes no Brasil de
contabilização e elaboração de inventários de GEE e evitar a criação de
informações e estruturas redundantes;
· Assegurar que seja relevante para os principais setores econômicos no Brasil;
· Adotar os princípios de contabilização e inventários do GHG Protocol
Corporate Standard.
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Ainda de acordo com as metodologias adotadas, a contabilização,


quantificação, elaboração e publicação (quando for o caso) dos inventários de
GEE, devem estar em consenso com os cinco princípios listados abaixo:

· Relevância: as informações consideradas no inventario devem ser uteis para


tomadas de decisão dentro da empresa;
· Integralidade: todas as fontes de emissões que estão dentro do limite
escolhido, devem ser contabilizadas;
· Consistência: devem ser adotadas abordagens consistentes para a
elaboração deste inventario contabilização e cálculos das emissões, de forma
que seja possível comparar os dados ao longo de diferentes anos;
· Transparência: as informações devem ser registradas, reunidas e analisadas
de forma que possibilitem uma auditoria externa para verificar a credibilidade
do inventario. Se houver inclusões e exclusões, elas devem estar claramente
justificadas e as referencias de metodologias utilizadas, devem ser incluídas;
· Exatidão: os dados do inventario devem ser suficientemente precisos para
que se possam tomar decisões com base nas informações relatadas.

4.4 COLETAS DE DADOS

Conforme a definição das fontes de emissão consideradas em cada


escopo, foram coletados mensalmente dados de consumo e atividade da
unidade da EMATER do período de Janeiro a dezembro de 2010.

4.5 MÉTODOS DE CÁLCULOS

Para a realização dos cálculos de emissões de GEE foram utilizadas


metodologias sugeridas pelo Programa GHG, assim como demais métodos
amplamente utilizados no Brasil e no Mundo.
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4.5.1 COMBUSTÃO MÓVEL

Os cálculos das emissões provenientes da utilização de combustíveis


(tanto da frota operacional, quanto para O consumo de GLP) foram realizados
a partir da abordagem bottom-up, onde são utilizados os dados de consumo
dos combustíveis e fatores de emissão (FE) específicos para cada um deles e
para cada tipo de gás. Com estes dados aplicou-se a formula abaixo e obteve-
se o resultado das emissões provenientes de cada um.

Emissão GEE = Dado da Atividade x FE

Emissão GEE = emissão de CO2, CH4 ou N2O;


Dado da Atividade = consumo do combustível em litros;
FEGEE = fatores de emissão específicos para CO2, CH4 e N2O.

Como os FE utilizados são desenvolvidos com base no combustível de


outros países, e preciso adequar os cálculos para a situação brasileira. Os
combustíveis brasileiros possuem uma adição de bicombustíveis em sua
composição, conforme indicado por legislação nacional que pode variar
conforme os anos. Em 2010 foram acrescidos a gasolina em media, 25% de
etanol e ao diesel, 5% de biodiesel.
Assim, quando calculadas as emissões da gasolina e do diesel, foram
descontadas as porcentagens de combustíveis renováveis do consumo bruto
de cada fonte e tais descontos foram adicionados ao consumo liquido das
fontes renováveis.
Além destas particularidades, o GHG Protocol e a ISO 14.064
recomendam ainda que as emissões de dióxido de carbono provenientes de
fontes renováveis sejam consideradas neutras, pois estes combustíveis provem
de vegetais, que durante seu crescimento fixam CO 2. Então, as emissões de
CO2 provenientes da utilização de etanol e biodiesel foram consideradas
neutras e reportadas separadamente dos escopos principais.
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4.5.2 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

