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UNIVERSIDADE FEDERAL DO

CEARÁ CURSO DE ENGENHARIA


ELÉTRICA MÁQUINAS ELÉTRICAS

LABORATÓRIO 11

LAIANA SEVERIANO PEREIRA – 408316

SOBRAL – CE
2021.1

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO TEÓRICA 3
2. OBJETIVOS 4
3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 4
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E RESULTADOS 5
5. CONCLUSÃO 13
6. BIBLIOGRAFIA 14

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1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

O gerador de corrente contínua em derivação possui característica de produzir a própria corrente


campo sem necessitar de conexões externas, sendo induzida ao rotor da máquina por meio das escovas
uma tensão residual proveniente do fluxo característicos do material magnético do dispositivo. Devido
a essa característica ao analisar o circuito equivalente desse tipo de gerador como visto na figura 01, a
corrente de armadura alimenta o circuito de campo e a carga conectada ao gerador, pois Ia = If + Il.
Outra característica do gerador shunt é que a medida que a corrente da carga é ocorre o aumento da
corrente da armadura e como consequência disso a queda de tensão IaRa também aumenta, fazendo
que a tensão terminal seja reduzida.

O gerador composto cumulativo tem os campos ligados em série e em derivação de tal modo que
a força magnética proveniente destas conexões se somam, nesse tipo de gerador pode ser classificado
de acordo com o número de espiras em série colocadas nos pólos do gerador, isso é recorrente devido
aos efeitos que tendem a elevar ou abaixar tensão terminal. O gerador Hipocomposto é o que possui
poucas espiras em série de tal maneira que a tensão terminal a plena carga apresenta menor valor em
comparação a tensão terminal a vazio. Se acrescentadas mais espiras passamos a tratar de um gerador
composto cumulativo normal onde a tensão terminal é a mesma tanto em plena carga como a vazio.
Quando inseridas grande quantidade de espiras em série, a configuração é denominada de
hipercomposto onde a tensão Vt a plena carga é maior que a tensão terminal a vazio.

Figura 01 – Circuito equivalente Gerador CC Shunt.

Fonte: Chapman.

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2. OBJETIVOS

− Traçar a curva característica tensão de armadura x corrente de armadura;


− Verificar o efeito da reação de armadura;
− Observar os efeitos do magnetismo residual;
− Determinar a regulação de tensão de um GCC com excitação em paralelo;

− Observar o funcionamento como gerador composto;

− Determinar a regulação de tensão.

3. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

− 01 Motor de Indução ou síncrono;


− 01 Motor de corrente contínua;
− 02 Voltímetros Analógicos;
− 01 Amperímetro Analógico;
− 01 Multímetro Digital;
− 01 Reostato de campo;
− Cargas (Lâmpadas ou Resistores);
− Cabos para conexão.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E RESULTADOS

Inicialmente foi montado o circuito visto na figura 02, que consiste na ligação de um gerador
shunt acoplado com um motor de indução de rotor bobinado. A máquina de indução recebe a
alimentação da rede elétrica e suas conexões são expostas na figura 03, na figura 04 é exibida
as ligações do gerador shunt onde os terminais da armadura junto com os terminais de
compensação são ligados em série.
Figura 02 – Circuito a ser montado.

Fonte: Guia da prática.

Figura 034 – Conexões do motor de indução.

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.

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Figura 04 – Conexão do gerador Shunt.

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.

Para verificar se as conexões foram feitas de forma correta e se há escorvamento foi


utilizado um reostato de campo ajustado em nível máximo. A princípio não foi registrado o
escorvamento sendo necessário fazer a inversão dos terminais. Na figura 05 são
apresentadas as leituras de corrente e tensão após a inversão dos terminais.
Figura 05 – Tensão de armadura e corrente do gerador shunt.

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.

Com a rotação da máquina estabelecida foi realizada a leitura da tensão de armadura como
exposta na figura anterior, essa tensão é a tensão resultante da tensão induzida pela corrente
de campo junto a tensão proveniente do fluxo residual. Em seguida o reostato foi ajustado
para o que a tensão de armadura atingisse o nível de 100 V, a corrente de campo foi de 20 mA

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e então foi conectada uma carga (bancos de lâmpadas incandescentes), como mostra a figura
06. A tabela 01 apresenta os valores da tensão e corrente de armadura, onde a corrente da
armadura (Ia) é dado por Ia = Il - If, como o valor de If é baixo consideramos que Ia = Il.
Figura 06 – Banco de lâmpadas.

Fonte: Imagem retirada da aula virtual.

Tabela 01 – Valores de corrente obtidos.

Carga Va (V) Il (A)

Nenhuma 100 0

01 95 0.2

02 95 0.4

03 90 0.6

04 90 0.8

05 85 1.3
Fonte: Autora.
Com os valores obtidos durante o experimento foi possível traçar a curva da tensão versus a
corrente de armadura como mostra a figura 07, como também foi possível calcular a queda de
tensão para a maior carga conectada à máquina. Utilizando a expressão Vt = Ea - IaRa, onde
Ra = Va/Ia, logo Vt = Ea - Va , substituindo os valores na equação obtemos que a queda de
tensão para a maior carga é: Vt = 100 - 85 → Vt = 15 V.

