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2. CIRCUITOS COM ALIMENTAÇÃO SENOIDAL – DOMINIO


FREQUÊNCIA

2.1. ANÁLISE FASORIAL

2.1.1. Cálculo de Impedâncias e Admitâncias

O cálculo das impedâncias dos circuitos com R, L e C, quando alimentados com


corrente alternada senoidal em regime permanente (t  ), obedecem as seguintes
características:

a) Resistor
A relação entre tensão e corrente (resistência) é calculada a partir da Lei de Ohm.

b) Capacitor
A relação entre tensão e corrente (reatância capacitiva), é considerada como uma
impedância complexa, sendo calculada como

1 1
Z C   jX C   j  [2.1]
2fC jwC

onde ZC = impedância do capacitor (número complexo sem parte real) []


XC = reatância capacitiva (parte imaginária da impedância complexa) []
j = -11/2 (índice da parte imaginária de um número complexo)
f = frequência da tensão senoidal de alimentação [Hz]
C = capacitância [F]
w = velocidade angular da onda senoidal de alimentação [rad/s]

c) Indutor
A relação entre tensão e corrente (reatância indutiva), é considerada como uma
impedância complexa, sendo calculada como

Z L   jX L  j 2fL  jwL [2.2]

onde ZL = impedância do indutor (número complexo sem parte real) []


XL = reatância indutiva (parte imaginária da impedância complexa) []
j = -11/2 (índice da parte imaginária de um número complexo)
f = frequência da tensão senoidal de alimentação [Hz]
L = indutância [H]
w = velocidade angular da onda senoidal de alimentação [rad/s]

A Fig. 2.1 mostra um circuito R,L,C, onde a impedância total é calculada como:

Z  R  jX L  jX C  R  j ( X L  X C )  R  jX [2.3]
2

Fig. 2.1 - Impedância complexa do circuito R,L,C

A Tabela 2.1 mostra a relação entre corrente e tensão nos componentes R,L,C, na
forma senoidal e cossenoidal.

Tabela 2.1 - Relação entre tensão e corrente nos componentes R,L,C


3

Uma fonte de tensão alternada (Fig. 22), com amplitude Vmax ou Vpico pode ser
representada matematicamente como

v  Vmax cos(wt    90)  Vmax sen(wt   ) [2.4]


onde
1 w
f   [2.5]
T 2

Fig. 2.2 - Forma de onda de tensão senoidal


Obs:
 As formas de onda de tensão ou corrente em circuitos elétricos são geralmente
representados por cossenoides.
 A tensão da fonte que alimenta o circuito é geralmente considerada como referência,
iniciando no tempo Zero, e não possui atraso.
 O atraso de tensão ou corrente nos outros componentes do circuito são sempre
considerados com relação a fonte de alimentação.

O circuito da Fig. 2.3 mostra a tensão vL num indutor, quando é aplicada uma
corrente i , expressa como
i  I cos wt [2.6]

Fig. 2.3 - Relação entre tensão e corrente num indutor


4

Conforme se pode observar, a tensão sobre o indutor está adiantada com relação a
corrente (ou a corrente está atrasada com relação a tensão), e é calculada como

di
vL  L  wLI cos(wt  90 o )   wLIsenwt [2.7]
dt

Da mesma forma, a tensão num capacitor está atrasada de 90 graus com relação a
corrente.

2.1.2. Fasores em Diversas Frequências

Uma rápida olhada nas senóides de corrente e de tensão já vistas mostrará que as
diferenças de fase e de amplitude são os dois pontos importantes. Um segmento linear
orientado, ou fasor, tal como o que é mostrado girando no sentido anti-horário a uma
velocidade angular constante w (rad/s) na Fig. 2.4, produz uma projeção na horizontal que
é uma função co-seno. O comprimento do fasor é a amplitude da curva co-seno; o ângulo
entre as duas posições do fasor é a diferença de fase entre os pontos correspondentes na
curva co-seno.
Nesta apostila, os fasores serão definidos a partir da função co-seno. Se uma
expressão de corrente ou tensão está na forma de um seno, ela será mudada para um co-
seno, subtraindo-se 90 graus da fase. Observa-se que os fasores são vetoriais por
natureza. Assim, o diagrama do fasor pode ser considerado como uma foto do vetor
girando no sentido anti-horário tomando em t=0.

