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QUESTÕES:

Q1: tendo por base Gonçalves e Costa (2019), explique o processo produtivo da indústria do Turismo.

R1: O processo produtivo no âmbito do Turismo faz-se a partir do território e do seu património natural
e cultural para ser transformado em recursos turísticos através da intervenção humana e ser consumido
pelos visitantes. Nesse sentido, este processo, no âmbito deste modelo, inicia-se com os inputs
primários, designadamente território e o seu património (recursos / matérias-primas) e outros
componentes (materiais de construção, combustível e produtos agrícolas) para serem convertidos
através da intervenção humana, em inputs intermédios (facilidades da indústria turística: hotéis,
restaurantes, lojas de souvenirs, empresas de aluguer de automóveis, além de outras atrações turísticas
tais como parques nacionais, museus, galerias, sítios históricos, centros de convenções e meios de
comunicação), que, por sua vez, são refinados em outputs intermédios, os serviços e hospitalidade, que
estão associados às atividades turísticas, tais como a hotelaria, os serviços turísticos, os serviços de
alimentação e os festivais. No entanto, as comunidades recetoras através dos serviços e hospitalidade
(outputs intermédios) e os visitantes no ato de consumo dos serviços tornam-se componentes do
produto turístico na função de output final. Deste modo, o processo produtivo concretiza-se no
momento em que os visitantes consomem o destino, ou seja, o produto turístico potencial e cocriam a
experiência pessoal.

Q2: visite o site http://www.turismodeportugal.pt/ e apresente um resumo sobre as estruturas


organizacionais e institucionais do turismo.
R2: A área do Turismo em Portugal encontra-se sob a tutela do Ministério da Economia e do Mar, com
uma Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, responsável pela definição de políticas na
área do turismo.
A nível regional, os principais parceiros institucionais que atuam na área do turismo são as Comissões de
Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), as Entidades Regionais de Turismo (ERT), as Agências
Regionais de Promoção Turística (ARPT) e as Câmaras Municipais.
Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, a área do turismo encontra-se sob a tutela dos respetivos
Governos Regionais:
_ Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia | Açores
_ Secretaria Regional de Turismo e Cultura | Madeira.
Q3: visite o site: http://www.turismodeportugal.pt/ e explique a como funciona a Coordenação
Nacional e Regional do Turismo.
R3: As Associações empresariais e outras entidades da área do turismo, nacionais e regionais,
desempenham um papel central na concretização de políticas, estratégias e medidas, tais como a
Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Q4: visite o site: http://www.turismodeportugal.pt/ e explique a evolução dos planos de orientação


estratégica do turismo em Portugal.
R4: A construção da Estratégia para o Turismo 2027 teve por base um processo participativo, alargado e
criativo, no qual o Estado assume a sua responsabilidade e mobiliza os agentes e a sociedade.
Consubstancia uma visão de longo prazo, combinada com uma ação no curto prazo, permitindo atuar
com maior sentido estratégico no presente e enquadrar o futuro quadro comunitário de apoio 2021-
2027.
É uma estratégia partilhada de longo prazo, para o Turismo em Portugal, que visa os seguintes
objetivos:
_ Proporcionar um quadro referencial estratégico a 10 anos para o turismo nacional;
_ Assegurar estabilidade e a assunção de compromissos quanto às opções estratégicas para o turismo
nacional;
_ Promover uma integração das políticas setoriais;
_ Gerar uma contínua articulação entre os vários agentes do Turismo;
_ Agir com sentido estratégico no presente e no curto/médio prazo.
Q5: visite o site: http://www.turismodeportugal.pt/ e explique a abordagem dos Produtos Turísticos em
cada um dos últimos planos de orientação estratégica do turismo em Portugal, designadamente PENT,
TURISMO 2020 e ET2027.

R5: R5:

http://

www.turismodeportugal.pt/ e relacione os recursos turísticos endógenos e os produtos turísticos no


âmbito dos planos estratégicos de desenvolvimento turísticos em Portugal.

R6: Ativo Único - Transversal

1. Pessoas

Receber bem em Portugal não é mero marketing: é cultura, é atitude, é identidade. Consubstancia-se
numa vocação universalista que traduz um genuíno interesse por conhecer outras culturas, valorizar a
diferença e o entendimento com outros povos. A nossa vontade e capacidade de valorizar as relações
humanas, expressa na forma de nos relacionarmos com os outros é consistentemente reconhecida por
quem nos visita. As pessoas são, assim, um ativo único e transversal, com particular importância no
Turismo – uma atividade de pessoas para pessoas.

