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Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Departamento de Engenharia Mecânica - DEMEC

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO
Nº08
(Tensões principais em uma roseta)

Disciplina: ENG03353 - Medições Mecânicas

Prof.: Herbert Martins Gomes

Gabriel Simioni

Porto Alegre

2023
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Resumo
Este experimento consistiu na utilização de strain gages na configuração de roseta para
medir as deformações de uma régua, sendo colados um a um manualmente. A partir das
deformações medidas foi possível determinar as tensões e deformações principais e, a partir
disso, estimar o valor do módulo de elasticidade e coeficiente de Poisson do material.
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Sumário
1 Introdução............................................................................................................................ 4
2 Objetivos ............................................................................................................................. 4
3 Equipamentos utilizados ..................................................................................................... 4
4 Procedimentos ..................................................................................................................... 5
5 Resultados ........................................................................................................................... 5
6 Discussão ............................................................................................................................. 6
7 Conclusões .......................................................................................................................... 7
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1 Introdução

A obtenção de valores experimentais através da instrumentação de medição é um


processo vital em diversas areas da engenharia, sendo realizada de diversas maneiras e com
diversos equipamentos. Os strain gages são os principais instrumentos para se medir
deformações. Esse equipamento é constituido por uma grade de um material que tem alteração
de resistência elétrica proporcional a sua deformação, possibilitando a medição da deformação
em um ponto de uma peça através da medição da alteração da resistência elétrica do
extensômetro.

Este experimento visa mostrar a utilização de Strain Gages na forma de roseta. Esta
configuração é uma das maneiras mais comuns de se utilizar Strain Gages. A partir das leituras
dos Strain Gages poderá se obter as deformações principais. A partir desses dados e com o
cálculo das tensões principais através da teoria de Resistência dos Materiais, será possível
estimar o valor do módulo de elasticidade e coeficiente de Poisson do material.

2 Objetivos

São os objetivos de interesse para este trabalho:


• Determinar os parâmetros m, c, e k de um sistema de 2ª ordem experimentalmente
(regido pela equação diferencial de segunda ordem);
• Avaliar por transformada de Fourier, do sinal medido no tempo, a frequência natural
do sistema;
• Avaliar o amortecimento do sistema pela técnica do decremento logarítmico;
• Avaliar a rigidez do sistema por ensaio estático de cargas crescentes.

3 Equipamentos utilizados

Para esta prática foram utilizados os seguintes equipamentos:


• 1 placa de aquisição de dados USB;
• 1 régua triangular de aço com roseta de strain gauges colados;
• 4 strain gauges PA-06-150AA-120-LEN da empresa Excel Sensores, com Gauge
Factor indicado de k = 2,1;
• Conjunto de massas pequenas com valores previamente medidos;
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• − 1 suporte para pendurar as massas na ponta da régua;


• − 2 suportes com chapas metálicas para prender e engastar a régua numa mesa;
• − 1 Computador com DAQami (gratuito, da Measurement Compting), instalado;
• − 1 Ponte de Wheatstone.

4 Procedimentos

O procedimento adotado para a execução da aula experimental foi executado conforme


o descrito no roteiro da aula.

5 Resultados

O módulo de elasticidade pode ser avaliado através do gráfico de σ x ε2 abaixo, com


valor de 2x10¹¹ Pa, coerente com valores típicos de aços.

A partir do gráfico de ε1 x ε2 pode-se estimar o coeficiente de Poisson, no valor de 0,22,


um pouco acima do esperado para aços e possivelmente sofreu interferência em alinhamento
dos strains gages ou outra não linearidade que afetou todas as medidas por igual, já que
apresentou um coeficiente de correlação razoável.
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Considerando-se uma tensão de escoamento comum para aços de 350Mpa e o


Coeficiente de Segurança (C.S.) como o quociente desta pela Tensão de Von Mises calculada,
observa-se que em nenhum momento, desconsiderando-se o estado inicial sem carregamento,
a régua atinge o C.S. recomendável de no mínimo 3, portanto os carregamentos são inadequados
para a geometria estudada, conforme tabela a seguir.

F(N)  vM CS
0 0 N/D
11,118 33762206 7,40473
14,646 38612004 6,47467
18,272 53883177 4,639667
21,800 58934011 4,242033
25,348 69053457 3,620384

O plano principal de tensões e deformações obtido é coerente com o esperado pela


teoria, e é localizado à cerca de 30° no sentido anti-horário do eixo x estabelecido na roseta e
coincide com as direções de maior tração e maior compressão, ambas distantes 90° entre si.

6 Discussão

Os valores de módulo de elasticidade conferem com a literatura, para um material metálico


fica em torno de 2x10^11 Pa.

Era esperado um resultado para Ф de 45º, porem o valor foi de 44,66º. O motivo desse erro
deve-se possivelmente ao desalinhamento da roseta.
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7 Conclusões

Para o experimento realizado nesse relatório, deveria ser considerado um número maior de
medições para se considerado um resultado mais próximo da realidade.
Como se trata de um experimento com pouco tempo para coletar e analisar o problema
mais a fundo, pode-se considerar aceitável o número de medições e de uma forma geral, os
resultados finais dos experimentos foram satisfatórios,

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