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Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

Universidade Aberta do Brasil – UAB


Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Municipal

POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO QUE ESTÃO SENDO


IMPLANTADAS PARA ABERTURA DA CAVERNA DO JABUTI EM
CURVELÂNDIA - MT

JAURU – MT
ABRIL/2012
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT
Universidade Aberta do Brasil – UAB
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Municipal

POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO QUE ESTÃO SENDO


IMPLANTADAS PARA ABERTURA DA CAVERNA DO JABUTI EM
CURVELÂNDIA - MT

RÉGIS AMANCIO FIORENTINO

Projeto de Pesquisa apresentado à disciplina


Metodologia de Estudo e Pesquisa em
Administração, como requisito parcial para
elaboração da monografia para conclusão do
curso de pós-graduação em Gestão Municipal

UNEMAT/ UAB
JAURU - MT
ABRIL - 2012
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3
2- OBJETIVOS................................................................................................................................4
3- JUSTIFICATIVA.........................................................................................................................5
4- REVISÃO TEÓRICA..................................................................................................................6
5- METODOLOGIA......................................................................................................................11
6- CRONOGRAMA.......................................................................................................................12
7- BIBLIOGRAFIA..................... ..................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

A finalidade desse trabalho é conhecer as políticas públicas que estão sendo implantadas
para abertura do turismo na Caverna do Jabuti no Município de Curvelândia em Mato Grosso.
Buscando identificar a situação do poder público municipal na elaboração das politicas para o
planejamento e a gestão das atividades turísticas no maior patrimônio natural do município, que é
a referida caverna.
A implantação do turismo na caverna do jabuti tem sido um tema frequentemente
discutido pela população do município, principalmente pelos agentes políticos e universitários da
área de turismo e meio ambiente, por perceberem a necessidade de elaboração do plano de gestão
desta atividade, especialmente no tocante as escolhas das metas e instrumentos que visam
amenizar os impactos negativos com a intervenção humana sobre o meio ambiente, buscando
soluções para conduzir o turismo através de ações planejadas.
O turismo é umas das mais relevantes atividades econômicas do País. Tal importância
sugere o desenvolvimento de políticas públicas que favoreçam o crescimento sustentável, por
meio de benefícios que contemplem à sociedade e à economia da região, necessitando de muito
planejamento, e formação de especialistas que atuar como assessores e consultores na elaboração,
formulação e avaliação do desenvolvimento da tal atividade.
2. OBJETIVO GERAL

Conhecer as políticas públicas que estão sendo implantadas para abertura do turismo na
Caverna do Jabuti, assim como análise de projetos elaborados com a finalidade de implantar o
turismo local.

2.1. OBJETIVO ESPECÍFICO

 Conhecer as metas, instrumentos e procedimentos que serão empregados para diminuir os


impactos ambientais derivados da ação do homem com a abertura do turismo na caverna do
Jabuti.
 Verificar se as medidas de conservação da Caverna do Jabuti adotadas pelo poder público
levam em consideração a proteção do meio natural.
 Analisar as principais ações propostas no plano de manejo da caverna do Jabuti para
implantação turismo na referida caverna elaborado pela Prefeitura Municipal e Secretaria
Municipal de Turismo e Meio Ambiente.
 Avaliar se as ações propostas podem ser julgadas como sustentáveis ou insustentáveis,
através do uso de indicadores do turismo sustentável.
 Pesquisar novos desafios para uma gestão ecologicamente correta para abertura de turismo
em cavernas como a do Jabuti.
3. JUSTIFICATIVA

