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As condições de projeto foram baseadas no local de São José dos Campos, onde serão
realizadas as principais missões da aeronave.
De acordo com esses parâmetros, estudos e ensaios de voo dos outros anos, os
perfis UFSCar 15, UFSCar 21, UFSCar DB-3, UFSCar DB-4 e CH10 foram escolhidos para
análise.
Os perfis UFSCarDB foram projetados pela equipe a partir de combinações dos
perfis Selig 1223 e Eppler 423 no software Profili 2.30, variando parâmetros
geométricos.
Utilizou-se o software XFLR5 para obtenção do parâmetros para comparação dos perfis
utilizando Reynolds referente a condição de estol.
Tabela 1 : Características aerodinâmica dos perfis
Priorizou-se utilizar um perfil com baixa relação t/c para menor arrasto e alto valor
de Clα, com experiência em anos anteriores a equipe selecionou o NACA 0012, com Clα=
0,105.
Figura 7: Clxα estabilizador vertical
1.2
0.8
Coeficiente de sustentação Cl
0.6
0.4
0.2
0
-10 -5 0 5 10 15 20
-0.2
ANÁLISE EM CFD
Iniciou-se a análise em CFD, baseado no modelo de turbulência K-epsilon (k-ε),
pode-se observar que os resultados foram muito discrepantes do XFLR5, concluiu-se
que para análises corretas ficaria inviável manter o cronograma na equipe, devido ao
custo computacional e tempo de estudos. Foi definido que ensaios no túnel de vento
seriam mais efetivos para análises.
Figura 10 : Comparação XFLR5 e CFD
2.5
Cl- coeficiente de sustentação
1.5
XFLR5
1
Análise CFD
0.5
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
-0.5
1. Coeficientes aerodinâmicos
Para simulação de elementos 3D, utilizou-se o software XFLR5, método dos painéis 3D,
pois considera a espessura da superfície e calcula distribuição do Cp no extradorso e
intradorso da asa obtendo uma análise mais abrangente.
SUSTENTAÇÃO
1.1 CLmáx , CLalpha e alpha estol
Número de painéis Δ
2130 -
3880 5%
4830 5%
5950 0,56%
7672 0,45
8100 0,42
350000
300000
250000
Número de Reynolds
200000
150000
100000
50000
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
Posição ao longo da semi-asa[m]
2.5
1.5
Cl máx do perfil
Cl x b 22,5º
CL
1 Cl x b 20,5º
Cl x b 21º (α estol)
0.5
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
POSIÇÃO NA ENVERGADURA
Para determinar CLMAX, foi utilizado a equação (1) (GUDMUNDSSON, 2014), realizando a
integral ao longo das seções da asa.
(1)
2.5
1.5
C (η)
Polynomial (C (η))
Cl (η)
1 Polynomial (Cl (η))
0.5
f(x) = − 18.9448 x⁶ + 51.7622 x⁵ − 52.8393 x⁴ + 24.5028 x³ − 5.15397 x² + 0.422755 x + 0.441695
R² = 0.995714366194175
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
η
2.5
1.5
CLw
0.5
0
-15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
alpha
Foi utilizada a equação (3) para determinar a correção do afilamento (C1) para
avaliar se a razão de aspecto da asa se enquadra na definição de alto alongamento do
DATCOM:
Equação 3
Em seguida, foi calculado o valor mínimo de AR para que o método possa ser
utilizado, equação (4):
Equação 4
Foi obtido então o parâmetro do bordo de ataque (Δy), que é calculado em função
da espessura de acordo com a série do perfil. Os dois próximos passos consistem na
determinação da máxima razão de sustentação (CLmáx/Clmáx) e do fator de correção do
número de Mach (ΔCLmáx), obtidos por meio de gráficos apresentados pela referência.
A seguir, foi calculado o CLwmáx, com a equação (5):
Equação 5
𝑆𝑅=𝑆−𝐶𝑟𝑤𝑓𝑢𝑠
Equação 4
Equação 5
CL x alpha (asa-fuselagem)
2.5
1.5
0.5
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
-0.5
0.6
0.4
0.2
Ensaio tunel de vento
0
cl
-0.4
-0.6
-0.8
alpha
Equação 6
CLα AR dε ε0 CL0
dα
0,067 4,84 0,5066 5,95 0,792
Equação 8
Equação 9
A derivada da região linear da curva de CLxα, foi definida pela equação 10.
Equação 10
O ângulo de ataque para sustentação nula da aeronave, foi obtido pela equação 11.
Equação 11
A faixa linear dos ângulos de ataque da curva de CLxα, dada pela equação 12.
Equação 12
Equação 13
Equação 14
Parâmetros Valores
CL0 0,794
α0L [°] -12,3
ηh 0,9
ε0h [°] 1,3
dε/dα 0,53077
CLα [1/º] 0,06443
αA* [°] 12,98
CLmáx 1,735
αCLmáx [°] 19,44
Figura 17 Curva de CLxα da aeronave completa sem considerar a deflexão do profundor
1.5
0.5
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30
-0.5
Ângulo de ataque da aeronave -α[°]
Equação 17
O αδe é dado pela equação 18 e contem vários termos que foram obtidos de
outras equações e figuras apresentadas em Roskam (1985) e não foram repetidas.