// Ativos Diferenciadores

2. Clima e Luz

Clima temperado mediterrânico, ameno, com sol e luminosidade intensa durante a maior parte do ano
(em média, 259 dias/ano).

3. História, Cultura e Identidade


Portugal conta com mais de 900 anos de História, com Património Cultural, Militar e Religioso e,
também, Património Mundial material e imaterial ao longo de todo o território reconhecido pela
UNESCO, um legado de tradições, lendas, usos e costumes, arquitetura e cultura contemporânea
(protagonizada por personalidades que se destacam da música ao desporto) e a identidade própria dos
territórios e comunidades locais.

4. Mar

Orla costeira de excelência, com potencial para a prática de surf – reconhecido mundialmente – e outros
desportos e atividades náuticas, biodiversidade marinha vasta e condições naturais e infraestruturais
para cruzeiros turísticos são alguns dos atributos de Portugal. A combinação sol e mar permite oferecer
praias (579) e marinas, portos e docas de recreio em Portugal (52) de reconhecida qualidade.

5. Natureza

Portugal tem um vasto e rico património natural, fauna e flora ímpar, constituída por espécies
autóctones únicas. Cerca de 23% do território nacional está incluído na Rede Natura 2000, o que faz de
Portugal um dos países mais ambiciosos na proteção da biodiversidade e da paisagem.

6. Água

Rios, lagos, albufeiras e águas termais de reconhecida de qualidade ambiental. Existência de várias
praias fluviais ao longo de todo o país (115). A água constitui o suporte de ativos únicos localizados na
sua grande maioria no interior do país e com potencial turístico (por exemplo, Alqueva – maior lago
artificial da europa, rio Douro, Albufeira do Azibo, Lagoas da Serra da Estrela, Portas de Rodão).

// Ativos Qualificadores

7. Gastronomia e Vinhos

A gastronomia tradicional está presente em todo o país. Portugal está entre os países com o melhor
peixe do mundo, dispõe de chefs internacionalmente reconhecidos e de vários restaurantes agraciados
com estrelas Michelin. Os prémios alcançados pelo vinhos portugueses colocam o país entre os
melhores do mundo, sendo um cartão de visita para potenciar o Enoturismo.

O Plano de Ação para o Enoturismo em Portugal, apresentado no dia 13 de março, é um programa


desenvolvido no âmbito deste ativo estratégico, com o objetivo de promover o destino e diversificar os
mercados emissores, reduzir a sazonalidade e alargar o turismo a todo o território.

8. Eventos Artistico-Culturais, Desportivos e de Negócios

Rede de eventos de expressão artístico–cultural, musicais, desportivos e de negócios, que alcançam


diferentes públicos, com cobertura ao longo de todo o país, nomeadamente em territórios onde a
procura é menos expressiva. Portugal dispõe de eventos que demonstram um inequívoco contributo
para a sua projeção internacional e que, em alguns casos, contribuem, simultaneamente, para dinamizar
economias locais em territórios de baixa densidade, concorrendo para alargar o turismo todo o ano e
em todo o território.

// Ativos Emergentes

9. Bem-Estar

Combina vida saudável, saúde, bem-estar e atividades desportivas e de natureza. Abrange ainda
realização de tratamentos de saúde e bem-estar efetuados em termas e em centros especializados e
cujo crescimento se alicerça na qualidade relativa das infraestruturas hospitalares. Na relação
qualidade/preço, no reconhecimento internacional do Serviço Nacional de Saúde e boa posição do País
em importantes indicadores de saúde.

10. LIVING – Viver em Portugal

Portugal é cada vez mais procurado para viver pela qualidade de vida que proporciona materializada no
clima, na gastronomia, na segurança, na proximidade, na relação qualidade/preço. É notória a crescente
procura de investidores, cidadãos de outros países, estudantes estrangeiros e investigadores que
escolhem Portugal para residir, contribuindo para um ambiente multicultural e um ecossistema
empreendedor, capaz de gerar movimentos de elevado valor acrescentado.

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Q7: Tendo por base Gonçalves e Costa (2019b), relacione a interpretação dos recursos do território no
âmbito do desenvolvimento dos produtos turísticos.

