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ECOTURISMO, CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

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Sumário
Sumário ..........................................................................................................1

NOSSA HISTÓRIA .........................................................................................2

Introdução .......................................................................................................3

Envolvimento da população ............................................................................4

Recursos .....................................................................................................5
Dificuldades.................................................................................................6
Ecoturismo ......................................................................................................7

Conceituação ................................................................................................ 12

O que é Ecoturismo?................................................................................. 12
A Educação Ambiental e o Ecoturismo ..................................................... 13
Ecoturismo: conceituação e relação com a economia .................................. 15

Princípios básicos do Ecoturismo ............................................................. 17


Ecoturismo: realidade mundial .................................................................. 19
A prática do ecoturismo no Brasil ................................................................. 21

A realidade brasileira................................................................................. 21
As inovações do setor de turismo no Brasil .............................................. 22
Turismo rural: conceitos e atividades. ....................................................... 23
O perfil da empresa de ecoturismo ........................................................... 25
Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo ................................. 25
O Potencial Ecoturístico Brasileiro ............................................................ 27
Impactos do Ecoturismo ............................................................................ 28
Meio ambiente e empresas lucrando com a prevenção ............................ 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 32

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Introdução

O "ecoturismo", moda introduzida na década de 80, é mais um lenitivo


inventado pelo capitalismo para combater os estragos que ele mesmo criou e tem
sido entendido como práticas pedagógicas, esportivas e de lazer junto à "natureza
pura", nos lugares diferenciais que ainda existem sob proteção: florestas, bosques,
cursos d’água, montanhas escaláveis, exponenciáveis...
O ecoturismo procura utilizar o patrimônio natural e cultural de forma
sustentável, incentivando sua conservação e buscando formar uma consciência
ambientalista, além de promover o bem-estar das populações envolvidas.
O ecoturismo é uma atividade sustentável e, por se preocupar com a
preservação do patrimônio natural e cultural, diferencia-se do turismo predatório. É
uma tendência mundial em crescimento e responde a várias demandas: desde a
prática do esporte radical ao estudo científico dos ecossistemas.
Os municípios brasileiros, em sua maioria, possuem atrativos para se
tornarem pólos ecoturísticos, mas além da disposição do município em implantar o
ecoturismo, a existência de serviços e infra-estrutura (hotéis, pousadas, estradas,
telefone, etc.) é uma pré-condição a ser observada, pois em primeiro lugar é preciso
uma infra-estrutura básica para tornar uma localidade atrativa para operadoras
nacionais e internacionais, um destino competitivo, com capacidade de receber
diferentes públicos.
Com relação à infra-estrutura, é recomendável sinalizar claramente as
estradas e colocar placas bilíngües (português e inglês) orientando os turistas;
oferecer serviços médicos e de segurança; sistematizar e disponibilizar as
informações turísticas. Os espaços de recepção do turista devem possuir pessoal
capacitado. O Sebrae vem aumentando seu apoio a esse segmento de negócios,
oferecendo cursos. Os profissionais dessa área têm sua entidade nacional, o Instituto

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de Ecoturismo do Brasil (IEB), desde novembro de 95, que pode ser contatada pelas
prefeituras interessadas.
Além da preocupação com a preservação do ambiente natural, as cidades que
adotarem o ecoturismo podem fazer a integração do espaço urbano com o meio-
ambiente através de ações como coleta seletiva de lixo(1), saneamento
ambiental(2), preocupação com os mananciais(3), programas de arborização
utilizando a mata nativa dentro da malha urbana, programas de educação e cultura
ambiental para a população local (inclusive como exemplo para os turistas). (1)A
gestão sustentável dos resíduos sólidos pressupõe reduzir o uso de matérias-primas
e energia, reutilizar produtos e reciclar materiais. A coleta seletiva é uma alternativa
concreta. (2)A disponibilidade de água é fundamental para o desenvolvimento local.
As ações e o planejamento da prefeitura devem ser elaborados com a participação
da sociedade, facilitando a implementação das decisões. (3)Ações envolvendo
várias prefeituras e representantes da sociedade civil favorecem a conscientização
sobre o uso racional da água e facilitam a formalização de convênios com os órgãos
estaduais.

Envolvimento da população

O ecoturismo pode trazer grandes mudanças à sociedade, como aumento de


empregos, da arrecadação fiscal e gerar progresso. Mas se a população apenas
servir de mão-de-obra, sem fazer parte do projeto, isto apenas aumentará a má
distribuição de renda local.
Nos últimos anos, vários países do mundo vêm discutindo estratégias de
acabar com a pobreza em seus territórios. A grande questão não é erradicar a
miséria apenas na base do assistencialismo, mas promover meios para que as
pessoas venham a conquistar seu emprego, sua saúde, educação e lazer, através

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de um desenvolvimento sustentável, e o ecoturismo entra nesse contexto
associando tais questões.
Antes de implementar o ecoturismo é necessário saber se a população local
está disposta a se envolver, direta ou indiretamente, com esta atividade –
indiretamente porque deve haver uma abertura inicial da população para receber
pessoas estranhas e com hábitos diferentes.
O diálogo permanente com a população, o esclarecimento e a informação
constante, o incentivo ao seu envolvimento com estas atividades e participação no
Conselho Municipal de Turismo são exemplos de ações que podem ajudar os
moradores a descobrirem as oportunidades que se abrem com a implantação do
turismo.
Um programa de capacitação de monitores ambientais locais como a
capacidade de associação dos atrativos naturais a seus aspectos culturais. Além
dessa capacitação, existem outras formas de envolvimento. Em regiões marítimas
ou fluviais, pode-se adaptar (sem descaracterizar) as embarcações dos pescadores
para atividades turísticas em épocas de escassez de peixe ou de proibição da pesca
(desova).
Os pescadores interessados passariam por um breve período de capacitação
para exercer esta atividade.

Recursos
O volume de recursos necessários para a implantação do ecoturismo varia
conforme o tamanho do município, da área a ser utilizada e da disposição da
administração e da população locais.
Para a viabilização do ecoturismo, são necessárias placas que orientam na
localização e demarcação da fauna existente, e também instruindo o ecoturista a
importância do respeito à natureza, informações impressa, como folhetos, guias,
mapas folders para dar mais segurança ao ecoturista, pode ser feita também
cobrança de ingressos em algumas atrações turísticas.
Nesse caso, podem ser aplicadas tarifas diferenciadas para turistas
estrangeiros, e para as diferentes atividades a serem desenvolvidas nos locais
(esportiva, científica, etc.). Isto exigiria a adaptação dos serviços de promoção do

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turismo (hotéis, agências, restaurantes, atividades esportivas e culturais) a uma
gama de turistas bastante heterogêneas economicamente.