Fig. 2.4 - Posição angular do fasor em função do sinal no tempo


5

A Fig. 2.5-a mostra a forma das ondas de tensão e corrente no tempo, e a Fig. 2.5-
b mostra a representação fasorial destes sinais. Pode-se observar que, como a tensão está
adiantada em relação a corrente, ou seja, a onda de tensão inicia mais a esquerda que a
onda de corrente, o fasor de tensão está adiantado, no sentido anti-horário, com relação
ao fasor de corrente.

Fig. 2.5 - (a) Formas de ondas no tempo de tensão e corrente - (b) representação
fasorial

2.1.3. Métodos Analíticos de Solução

Quando o eixo de projeção horizontal é identificado com o eixo real do plano


complexo, os fasores tornam-se números complexos. Assim, em vista da identiddade de
Euler
e j  cos   jsen [2.8]

Existem três notações equivalentes para um fasor:

 forma polar
V  V [2.9]
 forma retangular
V  V cos  jVsen [2.10]
 forma expenencial
V  Ve j [2.11]

Na forma de solução analítica, basta transformar as grandezas de tensão corrente e


impedância em números complexos, e resolver a partir das leis de Kirchoff.

2.1.4. Técnicas Gráficas e Diagramas Fasoriais

Relação dos passos para o traçado do diagrama fasorial, de um circuito série.


 Traçar uma circunferência;
6

 Traçar uma reta que passa pelo centro da circunferência. Esta reta é a própria tensão da
fonte;
 Analisar a direção da corrente. Se o circuito é indutivo, a corrente está atrasada em
relação a tensão da fonte, e o fasor que representa a corrente estará apontando para
baixo. Se o circuito é capacitivo, a corrente estará adiantada em relação a tensão da
fonte, e o fasor que representa a corrente estará apontando para cima. Se o circuito for
puramente resistivo, a corrente está em fase com a tensão da fonte, mesma direção e
sentido.
 Analisar a tensão sobre os elementos do circuito, iniciando pela parte de baixo da fonte,
percorrendo o caminho onde estão os componentes, até a parte de cima da fonte. Se
for um capacitor, a tensão sobre este estará atrasada de 90 graus com relação a
corrente. Se for um indutor, a tensão sobre este estará adiantada de 90 graus com
relação a corrente. Se for um resistor, tensão e corrente estão em fase.

Para circuitos com ramos paralelos, fazer um diagrama independente para cada
ramo, sempre considerando a fonte de alimentação como referência e após fazer um
análise comparativa.
Para circuitos com muitos componentes em série e paralelo, resolver
analiticamente o circuito por números complexos.

2.1.5. Ressonância Senoidal: Cálculo, Condições e Figura de Mérito

Quando um circuito possui capacitores e indutores e é alimentado com uma fonte


alternada, pode ocorrer o fenômeno de ressonância. Isto ocorre quando XL = XC, e esta
frequência é calculada como
1
fR  [2.12]
2 LC

A Fig. 2.6 mostra circuitos LC em série (a) e paralelo (b), e a Fig. 2.7, mostra o
gráfico da impedância em função da frequência para estes mesmo circuitos
respectivamente.

Fig. 2.6 - Circuitos LC - (a) Serie - (b) Paralelo


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Fig. 2.7 - Gráficos da impedância em função da frequência para circuitos LC - (a)


Série - (b) Paralelo

Pode observar destas figuras o seguinte:


 No circuito série, quando a frequência de alimentação é igual a frequência de
ressonância, a impedância destes elementos tende a zero (curto-circuito).
 No circuito paralelo, quando a frequência de alimentação é igual a frequência de
ressonância, a impedância destes elementos tende a infinito (circuito aberto).

