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Silva AAT da, Mazzo A, Fumincelli L et al. O uso das soluções antissépticas...
ARTIGO ORIGINAL
O USO DAS SOLUÇÕES ANTISSÉPTICAS: A PRÁTICA DO ENFERMEIRO
THE USE OF ANTI-SEPTIC SOLUTIONS: THE NURSE’S PRACTICE
EL USO DE SOLUCIONES ANTISSÉPTICAS: LA PRÁTICA DE LAS ENFERMEIRAS
Amanda de Assunção Teodoro da Silva1, Alessandra Mazzo2, Laís Fumincelli3, Mirella de Souza Castelhano4,
Carolina Beltreschi Bardivia5, Isabel Amélia Costa Mendes6
RESUMO
Objetivo: averiguar o conhecimento e como o enfermeiro utiliza as soluções antissépticas. Método: estudo
exploratório-descritivo de abordagem quantitativa, realizado em duas instituições hospitalares do interior do
estado de São Paulo (SP), Brasil, nas quais foram entrevistados os enfermeiros de plantão e observados os
setores que utilizavam soluções antissépticas, em dezembro de 2011. Os dados foram armazenados no Excel,
analisados e discutidos com a literatura, após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em
Pesquisa, Protocolo 1005/2009. Resultados: dentre os nove enfermeiros e quatro unidades observadas na
instituição A e 38 enfermeiros e 13 unidades da B, foi identificado baixo nível de conhecimento em relação às
boas práticas de utilização e aos aspectos legais das soluções antissépticas. Conclusão: necessário que ocorra
disseminação do conhecimento para melhor utilização desses produtos. Descritores: Enfermeiro;
Enfermagem; Antissepsia; Antissépticos.
ABSTRACT
Objective: to ascertain nurses’ knowledge of antiseptic solutions and how they use them. Method: an
exploratory-descriptive study with a quantitative approach, undertaken in December 2011 in two hospital
institutions in the state of São Paulo (SP), Brazil, in which the nurses on duty were interviewed and the
sectors using antiseptic solutions were observed. The data was stored in Excel, and analyzed and discussed
with the literature, following the Research Ethics Committee’s approval of the research project under
Protocol 1005/2009. Results: among the nine nurses and four units observed in institution A and the 38 nurses
and 13 units of institution B, a low level of knowledge was observed in relation to good practice in the use of,
and to the legal aspects regarding, antiseptic solutions. Conclusion: it is necessary for knowledge to be
publicized for these products to be used better. Descriptors: Nurse; Nursing; Antisepsis; Antiseptics.
RESUMEN
Objetivo: investigar el uso y conocimiento de lãs enfermeras en relación las soluciones antissépticas.
Método: estudio descriptivo realizado en dos hospitales en el estado de São Paulo (SP), Brasil. La recolección
de datos se realizó través de la observación, con instrumento estructurada y entrevista, con el un
cuestionario. En diciembre de 2011, los encuestados eran enfermeras y se observaron los sectores que uso de
soluciones antisépticas. Se analizaron los datos con Excel, frecuencia y porcentaje, con la literatura sobre el
tema. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación bajo protocolo 1005/2009. Resultados:
entre los 9 enfermeras y 4 unidades observadas enlainstitución A y 38 enfermeras y 13 unidades de B,
fueposible identificar el bajo nivel de conocimientos sobre buenasprácticas de uso y aspectos legales de
soluciones antisépticas. Conclusión: debe ocurrir la difusión del conocimiento para un mejor uso de los
mismos. Descriptores: Enfermera; Enfermería; Antisepsia; Antisépticos.