As emissões provenientes do consumo de energia elétrica também


foram calculadas a partir de fatores de emissão específicos. Neste caso, quem
disponibiliza os FE e o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Devido ao
fato da matriz energética brasileira ser baseada principalmente em energia
hidráulica, que sofre uma forte variação sazonal de disponibilidade dos
reservatórios e consumo, os valores dos FE sofrem importantes diferenças no
total de emissões associadas ao uso de energia elétrica.
Por isso, o MCT disponibiliza valores mensais de FE do Sistema
Interligado Nacional de distribuição de eletricidade. Todos os anos são
divulgados os valores dos meses, e ao final, um valor médio de emissões do
mesmo ano.
Para os cálculos deste inventario foram utilizados os valores mensais de
2010 que já haviam sido publicados no momento dos cálculos. Para os outros
meses que ainda não havia publicação, as emissões foram calculadas a partir
da media dos meses anteriores de 2010 com publicação.
A partir da utilização da seguinte formula, chega-se ao total de CO 2
equivalente (CO2e), do consumo de energia elétrica:

Emissão GEE = tKWh x FE

Emissão GEE = emissão de CO2;


tKWh = consumo total de energia em kWh;
FE = fator de emissão especifico de energia.

4.5.3 CONSUMO DE ÁGUA

Para calcular as emissões provenientes do consumo de água,


considerou-se a quantidade de energia elétrica que e gasta para tratar 1m 3 de
água. Esta informação foi coletada diretamente com técnicos da Sanepar.
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O calculo realizado foi o seguinte:

Emissão GEE = Consumo x Energia x FE energia

Emissão GEE = emissão em CO2;


Consumo = consumo de água em m3;
Energia = consumo de energia para tratar 1m3 de água;
FE energia = fator de emissão de consumo de energia.

4.5.4 CONSUMO DE MATERIAIS

Os cálculos se referiram ao consumo de folhas de papel sulfite da


empresa. Para os cálculos foram consideradas as quantidades de resmas
consumidas durante o ano e o fator de emissão correspondente.

Emissão GEE = Consumo x FE

Emissão GEE = emissão de CO2;


Consumo = quantidade de resmas;
FE = fator de emissão especifico.

4.6 DESCRIÇÃO DAS FONTES (FATORES DE EMISSÃO)

Combustão Móvel

US EPA. United State Environmental Protection Agency. 2007.

Gasolina
Etanol (E100)
Óleo Diesel
Biodiesel (B100)
GLP
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Compra de energia elétrica

Ministério da Ciência e Tecnologia, 2010.


Consumo de água

SANEPAR, 2010.

Transporte próprio dos funcionários

US EPA. United State Environmental Protection Agency. 2007.

Consumo de folhas sulfites

Sima Pro.

5. VIABILIDADE ECONOMICA

A organização tendo ciência do total de suas emissões dos gases GEE


poderá estabelecer metas que visem à redução das emissões e se obtiver
sucesso nessa redução à mesma irá ter uma redução em seus custos. Essa
redução irá acorrer após a organização implantar no seu cotidiano, ações que
visem o comprimento dessa meta.
Quando uma empresa pública seu relatório, ela demonstra para
sociedade que está preocupada com as questões ambientais e que a partir dos
seus resultados consegue traçar metas de redução.
No Brasil não existe ainda um selo específico para a atividade de
compensação de GEE, assim como não há empresas certificadoras deste
serviço. O que existem são projetos sócio-ambientais que, através de
diferentes técnicas (como reflorestamento, captação de metano, eco
eficiência), tornam possível a compensação das emissões de GEE de
determinada atividade. A empresa que adere a este tipo de programa ajuda a
financiar o projeto que compensará suas emissões de GEE e,
conseqüentemente, utiliza como ferramenta de marketing ambiental o
selo/certificado emitido pela equipe responsável.
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Um exemplo de caso é o Selo Recompense® que foi idealizado pela


empresa de consultoria ambiental Palmares de Foz do Iguaçu – PR, o objetivo
é estabelecer a identificação das organizações, eventos ou cidadãos que
desenvolvem projetos ou ações de redução e compensação Gases de Efeito
Estufa (GEE) emitido sem processos de serviços e produtos de uma
determinada atividade. O Selo Recompense® permite a transparência quanto à
melhoria da eficiência ambiental, agregando valores e benefícios à marca que
passa a ter um diferencial competitivo no mercado, gerando reconhecimento de
clientes e consumidores.