2.1.6. Valores Eficazes – Potência Real, Reativa e Aparente

Embora tensões e correntes variem com o tempo, é conveniente associá-las com


seus valores específicos, chamados valores eficazes. Valores eficazez são usados, por
exemplo, na especificação de eletrodomésticos. As especificações de 110 V para um
secador de cabelo, ou a de 220 V para uma secadora de roupa, são valores eficazes.
Por definição, o valor eficaz de uma tensão ou corrente periódica (Vef ou Ief) é
uma tensão ou corrente CC positiva que produz a mesma perda de potência média em um
resistor, assim:
Vef V2
Pmed   I ef2 R  max [2.13]
R 2R

onde Pmed = Potência média [W]


R = resistência elétrica []
Vef = tensão eficaz [V]
Ief = corrente eficaz [V]
Vmax = amplitude da onda de tensão (tensão máxima ou de pico) [V]

A partir da Eq. 2.13 conclui-se

Vmax
Vef   0,717Vmax [2.14]
2

portando o valor eficaz de uma tensão ou corrente senoidal é igual ao valor de pico
dividido por raiz de dois.
8

Outro nome usado para valor eficaz é valor rms, do inglês root mean square. As
notações correspondentes são Vrms e Irms, que são as mesmas de Vef e Ief. Este nome se
origina do procedimento utilizado para a obtenção dos valores eficazes de qualquer tensão
ou corrente periódica, não apenas senoidal.

2.1.7. Triângulo de Potências

A Fig. 2.8 mostra o triângulo de impedâncias, tensões e potência para uma carga,
alimentada com tensão alternada senoidal (Fig. 2.9).

Fig. 2.8 - Triângulo de impedâncias, tensões e potência

Fig. 2.9 - Circuito com resistor e indutor alimentado com tensão alternada senoidal

Os valores de tensão indicados são eficazes uma vez que a corrente também é
eficaz.
A potência fornecida pela fonte, é a potência aparente Papa ou S [VA], e é
calculada como

2
Vef2 (i )
Papa  S  I | Z |
ef  Vef ( i ) I ef [2.15]
|Z |

A potência dissipada no resistor é a potência ativa Pat ou P [W], e é calculada


como
9

2
Vef2 ( R )
Pat  P  I R 
ef  Vef ( R ) I ef  Papa cos  [2.16]
R|

A potência no indutor é a potência reativa Preat ou Q [VAR], e é calculada como

2
Vef2 ( X L )
Preat  Q  I X L 
ef  Vef ( X L ) I ef  Papa sen [2.17]
XL |

Assim, a potência aparente pode ser calculado como

Papa  Pat2  Preat


2
[2.18]

Em circuitos com vários componentes resistivos, indutivos e capacitivos, as


potências totais, tanto ativa quanto reativa, é a soma algébrica simples das potências em
cada componentes respectivamente. Evidentemente, potência ativa deve ser adicionada a
potência ativa e reativa, adicionada (ou subtraída) de reativa. Finalmente, a potência total
da fonte Papa pode ser calculado a partir da Eq. 2.18.

2.1.8. Fator de Potência e Compensação Do FP

As Figs. 2.3 e 2.5 mostram as formas de tensão e corrente em função do tempo.