Dificuldades

Embora todo município possua condições de implementar sozinho algum tipo


de atividade turística, algumas questões correlacionadas não podem ser resolvidas
unicamente na esfera municipal. Alguns municípios possuem atrações turísticas,
mas não a infra-estrutura necessária para o turismo. Por isto é importante atentar
para o enfoque regional dos problemas: municípios vizinhos, sem atrações turísticas,
podem ter a infra-estrutura necessária para permitir esta atividade.
Outras dificuldades surgem dos impactos socioculturais do turismo,
principalmente se ele não for bem estruturado dentro de condições de
sustentabilidade. Pode haver degradação ambiental, mudanças nos valores locais e
na sociabilidade dos moradores, com a descaracterização ou o abandono de
atividades tradicionais e, até mesmo, aumento da violência e da criminalidade. A
cultura local, por sua vez, deve se expressar espontaneamente, contando com o
apoio da prefeitura, mas sem ser obrigada a se transformar em uma atividade
turística.
Podemos perceber que a proposta básica do ecoturismo é proporcionar algum
tipo de interação do ecoturista com o natural através da comunidade nativa. As
interações entre unidades de conservação e comunidades locais não são
necessariamente conflitivas e são conhecidos casos concretos de convivência
harmônica e equilibrada. Estas incluem ações organizadas de associações

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comunitárias, que tem dedicado esforços coletivos para manter e tirar proveito das
áreas protegidas.
Paralelamente podemos perceber que o ecoturismo é uma atividade onde tem
mais elevado custo para o consumidor do que outras viagens, conseqüentemente é
uma grande opção de desenvolvimento sustentável em uma localidade.

Ecoturismo

Segundo a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), o Ecoturismo é um


segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural
e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência
ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das
populações envolvidas.
Para o Instituto de Ecoturismo do Brasil, ecoturismo "é a prática de turismo de
lazer, esportivo ou educacional, em áreas naturais, que se utiliza de forma
sustentável dos patrimônios natural e cultural, incentiva a sua conservação, promove
a formação de consciência ambientalista e garante o bem estar das populações
envolvidas.
Das diferenças existentes entre o turismo comum (clássico) e o ecoturismo
(turismo ecológico) ressalta-se que enquanto no turismo clássico as pessoas apenas
contemplam estatisticamente o que elas conseguem ver sem muita participação
ativa, no ecoturismo existe movimento, ação e as pessoas, na busca de experiências
únicas e exclusivas, caminham, carregam mochilas, suam, tomam chuva e sol, tendo
um contato muito mais próximo com a natureza. O ecoturismo ainda se diferencia
por passar informações e curiosidades relacionados com a natureza, os costumes e

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a história local o que acaba possibilitando uma integração mais educativa e
envolvente com a região.
Considerando que o Ecoturismo é uma tendência em termos de turismo
mundial que aponta para o uso sustentável de atrativos no meio ambiente e nas
manifestações culturais, devemos ter em conta que somente teremos condições de
sustentabilidade caso haja harmonia e equilíbrio no "diálogo" entre os seguintes
fatores: resultado econômico, mínimos impactos ambientais e culturais, satisfação
do ecoturista (visitante, cliente, usuário) e da comunidade (visitada).
O ecoturismo é uma atividade sustentável e, por se preocupar com a
preservação do patrimônio natural e cultural, diferencia-se do turismo predatório. É
uma tendência mundial em crescimento e responde a várias demandas: desde a
prática do esporte radical ao estudo científico dos ecossistemas.
O nome "ecoturismo" é novíssimo, surgiu oficialmente em 1985, mas somente
em 1987 foi criada a Comissão Técnica Nacional constituída pelo Ibama e a
Embratur, ordenando as atividades neste campo.
Os principais objetivos do Ecoturismo:
 promover e desenvolver turismo com bases cultural e ecologicamente
sustentável;
 promover e incentivar investimentos em conservação dos recursos
culturais e naturais utilizados;
 fazer com que a conservação beneficie materialmente comunidades
envolvidas, pois somente servindo de fonte de renda alternativa estas se
tornarão aliadas de ações conservacionistas;
 ser operado de acordo com critérios de mínimo impacto para ser uma
ferramenta de proteção e conservação ambiental e cultural;
 educar e motivar pessoas através da participação e atividades a
perceber a importância de áreas natural e culturalmente conservadas.
Nos últimos anos, o Ecoturismo vem crescendo rapidamente, aumentando a
procura por este tipo de turismo, o número de publicações, de programas de TV, de
órgãos ligados ao assunto, etc. Segundo a Organização Mundial do Turismo,
enquanto o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce mais de 20%.
Existem várias hipóteses para tentar explicar o por quê de as pessoas estarem
buscando esse tipo de atividade. As mais comuns são a preocupação com o meio

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ambiente, maior conscientização ecológica e uma maneira de fugir da rotina e do
estresse dos grandes centros urbanos.
Estima-se que mais de meio milhão de pessoas no Brasil pratiquem o
ecoturismo, que deve empregar cerca de 30 mil pessoas, através de, no mínimo 5
mil empresas e instituições privadas.
Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, são necessárias
quatro condições básicas: respeito às comunidades locais; envolvimento econômico
efetivo das comunidades locais; respeito às condições naturais e conservação do
meio ambiente e interação educacional - garantia de que o turista incorpore para a
sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da
natureza e dos patrimônios histórico, cultural e étnico.
Em 1994, um grupo multidisciplinar formado por representantes dos mais
diversos segmentos interessados dos setores governamental e privado, analisou e
estabeleceu bases para a implantação de uma Política Nacional de Ecoturismo, de
forma a assegurar:
 à comunidade: melhores condições de vida e mais benefícios;
ao meio ambiente: uma poderosa ferramenta na valorização dos recursos naturais;
 à nação: uma fonte de riqueza, divisas e geração de empregos;
 ao mundo: a oportunidade de conhecer e utilizar o patrimônio natural dos
ecossistemas para onde convergem a economia e a ecologia, para o
conhecimento e uso das gerações futuras.
O caminho ideal para o ecoturismo é o que se chama desenvolvimento
sustentável. Este conceito propõe a integração da comunidade local com atividades
que possam promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e
culturais.
Antes de implementar o ecoturismo é necessário saber se a população local
está disposta a se envolver, direta ou indiretamente, com esta atividade
indiretamente porque deve haver uma abertura inicial da população para receber
pessoas estranhas e com hábitos diferentes.
O diálogo permanente com a população, o esclarecimento e a informação
constante, o incentivo ao seu envolvimento com estas atividades e participação no
Conselho Municipal de Turismo são exemplos de ações que podem ajudar os
moradores a descobrirem as oportunidades que se abrem com a implantação do
turismo.

