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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS - CECEN


CURSO DE AGRONOMIA –
DEPARTAMENO DE AGRONOMIA –
DISCIPLINA: CONSTRUÇOES RURAIS
PROFESSOR: CLEBSON SANTOS CÂNDIDO

RELATORIO DE PRÁTICA RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

São Luís - MA
2022
COMPONENTES:

JOSÉ DARLAN DOS SANTOS LIMA


LARISSA RAMOS DOS SANTOS

RELATORIO DE PRÁTICA RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

São Luís - MA
2022

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SUMÁRIO

1. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ........................................................................ 4


2. OBJETIVO ........................................................................................................ 5
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 5
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................... 6
5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 10
6. REFERENCIAS .............................................................................................. 11
7. APENDICE ..................................................................................................... 12

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

O concreto é um material construtivo amplamente disseminado. Podemos


encontrá-lo em casas de alvenaria, em rodovias, em pontes, em usinas
hidrelétricas e nucleares, em obras de saneamento. Estima-se que anualmente
são consumidas 11 bilhões de toneladas de concreto. No Brasil, o concreto que
sai de centrais dosadoras gira em torno de 30 milhões de metros cúbicos
(PEDROSO,2009).

Segundo Inês Battagin, superintendente do CB-18 da Associação Brasileira


de Normas Técnicas (ABNT), o concreto é uma mistura homogênea de cimento,
agregados miúdos e graúdos, com ou sem a incorporação de componentes
minoritários (aditivos químicos e adições), que desenvolve suas propriedades pelo
endurecimento da pasta de cimento.

Depois da água é o material que mais se consome. São características de


durabilidade, resistência, plasticidade (dar forma aos constituintes da estrutura por
sua execução no canteiro dentro de fôrmas e moldes). Economicamente, o
concreto continua sendo, para a maioria dos casos, a melhor solução, pois a sua
versatilidade não é alcançada por outros materiais (DINIZ, 2009).

No Brasil é padronizado pela ABNT, para o ensaio de resistência à


compressão em argamassas e concretos, o uso de corpos de prova cilíndricos. As
normas que fundamentam e regularizam esse ensaios são: ABNT NBR 5738,
Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova; ABNT NBR
5739, Concreto – Ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos; ABNT
NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento; ABNT NBR 7211,
Agregados para concreto – Especificação; ABNT NBR 7680-1, Concreto–
Extração, preparo, ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto.

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Para determinar a qualidade e resistência do concreto o mais comum é a
realização de ensaios de compressão uniaxial, seguindo as diretrizes da ABNT
NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos.
Nesse teste, o corpo de prova é submetido a um carregamento que aumenta
progressivamente até a ruptura da amostra. O valor da força exercida no
momento da ruptura indica a resistência máxima que o concreto suporta
(ALMEIDA,2002).

2. OBJETIVO
Este relatório tem por objetivo descrever a prática realizada em laboratório
para determinar a resistência à compressão dos corpos de prova.

3. METODOLOGIA
O trabalho foi realizado dia 11 de maio de 2022 no Laboratório de Concreto e
Materiais (LABCOM), instalado no Centro de Ciências Tecnológicas (CCT),
Campus Paulo VI, localizado na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

O primeiro passo adotado para iniciar o ensaio diz respeito a preocupação


com a segurança dos alunos, dessa forma fez-se o procedimento padrão da
utilização de EPI (equipamento de proteção individual), utilizando botas, óculos de
proteção contra impactos e jaleco branco.

Para determinar os parâmetros desses ensaios foram utilizados treze corpos


de prova já preparados previamente com o uso de formas metálicas e cilíndricas,
seguida pelas medidas corretas feitas através do uso um paquímetro que é
responsável por medir o diâmetro e uma trena, para definir a altura afim se
elaborar um cálculo subsequente da resistência.

