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CIRCUITO REATIVO EM SÉRIE

Para que os equipamentos eletrônicos (rádio, radar etc.) possam desempenhar


suas funções, os circuitos resistivos, indutivos e capacitivos são combinados em
associações RL, RC e RLC. Em virtude de tais associações conterem reatâncias,
as mesmas são chamadas de circuitos reativos. Todo circuito constituído por
resistores e que não contenham quantidades apreciáveis de indutância ou
capacitância, são considerados como circuitos resistivos.
Quando uma corrente alternada (CA) é aplicada a um circuito resistivo, a
corrente e a tensão do circuito estarão em fase, conforme a figura :
Ao se ligar um indutor em série com um resistor, a queda de tensão no resistor
(VR) estará em fase com a corrente (IR); porém, a tensão no indutor (VL) está
adiantada de 90º.
A figura 1 nos mostra um circuito RL em série e a figura 2, a relação de fase
entre a corrente e a tensão no indutor e resistor.
Desse modo, pode-se ver que a presença do indutor no circuito, resulta uma
defasagem de 90º entre as tensões. A tensão resultante de qualquer circuito
RL pode ser determinada por meio de vetores.

A tensão no resistor é tomada sobre o


vetor horizontal e a tensão no indutor,
sobre o vetor vertical: como as tensões

T
V
estão defasadas de 90º, o ângulo entre
elas será reto.
VL
Traçando um paralelogramo baseado
nestes dois vetores, teremos um vetor
resultante (VT) que é a hipotenusa de
um triângulo retângulo. Segundo o VR
teorema de Pitágoras o quadrado da
hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos catetos; logo

VT2 = VR2 + VL2


CIRCUITO RC EM SÉRIE

As considerações básicas feitas para o circuito RL em série continuam a ter valor


para o circuito RC em série que agora vamos estudar e no qual temos um
resistor e um capacitor associados, como mostra a figura.
Num circuito série contendo resistor e capacitor, a queda de tensão no resistor
(VR) está em fase com a corrente; porém, a queda de tensão no capacitor (VC)
está atrasada de 90º, em relação a VR.
Assim, por intermédio do gráfico podemos achar a tensão resultante (VT) que
vem a ser a própria tensão aplicada, através da composição vetorial entre VR e
VC .

Do gráfico, tiramos a seguinte equação para o cálculo da tensão aplicada (VT) ao


circuito:

VT2 = VR2 + VC2

Ainda, podemos concluir que a tensão resultante (VT) está atrasada em relação a
VR de um ângulo θ negativo.
CIRCUITO RCL EM SÉRIE

Quando se aplica uma CA em um circuito série contendo resistor, capacitor e


indutor,conforme a figura, é necessário levar em consideração o fato de que os
ângulos de fase entre a corrente e a tensão diferem em todos os três elementos.
Tomando-se a corrente de um circuito série como referência, temos: No resistor,
a tensão (VR) está em fase com a corrente; no indutor, a tensão (VL) está
adiantada de 90º e no capacitor, a tensão (VC) está atrasada de 90º.

Como em qualquer circuito série, a corrente é a mesma, através de todos seus


componentes, podemos concluir que VL está adiantada de 90º de VR e
VC , atrasada de 90º de VR.
Logo, podemos compor o diagrama vetorial, conforme a figura:

A soma vetorial das tensões VR, VC e VL e igual à tensão aplicada (Ea )


ao circuito. Como a tensão no capacitor EC e a tensão no indutor EL estão
defasadas 180º, logo, a tensão resultante da composição vetorial entre EL e EC
é a diferença, já que são vetores diretamente opostos entre si. Esta tensão
resultante será somada vetorialmente com a queda de tensão no resistor (ER) ,
para a determinação da tensão aplicada (Ea ) ao circuito.
Pelo teorema de Pitágoras, teremos:

VT2 = VR2 + (VL – VC)2


Impedância

O raciocínio para o cálculo da impedância de um circuito RCL em série é


semelhante ao que foi visto para o cálculo da tensão aplicada.
Assim, a primeira operação será a diferença entre XL e XC, em virtude de serem
vetores diretamente opostos entre si.
Este resultado será composto vetorialmente com o valor da impedância.

Pelo teorema de Pitágoras, teremos:

ZT2 = R2 + (XL – XC)2


Potência Elétrica

Quando alimentamos uma carga ideal com uma corrente alternada, a corrente e
a tensão variam da mesma forma, ou seja, estão em fase, confome mostra a
figura.

Quando em um ciclo a tensão aumenta, a corrente também aumenta, na mesma


proporção, e quando a tensão diminui, a corrente diminui na mesma proporção.

