Você está na página 1de 7

Resumo do volume 2 de lorenzo

6.2 variação de tensão:

Normalmente, a tensão nos terminais do alternador deve permanecer constante, mesmo que a carga varie, e isso pode
ser obtido verificando a tensão entregue E 0 cujo valor pode ser conveninentemente variado por meio da corrente de
excitação IE da maquina.

Dentre os inúmeros métodos indiretos, mais ou menos aproximados, que são utilizados para determinar como a reação
da armadura modifica a tensão nos terminais, consideramos, por sua simplicidade, o método de Behn Eschenberg, ou
método da impedância síncrona, que permite conhecer a ordem de magnitude dos valores envolvidos.

Portanto, consideramos o circuito equivalente de uma fase do alternador segundo Behn – Eschenberg, motrado na
figura a seguir.

Fig.1: circuito equivalente para uma fase do alternador segundo Behn – eschenberg.

A fem E0 é a gerada sem carga, Rs é a impedância ôhmica da armadura, enquanto X d é a reatância síncrona, ou seja. Uma
quantidade fictícia maior que a reatância do enrolamento para considerar o efeito da reação da armadura.

(Zd=Xd) É, portanto, possível usar o seguinte circuito equivalente simplificado de uma fase do alternador á qual uma
carga resistiva R (cos φ=1) deve ser conectada.

Fig.2: circuito equivalente do gerador conectado a uma carga resistiva e seu diagrama vetorial.

Agora, se a carga é caracterizada por um fator de potencia genérico, indutivo ou capacitivo, os diagramas vetoriias
relevantes são mostrados na figura a seguir:
Fig.3: diagrama vetorial indutivo e capacitivo.

6.3 Desempenho do alternador:

Os desempenhos do alternador são destacados pelas características de magnetização (relação entre a tensão nos
terminais do enrolamento da armadura em circuito aberto e a corrente de excitação na velocidade nominal), pelos
características de curto – circuito permanente (relação entre a corrente no enrolamento da armadura em curto –
circuito e corrente de excitação na velocidade nominal ou próximo a ela, mas nunca inferior a 0,2 vezes o valor nominal)
e pelas características de regulação (relação entre corrente de excitação e corrente de carga em tensão constante nos
terminais).

Finalmente, a eficiência do alternador, definida como a relação entre a potencia elétrica P entregue e a potencia
mecânica Pin correspondentemente absorvida no eixo, pode ser determinada pelo método indireto avaliando a potencia
Pd equivalente ás perdas totais, de modo que temos o seguinte relação:

η = P/Pin = P/ P + Pd

As perdas totais Pd podem ser consideradas como a soma das seguintes perdas:

1) Perdas no enrolamento de excitação: P E = RE * IE²

2) perdas elétricas nas escovas: Para cada escova de capa polaridade supõe – se uma queda de tensão igual a:

Ub = 1V (escovas de carbono ou grafite); Ub = 0,3V (escovas de metal – carbono).

Assim, as perdas elétricas nas escovas são:

Pb = 2 Ie (escovas de carvão ou grafite); Pb = 0,6 Ie (escovas de metl – carbono).

3) Perdas constantes Po (mecânica e ferro):

Essa perdas podem ser determinadas por meio do teste sem carga.

4) Perdas RI² nos enrolamentos da armadura.

5) perdas adicionais Pad:

Essas perdas podem ser deduzidas do teste de curto circuito.

Observação: salvo prescrição em contrario, todas as perdas devidas ao efeito joule devem ser referidas á temperatura
de referencia de 75ºC, utilizando a formula, valida para o cobre:

R75 = Rta * 309,5/(234,5 + ta)

Onde ta é a temperatura de medição da resistência R ta.

Em particular, se ta = 20ºC, temos: R75 = 1,22 Rta.

6.4 sentido de rotação


O sentido de rotação do alternador é imposto pelo motor de acionamento. A direção de rotação no sentido horário
corresponde a uma rotação do eixo da máquina na direção dos ponteiros do relógio quando observador olha para a
maquina parada na frente da extremidade oposta do comutador.

6.5 conexão paralela do alternador com a rede:

Um alternador pode ser conectado em paralelo á rede elétrica qunado as seguintes condições forem satisfeitas ao
mesmo tempo:

1) Velocidade de rotação talque a frequnecia fem gerada pelo altenador seja igual á da rede:

A freqeuncia da rede é constante e normalmente tem um valor de 50 ou 60 Hz, enquanto a frequencia do alternador
pode ser variada através da velocidade e, portanto, por meio do motor de acionamento. A frequencia do alternados
pode ser medida por meio de um frequencimetro ou por meio da medição da velocidade de rotação.

