Você está na página 1de 53

Especificações de Placa

(MIT)
Profº Zaratini
Os dispositivos utilizados tem por objetivo minimizar os danos provocados nos
motores, quando estes são submetidos à condições anormais de operação. A origem do
problema poderá ser interna, como por exemplo uma falta nos enrolamentos da máquina,
ou externa, proveniente do sistema elétrico que alimenta o motor. A carga acionada,
também poderá exigir do motor uma operação inadequada.

NBR 6146: Invólucros de Equipamentos Elétricos – Proteção


NBR 9884: Máquinas Elétricas Girantes – Graus de Proteção
Proporcionado pelos Invólucros.
Para proteção integral dos motores são aplicadas o GRAU de PROTEÇÃO ao
invólucro , esse grau de proteção determina onde o motor pode ser instalado e qual o clima
que esse motor pode receber sempre visando:

a) Proteção de pessoa contra o contato a partes energizadas sem isolamento, contra


o contato as partes móveis no interior do invólucro e proteção contra a entrada de
corpos sólidos estranhos;

b) Proteção de equipamentos contra o ingresso de água em seu interior.


As normas NBR 6146 e NBR 9884 foram baseadas em norma internacionais, os
invólucros são designados por uma simbologia que é composta de uma sigla “IP”, seguido
de dois dígitos, que classificam o grau de proteção do equipamento elétrico.

IP = Índice de Proteção.
Placa de Identificador de Motores
É muito importante saber de cada informação para poder proteger o motor e evitar queimar;
Categoria está relacionado a partida do Motor o conjugado ou torque, a corrente de partida
e o escorregamento.
Por exemplo:
N: Conjugado de partida normal, corrente de partida normal; baixo escorregamento.
D: Conjugado de partida alto, corrente de partida normal; alto escorregamento (+ de 5%).
H: Conjugado de partida alto, corrente de partida normal; baixo escorregamento.
Rendimento seria as perdas provocada
por aquecimento, atritos com as partes
mecânicas e o fator de potencia da máquina.
O melhor rendimento vai de 75% a
100% da potencia nominal da máquina

Fator de Potência (FP) nada mais é que uma medida de quanto da


potência elétrica consumida está de fato sendo convertido em trabalho útil.
O regime de serviço de um motor é o grau de regularidade da carga a que o
motor é submetido. Os motores normais são projetados para regime contínuo, (a
carga é constante), por tempo indefinido, e igual a potência nominal do motor.
S1 Regime Continuo
S2 Regime de tempo limitado
S3 Regime intermitente periódico
S4 Regime intermitente periódico com partida
S5 Regime intermitente continuo periódico com frenagem elétrica
S6 Regime de funcionamento contínuo periódico com carga intermitente
S7 Regime de funcionamento contínuo periódico com frenagem elétrica
S8 Regime de funcionamento contínuo periódico com mudanças de carga e
velocidade
S9 Regime com variação não periódicas de carga e velocidade
S10 Regime com cargas constantes e distintas
Imáx=In x FS
Fator de serviço quanto o motor suporta para trabalhar acima dos seus
valores de corrente nominais, como segue a fórmula I(máxima)= I(nominal)
x Fator de Serviço.
Classe A (105 ºC)
Classe E (120 ºC)
Classe B (130 ºC)
Classe F (155 ºC)
Classe H (180 ºC)

É a determinação da temperatura máxima de trabalho que o motor


pode suportar continuamente sem ter prejuízos em sua vida útil.
A corrente de partida seria “seria quantas vezes o motor chegará em relação a corrente nominal”
Motor de 12 pontas e
Soft Starter
Prof. Zaratini
Dentre os tipos de motores elétricos disponíveis no mercado o motor 12 pontas
se destaca pela sua aplicabilidade. Este tipo de motor disponibiliza doze terminais de
interligação que faz com que possamos alimentá-lo com até quatro níveis
diferentes de tensão elétrica comercialmente distribuídas pelas concessionárias de
energia

Fechamentos:

