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ATIVIDADE LABORATORIAL
APRENDIZAGEM ESSENCIAL
Compreender a função e as características de um gerador e determinar as características de uma
pilha numa atividade experimental, avaliando os procedimentos e comunicando os resultados.
SUGESTÕES METODOLÓGICAS
Deverá ter-se em atenção o valor da corrente elétrica do circuito (calcular previamente o valor
aproximado) para escolher a escala correta do amperímetro e não o danificar.
Como a resistência interna da pilha é muito inferior à do voltímetro, o valor lido diretamente nos
terminais do voltímetro constitui uma boa aproximação para a força eletromotriz da pilha.
Uma vez que a tensão nos terminais da pilha diminui muito (tende para zero) para correntes
elétricas elevadas, deverá iniciar-se a atividade selecionando o valor de resistência elétrica do
reóstato ou do potenciómetro mais elevado e deverá alertar-se os alunos para nunca baixar
demasiado o valor da resistência, pois a pilha entra em curto-circuito e sai da zona de variação
linear da diferença de potencial elétrico.
Deverá alertar-se os alunos que, no caso de obterem pontos fora do ajuste linear, não devem
considerar esses pontos.
Uma vez que, a diferença de potencial elétrico nos terminais da pilha e a corrente elétrica no
circuito foram medidas com multímetros, nas funções voltímetro e amperímetro,
respetivamente, instrumentos com escalas digitais (a medida é indicada por um número),
considera-se a incerteza absoluta de leitura igual a uma unidade do último dígito de leitura.
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Os valores apresentados foram obtidos para a mesma pilha, antes de qualquer utilização e
após três utilizações pelos alunos.
B. TRATAMENTO DE RESULTADOS
1. Utilizando a calculadora gráfica ou uma folha de cálculo, construa, para cada uma das pilhas, o
gráfico U AB=f ( I ), ou seja, da diferença de potencial elétrico entre os terminais da pilha (pontos
A e B do diagrama esquemático do Esquema de Montagem) em função da corrente elétrica no
circuito.
2. Determine, para cada uma das pilhas, a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de
pontos experimentais (despreze, para esse efeito, os pontos que considere fora do ajuste
linear).
Para realizar esta tarefa deve começar-se pela introdução, numa calculadora gráfica ou numa
folha de cálculo, dos valores da corrente elétrica no circuito e da diferença de potencial elétrico
aos terminais da pilha, em duas colunas distintas, depois construir-se o gráfico de dispersão
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com esses pontos e, posteriormente, adicionar-se a reta de ajuste ao conjunto dos pontos
experimentais.
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Pilha nova
Pilha usada
C. ANÁLISE DE RESULTADOS
Comunique ao professor os resultados obtidos, destacando, entre outros aspetos:
• a equação da curva característica de cada uma das pilhas, indicando o valor da força
eletromotriz e da resistência interna das pilhas;
• a relação entre o valor da força eletromotriz obtido com base na curva característica com os
valores da força eletromotriz medidos em circuito aberto, para cada uma das pilhas, e
analisando as possíveis diferenças encontradas;
• a diferença entre o valor da força eletromotriz da pilha nova, medido em circuito aberto, com o
valor da força eletromotriz da pilha usada, medido nas mesmas condições;
• o que acontece à resistência interna de uma pilha à medida que vai sendo utilizada;
• a adequação dos procedimentos efetuados aos objetivos a alcançar nesta atividade,
salientando possíveis causas de erro.
Analisando o gráfico verifica-se que o conjunto dos pontos experimentais estão bastante
alinhados numa orientação ligeiramente oblíqua, alinhamento esse que se aproxima a uma reta
oblíqua com declive negativo. A reta de ajuste obtida corrobora esta análise pois permite
constatar que praticamente todos os pontos experimentais pertencem à reta obtida (e o
coeficiente de correlação, r, é muito próximo de um).
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As retas de ajuste ao conjunto de pontos experimentais são para a pilha nova e para a pilha
usada, respetivamente, y=−6,88 x +9,29 e y=−7,76 x +9,25 . Tratando-se de gráficos
diferença de potencial elétrico em função da corrente elétrica, atendendo às variáveis
independente, I, e dependente, U, presentes tem-se: U pilha , nova=−6,88 I + 9,29(V ) e
U pilha ,usada =−7,76 I + 9,25(V ), ou seja, as expressões que correspondem às equações das
curvas características da pilha.
Uma vez que a equação da curva característica para uma pilha (gerador) é:
U pilha=−r interna , pilha I +ε pilha
então, para a pilha nova os valores das suas características, resistência interna e força
eletromotriz são, 6,88 Ω e 9,29 V, respetivamente, e para a pilha usada 7,76 Ω e 9,25 V,
respetivamente.
Comparando o valor da força eletromotriz obtido com base na curva característica com os
valores da força eletromotriz medidos em circuito aberto verifica-se que, para as duas pilhas,
os valores são muito próximos, sendo superior o valor obtido em circuito aberto antes dos
ensaios. Considerando o valor lido com o voltímetro, em circuito aberto, uma boa aproximação
ao valor de referência da força eletromotriz da pilha em causa, pode obter-se:
|ea| |ε experimental −ε referência|
e r , pilhanova ( % )= × 100 ⇒e r , pilha nova ( % ) = ×100
ε referência ε referência
|9,29−9,31| |9,25−9,26|
e r , pilhanova ( % )= ×100=0,2 % e e r , pilhausada ( % )= ×100=0,1%
9,31 9,26
Uma vez que com o circuito fechado a pilha está a fornecer energia elétrica ao circuito existirá
uma alteração da componente eletroquímica desta, diminuindo a diferença de potencial elétrico
entre os seus terminais e aumentando a oposição à passagem da corrente elétrica na própria
pilha, pelo que a sua força eletromotriz tende a diminuir e a resistência interna tende a
aumentar com a sua utilização. Este facto pode, então, justificar a diferença entre a força
eletromotriz obtida antes e após cada utilização bem como a diferença entre os valores
medidos em circuito aberto e graficamente, pois a reta obtida é de ajuste a valores obtidos com
a pilha em funcionamento.
Tendo a pilha usada um maior intervalo de tempo de funcionamento do que a pilha nova, é de
esperar que esta apresente uma força eletromotriz inferior. Tal facto é verificado experimental
mente pois, nas mesmas condições e com a mesma pilha, o valor obtido para a força
eletromotriz da pilha nova é superior ao valor obtido para a pilha usada.
Analisando os valores da resistência interna obtida para cada pilha também se pode confirmar
que o valor da resistência interna de cada pilha tende a aumentar à medida que é utilizada.
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Estes resultados permitem concluir que, com a utilização da pilha, como a força eletromotriz
diminui e a resistência interna aumenta, a pilha torna-se menor capaz de transferir energia
elétrica para o circuito.
QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS
1. Partindo da curva característica obtida para a pilha nova, determine a tensão elétrica nos seus
terminais para um valor de corrente elétrica atribuído à escolha, de acordo com as condições
experimentais.
Para esta determinação deve selecionar-se um valor intermédio de corrente elétrica, entre os
valores máximo e mínimo obtidos experimentalmente (de modo a garantir que, para essa
corrente, a pilha apresenta um comportamento linear), e substituir na equação da reta obtida
anteriormente: U pilha , nova =−6,88 I+ 9,29(V ). Por exemplo, no caso da pilha nova, se a corrente
elétrica que atravessa o circuito for 0,02000 A, então, a tensão elétrica nos terminais da pilha
seria:
U pilha , nova =−6,88 ×0,02000+ 9,29=9,15 V
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