1
Enfermeira, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo/EERP-USP. Ribeirão Preto (SP), Brasil. E-mail:
a_manda_teodoro@yahoo.com.br; 2Enfermeira, Professora Doutora, Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto/EERP-USP, Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para o desenvolvimento da Pesquisa em
Enfermagem e Obstetrícia. Ribeirão Preto (SP), Brasil. E-mail: amazzo@eerp.usp.br; 3Enfermeira, Mestranda, Programa Enfermagem
Fundamental, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/EERP-USP. Ribeirão Preto (SP), Brasil. E-mail: lais.fumincelli@usp.br; 4Enfermeira,
Bolsista de Apoio Técnico a Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico na Escola de Enfermagem de
Ribeirão Preto/EERP-USP junto ao Grupo GEPUREn. Ribeirão Preto (SP), Brasil. E-mail: mirella@eerp.usp.br; 5Aluna de Bacharelado em
Enfermagem, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/EERP-USP. Ribeirão Preto (SP), Brasil. Email: carolinabardivia@usp.br;
6
Enfermeira, Professora Titular, Departamento de Enfermagem Geral e Especializada, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/EERP-USP,
Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para o desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem e Obstetrícia. Ribeirão Preto
(SP), Brasil. Email: iamendes@eerp.usp.br
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INTRODUÇÃO MÉTODO
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Figura 1. Observação das soluções antissépticas nos hospitais. Ribeirão Preto, 2011.
Observa-se que no hospital A o O Ministério da Saúde preconiza como
armazenamento das embalagens se dá em soluções antissépticas o álcool isopropílico, o
prateleiras abertas sem nenhum tipo de álcool gel, as soluções iodadas, as soluções
proteção nos 4 setores (100,0%) e no hospital iodóforas e as soluções a base de
B em 7 (46,6%) setores são armazenadas em clorexidina.8,9 O álcool isopropílico é uma das
prateleiras abertas sem nenhum tipo de soluções antissépticas mais utilizadas. Tem
proteção, 4 (26,6%) no armário embaixo da efeito virucida quando encontrado na
pia, 1 (6,6%) em armário fechado, 1 (6,6%) em concentração de 70% (p/v) e bactericida a 92%
caixas de papelão, 1 (6,6%) no carrinho de (p/v). É inflamável e exige estocagem em
curativos e 1 (6,6%) em prateleiras abertas temperaturas adequadas.10
junto aos produtos de limpeza. Foi observado As soluções iodadas têm ação efetiva e
mais de um local de armazenamento por imediata. As diluídas em álcool são utilizadas
setor. em áreas cirúrgicas, na degermação de mãos e
DISCUSSÃO antebraços e na antissepsia local antes de
procedimentos invasivos.3 Já a
As soluções antissépticas estão presentes polivinilpirrolidona (PVPI) pode ser
no dia a dia do enfermeiro, tornando caracterizada como um iodóforo de baixa
necessário garantir os processos de sua toxicidade e destacada ação antisséptica,
utilização, com protocolos institucionais que sendo encontrado na forma degermante
assegurem sua qualidade, eficácia e (utilizado para lavagem do sítio operatório,
segurança, no entanto, nos dois hospitais mãos e antebraços da equipe cirúrgica),
investigados, cerca da metade dos alcoólica (para o preparo da pele antes de
profissionais entrevistados informou não procedimentos invasivos) e aquosa (aplicação
conhecer as soluções preconizadas pelo sobre mucosas).6,11
Ministério da Saúde, indicando ainda o uso de A clorexidina pode ser encontrada em meio
soluções não legalmente autorizadas nos aquoso, com álcool e degermante. É de baixa
serviços. Os enfermeiros pesquisados também toxicidade, alto nível de ação bactericida e
não atribuíram importância as normas de interação antimicrobiana. Deve estar sempre
transporte, armazenamento e manuseio, o protegida da luminosidade e da exposição a
que não garante a eficácia do produto e leva a altas temperaturas, não devendo ser
riscos de contaminação.2,14 estocadas por mais de um ano.3,12,13
Em 1983 foi implantado e regulamentado Entre as soluções não autorizadas pelo
pela Portaria MS nº 196/83junto ao Programa Ministério da Saúde e que não devem ser
de Controle de Infecção Hospitalar o uso utilizadas como antissépticos, estão as
eficiente das soluções antissépticas. Essa formulações preparadas com líquido de Dakin
portaria foi revogada e posteriormente (solução de hipoclorito de sódio a 0,5%),
substituída pela Portaria MS nº 930/92.8,9 acetona e peróxido de hidrogênio (água
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Publicado: 01/12/2013
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Av. Bandeirantes, 3900 / Campus Universitário
Janeiro: Medsi; 2003. p. 481-496.
CEP: 14040-902, Ribeirão Preto (SP), Brasil
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