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Um programa de capacitação de monitores ambientais locais é uma das
formas de envolver a população com o ecoturismo, gerando emprego e renda. Os
monitores não possuem a mesma função do guia de turismo, mas devem saber
associar os atrativos naturais da região a seus aspectos culturais. Não há exigência
de escolaridade, mas é extremamente recomendável que sejam alfabetizados.
Além dessa capacitação, existem outras formas de envolvimento. Em regiões
marítimas ou fluviais, pode-se adaptar (sem descaracterizar) as embarcações dos
pescadores para atividades turísticas em épocas de escassez de peixe ou de
proibição da pesca (desova). Os pescadores interessados passariam por um breve
período de capacitação para exercer esta atividade.
O volume de recursos necessários para a implantação do ecoturismo varia
conforme o tamanho do município, da área a ser utilizada e da disposição da
administração e da população locais. A curto prazo pode ser feita a cobrança de
ingressos em algumas atrações turísticas.
Nesse caso, podem ser aplicadas tarifas diferenciadas para turistas
estrangeiros, e para as diferentes atividades a serem desenvolvidas nos locais
(esportiva, científica, etc.). Isto exigiria a adaptação dos serviços de promoção do
turismo (hotéis, agências, restaurantes, atividades esportivas e culturais) a uma
gama de turistas bastante heterogênea economicamente.
Embora todo município possua condições de implementar sozinho algum tipo
de atividade turística, algumas questões correlacionadas não podem ser resolvidas
unicamente na esfera municipal. Alguns municípios possuem atrações turísticas,
mas não a infra-estrutura necessária para o turismo. Por isto é importante atentar
para o enfoque regional dos problemas: municípios vizinhos, sem atrações turísticas,
podem ter a infra-estrutura necessária para permitir esta atividade.
Pode haver degradação ambiental, mudanças nos valores locais e na
sociabilidade dos moradores, com a descaracterização ou o abandono de atividades
tradicionais e, até mesmo, aumento da violência e da criminalidade. A cultura local,
por sua vez, deve se expressar espontaneamente, contando com o apoio da
prefeitura, mas sem ser obrigada a se transformar em uma atividade turística.
O Brasil possui ainda regiões relevantes de áreas naturais e é o país de maior
diversidade do mundo, seu potencial ecoturístico é muito grande, o que tem
proporcionado o desenvolvimento desta atividade, com movimentação de milhões
de reais.

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Os municípios brasileiros, em sua maioria, possuem atrativos para se
tornarem pólos ecoturísticos. Mas além da disposição do município em implantar o
ecoturismo, a existência de serviços e infra-estrutura (hotéis, pousadas, estradas,
telefone, etc.) é uma pré-condição a ser observada.
Entre os principais destinos estão: Bonito (MS), Chapada Diamantina (BA),
Chapada dos Guimarães (MT), Chapada dos Veadeiros (GO), região de Manaus
(AM), Fernando de Noronha (PE), Lagamar (SP), litoral sul da Bahia, Pantanal
(MS/MT), Serra Gaúcha (RS), Serra do Mar (SP), Vale do Ribeira (SP) e diversas
regiões do litoral nordestino.
Um dos maiores atrativos turísticos do Brasil, a Amazônia, sabe-se que os
principais problemas sociais que lá vêm ocorrendo, simultaneamente a um
acentuado processo de degradação ambiental, são decorrentes do confronto entre
duas formas de uso: a "tradicional" e a "moderna". A forma "tradicional" na qual os
diferentes grupos sociais (povos da floresta: seringueiros, caboclos, indígenas, etc)
vivem em estreita relação com a natureza, praticando o extrativismo da borracha, a
coleta da castanha, a caça e a pesca artesanais de subsistência, revelou-se capaz
de manter o equilíbrio ecológico.
Já o "moderno", adotado intensamente nos últimos 40/50 anos, difere do
"tradicional", tanto na sua relação com o uso do solo, onde prevalece a especulação
imobiliária, quanto ao processo produtivo que têm na exploração maciça dos
recursos naturais (madeira, garimpo, etc) seu principal objetivo. O Ecoturismo
para ser sustentável deve buscar o modelo "tradicional" de extrativismo de nosso
patrimônio natural e cultural.
Fonte: Embratur - www.embratur.gov.br
"A educação é a base essencial para o desenvolvimento tanto econômico
quanto cultural de uma sociedade."

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Conceituação
O que é Ecoturismo?

O ecoturismo é inicialmente conceituado pela EMBRATUR como "segmento


da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural,
incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista,
através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações
envolvidas".
Este conceito, definido contextualmente pela EMBRATUR, logicamente não
deixa de conter os princípios básicos do ecoturismo, que é o incentivo para a
consciência ambientalista ou conservacionista do ambiente, assim como também a
promoção do bem-estar das populações que estão sendo inseridas, residentes no
local. E é neste perfil, principalmente o das populações e do seu meio modificado ou
não, pelas atividades antrópicas, que as atividades ecoturísticas devem se
encarregar de conservar e divulgar na sua prática.
Por isso que a partir do momento em que uma atividade neste sentido for
colocada em serviço em uma determinada região, esta deve obrigatoriamente, inserir
de forma sustentável, as populações em que ali vivem, e primordialmente se estas
retiram suas necessidades do próprio cotidiano local naquele ecossistema.
Existem também outras formas de expressar ou conceituar as formas de atuação do
ecoturismo, como por exemplo, a de que esta atividade é considerada um ato de
busca de lugares exóticos e remotos na natureza, para o qual o homem "ecoturista"
se faça de um desafiante daquele espetáculo da natureza predominante que, acima
de tudo deve ser observada e conservada.

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Lembrando de que esta linha ilógica deste conceito prático, que está sendo
mais utilizado na atualidade capitalista, em que boa parte das iniciativas privada
atuantes na área desfruta com muito prazer. Atuam, esquecendo na maioria das
vezes da conscientização e inserção das populações locais juntamente com todo
seus processos culturais e históricos.

A Educação Ambiental e o Ecoturismo

O ecoturismo por se apresentar como uma atividade de pleno contato com a


Natureza, não se deixa passar por um segmento que também necessita
obrigatoriamente de uma devida conscientização ambiental, juntamente com todos
os parâmetros e objetivos da Educação Ambiental, que passa agora não a ajudar a
recuperar áreas degradadas e sim a surgir como uma fonte de requisitos necessários
para que não se deprede as áreas que não foram modificadas pelas atividades
agricultáveis ou urbanas, como é o que acontece na maioria das vezes com os
ambientes visitados pelos ecoturistas, em que são áreas normalmente reservadas
historicamente por suas belezas naturais e culturais.
Por isso, como já foi dito, a Educação Ambiental para os praticantes do
ecoturismo, assim como para as sociedades ali inserida deve ser analisada e
praticada de uma forma distinta da tradicional Educação Ambiental que é praticada
nas escolas ou parques recreativos. Claro que elas não são excludentes, mas a
educação ambiental praticada em um parque ecoturístico, por exemplo, deve conter
diretrizes diretamente ligadas a problemática local e ali estabelecida, porque os
problemas ali existentes podem ser endêmicos da região, assim como o ecoturista
não pode de maneira nenhuma se aventurar ecologicamente pelo local sem ter uma