6. CRONOGRAMA

Cronograma 2010/2011
Atividade/Meses Jun Jul Ago Set Out Nov Dez   Jan

Definição do Tema X                
Levantamento de
material
bibliográfico
  X X       X    
Definição da
Metodologia     X X          
Levantamento de
dados         X   X   X
Análises dos dados         X   X    
Conclusão do
Projeto         X        
Entrega do TCC           X      
Defesa           X      
Adequações do TCC                 X
Entrega do TCC
definitivo                 X
22

7. RESULTADOS

7.1 EMISSÕES DO ESCOPO 1

As emissões provenientes de fontes que pertencem ou estão sob


controle do instituto, são as referentes ao consumo de combustíveis da frota da
organização e o consumo de GLP, que no presente estudo totalizaram 7,1666
tCO2e.

Na combustão móvel e considerada apenas a emissão de CO 2, pois


segue as diretrizes das metodologias utilizadas para a elaboração dos cálculos
Emissão GEE = 2785,71 L/ano x 1,47 Kg / CO2

Consumo de Combustível (Etanol)

Litros por ano tCO2e / ano

2785,71 L / ano 4,09 tCO2e

Tabela 01

Emissão GEE = 26 L/ano x 1,53 Kg / CO2

Consumo de GLP

Consumo em litros
tCO2e / ano
no ano

26 L / ano 0,03977 tCO2e

Tabela 02
23

Gráfico 01

As emissões de GEE computadas no Escopo 01 correspondem a


praticamente apenas a combustão móvel já que a emissão pela combustão de
GLP é quase que irrelevante para esse escopo.

7.2 EMISSÕES DO ESCOPO 2

As emissões deste escopo correspondem àquelas provenientes da


compra de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional e totalizaram
122,640 KgCO2e sendo em toneladas 0,123 tCO2e.

Emissão GEE = 2400,00 KWh/ano x 0,050925 (média anual)

Consumo de Energia Elétrica

Toneladas de CO²
Consumo KWh/ano
Gerada /ano

2400,00 KWh/ano 0,123tCO2e

Tabela 03
24

média
Ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez anual

2006 0,0322 0,0346 0,0337 0,0275 0,0317 0,0306 0,0351 0,0336 0,0383 0,036 0,0265 0,028 0,0323

2007 0,0229 0,0195 0,0195 0,0197 0,0161 0,0256 0,031 0,0324 0,0355 0,0377 0,0406 0,0496 0,0293

2008 0,0584 0,0668 0,0599 0,0453 0,0459 0,0521 0,0437 0,0425 0,0411 0,0438 0,0334 0,0477 0,0484

2009 0,0281 0,0237 0,0247 0,0245 0,0405 0,0369 0,0241 0,0199 0,0162 0,0179 0,0181 0,0194 0,0246

2010 0,0211 0,028 0,0243 0,0238 0,0341 0,0506 0,0435 0,0774 0,0907 0,0817 0,0869 0,049 0,050925
Fatores de emissão da Tabela 3 provém do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

No caso da geração e distribuição de energia elétrica, o único gás de


efeito estufa utilizado para fins de cálculos de acordo com a metodologia
utilizada e o CO2, por esse motivo os demais gases não são considerados.

7.3 EMISSÕES ESCOPO 3

As emissões do Escopo 3 são aquelas provenientes de fontes que não


pertencem ou não são controladas pela organização, porém acontecem em
decorrência das atividades da organização.
Neste escopo foram incluídas as emissões de consumo de água,
consumo de materiais (folhas de papel sulfite) e o transporte dos colaboradores
casa trabalho e trabalho casa.

Emissão GEE = 67,981L / ano x 1,469 Kg CO2/litro = 100 Kg CO2/litro (Etanol)


Emissão GEE = 82,842 L / ano x 2,327 Kg CO2/litro = 193 Kg CO2/litro (Gasolina)

Consumo de Combustível (Deslocamento


de casa ao trabalho).

