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Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Departamento de Engenharia Mecânica - DEMEC

RELATÓRIO DO
EXPERIMENTO Nº07
(Calibração de uma célula de carga)

Disciplina: ENG03353 - Medições Mecânicas


Prof.: Herbert Martins Gomes

Gabriel Simioni

Porto Alegre
2023
RESUMO
Medições de esforços mecânicos podem ser obtidas por sensores
denominados células de carga. Com um sistema de condicionamento de sinal,
como uma ponte de Wheatstone, é possível realizar leituras em tensão elétrica
e relacioná-las com uma carga mecânica associada através de uma curva de
calibração. O objetivo deste experimento foi levantar uma curva de calibração
experimental através da aplicação de diversas cargas conhecidas em uma
célula de carga – Reaction BCDL10.

1. INTRODUÇÃO

O relatório foi realizado de acordo com os requisitos da cadeira de


Medições Mecânicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
ministrada pelo professor Herbert Martins Gomes.
A deformação elástica, proveniente de solicitações como tração,
compressão, flexão e torção, é um fenômeno amplamente explorado no
desenvolvimento de dispositivos para medição de diversas grandezas. Os
dispositivos desenvolvidos para a medição de forças que integram um
elemento elástico ao qual está associado um sensor são chamados de células
de carga.

A célula de carga é um dispositivo eletromecânico, que tem como


propriedade a medição das deformações ou a flexão de um corpo
transformando-a em tensão. Para a obtenção destes sinais é utilizado o
straingage, que converte a deformação em tensão, em conjunto com uma
ponte de Wheatstone. Essa combinação proporciona um sinal em micro strains
que é alterada proporcionalmente à medida que se aplica maior peso ou força
na estrutura.
2. OBJETIVOS

• Calibração e determinação do valor da constante da célula de carga.

3. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Multímetro digital

Pesos

Ponte de Wheatstone

Célula de carga AEPH modelo TS, constante nominal de 2mV/V

4strain-gages

Fonte de alimentação de 5V

4. PROCEDIMENTOS

A célula de carga foi conectada à ponte de Wheatstone e ajustou-se o


valor de saída para 0V. Em seguida, os pesos foram adicionados
gradativamente. Em cada aplicação de carga mediu-se a tensão de saída na
ponte de Wheatstone através do multímetro.
Segundo o fabricante, na configuração de carga limite nominal de 10 kgf,
a sensibilidade S da célula de carga é de 2mV/V. Visto que a tensão de
alimentação da ponte de Wheatstone é de 5V, o valor de ΔE será de 2mV/V x
5V, ou seja, 10 mV.
Como o condicionador de sinais possui ganho de 10³, quando a carga é
máxima, ou seja, 10 kgf, a saída será de 10 V. Concluiu-se então que a tensão
teórica de saída do condicionador de sinais é em valor igual à carga.

5. RESULTADOS

A Tabela 1 apresenta os valores obtidos experimentalmente.


Tabela 1 - Dados medidos experimentalmente
F (kgf) E (V)
1,13 0,98

2,265 1,96

3,4 2,95

3,966 3,44

Na figura 1 temos um grafico comparativo da Força (eixo x) x Medição


(eixo y)

Força x Tensão medida


4

3,5
y = 0,868x - 0,0025
3

2,5

1,5

0,5

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Figura 1 - Grafico Força x Medição

Foi obtida uma relação valor Medido/Real de 0,868, o que significa que a
sensibilidade é de 0,868 mV/Kgf.

6. CONCLUSÃO

A célula de carga analisada neste ensaio experimental está fornecendo


leituras bem próximas das reais, apresentando um comportamento dentro do
esperado. A sensibilidade teórica era de 1 mV/Kgf, a sensibilidade real foi de
0,868 mV/Kgf, assim, pode-se afirmar que o experimento foi realizado com
sucesso

7. BIBLIOGRAFIA

[1] Notas de aula de Medições Mecânicas, Professor Herbert Martins Gomes

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