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D. António Taipa
Relatório N.º 3
1.1. Objetivo
Um gerador como uma pilha é um dispositivo capaz de manter entre os seus terminais uma tensão ou
diferença de potencial elétrico e apresenta duas grandezas características, a força eletromotriz, sendo esta
a energia que o gerador transforma em energia elétrica, por unidade de carga elétrica que o atravessa, e a
resistência interna que corresponde à capacidade do gerador se opor à passagem da corrente elétrica entre
os seus terminais.
Se considerarmos um circuito como o da fig.1 e este estiver aberto concluímos que o valor da diferença de
potencial é igual ao da força eletromotriz, uma vez que não há passagem de corrente elétrica pela pilha; por
outro lado se considerarmos este mesmo circuito fechado, o valor da diferença de potencial e da força
eletromotriz são diferentes, sendo o valor da diferença de potencial o menor, com a exceção de um gerador
ideal, uma vez que este não apresenta resistência interna, logo a diferença de potencial e a força
eletromotriz são iguais.
Isto deve-se ao facto de a expressão de tensão fornecida pela pilha ao circuito ser dada por U=ε-rI sendo a
diferença de potencial (U), a energia transferida para o condutor por unidade de carga elétrica que o
atravessa; a força eletromotriz (ε); a resistência interna (r) e a intensidade (I) que corresponde à carga que
passa, por unidade de tempo, através de uma secção reta de um condutor.
Esta expressão corresponde à curva característica de uma pilha, sendo esta uma função linear onde o valor
da ordenada na origem corresponde à força eletromotriz e o valor do declive permite-nos determinar a
resistência interna da pilha.
Também é possível experimentalmente determinar a força eletromotriz da pilha, ligando um voltímetro
diretamente à pilha. É importante salientar que à medida que usamos a pilha a sua resistência interna vai
aumentando.
(Fig.1)
II – DESENVOLVIMENTO
Materiais:
Pilha de 9V;
Amperímetro;
Voltímetro;
Fios de ligação e crocodilos;
Interruptor;
Reóstato.
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Métodos:
1º Medir a tensão nos terminais da pilha (força eletromotriz) antes de a intercalar no circuito;
(Fig.2)
3º Ligar o circuito;
4º Variar o valor da resistência, R, com o cursor do reóstato e medir, para cada caso, o valor da
diferença de potencial elétrico (U) nos terminais da pilha e a corrente elétrica (I) que percorre o
circuito. Deve-se evitar que R seja nulo (curto-circuito), o que produziria uma corrente muito elevada
e eventual destruição da pilha;
6º Retirar a pilha do circuito e medir, novamente, a tensão nos seus terminais (força eletromotriz).
2.2. Resultados
Os resultados obtidos durante a atividade laboratorial estão apresentados nas seguintes tabelas:
Tabela I – Registo das incertezas de leitura
Instrumento de
Grandeza medida Incerteza de leitura
medição
Diferença de
Voltímetro ± 0,01 V
potencial elétrico
Amperímetro Corrente elétrica ± 0,1 mA
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Tabela II – Registo dos resultados obtidos
Gráfico da diferença de potencial elétrico nos terminais da pilha em função da corrente elétrica
(curva característica):
A equação da reta de ajuste que melhor se adequa à curva característica obtida é a seguinte:
U= -18.2 I +6.95
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Gráfico da potência útil da pilha em função da resistência exterior:
Nesta atividade utilizou-se um reóstato, para se conseguir variar a resistência do circuito exterior (R), ao
se deslocar o cursor, para além da resistência externa também variou a corrente elétrica (I) e a diferença de
potencial (U) e ao se variar estas duas grandezas referidas (I e U) obtivemos uma série de valores com os
quais construímos um gráfico da diferença de potencial elétrico em função da corrente elétrica. Com a
análise deste gráfico foi possível determinar o valor da força eletromotriz (ordenada na origem) e o valor da
resistência interna (declive).
Foi obtida a seguinte reta de ajuste U = -18,2 I + 6,95, onde a resistência interna é de -18,2 Ω e a força
eletromotriz é de 6,95 V.
Quando comparadas a força eletromotriz da pilha no início da experiência com a força eletromotriz da pilha
depois de ser usada verifica-se que os valores são diferentes, sendo o valor da pilha usada menor que o da
pilha do início, devido ao facto da força eletromotriz diminuir com o uso.
Utilizando os valores da força eletromotriz obtidos através da equação da reta que melhor se ajusta aos
dados experimentais e o valor da força eletromotriz da pilha medido diretamente num voltímetro é possível
calcular o seu valor médio, através da expressão:
7,23 + 6,45
𝜀ҧ
= = 6,84 𝑉
2
Para comparar o valor da força eletromotriz obtida através do gráfico e o valor médio obtido na expressão a
cima podemos utilizar o erro relativo percentual, dado pela expressão:
Dado que o erro relativo obtido foi 1,6% e este valor é inferior a 5%, pode-se concluir que não existem
grandes desvios no valor real considerando-se um valor exato.
BIBLIOGRAFIA
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MACIEL, Noémia; MARQUES, M. Céu; CAÇÃO, Alice; MAGALHÃES, Andreia; AZEVEDO, Carlos (2021).
Física em ação 10, Porto: Porto Editora.
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