 Duplo Triângulo ∆∆ para tensão de 220V


 Duplo Estrela ΥΥ para tensão de 380V
 Triângulo ∆ para tensão 440V
 Estrela Υ para tensão 760V
 Duplo Triângulo ∆∆ para tensão de 220V
 Duplo Estrela ΥΥ para tensão de 380V
 Triângulo ∆ para tensão 440V
 Estrela Υ para tensão 760V
Quando um motor trifásico entra em funcionamento, utilizando sua partida direta,
há um aumento significativo no nível de corrente, que é denominada corrente de pico
(Ip). Essa corrente pode ser bem elevada, chegando a ser 8 vezes maior que a
corrente nominal do motor, podendo prejudicar equipamentos eletrônicos da
instalação que sejam sensíveis a variações de tensão e até mesmo prejudicar as
bobinas do motor. Assim a utilização de equipamentos diferenciados para controlar a
partida pode ser a melhor escolha para a diminuição deste efeito.
Para a minimização desta corrente são utilizados métodos que fazem a partida
indireta, sendo os principais a partida estrela/triângulo, compensação por
autotransformador e a utilização de um soft starter. O último citado, é um equipamento
eletrônico que é bastante versátil e elimina a aplicação das primeiras formas citadas,
pois seus circuitos eletrônicos fazem o papel dos dois métodos.
O funcionamento de um soft starter, se da através de uma ponte tiristorizada
(componentes semicondutores), que fazem o chaveamento da tensão para que ela
possa ser disponibilizada para o motor de forma crescente, ou seja, irá aumentar
gradativamente, garantindo uma partida suave e sem a presença da corrente de pico.

Este chaveamento feito


pela ponte é controlado através
do sistema de controle e
disparo, que é um modulo onde
é possível realizar as
programações desejadas por
meio de parâmetros, que são
identificados um a um pelo
fabricante e disponibilizadas em
um manual.
Além da diminuição do Ip, este equipamento garante vários outros benefícios
quanto ao trabalho do motor trifásico, Sendo eles

 O processo de desligamento também pode ser feito de forma decrescente.


 Detecção de falta de fase do motor, e funcionamento com apenas duas fases.
 Conjugado de partida;
 Parada por corrente contínua;
 Proteção contra sobrecarga;
 Contenção do nível de corrente.
 Economia de energia.
 Proteção contra sobreaquecimento
Estas características do soft starter são de grande ajuda quando é necessário impor
certas definições diferenciadas para um processo.

Ex.: É possível se obter uma economia de energia, pelo fato de a maioria desses
equipamentos possuírem um circuito que diminui a tensão para aqueles processos onde
se utiliza apenas 50% da potência do motor, pois diminui a perda de energia por calor,
como também utiliza apenas a energia necessária para tal atividade.

Este equipamento pode ser usado em diversas aplicações, aqui citamos algumas destas
utilizações:

 Bombas centrífugas (saneamento, irrigação, petróleo);


 Ventiladores, exaustores e sopradores;
 Compressores de ar e refrigeração;
 Misturadores e aeradores;
 Britadores e moedores;
 Picadores de madeira;
 Refinadores de papel.
Ajuste de rampa Ajuste de
de aceleração corrente
elétrica do
motor

Define a Ajuste e rampa de


tensão desaceleração
para um
valor que
o motor
comece a
funcionar
Ligação do soft starter com um
motor de indução trifásico
Soft Starter 2
Prof. Zaratini
Com a difusão da tecnologia veio a necessidade de equipamentos confiáveis,
efetivos e, de preferência, com baixo custo. Por esta razão, atualmente usam-se os
microcontroladores na maioria dos dispositivos elétricos.
Com os microcontroladores é possível conseguir grandes feitos como por
exemplo baixo gasto de energia, proteção contra choques elétricos, e proteção dos
componentes.
No caso do soft starter são usados chaveamento eletrônicos.
Essas chaves contribuem para a diminuição de corrente de partida, que diminui os
choques mecânicos do motor, e consequentemente aumenta a vida útil do mesmo.
O soft starter é um dispositivo eletrônico composto por pontes de tiristores
(SCR’s) acionadas por um circuito eletrônico, com a finalidade de controlar a tensão de
partida do motor, bem como sua desernegização.
Fazendo assim, com que a energização e desenergização do motor sejam
suavizadas. O soft starter pode substituir os tradicionais modos de ligação estrela-
triangulo, chave compensadora e partida direta.

Com o soft starter é


possível também limitar a
corrente de partida, evitando
assim, picos de corrente. Além
de possibilitar a partida e
parada suave, e também
promover a proteção do
sistema.
Para se obter uma partida suave é necessário um torque de partida reduzido no
motor. Para atingir esse objetivo é necessário controlar a tensão aplicada no motor,
consequentemente a corrente de partida.
Temos basicamente 3 formas de controle com o soft starter:
Controle de energização: Aplica-se uma tensão inicial, os SCR’s (dois SCR’s
ligados em paralelo, um em cada sentido) fazem com que a tensão seja
defasada com um atraso de 180 graus durante os respectivos ciclos de ½ onda
(onde cada um dos SCR’s irá conduzir).
Este atraso é reduzido no decorrer do tempo, fazendo com que a tensão aumente
gradativamente até alcançar o valor de alimentação total.