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mínima informação, conscientização, comportamento, conhecimento, habilidade e
participação sobre a dinâmica local e as relações humanísticas e culturais da região.
Mas esta distinção da prática educacional em ambientes totalmente distintos
requer um audacioso trabalho de reconhecimento de todo processo histórico e
cultural das sociedades envolvidas, assim como um levantamento físico da área,
onde se possa diagnosticar e prognosticar os resultados que lhe possa garantir uma
sistematização concreta dos aspectos ambientais positivos e negativos, assim como
a fragilidade e a capacidade da área receber tais atividades. E atividades estas, para
condizerem ao aspecto de desenvolvimento econômico e social sustentável, devem
sem dúvida conscientizarem-se paralelamente a toda e qualquer diretriz que sirva de
apoio, sendo esta jurídica ou não.
Segundo a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), o Ecoturismo é um
segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural
e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência
ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das
populações envolvidas.
Para o Instituto de Ecoturismo do Brasil, ecoturismo “é a prática de turismo de
lazer, esportivo ou educacional, em áreas naturais, que se utiliza de forma
sustentável dos patrimônios natural e cultural, incentiva a sua conservação, promove
a formação de consciência ambientalista e garante o bem estar das populações
envolvidas.
Das diferenças existentes entre o turismo comum (clássico) e o ecoturismo
(turismo ecológico) ressalta-se que enquanto no turismo clássico as pessoas apenas
contemplam estatisticamente o que elas conseguem ver sem muita participação
ativa, no ecoturismo existe movimento, ação e as pessoas, na busca de experiências
únicas e exclusivas, caminham, carregam mochilas, suam, tomam chuva e sol, tendo
um contato muito mais próximo com a natureza. O ecoturismo ainda se diferencia
por passar informações e curiosidades relacionados com a natureza, os costumes e
a história local o que acaba possibilitando uma integração mais educativa e
envolvente com a região.
Considerando que o Ecoturismo é uma tendência em termos de turismo
mundial que aponta para o uso sustentável de atrativos no meio ambiente e nas
manifestações culturais, devemos ter em conta que somente teremos condições de
sustentabilidade caso haja harmonia e equilíbrio no "diálogo" entre os seguintes

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fatores: resultado econômico, mínimos impactos ambientais e culturais, satisfação
do ecoturista (visitante, cliente, usuário) e da comunidade (visitada).
O ecoturismo é uma atividade sustentável e, por se preocupar com a
preservação do patrimônio natural e cultural, diferencia-se do turismo predatório. É
uma tendência mundial em crescimento e responde a várias demandas: desde a
prática do esporte radical ao estudo científico dos ecossistemas.
O nome “ecoturismo” é novíssimo, surgiu oficialmente em 1985, mas somente
em 1987 foi criada a Comissão Técnica Nacional constituída pelo Ibama e a
Embratur, ordenando as atividades neste campo.

Ecoturismo: conceituação e relação com a economia

A consciência esperada, tanto de operadores do setor quanto dos visitantes,


é a relação com a proteção do meio ambiente,além da garantia para a manutenção
da atividade. A mão-de-obra necessária para o desenvolvimento da atividade deve
ter, de preferência, vínculos com a comunidade local envolvida.
Tal preferência se explica em razão de que assim haverá significativa geração
de receitas, em virtude da abertura de novos postos de trabalho, absorvendo a
população local de maneira uniforme.
No Brasil, várias ações como organização de Congressos e Seminários foram
levadas a cabo, quer pela iniciativa privada ou pelo Estado.
Em 1994, por iniciativa da EMBRATUR foram elaboradas as DIRETRIZES
PARA UMA POLÍTICA NACIONAL DE ECOTURISMO, documento este viabilizado
por um grupo Interministerial (MICT, MMA), e conceitua o ecoturismo como sendo:

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"um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio
natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência
ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das
populações envolvidas".
O mercado brasileiro define o ecoturismo como:
"toda atividade realizada em área natural com o objetivo de observação e
conhecimento da flora, fauna e aspectos cênicos (com ou sem o sentido de aventura);
prática de esportes e realização de pesquisas científicas".
Desde de meados dos anos oitenta que o nome "ecoturismo" passou a
integrar o mercado brasileiro. Com a ampliação da demanda e da oferta ecoturística,
a atividade passou a chamar a atenção das autoridades governamentais brasileiras
que tratou de estabelecer programas específico para este segmento. O primeiro
programa estabelecido pela Embratur em 1987, Projeto Turismo Ecológico, não
emplacou em razão da pouca divulgação e da pouca importância dada às questões
ambientais até então.
Atualmente, o ecoturismo tem recebido um tratamento diferenciado das
autoridades governamentais brasileiras do turismo. Um Grupo de Trabalho
organizado pelo Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo e pelo Ministério
do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, em Goiás Velho / GO, em 1994, constituído
por técnicos da Embratur, por especialistas e empresários do setor, buscou formular
nossa conceituação para o ecoturismo, inspirado em nossos anseios e em nossa
experiência, onde foram traçadas, também, as Diretrizes para uma Política Nacional
de Ecoturismo.
Hoje o país procura implementar esta política através de programas em nível
regional e local, porém há inúmeros problemas burocráticos, conceituais e
financeiros para sua implementação efetiva, além de movimentar interesses políticos
em função do potencial de atração de recursos que a atividade pode atrair.
O conceito oficial brasileiro, os órgãos governamentais, dão conta de que o
Ecoturismo é:
"...um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio
natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência
ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das
populações envolvidas."

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Os objetivos básicos da Política Nacional de Ecoturismo foram definidos e
visam: compatibilizar as atividades de ecoturismo com a conservação de áreas
naturais; fortalecer a cooperação interinstitucional; possibilitar a participação efetiva
de todos os segmentos atuantes no setor; promover e estimular a capacitação de
recursos humanos para o ecoturismo; promover, incentivar e estimular a criação e
melhoria da infra-estrutura para a atividade de ecoturismo e promover o
aproveitamento do ecoturismo como veículo de educação ambiental.
A partir desta definição e aliados aos conceitos desenvolvidos por diversos
especialistas internacionais, definiu-se os princípios e critérios a serem adotados
pelo ecoturismo (Projeto OCE - Oficinas de Capacitação em Ecoturismo, 1994), que
permitem sua identificação diferenciada perante o turismo convencional,
consagrando conceitos e práticas que vem sendo adotadas também por parte do
empresariado do turismo convencional, tornando-se tendências que deveriam ser
seguidas por qualquer atividade turística responsável.