2) Tensão nos terminais do alternador igual á rede elétrica:

A tensão do alternador pode ser medida por meio de um voltímetro e ajustada variando a corrente de excitação I E de
forma que seja igual á tensão da rede, que se supõe ser constante.

3) Mesma sucessão de fase e sincronismo de fase com a rede.

A sucessão de fases pode ser alterada invertendo duas fases, enquanto o sincronismo de fases é facilmente registrado
por meio de um sistema de lâmpadas, conforme mostrado na figura a seguir.

Fig.4: sucessão de fases para gerador conectado a rede.

As três lâmpadas são colocadas nos vértices de um triangulo equilátero (detalhe a) e, enquanto uma é conectada
diretamente através de dois terminais hormônios da chave paralela, as outras duas são conectadas em cruz.

Os vetores AO,OB e OC (detalhe b) representam as tensões da rede enquanto os vetores AO’, OB’ e OC’ representam as
tensões do alternador: a tensão na lâmpada direta 1 é então BB’, enquanto CA’ e AC’ são as tensões nas lâmpadas
cruzadas 2 e 3.

Sea frequência da rede for diferente da do alternador, os dois vetores giram em velocidade diferentes e se o alternador
for mais rápido, o vetor A’B’C’ gira no sentido anti – horário em relação ao vetor ABC, em velocidade correspondente á
diferença entre as frequências.

No instante mostrado na figura, a tensão BB’ na lâmpada 1 tende a zero, enquanto a tensão AC’ na lâmpada 3 atinge o
valor máximo e a tensão CA’ na lâmpada 2 já passou do valor máximo: então, as lâmpadas atingem a intensidade
luminosa máxima na seguencia 2/3/1 ou 1/2/3. Por outro lado, se o alternador for mais lento, a rotação do vetor A’B’C’
é no sentido horário e as lâmpadas atingem a intensidade luminosa máxima na sequencia 2/1/3 ou 1/3/2.

O momento exato em que é possível fechar a chave para fazer a ligação em paralelo é quando os dois vetores estão em
fase, ou seja, quando a lâmpada 1 está apagada e as lâmpadas 2 e 3 estão igualmente luminosas.

Nota:
Qunado a sucessão cíclica das fases da rede não corresponde á do alternador, as três lâmpadas acendem e apagam ao
mesmo tempo ao ritmo da freqeuncia do batimento: neste caso, antes de efectuar a ligação em paralelo, é necessário
trocas entre eles dois fios ligados ao interruptor, indiferentemente do lado da rede ou do lado do alternador.

Ao final, para desconectar um alternador do acoplamento em paralelo devem ser realizadas as seguintes operações:

a) diminuir a potencia do motor de acionamento de forma que a potencia fornecida pelo alternador seja nula (indicação
nula ou mínima do amperímetro de linha).

b) desligue o interruptor paralelo.

c) pare o motor de acionamento.

d) desenergize o alternador.

6.5.1 resposta do alternador conectado em paralelo:

Após uma conexão paralela bem – sucedida do alternador á rede elétrica, que deveria ser de potencia infinita, a fem E
gerada é igual e oposta á tensão da rede V e o alternador não emite nem recebe energia: o alternador opera em
nenhuma condição de carga, mas precisa em qualquer caso de um torque para compensar os torque resistentes
passivos.

Agora, se aumentarmos a excitação do alternador, a fem E gerada aumenta (E>V) e, portanto, é montada uma fem E R
resultante, em fase com E, que faz circular uma corrente I o = E/Zd, praticamente atrasada por 90º em relação a E, devido
á prevalência da reatância síncrona Xd sobre a resistência do estator.

Fig. 5: resposta do alternador conectado em paralelo.

O alternador gera apenas a potencia reativa EI o que é entregue parcialemtne na rede (VI o) e parcialmente absorvida pelo
circuito de armadura (ERIo). De maneira semelhante,se diminuirmos a excitação de forma que E<V, ainda teremos uma
corrente Io, mas agora adiantada em 90º em relação a E, e o alternador só absorve potencia reativa.

Para que o alternador pegue apenas carga, devemos aumentas o torque de acionamento atuando no motor escova,
para que o grupo motor – alternador tenda a acelerar. Qunado a fem E é avançada pelo ângulo φ em relação á tensão
de rede V, a fase da fem Er resultante é tal que produz uma corrente I.

A equação vetorial para o gerador é: E = V +E R

E o componente ativo da corrente entregue está em fase com a tensão E.