Para efetuar o teste de compressão do corpo de prova foi utilizado uma


prensa eletro hidráulica de 100 toneladas da SoloTeste que possui indicador

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eletrônico digital simples e bomba eletro-hidráulica, que permite controle manual
da velocidade de avanço do pistão, além da função de avanço rápido para uso na
aproximação antes do ensaio. Os corpos foram inseridos na presa,
acompanhados de dois discos de aço inferior e superior, chamados de pratos de
acomodação e uma esponja de polietileno acoplada em uns dos pratos superiores
para auxiliar na presa, pois os CP não tinham comprimento suficiente.
O corpo de prova cilíndrico foi posicionado de modo que, quando estiver
centrado, seu eixo coincida com o da máquina, fazendo com que a resultante das
forças passe pelo centro.
Antes de iniciar cada teste a manutenção da máquina é importante para não
ocorre erros, de modo que fez-se a tarar da presa e a limpeza a cada teste. O
operador da máquina também tem papel importante no teste, este deve aplicar a
carga de forma moderada, com agilidade e precisão.

Por fim foram realizados todos os treze testes na presa hidráulica e foi
possível analisar quanto um corpo de prova resistiu sobre a compressão induzida.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A resistência à compressão deve ser obtida, dividindo-se a carga da ruptura


pela área da seção transversal do corpo-de-prova, devendo o resultado ser expresso
com MPa. Para analisar a resistência a compressão do corpo de prova, foram feitas
as seguintes cálculos dos dados, por exemplo: CP3= 10x20 cm.

Raio: D/2 Área da Seção Transversal:


Área da Base: π * R2
R=10/2
A=3,14*5
R= 5 cm A=78,5cm²

Carga Limite:
Valor encontrado em tonelada-força (T/f) deve ser transformado em kgf/cm
Valor da carga * 1000
36,59* 1000= 36590 kgf/cm

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Cálculo da compressão:

(Sendo a F a carga obtida no teste) e A área do cilindro.

Após esses cálculos fez a conversão da carga de ruptura dadas em toneladas


para Mpa (MegaPascal)

45,71

Dessa forma obteve-se a seguinte tabela, do qual relaciona os parâmetros


obtidos nos testes, como dito anteriormente.

Corpo de Diâmetro Altura Área Carga (t) C(Mpa)


Prova (cm) Da base
CP1 9,8 20 75,39 46,08 59,94
CP2 9,8 20 75,39 47,61 61,93
CP3 10 20,2 78,5 36,59 45,71
CP4 10 20 78,5 45,88 57,32
CP5 10 20 78,5 46,88 58,56
CP6 10 20,1 78,5 45,44 56,77
CP7 10 20,2 78,5 44,85 56,03
CP8 10 20 78,5 49,08 61,32
CP9 10 20,2 78,5 42,78 53,44
CP10 10 20 78,5 46,10 57,60
CP11 10 20,2 78,5 46,43 58,00
CP12 10 20,1 78,5 46,48 58,06
CP13 10 20,1 78,5 48,05 60,03
Tabela 1- Resultados obtidos em teste de laboratório. CP-Corpo de Prova

Em cada corpo de prova além da resistência, observou-se o formato que o


material ficou após o seu rompimento, segundo a ABNT, a análise da forma como o

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corpo de prova rompe, pode evitar que se tomem importantes decisões com dados
contaminados ou enganosos.

A ruptura só no topou ou base nos corpos de prova demonstram claramente,


que a aplicação de carga foi muito irregular ou que a extremidade do corpo de prova
apresenta alguma falha em sua constituição. A maioria dos casos é por defeito de
retificação, ou moldagem excessivamente desnivelada, não corrigida pelo processo
de capeamento. Isso teria enfraquecido o topo do CP, motivando a ruptura irregular
e o comprometimento do resultado (HAMASSAKI,2013). Isso ocorreu nos corpos
CP1, CP12.

O CP2 apresentou ruptura ideal de um corpo de prova cilíndrico, com forma de


ampulheta, onde as camadas laterais externas se desprendem. Aqui, a força foi tão
bem distribuída ao longo da superfície de contato com a prensa que, os planos de
cisalhamento seguiram a direção definida pela deformação tipo “barril”, aquela que
condiciona o Coeficiente de Poisson. Os resultados de CPs assim, tem máxima
confiabilidade em relação ao teste de compressão, especificamente (SOUZA
JÚNIOR, 2010).

O CP4, CP3, e CP10 apresentou formato do tipo Tensão cônica cisalhada,


houve um corte transversal na sua base.

