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Agrupamento de

Escolas
D. António Taipa

Componente Experimental de Física e Química A | 10.º Ano

Relatório N.º 3

Título: Características de uma pilha

Data de realização: 03/05/2022

Autores: Beatriz Oliveira Nº2


Beatriz Ferreira Nº3
Duarte Cruz Nº7
Joana Silva Nº9

Domínio em avaliação: Aplicação prática e/ou experimental


Modalidade: Formativa  Para Classificação 

Classificação: Data: Professor:


I - INTRODUÇÃO

1.1. Objetivo

Determinar as características de uma pilha a partir da sua curva característica.

1.2. Fundamento Teórico

Um gerador como uma pilha é um dispositivo capaz de manter entre os seus terminais uma tensão ou
diferença de potencial elétrico e apresenta duas grandezas características, a força eletromotriz, sendo esta
a energia que o gerador transforma em energia elétrica, por unidade de carga elétrica que o atravessa, e a
resistência interna que corresponde à capacidade do gerador se opor à passagem da corrente elétrica entre
os seus terminais.
Se considerarmos um circuito como o da fig.1 e este estiver aberto concluímos que o valor da diferença de
potencial é igual ao da força eletromotriz, uma vez que não há passagem de corrente elétrica pela pilha; por
outro lado se considerarmos este mesmo circuito fechado, o valor da diferença de potencial e da força
eletromotriz são diferentes, sendo o valor da diferença de potencial o menor, com a exceção de um gerador
ideal, uma vez que este não apresenta resistência interna, logo a diferença de potencial e a força
eletromotriz são iguais.
Isto deve-se ao facto de a expressão de tensão fornecida pela pilha ao circuito ser dada por U=ε-rI sendo a
diferença de potencial (U), a energia transferida para o condutor por unidade de carga elétrica que o
atravessa; a força eletromotriz (ε); a resistência interna (r) e a intensidade (I) que corresponde à carga que
passa, por unidade de tempo, através de uma secção reta de um condutor.
Esta expressão corresponde à curva característica de uma pilha, sendo esta uma função linear onde o valor
da ordenada na origem corresponde à força eletromotriz e o valor do declive permite-nos determinar a
resistência interna da pilha.
Também é possível experimentalmente determinar a força eletromotriz da pilha, ligando um voltímetro
diretamente à pilha. É importante salientar que à medida que usamos a pilha a sua resistência interna vai
aumentando.

(Fig.1)

II – DESENVOLVIMENTO

2.1. Materiais e Métodos

Materiais:

 Pilha de 9V;
 Amperímetro;
 Voltímetro;
 Fios de ligação e crocodilos;
 Interruptor;
 Reóstato.

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Métodos:

1º Medir a tensão nos terminais da pilha (força eletromotriz) antes de a intercalar no circuito;

2º Montar o circuito elétrico de acordo com a figura 2;

(Fig.2)

3º Ligar o circuito;

4º Variar o valor da resistência, R, com o cursor do reóstato e medir, para cada caso, o valor da
diferença de potencial elétrico (U) nos terminais da pilha e a corrente elétrica (I) que percorre o
circuito. Deve-se evitar que R seja nulo (curto-circuito), o que produziria uma corrente muito elevada
e eventual destruição da pilha;

5º Desligar o circuito, utilizando o interruptor;

6º Retirar a pilha do circuito e medir, novamente, a tensão nos seus terminais (força eletromotriz).