O município de Curvelândia é recém-criado, tem apenas dez de emancipação, possui


grande diversidade cultural e bom potencial turístico a ser explorado, e uma das grandes
potencialidades é a Caverna do Jabuti, considerada a maior caverna do Estado de Mato Grosso,
com extensão de 3.860,51 metros em plano, conforme dados do CECAV (Centro Nacional de
Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas). A biodiversidade de flora e fauna existente no entorno
da Caverna é uma das maiores da região, o que chama atenção de muitos pesquisadores.
Atualmente o município conta com muita disponibilidade de mão-de-obra, possuindo um
número preocupante de pessoas ociosas por falta de emprego, o que obriga parte da sua
população se deslocarem até os municípios vizinhos, como Mirassol D’ Oeste e Lambari D’
Oeste a busca de emprego para sustentar as suas famílias financeiramente, saindo de suas
residenciais de manhã e retornando no período da tarde.
Pensando nos benefícios que o turismo pode trazer a Comunidade como emprego e renda,
lazer e fontes de pesquisas, o poder público municipal através da Secretaria Municipal de
Turismo e Meio Ambiente esta desenvolvendo projetos para implantação do turismo na Caverna
do Jabuti, tais como o Projeto “Caverna do Jabuti”, que aspira a criação de unidade de
conservação e uso público da mesma, por meio do Programa “Parques do Brasil”, ampliando a
área sob proteção, e ao mesmo tempo inserindo nestas áreas protegidas, processos de
desenvolvimento regional, garantindo a proteção da biodiversidade, a geração de emprego e
renda através de práticas econômicas sustentáveis e a melhoria da qualidade de vida da população
do município e região.
Neste contexto, este projeto de pesquisa tem o intuito de conhecer as políticas públicas que
estão sendo implantadas para abertura do turismo na Caverna do Jabuti, contribuindo assim, com
as pesquisas e projetos já realizados por acadêmicos da área de turismo, meio ambiente e
entidades envolvidas com o gerenciamento de atividade turísticas, tanto quando analisar as metas,
instrumentos que serão desenvolvidos para amenizar os impactos ambientais negativos com
intervenção da ação do homem.
4. REVISÃO TEÓRICA

A população do município de Curvelândia de modo geral pratica atividades econômicas