Vn=Tensão nominal
Vp=Tensão de partida
Tr=Tempo de rampa de energização
Proteção do sistema: As principais características do motor são monitoradas de
acordo com a configuração do soft starter, essas características são monitoradas
através da tensão de partida, caso exista algum problema, alguma alteração indesejada
na corrente de cada fase, o soft starter interrompe a tensão, protegendo assim o
motor.
Controle de desenergização:
Ao contrário do controle de
energização, esse controle
administra, através do mesmo
princípio do controle da
energização, o tempo de
desenergização.
Esse tipo de controle visa
sempre trabalhar com a melhor
performance possível do
equipamento a ser controlado.

Vn=Tensão nominal
Vt=Início da desenergização
Vz=Tensão de parada do motor
Tr=Rampa de desenergização
Principais funções do Soft Starter

Power On – Led aceso quando o soft starter estiver


alimentado;

Full voltage – Indica que o motor está sendo


alimentado com 100% da alimentação;

Start time – determina o tempo de partida, o tempo


que o motor levará para ir da Vp (tensão de partida)
até Vn (tensão nominal).

Initial voltage – determina o valor de tensão inicial do


motor, Vp.

Stop time – Determina o tempo de desligamento (tr)


do motor. O tempo que levará para a tensão ir de Vn
(tensão nominal) até Vz (tensão de repouso, 0V).

NOTA: Algumas funções são disponíveis apenas para


algumas versões de soft starter
Onde e quando usar o Soft Starter?

Os soft starters são geralmente usados para partidas de motores de indução CA


(corrente alternada) tipo gaiola, podendo assim substituir as partidas mais convencionais
como as partidas estrela-triangulo, chave compensadora e direta.
É um equipamento eletrônico capaz de controlar a energização do motor no momento
da partida, permitindo assim, que o motor tenha a melhor performance possível. E por esta
razão o soft starter é comumente utilizado.
Características principais

Eficiência melhorada: Trabalha da melhor forma possível, fazendo assim que o


motor tenha a melhor performance possível.

Energização controlada: A corrente de partida pode ser controlada, alterando assim


facilmente a tensão de partida e isto assegura o arranque suave do motor, sem trancos.

Desenergização controlada: O tempo de desligamento do motor é controlado.

Simbologia do Soft Starter


ATS: Nome do componente
1, 3 e 5: Alimentação da rede
2, 4 e 6: Saída para o motor
PE: Aterramento
Vantagens e desvantagens

Vantagens Desvantagens

 Ajuste da tensão de partida por um  Redução do torque na partida


tempo pré-definido; (é possível programar um pulso
 Pulso de tensão na partida para cargas de torque para o arranque)
com alto conjugado de partida;  Os SCR’s provocam perda de
 Proteção contra falta de fase, potência se continuarem
sobrecorrente e subcorrente, etc. ligados ao circuito após a
 É uma partida eletrônica fazendo com partida
que a corrente de partida do motor
tenha uma performance muito melhor
que as demais partidas.
A principal desvantagem do Soft Starter
Motores de Indução Trifásicos

Os motores elétricos são máquinas elétricas que de alguma forma estão no nosso dia-a-dia,
pois existem infinidades de aplicações para os motores elétricos. Eles podem ser usados
em furadeiras, tornos, esteiras rolantes, máquinas de cortar cabelo, micro-ondas, geladeiras,
computadores, impressoras, drones, robôs, aspiradores de pó, elevadores e etc.

Devido à importância e enorme variedade de motores elétricos disponíveis,o Mundo da


Elétrica criou este artigo para falar sobre os principais tipos de motores elétricos. Abordamos o que
são os motores de corrente contínua (CC) e motores de corrente alternada (CA), as suas principais
características e principalmente apresentamos os principais tipos de motores como, por exemplo,
motor dahlander, motor de passo, servo motor, motor brushless, entre outros.

