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UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITARIO DE ARAGUAINA


LABORATORIO DE FÍSICA MODERNA

KAIO CESAR SILVA SANTOS

Experimento 1: RAZÃO CARGA/MASSA

ARAGUAÍNA-TO.
2023.
Sumario.
2.Objetivos. ............................................................................................................................................ 3
2.1. Objetivo geral. ............................................................................................................................ 3
2.2. Objetivos específicos. ................................................................................................................. 3
3. Metodologia. ...................................................................................................................................... 3
3.1. Fundamentação teórica.............................................................................................................. 3
3.2. Realização experimental. ........................................................................................................... 5
4. Análise e Resultados. ......................................................................................................................... 6
5.Conclusão. ........................................................................................................................................... 7
6. Referencias. ........................................................................................................................................ 8
1. Introdução.
A razão carga massa foi um experimento feito primeiramente por J.J Thomson em 1897,
no qual produziu um aparelho que produz descargas elétricas em tubos de baixa pressão, com
esse experimento Thomson foi possível descobrir uma partícula bastante importante para a
ciência, o elétron (IFSC,2013) O experimento constitui de canhão de elétrons na qual lança em
um tubo de baixa pressão, junto a esse tubo uma bobina de Helmholtz no qual aplica um campo
magnético perpendicular ao movimento, e algumas fontes de energia.
O objetivo desse trabalho foi determinar experimentalmente a razão e/m, assim comparar com
o resulta esperado na literatura. Para isso foi utilizada tabelas, com dados de corrente e raio para
determinar, mantendo a tensão constante. Pode se perceber que o resultado obtido foi bem
próximo ao valor esperado com uma faixa de erro bastante pequena.

2.Objetivos.

2.1. Objetivo geral.

Determinar a razão carga massa do elétron

2.2. Objetivos específicos.

 Obter dados do raio e corrente com uma análise do experimento;


 Relacionar matematicamente a razão E/m do elétron, raio e corrente;
 Identificar o erro dos dados experimentais.

3. Metodologia.

3.1. Fundamentação teórica.

O experimento realizado se baseia nos conceitos de conservação de energia, campo


magnético, no qual consiste em um raio de elétrons lançados em um tubo de baixa pressão, com
uma bobina de Helmholtz, aplicando também uma diferença de potencial conforme a figura 1.

Figura 1: montagem do experimento.


Fonte: Pasco scientific, 1987.

Basicamente o campo magnético pode ser obtido a partir de partículas carregadas em


movimento, sendo uma grandeza vetorial tendo a relação conforme a equação 1. (Hallyday,
2016)

𝐹𝑏 = 𝑞𝑣⃗ × 𝑏⃗⃗ – equação 1.

Como o experimento foi usado elétron pode-se fazer q=e, onde e é a carga elementar,
também como o campo e perpendicular ao movimento, podemos rearranjar a equação conforme
a figura 2. Para elétron se movimentando de forma circular obtém-se a equação 3. Para a bobina
de Helmholtz, temos a equação 4.
𝐹𝑏 = 𝑒𝑣𝑏 - equação 2.
𝑚𝑣 2
𝐹𝑐 = = 𝑒𝑣𝑏 - equação 3.
𝑟
[𝑁𝜇 ]𝐼
𝐵 = (5/4)03 𝑎 – equação 4.

Sabe-se também que a energia total de um sistema consiste na soma da cinética e


potencial, sendo a cinética descrita na equação 5, a potencial sendo o potencial elétrico, descrito
pela equação 6.
1
𝐾= 𝑚𝑣 2 - equação 5.
2

𝑈 = 𝑒𝑉 – equação 6.
O princípio de conservação de energia apenas é válido para qual a forças externas não
atuam em um sistema isolado, sendo suas forças conservativa, na qual pode ser definido pela
equação 7 e rescrita na equação 8.
∆𝐸 = 0 – equação 7.
𝐸𝑖 = 𝐸𝑓 – equação 8.
Para o experimento temos que a energia inicial não temos energia potencial, e a energia
final não se tem a potencial. Podemos definir na equação 9.
1
𝑚𝑣 2 = 𝑒𝑉 equação 9
2

Assim temos que a relação e/m e dada pela equação 10. Na qual foi utilizada para o
experimento, a únicas coisas que podem variar nesta equação e a corrente e o raio a
5
𝑒 2𝑉( )3 𝑎2
= (𝑁𝜇4 – equação 10.
𝑚 0 𝐼𝑟)2

3.2. Realização experimental.

Segundo o próprio manual do produto, os materiais do experimento são:

 Bobinas de Helmholtz;
 Painel de controle do aparato razão e/m;
 Capuz de pano;
 Escala espelhada;

 Tubo e/m;

 Canhão de elétrons.