Toneladas de CO2
-
Gerada /ano

- 0,293 tCO2e

Tabela 04

Emissão GEE = 48m³/ano x 0,050925 (média anual) = 1,08 Kg CO2


25

Consumo de Água

Consumo anual Toneladas de CO²


Total Gerada /ano

48 m³/ano 0,00108 tCO2e

Tabela 05

Emissão GEE = 12 resmas/ano x 0,5= 14,040 Kg CO2

Consumo de Papel

Consumo Resmas Toneladas de CO²


por ano Gerada /ano

12 / ano 0,01404 tCO2e

Tabela 06
Fatores de emissão para remas de papel vêm de:
Sima Pro. Disponível em: http://www.pre.nl/simapro/

Grafico 02

Conforme pode se observar no gráfico, o grande colaborador neste caso


é o consumo de água pelo fato da mesma ser utilizada não somente pelo
funcionário do instituto mas também pelas pessoas que são atendidas no local,
26

já o consumo de papel colabora de forma discreta isso se deve ao fato da


maioria dos procedimentos serem informatizados e os deslocamentos de casa
para o trabalho e do trabalho para casa é bem quase que insignificante para o
calculo pois grande parte dos colaboradores vão a pé para o trabalho e ainda
existe o habito da carona.

7.4 EMISSÕES TOTAIS

A partir dos cálculos realizados, as emissões totais somaram 370,330


KgCO2e. A contribuição de cada escopo para o total de emissões esta
demonstrado no Gráfico 03.

Grafico 03

  Contribuição
ESCOPOS CO2 (Kg)
  (%)
Escopo 1 - Emissões Diretas de GEE     39,768 10,74%
Escopo 2 - Emissões Indiretas de GEE     122,640 33,12%
Escopo 3 - Emissões Indiretas de GEE     207,921 56,14%
Emissão total (Kg)         370,330 100,00%

As emissões totais de CO2 foram provenientes principalmente das


emissões indiretas de Escopo 3 (56,14%) isso se deve pelo fato de serem os
recursos cujo consumo apresenta um potencial alto de emissão de CO2. As
27

emissões indiretas de Escopo 2 vem na seqüência seguido das emissões da


devida a compra de energia elétrica (33,12%) e por último vem o Escopo 1
com (10,47%) que geralmente é o grande responsável pelo maior índice de
emissões em inventário desse gênero, nesse caso colaborou pouco pelo fato
do combustível usado nos veículos do instituto ser o Etanol, comprovando que
o bicombustível agride menos o ambiente.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização de um inventário de emissões dos gases GEE é uma


ferramenta que irá auxiliar na identificação das principais fontes emissoras e
com base nessa identificação traçar ações que visem a redução ou uma
compensação, diante da ciência que as Mudanças Climáticas já fazem parte do
nosso atual contexto ambiental. Já existem várias empresas que realizam
inventário de suas emissões dos gases GEE, porém extremamente importante
que se incentivado a realização de trabalhos e projetos como deste gênero.
As organizações precisam enxergar o potencial desta ferramenta e
passar a se habituar à atual realidade das condições ambientais e passem a
investir em programas para minimização dos impactos ambientais em todos os
sentidos em suas respectivas atividades e que o Marketing Ambiental seja uma
ferramenta que atraia consumidores que optem por organizações
ecologicamente corretas e preocupadas com o meio ambiente.
Na Instituição aonde foi realizado o inventário deste trabalho, foi
observado que o total de emissões é pequeno comparado com empresas e
outras organizações, que possuam linhas de produção. Mas no âmbito desta,
existem sim emissões que indiferente da quantidade agridem o Meio Ambiente,
com esse inventário deu para destacar o principal agente colaborador de
emissão dos gases GEE e baseado nessa informação pode-se estar definindo
ações que visem a redução dessas emissões.

9. REFERENCIAS
28

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29

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<http://www.ipcc.ch>. Acesso em: 07 de janeiro de 2011.