Fig.6: diagrama fasorial gerador conectado na rede gerando potencia ativa positiva.

Nestas condições, o alternador gera a potencia ativa positiva, ou seja, direcionada para a linha: P g = EI cos ψ.

E fornece a energia á rede elétrica: P = EI cos φ = VI cos φ.

Na hipótese simplificadora já utilizada Zd = Xd:

Assim, a potencia entregue é proporcional ao sen α, onde α é denominado como ângulo de carga. Quando o ângulo α
aumenta, a potencia gerada aumenta, mas isso é possível até o valor limite α <90º, pois se este valor for ultrapassado, a
potencia gerada diminui e o alternador fica instável e perde o passo.

Resumindo, qunado um alternador é conectado em paralelo a redes de potencia infinita:

a) a frequencia e a tensão do gerador são controladas pela rede;

b) a potencia ativa gerada depende apenas do torque;

c) a potencia reativa gerada depende da corrente de excitação.

6.6 motor síncrono

Se, depois de realizar a ligação em paralelo do alternador com a rede, anulamos o torque de acionamento, o rotor tende
a desacelerar e a fem E fica defasada por atraso do ângulo α em relação a tensão de rede V. nessas condições, a fem E R
resultante é tal que produz uma corrente I cujo componente ativo está em fase oposta em relação a tensão E e,
portanto, a potencia entregue torna – se negativa.

Portanto, se ao invés de falar de potencia entregue negativa falamos de potencia equivalente absorvida positiva a
equação vetorial pode ser escrita para o motor na forma: V = E+ E R = E + Xd * I.

Então o seguinte diagrama vetorial é obtido:


Fig.7: diagrama vetorial de um gerador funcionando como motor síncrono.

Nessas condições, o alternador continua girando como motor na velocidade síncrona e, por isso, é denominado motor
síncrono.

6.6.1 operação em diferentes excitações:

As condições estacionarias do motor síncrono dependem do torque aplicado ao eixo e da fem induzida E, que pode ser
variada por meio da excitação da maquina. Para estudar o funcionamento estacionário em torque resistete constante, é
possível usar uma representação vetorial onde a tensão nos terminais V é considerada constante portque é imposta
pela rede elétrica, a componente ativa da corrente em fase com a tensão V é contante, por causa da constância da
potencia de saída, enquanto, para o efeito da corrente de magnetização, a fem induzida E e seu deslocamento de fase
com a tensão V podem variar. Por tudo isso, tanto a intensidade quanto o deslocamento de fase da corrente absorvida
irão variar.

Fig.8: representação vetorial do torque estacionário.

Como a potencia é constante, os segmentos A’C’, A”C” e A”’C”’ devem permanecer inalterados quando a fem E varia.
Portanto, temos os seguintes casos de operação:
a) Excitação correta (E = E’): A corrente mínima absorvida I’, necessária para enfrentar a potencia constante pré –
estabelecida, corresponde á correta corrente de excitação. A corrente I’ é retirada da rede em cos φ = 1 e o motor
trabalha nas condições de máxima eficiência elétrica.

b) subexcitação (E = E”): com uma corrente de excitação menor que a correta, a corrente absorvida I” é maior que a
mínima e está defasada em atraso em relação á tensão V e cos φ < 1.

c) sobreexitação (E = E”’): com uma corrente de excitação maior que a correta, a corrente absorvida I” é maior que a
mínima e está defasada antecipadamente em relação á tensão V e cos φ < 1.

O motor absorve, além da potencia ativa pré – estabelecida, também um a potencia reativa capacitiva.

A relação entre corrente absorvida I e a corrente de excitação I E permite traçar uma curva para cada valor constante da
potencia de saída; devido á sua tendencia articular, essas curvas são denominadas curvas “V” ou curvas de Mordey,
como é mostrado no diagrama a seguir:

Fig.9: curvas de mordey.

Quando a potencia P = 0, ou seja , na operação sem carga, o vértice da curva “V” toca o eixo das abcissas e é
particularmente interessante quando o motor síncrono é usado como capacitor rotativo para melhorar o fator de
potencia nas instalações. De fato, através de uma sobreexcitação adequada, o motor absorve antecipadamente uma
corrente adequada para compensar a corrente em atraso devido á presença de cargas indutivas.

A linha que une os vértices da curva representa a operação cos φ = 1 e marca o limite entre a operação de subexcitação
e a operação de sobreexcitação. Por fim, toda curva “V” é limitada no estado subexcitado por um valor mínimo da fem E
e, portanto, da corrente de excitação I E, sob a qual o motor atinge o limite de estabilidade e perde o passo.

Você também pode gostar