2.2. Resultados

Os resultados obtidos durante a atividade laboratorial estão apresentados nas seguintes tabelas:
Tabela I – Registo das incertezas de leitura

Instrumento de
Grandeza medida Incerteza de leitura
medição
Diferença de
Voltímetro ± 0,01 V
potencial elétrico
Amperímetro Corrente elétrica ± 0,1 mA

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Tabela II – Registo dos resultados obtidos

Força eletromotriz da pilha antes dos ensaios: ε = (7,23 ± 0,01) V


Força eletromotriz da pilha depois dos ensaios: ε = ( 6,45 ± 0,01) V
Diferença de Resistência exterior
Corrente Corrente Potência fornecida
potencial elétrico nos
elétrica elétrica pela pilha (Pu = UI)
terminais da pilha
I / mA I/A Pu / W
U/V R/Ω
6,03 60,1 0,0601 100 0,362
5,94 61,8 0,0618 96,1 0,367
5,85 63,7 0,0637 91,8 0,373
5,77 65,1 0,0651 88,6 0,376
5,70 67,6 0,0676 84,3 0,385
5,61 70,6 0,0706 79,5 0,396
5,51 75,0 0,0750 73,5 0,413
5,33 84,5 0,0845 63,1 0,450
5,22 89,8 0,0898 58,1 0,469
5,14 93,5 0,0935 55,0 0,481
4,42 140,6 0,1406 31,4 0,621
4,11 160,0 0,1600 25,7 0,658
3,77 179,9 0,1799 21,0 0,678
3,45 192,2 0,1922 18,0 0,663
3,30 197,8 0,1978 16,7 0,653

Com base nos resultados obtidos foram elaborados os seguintes gráficos:

 Gráfico da diferença de potencial elétrico nos terminais da pilha em função da corrente elétrica
(curva característica):

A equação da reta de ajuste que melhor se adequa à curva característica obtida é a seguinte:

U= -18.2 I +6.95

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 Gráfico da potência útil da pilha em função da resistência exterior:

III – CONCLUSÃO E CRÍTICA

Nesta atividade utilizou-se um reóstato, para se conseguir variar a resistência do circuito exterior (R), ao
se deslocar o cursor, para além da resistência externa também variou a corrente elétrica (I) e a diferença de
potencial (U) e ao se variar estas duas grandezas referidas (I e U) obtivemos uma série de valores com os
quais construímos um gráfico da diferença de potencial elétrico em função da corrente elétrica. Com a
análise deste gráfico foi possível determinar o valor da força eletromotriz (ordenada na origem) e o valor da
resistência interna (declive).
Foi obtida a seguinte reta de ajuste U = -18,2 I + 6,95, onde a resistência interna é de -18,2 Ω e a força
eletromotriz é de 6,95 V.
Quando comparadas a força eletromotriz da pilha no início da experiência com a força eletromotriz da pilha
depois de ser usada verifica-se que os valores são diferentes, sendo o valor da pilha usada menor que o da
pilha do início, devido ao facto da força eletromotriz diminuir com o uso.
Utilizando os valores da força eletromotriz obtidos através da equação da reta que melhor se ajusta aos
dados experimentais e o valor da força eletromotriz da pilha medido diretamente num voltímetro é possível
calcular o seu valor médio, através da expressão:
7,23 + 6,45
𝜀ҧ
= = 6,84 𝑉
2

Para comparar o valor da força eletromotriz obtida através do gráfico e o valor médio obtido na expressão a
cima podemos utilizar o erro relativo percentual, dado pela expressão:

ห𝜀𝑒𝑥𝑝 − 𝜀𝑡𝑒 ó𝑟𝑖𝑐𝑜 ห ȁ6,84 − 6,95ȁ


𝜀𝑟 ሺ%ሻ= × 100 <=> × 100 = 1,6%
𝜀𝑡𝑒 ó𝑟𝑖𝑐𝑜 6,84

Dado que o erro relativo obtido foi 1,6% e este valor é inferior a 5%, pode-se concluir que não existem
grandes desvios no valor real considerando-se um valor exato.

BIBLIOGRAFIA

5/5
MACIEL, Noémia; MARQUES, M. Céu; CAÇÃO, Alice; MAGALHÃES, Andreia; AZEVEDO, Carlos (2021).
Física em ação 10, Porto: Porto Editora.

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