Princípios básicos do Ecoturismo

A preocupação com a conservação e uso sustentável dos recursos naturais e


culturais tem gerado diversas discussões dentro da sociedade brasileira e mundial.
A preservação ambiental passou a ser assunto premente na sociedade do século
XXI como não o foi em nenhuma outra até agora.
Em uma sociedade eminentemente capitalista, como é o caso do Brasil,
qualquer atividade que se proponha a ser bem sucedida deve satisfazer o requisito
básico de gerar recursos. No caso específico do ecoturismo, só a bem poucas
décadas comprovou-se ser ele uma ótima oportunidade de um negócio por gerar
recursos financeiros significativos.
Objetivando uma adequação da atividade do ecoturismo, alguns critérios do
devem ser levados em conta quando de uma proposta viável: manejo e

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administração verde do empreendimento; associações e parcerias entre os setores
governamentais e não governamentais locais, regionais e nacionais, educação
ambiental para o turista e para a comunidade local, guias conscientes, interessados
e responsáveis, planejamento integrado, com preferência à regionalização,
promoção de experiências únicas e inesquecíveis em um destino exótico,
monitoramento e avaliação constante, turismo de baixo impacto, além da criação de
um código de ética para o mercado do ecoturismo.
O chamado ecoturismo é urna atividade que, em primeiro lugar, promove o
reencontro do homem com a natureza de forma a compreender os ecossistemas que
mantêm a vida. As atividades são desenvolvidas através da observação do ambiente
natural, através da transmissão de informações e conceitos ou através da simples
contemplação da paisagem.
No turista, este processo auxilia no desenvolvimento da consciência da
própria existência em equilíbrio na natureza visando, ainda, a manutenção da
qualidade de vida das gerações atuais e futuras. Esse aprendizado permite que o
turista tenha a possibilidade de transformar e renovar seu comportamento cotidiano.
A realidade urbana com a qual o turista convive rotineiramente, passa a ser
questionada gerando reflexões sobre poluição destes grandes centros, manutenção
de áreas verdes, destinação e reciclagem de lixo e qualidade de vida. Objetiva-se,
assim, a incorporação e tradução destas reflexões na forma de comportamento e
posturas no seu ambiente de origem.
Atividades de ecoturismo procuram promover programas sérios e infra-
estrutura segura e profissional, oferecendo e praticando a educação ambiental de
forma multidisciplinar com guias especializados. O desenvolvimento de roteiros e
programas diferenciados a várias tipos de ambientes, associadas à transmissão de
informações e conceitos, levam com relativa facilidade ao aprendizado. Mas o
grande legado deixado no turista é a compreensão e a consciência da importância
de se preservar o ambiente natural, a história e a cultura dos lugares de visitação.

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Ecoturismo: realidade mundial

Segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo, que congrega as maiores


empresas multinacionais do setor, o mercado turístico como um todo empregou em
1991 nada menos que 183 milhões de pessoas. Para 1994, estima-se um
crescimento de 10,6%, ou seja, 204 milhões de empregos, correspondendo a um em
cada nove trabalhadores no mundo.
No período 1985/1993, apesar da recessão mundial, o número de turistas que
empreendeu viagens internacionais passou de 380 para 500 milhões. A Organização
Mundial de Turismo estima que este número atingirá 534 milhões em 1994 e 661
milhões no ano 2000.
No que concerne aos ganhos financeiros provenientes do turismo
internacional, excetuando-se o setor de transportes, o crescimento entre 1970 e 1993
foi de US$ 18 bilhões para 324 bilhões.
A Europa, de acordo com dados disponíveis de 1992, detinha 52% dos
ingressos, seguida pelas Américas com 27%, pelo extremo Oriente e Pacífico com
16% e pela África e Oriente Médio e outras regiões com a porcentagem restante.
Verifica-se assim, que o turismo se impôs nos últimos anos como um recurso
comercial de expressiva importância, disputando com o petróleo a primazia do
mercado mundial.
O Quênia obteve em 1988 com o turismo, que é a atividade que mais rende
divisas para o país, US$ 400 milhões. Este país, inclusive, desenvolveu um modelo
de valoração sobre a atração turística de animais do Parque Nacional Amboseli, no
qual um leão vale US$ 27 mil anuais, enquanto o valor de uma manada de elefantes
é de US$ 610 mil.

19
Em Ruanda, os turistas que desejam ver gorilas no Parque Nacional dos
Volcans despendem anualmente, US$ 1 milhão em ingressos e de US$ 2 a 3 milhões
em outros gastos.
Nos países desenvolvidos, o ecoturismo é uma atividade ainda mais vantajosa.
Apenas o sistema de parques nacionais nos Estados Unidos, considerado como a
maior rede de atração natural do mundo, recebeu mais de 270 milhões de visitantes
em 1989. Já os parques estaduais atraem mais de 500 milhões de visitantes.
No que se refere aos visitantes dos parques nacionais e estaduais dos
Estados Unidos, cerca de 29,5 milhões de americanos, com idade superior a 16 anos
realizaram viagens com a finalidade primordial de observar e fotografar a fauna. a
observação de aves foi a atividade recreativa mais importante, atraindo 25 milhões
de pessoas.
Para a América Latina, onde o ecoturismo começa a despontar, a atividade
se reveste de extrema importância para os esforços nacionais de promoção do
desenvolvimento econômico e social.
O adequado aproveitamento dos variados ecossistema existentes, ainda
pouco explorados, propiciará a abertura de novas alternativas econômicas e a
conseqüente melhoria das condições de vida das populações envolvidas, além de
reduzir os impactos negativos causados pelo turismo tradicional, devido ao perfil e
às expectativas dos visitantes que normalmente viajam em pequenos grupos em
comparação com o turismo de massa.
Com o objetivo de obter um melhor entendimento sobre o ecoturismo na
América e no Caribe, foi realizada uma pesquisa, em 1988, junto a turistas que
visitavam o México, Belize, Costa Rica, República Dominicana e Equador.
Nos cinco países estudados, 58% do total de turistas consultados revelaram o nome
de um parque ou uma área protegida que teriam visitado. Desse grupo, 28%
visitaram 2 parques e 13% visitaram 3.
Esses números apontam que um elevado percentual de turistas,
independentemente das razões que apresentam para visitar um país, freqüentam
parques nacionais, comprovando a indissociável afinidade entre essas unidades do
ecoturismo.

20
A prática do ecoturismo no Brasil
A realidade brasileira

O ecoturismo praticado no Brasil é uma atividade ainda desordenada,


impulsionada, quase que exclusivamente, pela oportunidade mercadológica,
deixando a rigor, de gerar os benefícios sócio-econômicos e ambientais esperados
e comprometendo não raro, o conceito de imagem do produto ecoturístico brasileiro
nos mercados interno e externo (BRASIL, 1994:9).
Sob o nome Ecoturismo, muitas atividades tem sido praticadas, algumas com
perfil esportivo, aventureiro ou científico. Não importa. O contato com a natureza, a
contemplação da fauna, da flora e das diversas culturas brasileiras estão garantidas
na riqueza das paisagens brasileiras.
O que motiva as pessoas a comprarem um pacote de Ecoturismo é,
primeiramente, o contato com a natureza, seguido da busca de aventura e emoções,
da curiosidade, da necessidade de estar com amigos e conhecer novas pessoas,
estudar o meio ambiente ou simplesmente, exercitar-se.
As atividades mais comuns são caminhadas por trilhas, por entre matas de
rica biodiversidade, passando por grutas e cavernas, relaxando em banhos de rios e
cachoeiras, passeios de barco e raftings, safáris fotográficos e visitas às
comunidades tradicionais. Assim podemos ter observação de fauna e flora com guias
especializados (biólogos bilíngües, p.ex.) na Floresta Amazônica, na Chapada
Diamantina ou em Bonito.
As destinações mais vendidas no mercado paulista de Ecoturismo são
variadas e suficientes para atender a todos os gostos e estilos. Os pacotes
oferecidos pelas operadoras podem ser aéreos ou rodoviários e muitos podem ter
sua saída garantida com apenas 2 passageiros, em vista das empresas estarem

21
trabalhando com agências receptivas locais. A grande maioria possui infra-estrutura
segura e profissional que conta com transporte, hospedagens rústicas e confortáveis,
alimentação regional em regime de pensão completa, seguro-viagem, guias
especializados e treinados, a maioria com formação superior, e muitas atividades em
contato com a natureza.