O experimento foi montado conforme a figura 1.

Figura 1: Experimento montado.

Fonte: autoral.

Devido a problemas com o experimento não foi possível reproduzir o experimento. Porém em
foram feitas tabelas de experimentos passados, do raio e da corrente conforme a tabela
4. Análise e Resultados.

A tabela 1 mostra os dados da corrente e do raio do experimento, junto com o cálculo


de e/m, para se obter esse gráfico foram registrados os dados da corrente e do raio, assim
substituindo os valores na equação 10. O experimento foi feito a uma tensão fixa de 250V, o
número de espiras da bobina era de 150, e o raio era de 0,15m. O cálculo do erro foi feito a
partir do valor esperado de 1,7588x 1011 C/Kg.
Tabela 1: Dados obtidos.

I(A) i*i R(m) R*R e/m erro


1,1 1,21 0,053 0,002809 2,56E+11 0,33
1,2 1,44 0,052 0,002704 2,23E+11 0,15
1,3 1,69 0,052 0,002704 1,90E+11 -0,04
1,35 1,8225 0,0505 0,00255 1,87E+11 -0,06
1,4 1,96 0,048 0,002304 1,93E+11 -0,03
1,45 2,1025 0,046 0,002116 1,96E+11 -0,01
1,5 2,25 0,0455 0,00207 1,87E+11 -0,06
1,55 2,4025 0,0445 0,00198 1,83E+11 -0,08
1,6 2,56 0,0435 0,001892 1,80E+11 -0,10
1,65 2,7225 0,041 0,001681 1,90E+11 -0,04
1,7 2,89 0,0405 0,00164 1,84E+11 -0,08
Fonte: autoral.

Percebe-se que os resultados são bem próximos ao esperado, vendo que o maior erro
obtido foi de 15% do valor, sendo um número consideravelmente razoável.

Também foi feito um gráfico da corrente em função do raio, seguindo a relação descrita
na equação 11. Onde ρ e tudo que não está variando na equação 10, na equação 11 podemos
considerar que i/r2 = x, e I2/ρ=y, obtém-se uma equação linear conforme a equação 12. Com a
equação 12 foi feito um gráfico afim de encontrar e/m, na qual mostrado pela figura 2. O gráfico
foram feitos utilizando a tabela 2, na qual foi construída a partir da relação entre a equação 11
e 10.

1 𝑒 𝐼2
= 𝑚 𝜌 – equação 11.
𝑟2

𝑒
𝑦 = 𝑚 𝑥 – equação 12.

Figura 2: Grafico da corrente em função do raio.


Fonte: autoral.

Tabela 2.
y x
3,56E+02 1,39E-09
3,70E+02 1,66E-09
3,70E+02 1,94E-09
3,92E+02 2,09E-09
4,34E+02 2,25E-09
4,73E+02 2,42E-09
4,83E+02 2,59E-09
5,05E+02 2,76E-09
5,28E+02 2,94E-09
5,95E+02 3,13E-09
6,10E+02 3,32E-09

A figura 2 mostra o gráfico feito pelo programa qtiplot, o programa teve um


𝑒
coeficiente𝑚 = 1,41 × 1011 C/Kg, em que é bastante próximo ao valor esperado.

5.Conclusão.

O experimento razão e/m foi feito por J.J Thomson, em 1897, com o intuito de descobri
qual era a massa do elétron, ele consiste em uma bobina com um tubo e um canhão de elétron,
onde o elétron e lançado para dentro desse tubo que está envolta da bobina, fazendo com que o
campo magnético aja perpendicularmente ao movimento do elétron.
Para esse experimento foi usado uma tabela com dados, no qual so foi variado a corrente,
e o raio do feixe, foi feito cálculos para achar a razão utilizando a equação 10, assim achando
valores bem próximos ao que se era esperado, tendo como maior erro de medida de 15% do
dado experimental em relação ao dado esperado.

6. Referencias.
Halliday, David. Resnick, Robert. Walker, Jearl. Fundamentos de física, volume 3:
eletromagnetismo / 10. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2016.
Halliday, David. Resnick, Robert. Walker, Jearl. Fundamentos de física, volume 1: Mecânica
/ 10. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2016.
Pasco Scientific. Instruction Manual and Experiment Guide fo the Pasco scientific Model SE-
9638. 1987. Disponivel em:
<https://www.nhn.ou.edu/~johnson/Education/Juniorlab/e_Over_m/Pasco9638.pdf>.
M. A. Aegerter, M. Siu Li, C. E. Munte, R. A. Carvalho, A. R. Zanatta. Razão carga massa
q/m. IFSC, USP. Maio de 2013. Disponível em: < https://www.ifsc.usp.br/~lavfis/lavfiswp/wp-
content/uploads/2017/06/Razaoem_1.pdf

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