No corpo de prova CP5 observou-se rupturas colunares, que são mais raras,
mas indicam que pode estar havendo uma pequena influência da preparação de
topo do corpo de prova, no resultado. Rupturas assim, devem motivar avaliações na
qualidade de retificadoras e capeadores, bem como do processo de teste em si. Mas
eu não descartaria um resultado por este tipo de fratura, apenas o colocaria sob
suspeita, carecendo de uma confirmação, caso aponte para uma situação limítrofe
ou desfavorável (RESENDE,2017).

O CP6 demostrou o padrão típico da ruptura por compressão e demostra a


forma de ampulheta. As tensões de cisamento foram as mais fortes. Na parte

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superior observa-se uma ruptura, que é um sinal de perda de contato ou de
concentração de carga.

CP8 e CP13 teve fração cônica apresentou formato do tipo tensão cônica
cisalhada, houve um corte transversal no seu topo.

Segundo Resende, 2013, na publicação “A forma de rompimento do CP é


importante?”, a ruptura cisalhada lateral é o segundo tipo de ruptura mais confiável.
O cisalhamento ocorre sempre em planos inclinados em relação à direção da força
cortante que o gera, por isso a linha de fratura atravessando na diagonal do CP. Um
teste que resulte em um efeito assim sobre o corpo de prova pode ser considerado
normal e aceitável. Esse tipo de rompimento ocorreu no CP11.

O CP7 e CP9 foram os que mais significativos, pois o CP7 apresentou ruptura
total do corpo de prova, ficando estilhaçado. Enquanto que o CP9 não apresentou
ruptura visível, sua ruptura foi interna.

Gráfico de relação da Carga e da resistência a compressão

Observando o gráfico é possível determinar que os fatores carga e compressão


são diretamente proporcionais, e que nesse estudo os corpos de prova CP2 e CP8

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apresentaram maior resistência a compressão. Em contra partida o CP3 foi o que
menos resistiu. Os demais apresentaram regularidade e resultados medianos.

5. CONCLUSÃO

A importância da realização de testes laboratoriais para confirmar se a


resistência do concreto fornecido é a mesma prevista em projeto é fundamental para
garantir a vida-útil da estrutura, bem como o controle de qualidade, a segurança dos
funcionários da obra e de todas as outras pessoas, proprietárias ou não, que irão
usufruir do empreendimento no futuro.

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6. REFERÊNCIAS

ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas -NBR 5739. Concreto- Ensaio de


compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro – RJ, JUL 1994

ALMEIDA, L. C.; Concreto. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2002,


p. 03. Disponível em: <http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Concreto.pdf>.
Acesso em: 18 de maio 2022.

DINIZ, J.Z.F.; Personalidade entrevistada. REVISTA: Concreto: material


construtivo mais consumido no mundo. Ano XXXVII, Janeiro de 2009, São Paulo
– SP. Página 11; ISSN 1809-7197

HAMASSAKI, L.T; SANTOS, R.F.C. dos; Soluções inovadoras- corpos de prova.


Revista notícias da construção, novembro- 2013 Disponível em: <http://www.ipt.br ›
download> Acesso em: 19 de maio 2022.

SOUZA JÚNIOR, T. F.; Estruturas de Concreto Armado. Universidade Federal de


Lavras. s.n.t. 14 de Dez de 2010 Disponível em:
<http://www.dea.uem.br/disciplinas/concreto/CAP1-2CA.pdf>. Acesso em: 18 de
maio 2022

PEDROSO, F.L. Concreto: as origens e a evolução do material construtivo mais


usado pelo homem. REVISTA: Concreto: material construtivo mais consumido
no mundo. Ano XXXVII, Janeiro de 2009, São Paulo – SP. Página 13. ISSN 1809-
7197

RESENDE, C.B. Clube do concreto. A forma de rompimento do CP é importante?


publicado em: 13 de julho de 2017. <Disponível em:
http://www.clubedoconcreto.com.br/2017/07/a-forma-de-rompimento-do-cp-e-
importante.html> Acesso em: 20 de maio 2022

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7. APENDICE

Figura 1. Aluna medido diâmetro Figura 2. Materiais utilizados


e altura dos corpos de prova

Figura 3. Forma cilíndrica Figura 4. Corpo de prova, CP2,


para molde de corpo de prova antes de aplicar a compressão

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Figura 5. Corpo de prova, CP2,
após aplicar a compressão Figura 6. Prensa eletro hidraúlica

Figura7. Turma de Agronomia em aula prática de Construções rurais

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