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A.L. 2.

1 –
Características de
uma pilha
Objetivo geral
Determinar as características de uma pilha a partir da sua curva
característica.
Fundamento teórico
● Uma pilha é um gerador elétrico que gera corrente contínua;

● É um dispositivo que, devido a reações que ocorrem no seu interior, gera uma

circulação de cargas elétricas entre os polos negativo e positivo da


pilha quando estes estão ligados através de um circuito condutor externo;
● A força eletromotriz da pilha pode ser determinada
experimentalmente, bastando para isso ligar um voltímetro aos
terminais da pilha;
● Quando se adquire uma pilha nova de 9V, 4,5V ou de 1,5 V para alimentar um
determinado circuito elétrico, isso significa que a força eletromotriz dessa pilha é
9V, 4,5V ou 1,5V, respetivamente;
● Uma pilha nova deve ter baixa resistência interna, caso contrário, ao

ser intercalada num circuito, estabelece-se uma corrente elétrica de

pequena intensidade e os recetores podem não funcionar


convenientemente;
● As características de uma pilha são, portanto, a sua força eletromotriz

(ɛ) e a sua resistência interna (r);


● Com o tempo, as pilhas vão perdendo a capacidade de gerar energia

elétrica, diz-se que ficam “gastas”, pelo que é de esperar que quer a força
eletromotriz quer a resistência interna se alterem com o tempo de
utilização;
● Quanto maior for o valor da força eletromotriz, mais energia por

unidade de carga elétrica é fornecida ao circuito onde a pilha é


intercalada;
● Ao ligar-se um recetor a uma pilha nova de força eletromotriz 4,5V, verifica-se

que a diferença de potencial medida por um voltímetro nos

terminais (polos) dessa pilha é sempre menor que 4,5V;


● Isso acontece devido à existência de uma resistência interna própria

da pilha que faz com a energia que a pilha fornece ao circuito seja
inferior à energia total que ela transforma;
● A resistência interna também é responsável pelo facto da tensão elétrica

nos terminais da pilha não ser independente da corrente elétrica


que percorre o circuito e da pilha não poder ser considerada ideal;
Como determinar as características de uma
pilha nova ou usada?
● O método geral consiste em determinar a intensidade de corrente (I)

que atravessa a pilha e um recetor e a diferença de potencial


elétrico (U) nos terminais da pilha;
● Para isso a pilha é ligada diretamente a um dispositivo (recetor), cuja

resistência elétrica (R) pode variar, por exemplo um reóstato:


● A intensidade de corrente (I) é lida diretamente com um

amperímetro, ligado em série com a resistência variável, com o interruptor


e com a pilha;

● Para se obter as leituras da diferença de potencial liga-se um

voltímetro em paralelo aos terminais da pilha;


● O amperímetro tem uma resistência interna (rA) muito pequena e

geralmente muito menor do que a resistência interna da pilha (r) e do que a

resistência elétrica do reóstato (R) pelo que pode considerar-se que o

amperímetro não altera a intensidade de corrente elétrica (I) que


atravessa o circuito;
● O voltímetro, por seu lado, tem uma resistência interna elevada (rV)

pelo que pode considerar-se que a intensidade de corrente elétrica que o


atravessa é desprezável quando comparada com a intensidade de
corrente elétrica (I) que atravessa o restante circuito;
● Aplicando a Lei da Conservação da Energia ao gerador, vem:

E gerador  Eútil  E dissipada


● A relação entre U e I é designada curva característica de uma pilha,
U=U(I);

● Para se obter a curva característica é necessário variar a intensidade de

corrente elétrica que atravessa o circuito e isso consegue-se utilizando um


recetor cuja resistência elétrica (R) varia;
● A curva característica é do tipo linear: y=mx+b;

● Na equação da curva característica da pilha, o módulo do declive m

da reta representa a resistência interna (R) da pilha e a ordenada na


origem b representa a força eletromotriz da pilha (ɛ);
● Para a determinação experimental da curva característica, procede-se

à montagem do circuito elétrico e para cada valor da resistência elétrica (R)

fazem-se leituras de I e de U de modo que se obtenham vários pares de


● Após se efetuarem leituras de I e de U, deve desligar-se

imediatamente o circuito para impedir o aquecimento da pilha,


permitindo assim que, durante toda a atividade, a força eletromotriz e a

resistência interna da pilha se mantenham constantes;


● Nesta atividade é conveniente determinar o erro percentual (erro

relativo) associado à determinação de ɛ a partir da curva

característica U=U(I) quando comparado com o valor lido diretamente


com o voltímetro;
MATERIAL
● Pilhas novas e usadas;
● Fios de ligação;
● Pinças crocodilo;
● Interruptor;
● Reóstato;
● Amperímetro;
● Voltímetro;
ESQUEMA DE MONTAGEM
QUESTÕES PRÉ - LABORATORIAIS
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Identificar e registar na tabela I a incerteza de leitura associada a todos os
instrumentos de medição;
2. Medir a diferença de potencial elétrico nos terminais da pilha nova, antes de a
ligar ao circuito, ɛinicial, e registar o valor na tabelas I;
3. Montar o circuito elétrico, usando a pilha nova, mantendo o interruptor
aberto, de acordo com o esquema de montagem;
4. Deslocar o seletor do reóstato para a posição de maior resistência;
5. Fechar o circuito elétrico, atuando no interruptor;
6. Medir a intensidade de corrente (I) que atravessa o circuito e registar o valor
na tabela I;
7. Medir a tensão elétrica nos terminais da pilha (U) e registar o valor na tabela
I;
8. Abrir o circuito para impedir o aquecimento excessivo da pilha;
9. Deslocar um pouco o seletor do reóstato;
10. Fechar o circuito, atuando no interruptor;
11. Medir a intensidade de corrente (I) que atravessa o circuito e registar o valor
na tabela I;
12. Medir a tensão elétrica nos terminais da pilha (U) e registar o valor na
tabela I;
13. Repetir os procedimentos 8 a 12 pelo menos mais três vezes;
14. Medir a diferença de potencial elétrico nos terminais da pilha, em circuito
aberto, no final da sua utilização (ɛfinal) e registar o valor da tabela I;
15. Repetir todo o procedimento para a pilha usada e registar os valores de U e
de I na tabela II;
REGISTO DE DADOS
TABELA I – PILHA NOVA

ENSAIO 1º 2º 3º 4º 5º

I / mA

(±_____ mA)

U/V

(± _____V)

Força eletromotriz da pilha medida diretamente

ɛi=(_________ ±__________)V

ɛf=(________±________) V
TABELA II – PILHA USADA

ENSAIO 1º 2º 3º 4º 5º

I / mA

(±_____ mA)

U/V

(± _____V)

Força eletromotriz da pilha medida diretamente

ɛi=(_________ ±__________)V

ɛf=(________±________) V
TRATAMENTO DE DADOS
1. Construir o gráfico U=U(I) para cada uma das pilhas usadas na atividade
usando a calculadora gráfica;
2. Verificar se a linha que melhor se ajusta aos pontos experimentais é ou não
uma reta;
3. Em caso afirmativo, obter a equação da reta do tipo y=mx+b, em que m
representa o declive da reta e b a ordenada na origem;
4. Registar as características de cada uma das pilhas (ɛ, r);
5. Comparar as características da pilhas nova com as características da pilha
usada;
6. Determinar o erro relativo, em percentagem, entre a força eletromotriz
determinada a partir da equação da reta e a força eletromotriz medida
diretamente com o voltímetro;

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