R7: A Interpretação designe-se como a revelação do significado do património natural e cultural material
e imaterial. Não é somente educação, mas é também provocação para que o visitante veja além do
alcance físico da sua própria visão. Não deve ser confundida com a informação por esta ser a sua
matéria-prima. No entanto, a informação por si só não é Interpretação. Informação e Interpretação são
coisas diferentes: a Interpretação é a revelação baseada na informação, mas toda a Interpretação incluí
informação por esta ser a sua matéria-prima

(Tilden, 2007). No período temporal que decorreu entre a publicação do livro de Freeman Tilden, em
1957, e a aprovação da Carta ENAME, em 2007, vários autores e instituições ligados à conservação do
património defeniram o conceito de Interpretação. De acordo com Knudson, Cable e Beck (2003) a sua
primeira denição é a seguinte: uma atividade educacional que visa revelar significados e relações através
do uso de objetos originais, por experiência própria, e por meios ilustrativos, em vez de simplesmente,
comunicar informações factuais(Tilden, 2007, p. 163, tradução nossa). E cinquenta anos mais tarde, a
Carta ENAME define-a assim: a explicação ou a discussão pública cuidadosamente planeada de um sítio
de património cultural, abrangendo todo o seu significado tanto tangível como intangível. Estas
definições realçam ambas o seu contributo para aumentar a consciência pública e revelar o significado
do património natural e cultural, incluindo publicações, conferências, instalações, programas
educacionais, atividades comunitárias, investigação, formação e avaliação contínua do próprio processo
de Interpretação (Icomos, 2007).

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Q8: de acordo com Santos, Ferreira e Costa (2014), como se faz a identificação dos recursos endógenos
de um território no âmbito do desenvolvimento de produtos turísticos?
R8: No âmbito do planeamento em turismo, Inskeep (1991) considera que as atrações são a
base para o desenvolvimento do turismo, pois estas constituem os elementos essenciais do
produto turístico e refletem o caráter intrínseco, distintivo e único, tanto cultural como
ambiental dos destinos turísticos, ou seja, as atrações são os elementos diferenciadores dos
destinos turísticos. Swarbrooke (2002) salienta igualmente que as atrações constituem o core
do produto turístico, motivando a maior parte das viagens turísticas. Smith (1994) tem uma
perspetiva ligeiramente diferente e considera que os recursos que sustentam o
desenvolvimento do produto turístico são a terra, o trabalho, a água, os produtos agrícolas, os
combustíveis, os materiais de construção e o capital. Estes recursos ou inputs primários são
transformados em inputs intermédios que, por sua vez, englobam as atrações e a
infraestrutura turística. A componente física dos produtos a desenvolver baseia-se tanto nos
inputs primários como nos intermédios, que se materializam nos serviços normalmente
associados à indústria turística, tais como o alojamento, serviços de excursões, restauração e
festivais. No entanto, estes outputs intermédios apenas se tornam parte do produto turístico,
sob a forma de experiência turística, quando adquiridos e utilizados por um cliente, pois os
serviços da indústria turística necessitam do envolvimento do cliente para formarem o output
final materializado na experiência pessoal (Smith, 1994)
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Q9: de acordo com Silva (2013), diga quais são os produtos característicos do turismo no âmbito da
conta satélite do turismo.

R9:

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Q10: apresente de acordo com World Tourism Organization e European Travel Commission (2011), o
enquadramento dos produtos nos destinos turísticos.

R10: Definições, Influências e Determinantes

1.1 Definição do desenvolvimento do produto turístico

Há dois aspectos chave no Desenvolvimento de Produtos Turísticos: 1. Não é uma actividade


empreendida no vácuo, mas faz parte de um processo extensivo e interligado. 2. Os estudos de
mercado, desenvolvimento de produtos e marketing representam um processo contínuo. O fracasso na
entrega de qualquer um destes componentes-chave resultará na sub-realização do seu potencial no
destino. A gama e o calibre da oferta de produtos turísticos é o que atrai os turistas para um destino. No
entanto, a o desenvolvimento de produtos turísticos faz parte de um processo amplo, interligado e
contínuo e deve não ser considerado isoladamente.
Figura 1.1 Quadro de desenvolvimento do turismo de destino