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10. ANEXOS

Fatores de emissão para Combustão Móvel


31

Combustíveis Fósseis:      

Fatores de Emissão
Combustível Unidades Fontes
CO2 (kg/un.)
Gasolina litros 2,327 US EPA
Óleo Diesel litros 2,681 US EPA
Óleo combustível residual (3s 5 e
litros 3,117 US EPA
6)
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) litros 1,530 US EPA
Gás Natural Veicular (GNV) m3 1,907 US EPA
Gás Natural Liquefeito litros 1,178 US EPA
jet fuel litros 2,528 US EPA
Gasolina de Aviação litros 2,198 US EPA
     
Combustíveis de Biomassa

Fatores de Emissão
Combustível Unidades Fontes
CO2 (kg/un.)

Etanol (E100) litros 1,469 US EPA


Biodiesel (B100) litros 2,499 US EPA

NOTA: Todo o diesel comercializado no Brasil possui uma fração de biodiesel (Lei nº 11.097, de
13/01/2005) e toda gasolina brasileira também possui obrigatoriamente uma fração variável de
combustível biogênico, no caso o etanol (ver a planilha "fatores variáveis" para saber a fração de
combustível biogênico nestes combustíveis a cada ano). A presente ferramenta diferencia
automaticamente as emissões fósseis (escopos 1, 2 e 3) e de biomassa provindas da queima
destes combustíveis. O chamado "biodiesel" nos postos convencionais contém na verdade uma
porcentagem mínima de combustível biogênico; o biodiesel puro é chamado nesta ferramenta de
B100 (100% de combustível biogênico, renovável).

Consumo médio sugerido para veículos leves


32

Tipo do Veículo Consumo Unidade

Pequeno a Gasolina (motor 1.0 a 1.4) 11,6 km / litro


Médio a Gasolina (motor 1.5 a 2.0) 11,1 km / litro
Grande a Gasolina (motor 2.1 em diante) 8,7 km / litro
Pequeno a Álcool (motor 1.0 a 1.4) 8,8 km / litro
Médio a Álcool (motor 1.5 a 2.0) 8,3 km / litro
Grande a Álcool (motor 2.1 em diante) 6,6 km / litro
Pequeno a GNV (motor 1.0 a 1.4) 14,5 km / m3
Médio a GNV (motor 1.5 a 2.0) 13,8 km / m3
Grande a GNV (motor 2.1 em diante) 10,9 km / m3
Pequeno Flex (motor 1.0 a 1.4) 10,2 km / litro
Médio Flex (motor 1.5 a 2.0) 9,7 km / litro
Grande Flex (motor 2.1 em diante) 7,7 km / litro
Fonte: Iniciativa Verde, com base em dados publicados pela
Revista Quatro Rodas    

Percentual de bicombustível em combustíveis fósseis

Mês
Média
Ano Parâmetros Unidades
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Anual

2006 tCO2/MWh 0,0322 0,0346 0,0337 0,0275 0,0317 0,0306 0,0351 0,0336 0,0383 0,0360 0,0265 0,0280 0,0323
FE do SIN
Perc. de
2006e etanol na % 25% 25% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 20% 21% 23% 21,2%
gasolina
Perc. De
2006d Biodiesel no % 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0,0%
Diesel
2007 tCO2/MWh 0,0229 0,0195 0,0195 0,0197 0,0161 0,0256 0,0310 0,0324 0,0355 0,0377 0,0406 0,0496 0,0293
FE do SIN
Perc. de
2007e etanol na % 23% 23% 23% 23% 23% 23% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 24,0%
gasolina
Perc. De
2007d Biodiesel no % 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0,0%
Diesel
2008 tCO2/MWh 0,0584 0,0668 0,0599 0,0453 0,0459 0,0521 0,0437 0,0425 0,0411 0,0438 0,0334 0,0477 0,0484
FE do SIN
Perc. de
2008e etanol na % 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25,0%
gasolina
Perc. De
2008d Biodiesel no % 2% 2% 2% 2% 2% 2% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%
Diesel
2009 tCO2/MWh 0,0281 0,0237 0,0247 0,0245 0,0405 0,0369 0,0241 0,0199 0,0162 0,0179 0,0181 0,0194 0,0246
FE do SIN
Perc. de
2009e etanol na % 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25,0%
gasolina
2009d % 3% 3% 3% 3% 3% 3% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 3,5%
Perc. De
33