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Figura 07 – Va vs Ia.

Fonte:Autora.

A reação de armadura é responsável por uma força magnetomotriz de desmagnetização em


um gerador ao mesmo tempo que ocorre a queda de IaRa, os efeitos dessa ação é uma elevada
redução da tensão de armadura, para atenuar esse efeito é utilizado o enrolamento de
compensação, no experimento realizado é possível observar que devido a presença da
compensação a diferença da tensão a vazio para tensão em plena carga é de 15 V referente a
queda de tensão anteriormente calculado.
Prosseguindo com o procedimento experimental o reostado foi ajustado para que a tensão a
plena carga posse Va = 100 V, sendo que corrente de campo lida foi de 0,26 mA, como é
exposto na figura 08. Em seguida ocorreu a redução do número de cargas até que o gerador
estivesse operando a vazio, na tabela 02 são relacionados os valores obtidos para esta etapa da
prática.

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Figura 08 – Gerador shunt a plena carga com Va = 100 V.

Fonte:Autora.

Tabela 02 – Valores de corrente obtidos.

Carga Va (V) Il (A)

05 100 1.5

Nenhuma 110 0
Fonte: Autora.

Após a realização da etapa a tensão Va obtida foi de 110 V e isso ocorreu devido a presença
do magnetismo residual que gera fluxo e consequentemente provoca um aumento na tensão
da armadura. Novamente o reostado foi ajustado para que o valor de tensão fosse reduzido a
100 V e foi realizada a montagem do circuito visto na figura 09.

Figura 09 – Esquemático para montagem do gerador CC composto .

Fonte:Autora.

Na figura 10 é apresentado a conexão dos terminais do gerador CC composto conectado em


série com a carga, e na tabela 03 são apresentados os valores de tensão e corrente da armadura
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para este gerador operando em caga e a vazio.
Figura 10 – Circuito a ser montado.

Fonte: Guia da prática.

Tabela 03 – Valores de tensão e corrente obtidos.

Carga Va (V) Il (A)

Nenhuma 100 0

01 105 0.27

02 106 0.47

03 107 0.70

04 110 0.90

05 110 1.5
Fonte: Autora.
Com os dados obtidos e com o esquema de ligação apresentado chegamos a conclusão que a
máquina em questão se trata de um gerador cc composto cumulativo hipercomposto pois
este dispositivo apresenta a característica de que a tensão terminal Vt a plena carga é maior
que a tensão Vt a vazio. Na figura 11 é exposto o gráfico característico de Va versus Ia para
esse gerado.

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Figura 11 – Va versus Ia do gerador hipercomposto.

Fonte: Guia da prática.


A etapa final consistiu na inversão dos terminais da bobina de campo em série, a partir disso
foi ligada a carga, na tabela 04 é apresentado os valores de tensão e corrente obtidos, já a
figura 12 apresentada a curva característica para esse gerador que é classificado como
hipocomposto na configuração de poucas espiras em série que resulta na tensão terminal a
plena carga menor que a tensão de terminal a vazio. Na figura 13 é apresentado a curva
característica dos geradores CC compostos cumulativos onde é possível observar o
comportamento de cada configuração de geradores compostos cumulativos.

Tabela 04 – Valores de tensão e corrente obtidos.

Carga Va (V) Il (A)

Nenhuma 100 0

01 95 0.2

02 91 0.4

03 85 0.6

04 85 0.8

05 65 1.1
Fonte: Autora.

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Figura 12 – Va versus Ia do gerador hipocomposto.

Fonte: Guia da prática.

Figura 13 – Curvas características dos geradores compostos cumulativos.

Fonte: Chapman.

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5. CONCLUSÃO

Com a realização da prática foi possível visualizar o comportamento de um gerador em


derivação “shunt” e dos geradores compostos cumulativos, que são geradores CC
auto-excitados tendo como característica o fluxo magnético residual que induz um valor de
tensão que é visto mesmo quando a corrente de campo é nula, além disso tais geradores
para obter uma tensão estável necessitam que a sua curva de magnetização tenha
comportamento não linear.
O gerador shunt em comparação com o gerador de excitação independente possui
regulação de tensão menos vantajosa, por outro presente em geradores shunt é a reação de
armadura que pode provocar redução da tensão terminal, esse efeito pode ser corrigido com
a presença de uma bobina de compensação, de tal modo que a tensão sinta o efeito apenas
da queda de tensão IaRa. Para regulação de tensão do um gerador composto cumulativo
assim como no gerador em derivação é necessário que haja variação da velocidade de
rotação, mas também variar a corrente de campo.

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6. BIBLIOGRAFIA

[1] FITZGERALD, Kingsley. Máquinas elétricas. 7ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014 .

[2] CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas. 5ª ed. Porto Alegre:


AMGH, 2013.

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