A política global de desenvolvimento de um destino conduzirá a prioridades e princípios estratégicos de


desenvolvimento para os vários sectores económicos e sociais, um dos quais será o turismo. A
identificação do Turismo oportunidades de Desenvolvimento de Produtos em linha com estas
estratégias serão determinadas através da compreensão das tendências e gostos dos mercados
turísticos através de estudos de mercado; e a realização das oportunidades exigirão investimento de
capital e marketing. De facto, a ligação entre o mercado e o produto - procura e oferta - é fundamental.
Não pode haver um sem o outro. Dado que a grande maioria dos potenciais turistas não tenha visitado
previamente o destino, visou e comercialização eficaz é vital para os destinos turísticos e para os
fornecedores dos seus produtos turísticos.
O desenvolvimento de produtos turísticos pode ser definido de muitas maneiras: num extremo, pode
ser visto como abrangendo todos os elementos com os quais o visitante de um destino entra em
contacto, incluindo infraestruturas (por exemplo, transportes, serviços públicos), o pessoal de serviço,
locais de alojamento, atrações e catividades, instalações e comodidades; enquanto, no outro extremo, o
Desenvolvimento de Produtos Turísticos pode ser definido como abrangendo apenas as atrações,
catividades e instalações que são especificamente fornecidas ao visitante. O que é evidente é que sem
as infraestruturas para apoiar o desenvolvimento das coisas que os turistas querem ver e fazer na sua
visita, o Desenvolvimento de Produtos Turísticos não será totalmente bem sucedido.

Dado que a procura de quase todas estas características vem não só de turistas estrangeiros, mas
também de visitantes de outros locais do destino, bem como da população residente nas proximidades
do desenvolvimento, não é uma tarefa simples separar estes diferentes segmentos da procura. O que é
importante para as autoridades de destino no apoio ao Desenvolvimento de Produtos Turísticos é
compreender exactamente o que a combinação de objectivos que procura alcançar através do seu apoio
ao desenvolvimento - e apreciar os benefícios socioeconómicos de tais desenvolvimentos.

Para os fins deste manual, o foco está nos produtos em que os governos podem desempenhar um papel
mais valioso para levar ao desenvolvimento, a fim de satisfazer uma ou uma combinação das três
principais motivações para assumir um papel pró-activo, nomeadamente:

1. aumentar e acelerar a contribuição económica do sector;

2. moldar o desenvolvimento de uma forma que garanta a sua sustentabilidade e responsabilidade,


proporcionando boas experiências para o turista, mas também trazendo benefícios substanciais para a
comunidade local e a salvaguarda do ambiente natural; e

3. Acrescentar à prestação de serviços recreativos de lazer e outros serviços que possam beneficiar a
local comunidade, bem como os visitantes.

Estas intervenções alcançam um desenvolvimento que não teria ocorrido sem alguma forma de
desenvolvimento direto. Ação ou apoio governamental.

Em muitos, se não na maioria dos casos, os projetos de grande escala como hotéis e resorts são do
sector privado. investimentos, embora possa ser fornecida alguma forma de apoio estatal. Esta forma de
desenvolvimento não é inclusa dentro dos limites deste manual, exceto quando constituem atrações de
desenho turistas para um destino, por exemplo, os eco-lodges destinados ao turista baseado na
natureza.
Do mesmo modo, os projetos de infraestruturas e a oferta de amenidades, ambos essenciais para o
turismo e que normalmente exigem um investimento extensivo por parte das autoridades de destino,
estão excluídos. Em vez disso, os O foco do manual está no desenvolvimento de produtos turísticos que
se enquadram nas duas categorias de produtos:

- atividades - coisas para fazer; e

- atrações - coisas para ver.

Um produto turístico num destino é uma amálgama de muitas experiências, no que diz respeito ao
turista.

Não é apenas o hotel hospedado, os lugares, museus, parques, restaurantes, teatros, lojas, etc.
visitados, ou a viagem de e para o destino. É tudo isto, e muito mais. Ao planear novo turismo
desenvolvimento de produtos, é necessário ver como as ideias se enquadram na disposição existente.

Qualquer produto turístico é constituído por três fatores:

1. Experiencial - festivais, atividades, comunidade, evento, jantar e entretenimento, compras,


segurança,

serviço.

2. Emocional - recursos humanos, culturais e históricos, hospitalidade.

3. Físico - infraestruturas, recursos naturais, alojamento, restaurantes. 1.

A gama de atrações e atividades que se enquadra no termo geral "produtos turísticos" abrange
componentes tão diversos como características naturais, história e património cultural, o ambiente
construído, e as próprias pessoas do destino. Uma paisagem cénica, um parque temático e um concerto
clássico são todos os produtos turísticos, como o esqui aquático, o snowboard, a escalada em rocha,
aprender a preparar pratos locais/ especialidades ou fazer um artesanato tradicional do destino.

Q11: tendo por base World Tourism Organization e European Travel Commission (2011), apresente um
resumo de um dos estudos de caso.