As inovações do setor de turismo no Brasil

O turismo como uma atividade econômica sofre, também, inovações


constantes, em face da competitividade dos mercados e das exigências de demanda.
Em vista disso, as empresas de turismo estão a caminho da especialização,
deixando de ser generalistas, e passam a oferecer produtos segmentados,
destinados a uma clientela específica.
Nessa segmentação são colocadas à disposição dos turistas diversas opções, como
por exemplo: turismo cultural, esotérico, da maior idade, esportivo, náutico e
Ecoturismo.
O ecoturismo, em especial, configura-se no momento como uma importante
alternativa de desenvolvimento econômico sustentável, utilizando racionalmente os
recursos naturais sem comprometer a sua capacidade de renovação e sua
conservação. Neste segmento, diversos nichos de mercado são identificados como
por exemplo, a observação de aves, safáris fotográficos, observação de flora entre
outras atividades.
Do ponto de vista mercadológico, o ecoturismo é um segmento que tem
crescido a um ritmo considerável ao longo dos anos. Apesar da ausência de
estatísticas oficiais relativas à dimensão deste mercado, estima-se que 10% das
pessoas que viajam sejam ecoturistas. Porém a inexistência de uma definição
globalmente aceita para o ecoturismo e o conseqüente enquadramento das
atividades que devem ser consideradas neste segmento vem dificultando estudos
abalizados e conclusivos sobre a matéria.
No entanto, há uma consenso entre os empresários de que este é um
mercado em franca expansão, sendo estimulado o seu crescimento em cerca de 20%
ao ano, conforme resultados obtidos em entrevistas realizadas entre operadores

22
turísticos especializados e peritos na observação do crescimento de agências
operadoras de ecoturismo.
Além dos fatores mencionados, a conscientização da sociedade relativamente
às questões ambientais tem contribuído para o crescimento da demanda por
atividades ecoturísticas. De fato, a forte percepção mundial acerca da necessidade
urgente de proteção e recuperação dos recursos naturais, originária, principalmente,
da disseminação dos movimentos conservacionistas empreendidos por grupos
ambientalistas,forças políticas e meios de comunicação, acaba por influenciar a
escolha dos destinos.
Entretanto, a oferta dos destinos ecoturísticos depende essencialmente, da
existência de áreas de elevado valor ecológico e cultural, da maneira como essas
áreas são geridas, da existência de infra-estruturas adequadas e da disponibilidade
de recursos humanos capacitados.

Turismo rural: conceitos e atividades.

Muito desenvolvido na Europa, caracteriza-se por oferecer aos visitantes


atividades típicas do homem do campo. Desenvolve-se a partir da adaptação de
fazendas agropecuárias em um produto turístico.
Os serviços oferecidos podem ser amplos e variados e contemplam a hospedagem,
a alimentação, atividades recreativas e de lazer (incluindo o ecoturismo) e a
comercialização de produtos típicos da fazenda, tais como doces e artesanatos.
O turismo rural pode transformar-se em uma importante alternativa de renda
da propriedade rural, desde que implantada com critérios e de forma planejada.
A implantação pode começar de forma gradual e com baixos investimentos. Assim,
o proprietário pode começar abrindo suas portas para um almoço típico, ou para
venda de seus sub-produtos da atividade agropecuária (doces, mel, derivados do
leite etc.) ou ainda para atendimento diário com passeios de cavalo, por trilhas e
pelas instalações rurais. Oferecer pacotes para escolas pode ser um bom começo.
O Manual Operacional do Turismo Rural da EMBRATUR adota um conceito
múltiplo, referindo-se a " um turismo diferente, turismo interior, turismo doméstico,
turismo integrado, turismo endógeno, alternativo, agroturismo, turismo verde. O
Turismo Rural inclui todas essas variedades. É o turismo do País, um turismo

23
concebido por e com os habitantes desse País, um turismo que respeita a sua
identidade, um turismo de zona rural em todas as suas formas" (EMBRATUR, 1994).
Assim, a EMBRATUR utiliza-se da seguinte definição:
"Atividade multidisciplinar que se realiza no meio ambiente, fora de áreas
intensamente urbanizadas. Caracteriza-se por empresas turísticas de pequeno porte,
que tem no uso da terra a atividade econômica predominante, voltada para práticas
agrícolas e pecuárias."
Não devemos confundir com a terminologia aplicada ao conceito de "turismo
em áreas rurais", onde qualquer atividade turística não urbana está inserida,
incluindo ecoturismo, turismo de aventura e o próprio turismo convencional.
Também não se deve confundir o turismo rural com aquele praticado em
Hotéis-Fazenda, caracterizado pela implantação de sofisticados equipamentos de
lazer.
Para que uma propriedade rural adeque seu empreendimento para o
atendimento de visitantes interessados em turismo rural, ela deve oferecer: Beleza
natural da propriedade com áreas preservadas;m Ter atividades agropecuárias
produtivas que caracterizem a propriedade; Atendimento familiar e competente;
Instalações rústicas porém confortáveis; Oferecer atividades que promovam a
integração à natureza; Oferecer contato com a cultura e as tradições locais; Oferecer
uma gastronomia típica; Comercialização de produtos típicos da fazenda;
Autenticidade com a arquitetura e cultura local; Atividades de acompanhamento da
produção agropecuária; Facilidade de acesso.
Algumas atividades praticadas pelo turismo rural são: Caminhadas e trekkings
por trilhas e cachoeiras Passeios de cavalo e charrete Pesca espotiva e amadora
Esportes náuticos em rios e represa Áreas para esportes e recreação Observação
e/ou participação dos trabalhos de rotina da produção agropecuária Programas de
Educação Ambiental Produção e Venda de Atesanato Produção e Venda de Doces,
Biscoitos, Chocolates, Vinho, Compotas, Mel etc. Observação do patrimônio
histórico-cultural

24
O perfil da empresa de ecoturismo

Se a prática do ecoturismo exige responsabilidade perante os recursos


naturais e culturais da região explorada, a empresa de ecoturismo deve seguir os
mesmos princípios.
Assim, a chamada administração verde ou gestão ambiental dos negócios do
ecoturismo envolve: Eficiência, conservação e administração de energia; Reduzir,
reutilizar e reciclar qualquer material possível evitando o desperdício; Empregar
tecnologias e materiais locais de fontes sustentáveis; Envolver funcionários,
comunidades, fornecedores e clientes em assuntos ambientais à conscientização;
Promoção da integração e interação entre os turistas e as comunidades locais
receptoras; Atenção especial para o uso de áreas industriais, extrativas, da
comunidade local, recreativa, agrícola e, principalmente, áreas protegidas; Proteger
a qualidade dos mares, como também de recursos de água doce e trabalhar com
seu pessoal e com os clientes para a redução da demanda de água.

Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo


Transcrição de parte do documento elaborado em 1994, por um Grupo de
Trabalho Interministerial, organizado pelo MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E DA
AMAZÔNIA LEGAL e pelo MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E DO
TURISMO, através da EMBRATUR.
A Gestão responsável e sustentada dos recursos naturais e o respeito à
preservação da identidade cultural de populações nativas tem servido de instrumento
de pressão aos anseios e necessidades desenvolvimentistas de muitos países
O Brasil devido a sua dimensão continental e situação geográfica, tem sido
alvo de boa parte destas pressões externas, seja de instituições multilaterais de
crédito e cooperação ou de governantes dos países desenvolvidos, seja dos
cidadãos através da imprensa ou de seus representantes, as organizações não
governamentais. Igualmente poderosas e legítimas são as pressões internas que
obrigam o país a utilizar seu patrimônio em favor dos brasileiros que
espontaneamente migram do sul para o norte e do leste para o oeste atraídos pela
esperança de um mundo melhor.
O simples reconhecimento de algumas práticas adotadas na expansão das
fronteiras em busca do crescimento econômico são nocivas ao meio ambiente e ao

25
homem, não é suficiente. É preciso aceitar o desafio de promover mudanças na
política governamental de desenvolvimento e encontrar alternativas para os modelos
até agora adotados.
Toda liderança corresponde uma parcela de responsabilidade e, neste quadro,
a indústria de turismo e viagens, líder mundial em movimentação de recursos e
geração de empregos, que depende umbilicalmente de uma gestão sustentada dos
patrimônios natural e cultural, cruza com o caminho do Brasil, maior país tropical do
mundo, proprietário e gestor do maior banco de diversidade do planeta. Desta
relação surge o ecoturismo como um dos mais inteligentes instrumentos de
viabilização econômica para o gerenciamento correto dos recursos naturais,
oferecendo aos brasileiros uma alternativa digna de conquistar seu sustento e uma
vida melhor, ao mesmo tempo que assegura às gerações futuras acesso aos legados
da natureza.
No entanto, para que o ecoturismo possa efetivamente constituir uma
estrutura sólida, acessível e permanente, é preciso que esteja alicerçado em
diretrizes coerentes com o mercado, tecnologicamente adequadas e
democraticamente discutidas, de forma a acomodar as peculiaridades de cada
ecossistema e de cada traço da cultura popular brasileira.
Assumir este nível de responsabilidade com o Brasil e com o mundo,
estabelecer este tipo de alicerce e dar a esta atividade, aparentemente irrelevante,
a visão de prioridade estratégica do ponto de vista social, econômico e ambiental foi
a atitude do Governo Itamar Franco, cujo compromisso maior é construir a plataforma
de lançamento da qual nosso país será alçado á posição de destaque que com
justiça lhe pertence no contexto internacional.
O grupo de Trabalho, seguindo orientação emanada dos respectivos
Ministérios, promoveu durante seus trabalhos, ampla discussão acerca do
ecoturismo, com os mais diversos segmentos interessados governamental e privado.
Para tanto, adotou a seguinte metodologia de trabalho:
a) pesquisa e análise de documentos, informações e sugestões oriundas do setor
turístico e ambiental;
b) realização de reunião de trabalho com a presença de representantes do SEBRAE,
SUDAM, UNESCO, Associação Brasileira de Ecoturismo, SENAC, BNB, E BASA;
c)realização de oficina de planejamento promovida em Goiás Velho, GO,
obedecendo à metodologia ZOPP, que contou com a participação de representantes

26
do MICT, MMA, EMBRATUR, IBAMA, MEC, organizações não governamentais,
empresários e consultores. Durante cinco dias, o grupo centrou suas discussões na
conceituação de ecoturismo, na análise da situação atual e nas necessidades de
ação para o desenvolvimento ordenado do ecoturismo no Brasil.
Como resultado dessa participação multidisciplinar, o presente documento pretende
nortear o desenvolvimento regional de ecoturismo e servir como base para uma
implantação de uma Política Nacional de Ecoturismo no Brasil que assegure:
 à comunidade: melhores condições de vida e reais benefícios;
 ao meio ambiente: uma poderosa ferramenta que valorize os recursos
naturais;
 à nação: uma fonte de riqueza, divisas e geração de empregos;
 ao mundo: a oportunidade de manter para as gerações futuras o
patrimônio natural dos ecossistemas onde convergem a economia e a
ecologia.

O Potencial Ecoturístico Brasileiro

O Brasil tem a superfície de 8.511.596,3 Km2. No âmbito dessa extensão


continental abrange desde regiões equatoriais ao norte até áreas extra-tropicais ao
sul, diferenciadas climática e geomorfologicamente, com uma extraordinária
diversidade ecológica.
Incluído dentre os países de mega diversidade, detém um número entre 10%
e 20% do total de espécies do planeta. Esta riqueza conhecida corresponde a 22%
da flora, 10% dos anfíbios e mamíferos e 17% das aves do mundo.
A superfície territorial brasileira abriga diferentes ecossistemas, destacando-se:
Floresta Amazônica. - Mata Atlântica - Cerrado - Pantanal - Caatinga ou Semi-árido
- Floresta de Araucária - Campos do Sul.
A primeira vista pode parecer que este universo de unidades de conservação
é suficiente para proteger não só as amostras significativas dos ecossistemas
brasileiros como para garantir e perenidade e a biodiversidade.
Entretanto, existem áreas de enorme importância que não estão protegidas,
apesar de já terem sido indicadas para proteção. Há que se ampliar esta rede de
unidade de conservação levando-se em conta a sua fragilidade, o grau de ameaça

27
de destruição e sua importância para a conservação de espécies raras ou
ameaçadas de extinção.
Ao lado da insuficiência do número de áreas protegidas há também o grande
problema da implantação das áreas já existentes e criadas legalmente.
A deficiência de pessoal em número e qualificação, a falta de realização
fundiária das áreas de uso indireto e a inadequada infra-estrutura exigem do poder
público uma ação imediata para proteger adequadamente estas áreas e fazê-las
cumprir seu importante papel ecológico e social.
É importante assinalar que em algumas áreas protegidas, como reservas
biológicas e estações ecológicas, não se opera o ecoturismo devido à fragilidade
destes ecossistemas onde a visitação é incompatível com os objetivos de manejo
preconizados por estas Unidades de Conservação.

