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BOLETIM B-OPS-280

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APROXIMAÇÃO FINAL DIRETA E BASE DIRETA VFR - AFIS
Revisão 00
Data de Emissão:
Emissor: FLIGHT STANDARDS
31/12/2021
Data de Efetividade:
Para: Pilotos ATR, EJET, AIRBUS e BOEING
31/12/2021

1. INTRODUÇÃO

Este boletim tem o intuito de implementar de forma total os procedimentos de ingresso no circuito de tráfego aéreo em
localidades desprovidas de controle de tráfego aéreo, conforme preconizado na ICA 100-37. Adicionalmente aos
procedimentos já realizados na Azul, este Boletim visa incorporar o ingresso pela perna base e pela final direta em
localidades que possuem AFIS.

2. VALIDADE

90 dias.

3. HISTÓRICO

A versão da ICA 100-37 publicada em novembro de 2020 preconiza novos procedimentos de ingresso no circuito de
aproximação visual dos aeroportos brasileiros não controlados, incluindo também a possibilidade da execução de base
direta e final direta somente em localidade que possuem AFIS.

4. REFERÊNCIA NORMATIVA

• ICA 100-37
• MGO AZUL Volume 1.

5. DIRETRIZ

5.1. INGRESSO NO CIRCUITO DE TRÁFEGO EM LOCALIDADES DESPROVIDAS DE CONTROLE DE TRÁFEGO


AÉREO
Para as localidades que não possuem controle de tráfego aéreo e também não possuem procedimento específico
publicado (ROTAER ou VAC), a entrada em circuito deve ser realizada conforme previsto pela ICA 100-37, pelos
setores da perna contra o vento ou da perna do vento. Ainda é previsto somente em localidades com AFIS o
ingresso diretamente pela reta final ou pela perna base, conforme a seguir:

• Final e Base Diretas: é autorizado a aproximação através da reta final direta e também diretamente pela base
somente em localidades dotadas de AFIS e desde que determinadas restrições sejam atendidas.

Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:

Thiago Biesdorf Bruno Scardoeli João Marinheiro


Flight Standards ATR Flight Standards Gerente de Flight Standards

DOCUMENTO NÃO CONTROLADO QUANDO IMPRESSO OU OBTIDO COMO CÓPIA ELETRÔNICA. VERIFIQUE O AD-DOCS PARA A VERSÃO ATUALIZADA.
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5.2. - RESTRIÇÕES
Ao planejar a aproximação direta ou pela base direta, os Pilotos deverão se certificar junto ao AFIS de que não
haverá conflito com outro tráfego que entre ou esteja evoluindo no circuito, adicionalmente atentando para as
seguintes restrições:

• A Tripulação deverá estar familiarizada com o aeródromo. Já tendo operado previamente na localidade;

• Manter a escuta na frequência FCA (123.45) no VHF 2 ao entrar na área do AFIS, com intuito de monitorar
eventuais tráfegos fora da frequência AFIS;

• Os Pilotos deverão atentar para a ausência de tráfegos indicados no Navigation Display; 

5.3. – PROCEDIMENTOS
• Reta Final – Para realizar a aproximação diretamente pela reta final, a aeronave deverá aproximar a menos
de 45 graus em relação ao eixo da pista. 

• Perna Base – Para realizar a aproximação diretamente pela perna base, a aeronave deve estar alinhada no
rumo da perna base, nivelada a 1.500 pés.
A janela de estabilização deverá acontecer a 500 pés, no eixo da pista, em ambas as situações. Os
procedimentos podem ser visualizados na imagem abaixo: 

Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:

Thiago Biesdorf Bruno Scardoeli João Marinheiro


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5.3.1. ATR
Para a execução das aproximações diretas pela base ou pela final, as Tripulações devem seguir o Standard
Configuration Guide. Alterações no perfil de configuração podem ser realizadas desde que ambos os
Pilotos estejam de acordo e as alterações sejam abordadas no briefing de aproximação. O FMS pode ser
utilizado para balizar o eixo da pista apenas como referência.

5.3.2. EJET
Para realizar aproximações visuais diretas, a Tripulação deve utilizar o Standard Configuration Guide (AOM
Vol. 1 item 3.24.4.1). Os recursos disponíveis no FMS podem ser utilizados como referência para
manutenção de rampa e trajetória final (FIX INFO), planejando uma descida que cumpra com os critérios de
estabilização a 500 pés.

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5.3.3. AIRBUS
Para realizar aproximações visuais diretas, é recomendado que o “Guidance Management” do FCTM e
FCOM sejam seguidos, considerando como única diferença realizar as ações da perna do vento e perna
base antes de ingressar na reta final de aproximação, efetuando bom gerenciamento da distância e
estabilização da aeronave no procedimento.

Importante ressaltar que as referências do FMS podem ser utilizadas apenas como um auxílio à Tripulação,
não sendo permitido utilizá-las como fonte primária de consulta e referência, visto que se trata de uma
aproximação visual.

Devido ao alto nível de automatismo da Aeronave e toda a redundância dos sistemas embarcados, a
Tripulação deve monitorar o correto funcionamento dos equipamentos, sendo previsto descontinuar a
aproximação caso qualquer anormalidade seja identificada. Não obstante, em caso de anormalidades, o
reporte via AQD é mandatório para esse tipo de ocorrência.

5.3.4. B734
Para o ingresso no circuito de tráfego, os Pilotos devem observar o previsto no FCTM, 5 Approach and
Missed Approach, 5.51 Visual Traffic Pattern (todo o capítulo).

Para uma aproximação direta e ingresso na reta final, os Pilotos devem utilizar o flight pattern abaixo como
uma recomendação para a configuração da aeronave, fazendo os ajustes de distância e antecipações
necessárias compensando o vento, peso da aeronave, turbulências durante a aproximação, etc.

Os pilotos devem buscar o alinhamento na reta final o quanto antes, bem como garantir a configuração e
estabilização da aeronave a 500 pés AGL (MDA visual).

Caso optem pela utilização de VNAV durante a aproximação, os pilotos podem selecionar a TDZE - 100
pés, lembrando que o PM deverá selecionar a altitude do circuito de tráfego em caso de arremetida.

Caso optem pela utilização de V/S, os pilotos devem reciclar ambos os F/Ds ao atingir a MDA e decidir por
prosseguir a aproximação. Nesse momento o PM deve selecionar a altitude do circuito de tráfego para o
caso de uma eventual arremetida.

Lembrem-se que o modo de arremetida (G/A) apenas estará disponível quando abaixo de 2.000 pés de RA
(radio altitude).

Para uma entrada e aproximação direta na perna base, recomenda-se que os Pilotos criem um ponto, na
página de FIX INFO, a aproximadamente a 5NM da RWXX. Nesse ponto, a aeronave desse passar
nivelada na altitude do circuito de tráfego, com FLAPS 5 e aproximadamente 200kt.

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Figura 1 - VFR Flight Pattern. Straight-in Approach B737-400 CL.

6. CONCLUSÃO

A aproximação direta pela reta final ou pela perna base, em localidades desprovidas de órgão de controle de tráfego
aéreo, passa a ser permitida em localidades com AFIS e requer atenção para as restrições e procedimentos descritos
neste Boletim. Em caso de dúvidas ou esclarecimentos, estaremos a disposição através do e-mail:
flightstandards@voeazul.com.br.

Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:

Thiago Biesdorf Bruno Scardoeli João Marinheiro


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