Equação 18
Kb 1,0
(αδ)CL/ (αδ)Cl 1,15
CLih [1/rad] 2,59
(Clα)theory [1/rad] 6,79
Clδ/(Clδ)theory 0,55
(Clδ)theory [1/rad] 5,75
ih [rad] -0,07
-0.05
-0.1
-0.15
-0.2
-0.25
-0.3
Ângulo de deflexão do profundor -δe [°]
10
0
-30 -20 -10 0 10 20 30 40
-5
-10
-15
Ângulo de ataque da aeronave -α[°]
1.8
Coeficiente de sustentação da aeronave -CL
1.6
1.4
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30
Ângulo de ataque da aeronave -α[°]
2 ARRASTO
Foi utilizado o método proposto por Roskan(1985), para o cálculo dos principais
componentes do coeficiente aerodinâmico da aeronave, que pode ser obtido por meio
da equação
Equação 19
Os termos v e w não foram calculados, pois são multiplicados pelo ângulo de torção
da asa εt, que possui valor nulo. Para o coeficiente de Oswald(e), utilizou-se o trabalho
realizado por Nita(2012), considerando a influencia da fuselagem e arrasto para CL=0,
apresentado pelas equações 22, 23 e 24.
Equação 22
Equação 23
Para o termo f(λ), realizou-se uma interpolação de quarta ordem que descreve a curva
f(λ)xλ com precisão.
Equação 24
Parâmetro Valor
f(λ) para λ=0,44 0,0021
AR 4,84
etheo 0,9895
ke,F 0,9887
ke,D0 0,804
ke,M 1,0000
Fator de eficiência 0,7867
de Oswald - e
0.4
0.35
0.3
Coeficiente da arrasto
0.25
0.2
CDi
CDv
0.15 CD
0.1
0.05
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
Ângulo de ataque da asa- α[º]
Figura 11 :Curva de coeficiente de arrasto por ângulo de ataque da asa
0.45
CDw= 0,0005CLw² + 0,0056CLw + 0,098
0.4
0.35
0.3
Coeficiente de arrasto -CDw
0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
Ângulo de ataque da asa -αw[°]
Tabela 12
Coeficiente Valor
CD0w 0,098
k 0,0005
k’ 0,0056
Equação 26
𝐶𝐷0𝑓𝑢𝑠 é encontrado pela equação 27, em que leva em consideração as dimensões da
fuselagem, o fator de interferência asa-fuselagem (Rwf), o coeficiente de atrito de placa
plana lisa (Cffus), a área molhada e o coeficiente de arrasto de base da fuselagem (CDbfus).
Equação 27
Parâmetros Valores
Rwf 1,05
Cffus 0,0034
Swetfus 0,526
lf/df 6
n 0,9
cdc 1,3
CD0fus 0,0061
0.09
0.08
0.07
0.06
0.05
CDfus
0.04
0.03
0.02
0.01
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
Ângulo de ataque da aeronave - α [°]
2.3 Coeficiente de arrasto das empenagens
Além de ser realizado os ensaios no túnel de vento, foi utilizado também método teórico,
que é feita a soma dos coeficientes de todas superfícies (vertical e horizontal), como
desenvolvido para a asa, Roskan (1985), como determinado pela equação 29 utilizou-se
também XFLR5 para obter o CDv da empenagem horizontal
Equação 29
Parâmetro Valor
f(λ) para λ=1 0,0096
AR 2
etheo 0,9811
ke,F 0,9632
ke,D0 0,804
ke,M 1,0
Fator de eficiência 0,759
de Oswald - e
Foi calculado o ângulo de downwash sobre a empenagem horizontal (𝛼ℎ), obtendo 𝛼ℎ pela
equação 30. (ROSKAN, 1985)
Equação 30
0.03
R² = 0.999897756391627 0.025
0.02
0.015
CDh
0.01
0.005
0
-0.3 -0.2 -0.1 0 0.1 0.2 0.3 0.4
Coeficiente de sustentação da empenagem horizontal - CLh
Coeficiente Valor
CD0h 0,0051
kh 0,2786
kh’ 0,0037
CD0v 0,0051
Devido a simetria da empenagem vertical, foi considerado apenas CD0v=0,02, obtido nos
ensaios experimentais. Figura 14.
Figura14: CDv x alpha experimental
0.35
0.3
Coeficiente de arrasto da empenagem vertical -CDv
0.25
0.2
0.15
0
-25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
-0.05
-0.1
Considerando a área de asa como referência, a equação 29, pode ser escrita pela
equação 32 e o gráfico apresentado na figura 15. Foi utilizado os resultados experimentais
do estabilizador horizontal somados com CD0v, para fins de comparação e os resultados
finais apresentados na figura 15.
Equação 32
Figura 15 : CDemp x alpha
0.05
Coeficiente de arrasto da empenagem horizontal
0.04
0.03
Teórico
0.02 Túnel de vento
Polynomial (Túnel de vento)
0.01
0
-20.0 -15.0 -10.0 -5.0 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0
-0.01
Ângulo de ataque da aeronave - α [°]
0.0250
ΔCDtrim
0.0200
0.0150
0.0100
0.0050
0.0000
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
δe [°] do Eixo
A função de quarto grau da figura 16, foi utilizada para obter o incremento do
coeficiente em função do ângulo de ataque da aeronave, figura 18.
0.007
0.006
0.005
0.004
ΔCDtrim
0.003
0.002
0.001
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25 30
-0.001
Ângulo de ataque da aeronave - α [°]
ΔCDs 0,0028
Cf 0,0008
t/c 0,035
0.7
0.6
0.5
Coeficiente de arrasto da aeronave completa - CD
0.4
0.3
0.2
0.1
0
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 25
Ângulo de ataque da aeronave - α [°]
85%
Por fim, foi obtida a polar de arrasto da aeronave completa compensada, figura 18 e a
variação de valores (CL/CD)xα foi apresentada na figura 19.
Figura 18: Polar de arrasto da aeronave completa compensada para condição de cruzeiro
12
Coeficiente de sustentação da aeronave - CL
10
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
8
Eficiência aerodinâmica -CL/CD
0
-15 -10 -5 0 5 10 15
Ângulo de ataque da aeronave - α [°]