Motores elétricos:

Os motores elétricos são máquinas elétricas que possuem como característica transformar
energia elétrica em energia mecânica. São muitos os tipos de motores elétricos, e podemos
separá-los basicamente em três grandes grupos que são os motores de corrente contínua, motores
de corrente alternada e os motores universais. Para cada um desses tipos de motores citados
existem outras separações de motores como os motores de corrente alternada, que podem ser
motores síncronos ou motores assíncronos. Na imagem abaixo podemos observar melhor quais
são as classificações de motores.
Motores de corrente alternada (CA)

Quando falamos de motores de corrente alternada imaginamos vários tipos de motores


como em tornos, fresas, esteiras rolantes, escadas rolantes, elevadores, portões elétricos,
ventiladores, aspiradores de pó, etc. Existem muitos tipos de motores (CA), sendo eles
monofásicos ou trifásicos, cada um deles com suas características e aplicações distintas.

O motor de corrente alternada (AC) que também é conhecido como motor de indução é o
mais utilizado devido as suas diversas vantagens como, por exemplo, o baixo custo em
manutenção, montagem, fabricação e simplicidade em relação aos motores de corrente contínua.

O funcionamento do motor de indução se baseia na criação de um campo magnético


rotativo, ou campo girante. Uma tensão alternada aplicada ao estator do motor cria um campo
girante, que a partir de então produz um campo magnético rotativo que atravessa os condutores do
rotor. Este campo magnético girante criado pelo rotor tenta se alinhar com o campo girante do
estator, que produz um movimento de rotação no rotor.

Motores de corrente alternada: Síncronos

Os motores de corrente alternada também podem ser classificados em motores síncronos e


motores assíncronos, além de monofásicos ou trifásicos. A principal diferença entre eles é que um
motor síncrono gira em uma velocidade constante, independente da variação de cargas. Essa
velocidade é conhecida como velocidade síncrona, e isso ocorrem porque a velocidade do campo
magnético girante depende da frequência da rede alternada (CA).

Devido a frequência da rede ser constante, os motores síncronos são na prática motores de
uma única velocidade e se observarmos um motor síncrono, não há força eletromotriz (fem)
induzida no rotor do motor, porque não existe movimento relativo entre o campo girante e o rotor.

É importante destacar que uma das desvantagens do motor síncrono puro é que ele não
pode partir de uma posição de repouso apenas aplicando uma tensão CA trifásica ao estator. Pelo
fato do motor síncrono não ter partida própria, ele necessita de algum dispositivo que faça o rotor
girar até atingir a velocidade síncrona.

A maneira mais simples de dar partida em um motor síncrono é usando outro motor, que
pode ser de corrente alternada (CA) ou corrente contínua (CC). Este outro motor auxiliar é
acoplado ao eixo do motor assíncrono para que ele o arraste até chegar na velocidade síncrona.
Motores de corrente alternada: Assíncronos

Ao contrário do motor síncrono, o motor assíncrono gira em uma velocidade ligeiramente


menor que a velocidade de rotação do campo girante do estator. Sendo assim o rotor não está
sincronizado com esse campo girante, por isso ele recebe o nome de motor assíncrono. Essa
diferença entre a velocidade do rotor e a velocidade do campo magnético é denominada de,
escorregamento do motor.

Escorregamento em motor de indução:

Temos que entender que a velocidade do campo girante, ou velocidade síncrona do motor,
nem sempre possuí a mesma velocidade no rotor, pois existe a exceção para os motores
síncronos. A velocidade no rotor podemos chamar de velocidade nominal, sendo que nos motores
que possuem escorregamento, essa velocidade nominal sempre será menor do que a sua
velocidade síncrona do motor de indução.

A velocidade no rotor sempre é menor do que a velocidade do campo magnético devido a


vários fatores, entre eles podemos citar o pequeno atrito que é gerado entre os rolamentos e o eixo
do motor e principalmente as cargas ligadas ao motor e entre outras perdas.

O fenômeno que definimos como escorregamento em um motor, nada mais é do que a


perda de velocidade que temos no rotor de um motor, ou seja, é diferença entre a velocidade do
campo girante magnético do motor e a velocidade medida no eixo do motor, o valor que obtemos
de escorregamento do motor é fornecido em porcentagem pela maioria dos fabricantes, mas que
pode ser calculada.

O conceito de escorregamento consiste na diferença entre a velocidade no eixo do motor (o


rotor) e a velocidade do campo girante magnético. É importante mencionar que é o motor ligado a
vazio, ou seja, não possui carga ligada a ao motor. Nesta condição a rotação do motor é
praticamente a mesma que a velocidade síncrona, dessa forma pode falar que o escorregamento
diminui de acordo com o quanto a potência aumenta.
Exercícios:

Você também pode gostar