R11: O estudo de caso mostra como a Irlanda está a tentar alargar a sua atração para os visitantes
enquanto se concentra em porta-bandeiras, procurando desenvolver e manter locais-chave como um
parque nacional, um sítio monástico, ou um património edificado com o estatuto de Património
Mundial. Reconhece igualmente a importância da plataforma destinos que atrairão visitantes e
proporcionarão a oportunidade de atrações e atividades criados dentro e em torno destes ímanes, por
exemplo, Cork, Galway, Limerick, Killarney.

Q12: de acordo com Gonçalves e Costa (2016), relacione o território com os produtos turísticos.

R12: Assim, as atividades turísticas dependem bastante da localização geográfica, pois os destinos
turísticos são únicos, e possuem produtos e recursos imóveis. Por conseguinte, os agentes turísticos
devem interiorizar que um espírito de comunidade e troca de conhecimento traz vantagens
competitivas, atrai novas empresas e promove o processo de inovação. No entanto, as redes de
inovação em turismo devem, igualmente, incluir ligações aos agentes localizados fora da região
(nacionais ou internacionais), e também a outros setores de atividade como forma de injetar novo
conhecimento no território para potenciar o desenvolvimento de produtos e serviços turísticos
inovadores (Brandão & Costa, 2014).
R13: de acordo com Brandao e Costa (2013), relacione a Inovação de produtos e de “honey pots” no
âmbito do desenvolvimento de um destino.

R13: Se os destinos turísticos regionais adotarem práticas semelhantes, poderão fazê-lo: (i) fomentar um
maior interação entre empresas e organizações ligadas ao turismo (homogeneidade dentro das redes);
(ii) desenvolver uma cultura de identidade regional e, subsequentemente, de confiança mútua
(desenvolvida em redes e resultantes do capital social); (iii) criar produtos inovadores baseados na
singularidade dos lugares ("potes de mel"), cuja estrutura ser muito mais valioso nos mercados globais;
e (iv) após o estabelecimento de uma região de turismo sistema de inovação, os destinos turísticos terão
a força suficiente para aumentar o seu exterior ligações, renovando o seu stock de conhecimentos e
introduzindo inovações incrementais ou radicais em todo o território (transbordamentos) O nível
regional e local ganha, portanto, importância estratégica na gestão global do turismo, e particularmente
na inovação turística. Além disso, ao analisar o desenvolvimento turístico, nomeadamente a evolução
dos destinos através de fases, tal como retratado por Butler (1980), sugere-se que esta análise seja
realizada a nível regional ou local. Isto deve ocorrer a fim de compreender plenamente a dinâmica
subjacente ao desenvolvimento dos destinos turísticos e a necessidade da constante criação de
inovação.

Para efeitos de inovação sistémica, o turismo os destinos devem ser considerados como regiões
geográficas que são homogéneas em termos de características, oferecem experiências, recursos,
imagem, perceção e uma estrutura de governação do turismo (com os seus objetivos, estratégia e
política), representando assim uma unidade territorial única. Os limites não são relevantes para esta
distinção, o que não significa que eles não podem existir definindo uma região administrativa que
coincide com a perceção do destino turístico.

Referências Bibliográficas
Brandao, F. & Costa, C. (2013). Regional Innovation Systems and Tourism: a Conceptual Approach.
Revista Turismo & Desenvolvimento, 2(17/18), 647–660.

Gonçalves, F. & Costa, C. (2016). Galo de Barcelos : Património e destino turístico. Revista Turismo &
Desenvolvimento, 25, 31–44.

Gonçalves, F. & Costa, C. (2019a). Modelo de Desenvolvimento e Implementação do Turismo Criativo. O


caso do Galo de Barcelos. Revista Turismo & Desenvolvimento, 32, 25–36.

Gonçalves, F. & Costa, C. (2019b). O Contributo da Interpretação do Património Para o Desenvolvimento


do Turismo Criativo. O Caso do Galo de Barcelos. Revista Portuguesa de Estudos Regionais, (52).

Santos, M., Ferreira, A. & Costa, C. (2014). Identificação dos recursos nucleares do destino como suporte
para o desenvolvimento de produtos turísticos inovadores. Revista Tufrismo & Desenvolvimento,
21/22, 315–330.

Silva, J. S. (2013). Turismo interno: A conceptualização e a cobertura estatística. Revista Turismo &
Desenvolvimento, 20, 151–165.

World Tourism Organization & European Travel Commission. (2011). Handbook on Tourism Product
Development. Madrid: World Tourism Organization (UNWTO) and the European Travel
Commission (ETC).

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