Sempre que isso ocorre temos a condição ideal em que toda a energia gerada é
transferida para a carga que pode (ou não) aproveitá-la, dependendo apenas da
maneira como ela foi projetada. Dizemos que, nesse caso, a carga recebe a
potência real.
Uma carga que tenha uma componente denominada reativa (indutiva ou
capacitiva) faz com que a corrente se defase em relação à tensão. Conforme seu
comportamento seja indutivo ou capacitivo, a corrente pode adiantar-se ou
atrasar-se em relação à tensão, veja a figura 2.
O resultado disso é que a potência nesse circuito se altera, pois apresenta uma
componente reativa, de acordo com a figura 3.

O circuito passa a consumir uma potência aparente que é maior do que a


potência real que ele usa. Tanto maior seja a componente reativa, maior será a
potência aparente em relação à potência real.
Veja pela figura que, ao colocar num gráfico a potência real e a potência
aparente, obtém-se um ângulo, denominado (fi).
Se levarmos em conta o cosseno desse ângulo, conforme ilustra a figura 4,
tanto mais próxima da potência real será a potência aparente quanto maior for o
cosseno do ângulo, pois tendendo a zero, seu cosseno tende a 1.
Potência ativa: Potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz,
movimento, etc. É medida em KW.

Potência reativa: Potência usada apenas para criar e manter os campos


eletromagnéticos das cargas indutivas. É medida em KVAR.

Potência aparente : soma vetorial das potências ativa e reativa, ou seja, é a


potência total absorvida pela instalação. É medida em KVA.

Fator de Potência:

O fator de potência de um circuito, é muito importante, porque ele nos permite


converter a potência aparente, em potência real ou efetiva.
Define-se como fator de potência (Fp), a relação entre a potência real (Pr ) e a
potência aparente (Pa) a de um circuito.

Fp = Pr/Pa
Por esse motivo, preocupar-se com o fator de potência é algo importante quando
se projeta qualquer equipamento.

Nas indústrias e em muitas instalações que podem utilizar equipamentos cujos


fatores de potência tendam a ser inerentemente baixos devido às suas
características (como motores que são altamente indutivos) são usados bancos
de capacitores para corrigir o fator de potência, conforme a figura 5.
Frequência de ressonância

A frequência de ressonância implica que as reatâncias do capacitor (XC) e da


bobina (XL) possuem módulos iguais. Tendo elas sinais opostos, irão anular-se e
a impedância do circuito será puramente resistiva.

ZT2 = R2 + (XL – XC)2 ZT2 = R2 + (0)2 ZT2 = R2 ZT = R

Desse modo, obteremos uma corrente eficaz maior, pois toda a corrente do
circuito estará em fase com a tensão.

Quando a frequência está acima da frequencia de ressonância, a reatância do


circuito tem caráter indutivo e a corrente fica atrasada em relação à tensão.
Quando a frequência está abaixo da frequencia de ressonância, a reatância do
circuito tem caráter capacitivo e a corrente fica adiantada em relação à tensão.
CIRCUITO RL EM PARALELO

Vimos que, no circuito reativo em série, por ser a corrente um elemento


constante em todos os pontos do circuito, tomávamos a tensão como referência,
para representação gráfica e cálculos.

No circuito reativo em paralelo, porém, o elemento constante é a tensão, ou seja,


a tensão aplicada é a mesma em todos os ramos do circuito. Além de terem o
mesmo valor estão em fase.

Daí a razão porque a tomaremos como a corrente como referência.


CIRCUITO RL EM PARALELO

Vimos que, no circuito reativo em série, por ser a corrente um elemento


constante em todos os pontos do circuito, tomávamos a tensão como referência,
para representação gráfica e cálculos.

No circuito reativo em paralelo, porém, o elemento constante é a tensão, ou seja,


a tensão aplicada é a mesma em todos os ramos do circuito. Além de terem o
mesmo valor estão em fase.

Daí a razão porque a tomaremos como a corrente como referência.


A corrente através do indutor está atrasada de
90º em relação à tensão aplicada, e a corrente
através do resistor está em fase com a tensão
aplicada. Logo, podemos concluir que a corrente
no indutor (I ) L está atrasada de 90º em
relação a corrente no resistor (I ) R .

IT = IR + I
2 2
L
2
CIRCUITO RC EM PARALELO

A corrente que atravessa o capacitor está


adiantada de 90º em relação a tensão aplicada e
a corrente que percorre o resistor está em fase
com a mesma tensão. Isto quer dizer que a
corrente capacitiva se apresenta defasada de
90º, em avanço sobre a corrente resistiva.

IT 2 = I R 2 + I C 2
CIRCUITO RCL EM PARALELO

Tomando-se a tensão de um circuito paralelo


como referência, temos: no resistor, a corrente
(IR) está em fase: no indutor, a corrente (IL) está
atrasada de 90º e no capacitor, a corrente (IC)
está adiantada de 90º.

IT2 = IR2 + (IL - IC)2

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