como a pecuária de corte e leiteira, agricultura, culturas perenes de arroz, cana-de-açúcar e
subsistência, porém, tais recursos não estão sendo suficientes para suprir a necessidade e gerar
emprego na comunidade.
Por outro lado, a área de Curvelândia possui grandes potencialidades turísticas e enorme
biodiversidade de fauna e flora, principalmente em torno da Caverna do Jabuti, que situa-se a 7
km da sede do perímetro urbano do município, idealizando que turismo local pode ser uma
grande fonte de renda e emprego para os munícipes de Curvelândia.
A Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente esta
elaborando projetos de implantação da atividade turística no local, com intenção de trazer a
Comunidade oportunidade de emprego e renda, promover lazer e disponibilizar fontes de
pesquisas, garantindo assim a melhoria da qualidade de vida da população do município e região.
No entanto, as sociedades contemporâneas têm como de suas principais características a
complexidade, que se expressa na diversidade e adversidade entre os grupos sociais, quando,
então, tornam-se comuns os conflitos sociais (Rua, 1998), e no município de Curvelândia não é
diferente, ao mesmo tempo em que existem grupos de pessoas apoiadoras da implantação do
turismo, há também grupos que descordam por entenderem que a preservação é primordial, e que
a abertura da caverna para atividade turística vai trazer mais degradação do ambiente do que
benefícios para o município. O poder público (estado) tem a responsabilidade de atuar como
árbitro, mediador dos conflitos sociais, organizador da sociedade, um agente fomentador e
coordenador, buscando regulamentar as relações entre os grupos conflitantes, aplicando
procedimentos formais e informais expressados por relações de poder destinando a resolução
pacífica dos conflitos quanto aos bens públicos, e atividades a serem desenvolvidas. Compete
então, aos órgãos públicos a função específica de determinar prioridades, criar normas,
administrar recursos e estímulos, pois ele dá as diretrizes e provê as facilidades.
Portanto, no turismo, a política exerce função primordial, pois, para o seu
desenvolvimento são necessários ações dos governos para direcionar a atividade turística a obter
os resultados finais desejados e manter as metas.
As políticas públicas de turismo no Brasil é bem recente, a partir de 1990, iniciou uma
agilidade no desenvolvimento dessas políticas, pois os governantes percebem a função e a
definição real do turismo e passam a dar prioridade aos planos de desenvolvimento.
A implantação do turismo requer muitas pesquisas para um eficiente planejamento de
como conduzir as atividades, que devem ser administrada principalmente pelo órgão público que
será neste caso um idealizador, empreendedor e financiador do projeto de implantação turística,
ou seja, desenvolvendo as Políticas Públicas do turismo.
Na implantação do turismo, os termos planejamento e política andam intimamente
ligados. Temos o planejamento um conjunto de decisões a serem colocadas em prática no futuro.
Portanto, planejar é apenas uma etapa de um processo global que envolve planejamento, decisão
e ação. Como um processo global, o planejamento deve se ocupar de um conjunto de decisões
interdependentes ou sistematicamente relacionadas e não com decisões individuais. Enraizado no
conceito de sustentabilidade, podemos dizer que a característica mais importante do planejamento
é aquela que visa garantir um futuro melhor.
Já a política pública podemos definir como tudo o que o governo decide fazer ou não
fazer. São escolhas deliberadas de fluxos de ação, adotadas pelos que estão no poder, entre
alternativas, e refletem as decisões e não-decisões, ações e inações do governo.
A análise das políticas nos permite compreender e explicar o conteúdo das decisões e
como elas foram tomadas. A elaboração de políticas públicas reflete em um ambiente político,
caracterizando valores e ideologias, distribuição do poder, estruturas institucionais e processos de
tomadas de decisão.
A elaboração de uma política de turismo está ligada a realidade comum de uma
localidade, obedecendo à regionalização e as necessidades da comunidade. Solha (2006, p.92)
descreve que “a política do turismo deve funcionar tanto no estímulo e no controle direto do
desenvolvimento do turismo como também deve preocupar-se com a proteção dos interesses da
sociedade”. Assim, entendemos que política de turismo é o “conjunto de fatores condicionantes e
de diretrizes básicas que expressam os caminhos para atingir os objetivos globais para o turismo
do país” (BENI, 2001, p. 178).
Para Beni (2002, p.80) resume que “política é o curso de ação calculado para alcançar
objetivos específicos. [...] e políticas são orientações específicas para a gestão permanente do
turismo, abrangendo os inúmeros aspectos operacionais da atividade”. Podemos perceber que a
pratica do turismo envolve muitas forças distintas e que faz parte de uma rede de políticas, leis,
regulamentações e outras ações do governo, e está relacionada com outras políticas (econômica,
educacional, saúde, etc.) com a finalidade de apresentarem metas e diretrizes para buscar o
desenvolvimento desejado da sociedade moderna, ligadas a outras partes que conectados,
possibilitam trabalhar o turismo de maneira sustentável.
Nos dias atuais, o turismo atinge o 3º lugar nas exportações na balança comercial
brasileira e o 1º como atividade na economia mundial. O turismo por ser uma atividade
econômica, envolve-se com o conceito de desenvolvimento, no momento que este é um produto,
e é consumido in loco, que impulsiona o desenvolvimento de outras atividades econômicas e
infra-estrutura, uma atividade compatível com o desenvolvimento sustentável, é a mais potente
atividade de revitalização cultural e uma válvula terapêutica para a vida estressante do mundo
urbanizado, englobando hoje 80% da população mundial.
O crescimento do turismo de massa criou, em alguns casos, problemas sociais e
ambientais, que hoje vem sendo trabalhados para reverter a situação. Por isso, têm-se notado a
importância designada as políticas públicas, orientadas para o desenvolvimento das atividades
turísticas em prol de um crescimento maduro e sustentável de qualidade.
A prática do turismo sem planejamento pode nos cobrar muita preocupação com o meio
ambiente, como podemos observar, que ZART, nos mostra um conflito entre duas matérias, o
economicismo e o ecologismo:

Assim como o economicismo, o ecologismo se reduz a um campo muito limitado.


Enquanto os economicistas se programam para transformar tudo em mercadoria,
em objetos de valor e troca, voltados à competitividade do mercado os ecologistas
puritanos e exagerados atuam no sentido restrito da preservação. Tudo e todos
representam o perigo do fim da natureza, significando uma visão e uma postura
escatológica frente à capacidade de avaliação e reencaminhamento da avaliação.
(ZART, 1995, p. 48).

Busca-se construir uma sociedade sustentável, sobre a reflexão do contexto sócio-