Mês
Média
Ano Parâmetros Unidades
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Anual

Biodiesel no
Diesel
2010 tCO2/MWh 0,0211 0,0280 0,0243 0,0238 0,0341 0,0506 0,0435 0,0774 0,0907 0,0817 0,0869 0,0490 0,0509
FE do SIN
Perc. de
2010e etanol na % 25% 20% 20% 20% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 23,75%
gasolina
Perc. De
2010d Biodiesel no % 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5%
Diesel
2011 tCO2/MWh                          
FE do SIN
Perc. de
2011e etanol na %                          
gasolina
Perc. De
2011d Biodiesel no %                          
Diesel

médio
Ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez anual
2006 0,0322 0,0346 0,0337 0,0275 0,0317 0,0306 0,0351 0,0336 0,0383 0,036 0,0265 0,028 0,0323
2007 0,0229 0,0195 0,0195 0,0197 0,0161 0,0256 0,031 0,0324 0,0355 0,0377 0,0406 0,0496 0,0293
2008 0,0584 0,0668 0,0599 0,0453 0,0459 0,0521 0,0437 0,0425 0,0411 0,0438 0,0334 0,0477 0,0484
2009 0,0281 0,0237 0,0247 0,0245 0,0405 0,0369 0,0241 0,0199 0,0162 0,0179 0,0181 0,0194 0,0246
2010 0,0211 0,028 0,0243 0,0238 0,0341 0,0506 0,0435 0,0774 0,0907 0,0817 0,0869 0,049 0,050925

Sistema
Interligado http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/74694.html
Nacional
http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=338
  
http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/folder_portarias/portarias_mapa/2006/pmapa%2051%20-
%202006.xml
  
Porcentagem http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/folder_portarias/portarias_mapa/2006/pmapa%20278%20-
de etanol na %202006.xml
gasolina  
http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/folder_portarias/portarias_mapa/2007/pmapa%20143%20-
%202007.xml?f=templates$fn=document-frame.htm$3.0$q=%20143$x=Advanced$nc=7955#LPHit1
http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/folder_portarias/portarias_mapa/2010/pmapa
%207%20-%202010.xml
http://www.anp.gov.br/?dw=11252
http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2008/mar%C3%A7o/ranp%207%20-%202008.xml?
Porcentagem f=templates$fn=document-frame.htm$3.0$q=$x=$nc=8931
de Biodiesel  
no Diesel http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/resolucoes_anp/2008/junho/ranp%2018%20-%202008.xml?
f=templates$fn=document-frame.htm$3.0$q=$x=

Questionário Preliminar
34

Dados Gerais da empresa

Item  

Número de funcionários 06

Horário de funcionamento da empresa  08 ás 17 horas

Média diária de horas de trabalho/funcionário 08 horas

Média anual de dias de trabalho/funcionário     X

Energia Elétrica

Local Consumo Unidade

Escritório Comercial  200 KWh/mês KWh/mês

Consumo de água

Local Consumo Unidade

Escritório Comercial  4 m³/mês m3/mês

Consumo de Gás de Cozinha

Quantidade de botijões Peso unitário Unidade

 2 botijões  26 Litros L/ano

Geração de Papel

Papel Consumo Unidade

Sulfilte (A4)  12 resmas Ano


35

A serviço da organização

Potencia do
Nome do Funcionário Combustível Km/semana
motor

 Todos  1,6 e 1,0  Flex  750

       

Deslocamento do funcionário de casa para o trabalho

Potencia do
Nome do Funcionário Combustível Km/semana
motor

 Leila  1,4  Flex  24

 Passareli  1,0  Flex  14

Responsável pelas informações prestadas neste formulário

Nome: Leila Klenk

Cargo: Engª Agrônoma da EMATER unidade LAPA-PR

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