Impactos do Ecoturismo
Os impactos negativos e positivos poderão advir da atividade de ecoturismo
estão, a princípio, relacionados a danos potenciais ao meio ambiente e á
comunidade e, por outro lado, aos prováveis benefícios sócio-econômicos
ambientais regionais e nacional.
Com efeito, a fragilidade dos ecossistemas naturais, muitas vezes, não
comporta o número elevado de visitantes e, menos ainda suporta o tráfego excessivo
de veículos pesados. por outro lado a infra estrutura necessária, se não atendidas
normas pré-estabelecidas, pode comprometer de maneira acentuada o meio
ambiente, com alterações na paisagem, na topografia, no sistema hídrico e na
conservação dos recursos naturais da fauna e da flora.
O alojamento das populações locais se configura, também, como outro risco,
pois a presença de operadores, quase sempre sem nenhuma relação orgânica com
a região, pode gerar novos valores incompatíveis com o comportamento local,
ocasionando conflitos de culturas.
Em contrapartida aos riscos ambientais e comunitários, o ecoturismo
apresenta significativos benefícios econômicos, sociais e ambientais, tais como:
diversificação da cultura regional, através da indução do estabelecimento de micros
e pequenos negócios; geração local de empregos; fixação da população no interior;
melhoria das infra-estruturas de transporte, comunicações e saneamento; criação de
alternativa de arrecadação para as Unidades de Conservação, causa menor impacto

28
sobre o patrimônio natural e cultural, causa menor impacto no plano estético
paisagístico, possibilita melhoria nos equipamentos das áreas protegidas.
Dessa forma, a compatibilidade do ecoturismo com o dimensionamento do
número de visitantes e do fluxo de transporte, a adoção de parâmetros para a
implantação de infra estrutura, o respeito e a valorização da cultura local são
condições básicas e imprescindíveis para o desenvolvimento harmônico da atividade
no Brasil.
A atividade do ecoturismo deve abranger, com sua conceituação, a dimensão
do conhecimento da natureza, a experiência educacional interpretativa, a valorização
das culturas tradicionais locais e a promoção do desenvolvimento sustentável.
O crescente envolvimento da sociedade nas questões ambientais,
pressionando governos e instituições para o estabelecimento de requisitos cada vez
mais rígidos quanto ao impacto ambiental na implantação de empreendimentos,
aliado a uma crescente busca do homem por uma relação íntima e freqüente com a
natureza, recomenda a não restrição do conceito de ecoturismo, de forma a
acompanhar a dinâmica deste segmento.
A atividade de ecoturismo passa, atualmente, por uma transição de "produto
turístico" para um "conceito de viagem", sendo que os componentes da definição
podem vir a ser integralmente absorvidos por outros segmentos ou atividades do
turismo, que talvez hoje não sejam considerados ecoturísticos, mas cuja evolução
deve ser incentivada.

Meio ambiente e empresas lucrando com a prevenção

Ainda que a preservação do meio ambiente seja hoje um fator fundamental e


inquestionável no direcionamento produtivo das empresas, a grande motivação para
a prevenção da poluição é, sem dúvida, a ecoeficiência __ reduzir custos e continuar
produzindo igual ou ainda mais.
Para atingir este objetivo, no entanto, as empresas precisam investir em novas
tecnologias, equipamentos e especialização profissional de sua equipe.
Acompanhando esta tendência, os centros de excelência geradores de pesquisa e
estudos já estão oferecendo pós-graduações dirigidas aos executivos das empresas
com política ambiental.

29
Indústrias do ramo tradicionalmente pesado e sujo, como mineração, sideru
rgia e petroquímica, mostraram que podem melhorar muito seu conceito com
projetos relativamente simples e de baixo custo. A, por exemplo, Shell inovou ao
patrocinar bolsas de estudo no exterior sobre ecologia e está participando de
programas de proteção da Mata Atlântica e de manguezais, além de estar fazendo
investimentos sistemáticos em seu desempenho ambiental.
Outro exemplo de empresa que se preocupa com a questão ambiental é a
Petrobrás, que resolveu combater a poluição com um projeto para reduzir o teor de
enxofre no óleo diesel de 1,2% para 0,3% até o ano 2000, o que pode significar uma
drática redução da poluição atmosférica nas grades cidades. Além disso, atua
patrocinando projetos ecológicos, como o Projeto Tamar, o Projeto Cetáceos e o
Projeto Baleia Jubarte.
Nesses países, existem selos para identificar produtos e serviços não-
agressivos ao meio ambiente, com reduzido ou nenhum poder poluente. Um boa
parte dos consumidores, chamados verdes, possuem o hábito de só adquirir
produtos com embalagens recicláveis, produtos sem CFC, alimentos in natura e sem
agrotóxicos, detergentes biodegradáveis e automóveis com níveis de poluição
controlados.
Nota-se que as atividades ligadas ao ecoturismo possuem um evidente
potencial econômico que, se aliado à conscientização ecológica de necessidade de
conservação ambiental, tendem a se tornar o grande diferencial entre as empresas
ecologicamente corretas e aquelas que não se dão conta de sua responsabilidade
na manutenção da vida do planeta.
As atividades relacionadas ao ecoturismo estão cada vez mais em evidência
em todos os setores da economia mundial. Sua potencialidade econômica, aliada à
seu caráter de preservação ambiental demonstram que existe viabilidade na união
dos aspecto econômico e ecológico.
O Brasil, como grande potencial de fauna e flora, representa uma diversidade
de possibilidades para o ecoturismo de forma concreta e real. Basta que os órgãos
governamentais envolvidos, a comunidade no geral e os grupos ambientalistas
tomem partido e adotem essa questão como premissa básica de suas ações.
É comprovado que, quando o ecoturismo é praticado de forma consciente
dentro de uma comunidade, há um crescente potencial na geração de recursos e
empregos para os indivíduos que a compõem.

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Dessa forma, o presente trabalho se propôs um estudo acerca das
potencialidades econômicas desse segmento de mercado, bem como destacar sua
relevância para a manutenção da vida.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL - MICT/MMA, 1994 - Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo.

CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo, Itatiaia.

GOULART, José Alipio. Meios e instrumentos de transporte no interior do Brasil. Rio


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NEUWIED, Maximiliano, Prinz von. Viagem ao Brasil. São Paulo: Itatiaia, 1989.

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v. 1 (1817 - 1820). 2 ed. São Paulo: Melhoramentos.

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MORAES,Werter Valentim de. Ecoturismo:Capacitação


de profissionais.Vol.3.Viçosa:Editora Aprenda Fácil,2000.

YÁZIGI, Eduardo. Turismo: Uma esperança condicional. São Paulo:2º edição,


Editora Global, 1999

RUSCHANN,Doris.Turismo e Planejamento Sustentável:A proteção do


meio ambiente.São Paulo: Editora Papirus,1997

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