ambiental no qual os indivíduos percebam que a conservação dos recursos naturais também é
estimulada a partir da atividade turística, e que os atrativos naturais, como grutas, cavernas,
matas, cachoeiras e lagos estimula a criação de parques e reservas, para atender de forma
controlada os visitantes que buscam conhecer a flora, a fauna e as paisagens em seu estado
natural.
É devido a estes motivos que há a necessidade de cuidados para o bom andamento da
atividade turística, visto que muitos dos resultados são irreversíveis e podem comprometer as
áreas de visitação, já que a demanda desta modalidade turística é a busca de ambientes
conservados, mais próximos do natural possível.
Para isso, é de suma importância que ocorram reflexões e discussões sobre os impactos
oriundos da atividade turística sobre o patrimônio natural, apontando propostas para minimizar
os impactos negativos e otimizar os impactos positivos.
É muito importante que ocorra o monitoramento, a partir da descrição das condições
ambientais, avaliações permanentes, exames contínuos de graus de mudança, visto que o
“turismo é uma atividade dinâmica, os impactos e suas consequências mudam constantemente,
desse modo seu monitoramento periódico torna-se uma necessidade imprescindível”
(RUSCHMANN, 1994, p. 42).
Dias (2003), também destaca a importância deste acompanhamento técnico do turismo no
meio natural, pois acredita que é através do monitoramento que se estabelecerão bases para um
desenvolvimento turístico sustentável.
Ruschmann (1994) aponta ainda que,

o impacto do turismo sobre o meio ambiente jamais será nulo, (...) as


depredações dependem da vulnerabilidade do meio. A vulnerabilidade de um
atrativo ou local turístico depende da fragilidade dos ecossistemas que compõem
o meio e para preservar sua integridade, é preciso delimitar a “capacidade de
carga” (...) que este pode suportar sem comprometer as características que
originaram sua atratividade

O impacto ambiental é grande relevância quando se quer uma continuidade da atividade


turística por longo tempo, devendo manter a carga turística dentro dos limites que o meio
ambiente pode suportar, buscando evitar a degradação do mesmo. Porém, esta é uma tarefa
desafiadora para o planejamento turístico de uma determinada área, descobrir qual o ponto de
equilíbrio entre o número de visitantes e a capacidade de suporte desses ambientes naturais não é
tarefa nada fácil. Porém, para que realmente sejam alcançados resultados promissores, faz-se
necessário um planejamento para a sustentabilidade turística, a fim de atingir um marco ideal de
qualidade ambiental.
Contudo, a população busca formas e fontes diferenciadas de gerações de empregos e
oportunidades de diminuir as dificuldades financeiras originadas da falta de oferta de trabalho,
minimizando as atividades informais e temporais, consequentes deste mundo globalizado
excludente e do incessante crescimento populacional.
Portanto, uma das formas de trabalhar estas peculiaridades e diversidades, é aproveitar
estas riquezas naturais, culturais e históricas, através da atividade turística, a partir da
implantação de políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento da região.
5. METODOLOGIA

Com a finalidade de atingir os objetivos propostos, será desenvolvida uma pesquisa


dentro da abordagem relativos às politicas públicas que estão sendo implantadas para abertura do
turismo na Caverna do Jabuti, devido o contato direto e prolongado do pesquisador com o
ambiente e a situação que está sendo investigada.
O presente estudo será de cunho qualitativo, focalizando a análise das políticas públicas
para implantação do turismo, realizando um levantamento do tipo descritivo-exploratório,
caracterizando um estudo de caso partindo da análise documental e da revisão bibliográfica para
identificar as diferentes variáveis relacionadas a pesquisa.
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre


ATIVIDADES
2012 2012 2012
Análise documental (Plano de manejo
e projetos elaborados pela Secretaria X
Municipal de Turismo)

Revisão Bibliográfica X

Sistematização dos dados coletados e


X
resultados
7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. 4. ed. rev. São Paulo: SENAC, 2001.

BENI, Mário Carlos. Política e estratégia de desenvolvimento regional: planejamento integrado


do turismo. In: RODRIGUES, Adyr Balastreri (Org.) Turismo e desenvolvimento local. 3. ed.
São Paulo: Hucitec, 2002. cap. 6.

DIAS, Reinaldo. Turismo sustentável e meio ambiente. São Paulo: Atlas, 2003

RUA, Maria das Graças. Políticas Públicas. Brasília: CAPES:UAB, 2009

RUSCHMANN, Doris. Turismo e planejamento sustentável: A Proteção do Meio Ambiente.


São Paulo: Papirus, 1997.

ZART, Laudemir Luiz, Educação Ambiental Critica: O Encontro dialético da realidade vivida e
da utopia imaginada. Cáceres-MT: UNEMAT Editora, 2004.

SOLHA, Karina Toledo. Política de turismo: desenvolvimento e implementação. In:


RUSCHMANN, Doris ; SOLHA, Karina Toledo (Org.) Planejamento turístico. Barueri, SP:
Manole, 2006. cap. 5

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