Observa-se destas figuras que a corrente está atrasada em relação a tensão da fonte de 
graus, e esta defasagem poderá ser medida a partir de um transferidos (medidor de
ângulos). Observa-se que a corrente está atrasada de uma fração de comprimento de onda
de  i graus, e esta defasagem por ser medida a partir de um osciloscópio. Por este motivo,
 deve ser idêntico a  i.
Esta defasagem entre tensão e corrente, pode ser identificado com o Fator de
Potência FP, calculado como

FP  cos   cos  i [2.19]

No consumo de uma grande quantidade de potência, um elevado fator de potência


é desejado, idealmente igual a 1 (um). A razão é que a corrente solicitada para
desenvolver uma determinada potência em uma carga é inversamente proporcional ao
fator de potência da carga. Assim, para uma dada tensão aplicada, a redução do fator de
potência aumenta a corrente I para uma carga. Uma maior solicitação de corrente é
indesejável porque, consequentemente, provocará um aumento de perdas de tensão e das
perdas de potência na linha e nos demais equipamentos de distribuição. De uma forma
prática, baixos falores de potência são sempre resultado de cargas indutivas, porque a
maioria das cargas industriais é indutiva. Resumidamente, a correção do fator de potência
indutivo é realizado, acrescentando capacitores ao circuito. O valor dos capacitores é
calculado, igualando a potência reativa total do circuito a uma hipotética potência reativa
nos capacitores adicionados.
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EXEMPLOS – ÁREA I – CAP. 2.1

1. Considere o circuito abaixo:

onde a tensão da fonte é representada por:

vi (t )  10 cos(1.000.t )

I. Determine:

a) i(t) , vR(t) , vL(t) , vC(t)


b) Diagrama Fasorial
c) Gráficos no tempo
d) Potências

a) Determinação de i(t) , vR(t) , vL(t) , vC(t) .

Para determinação da corrente e tensão é necessária algumas considerações. Considere a


tensão da rede de P.Alegre.

V  127.V RMS  127.Ve. f  f  60 Hz

Uma tensão alternada expressa na forma de uma equação resulta:

v(t )  v ( .t )  v( )  VP . cos(.t )  VP . cos( )

Observa-se que, uma onda senoidal ou cossenoidal, pode ser representada em função do
tempo ou em função do ângulo. Assim, a seguinte relação pode ser estabelecida.

   .t

Na análise de circuitos elétricos, muitas vezes é conveniente expressar uma forma de onda
de tensão ou corrente, utilizando como variável o Ângulo e não o Tempo. Isto ocorre uma
vez que, a relação de atraso ou adianto no tempo para um sinal senoidal em regime
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permanente, pode ser representado unicamente em função do ângulo que este sinal está
adiantado ou atrasado em relação a outro sinal.

No exemplo da tensão da rede monofásica de P.Alegre, deve-se determinar VP e .

VP  Vmax  Ve. f x 2  127 x 2  179,51  180.V

  2. . f  2. .60  377.rad / seg

Assim, a tensão da rede de P.Alegre é representada por

v(t )  180. cos(377.t )

Para melhor visualização, considere agora uma tensão:

V  100.V RMS  f  60 Hz

calculando VP e  e denominando esta tensão de vi() resulta.

vi (t )  V P . cos(.t )  142,42. cos(377.t )  vi ( )  142,42. cos( )

Entretanto comparando uma outra tensão vX(), que está ADIANTADA um ângulo X
em relação a vi() , esta é representada como:

v X (t )  VP . cos(.t   X )  142,42. cos(377.t   X )  v X ( )  142,42. cos(   X )

onde, no exemplo do gráfico acima, o ângulo X = 45o é positivo.


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Comparando uma outra tensão vY(), que está ATRASADA um ângulo Y em relação a
vi() , esta é representada como:

vY (t )  VP . cos(.t   Y )  142,42. cos(377.t   Y )  vY ( )  142,42. cos(   Y )

onde, no exemplo do gráfico acima, o ângulo Y = - 45o é negativo

Assim, as expressões resultam:

i (t )  I P . cos(.t   i )
v R (t )  VPR . cos(.t   R )
v L (t )  VPL . cos( .t   L )
vC (t )  V PC . cos(.t   C )

onde R, L e C representam resistor, indutor e capacitor respectivamente, VP as amplitudes


e   os ângulo que, como ainda não foram calculados, não se sabe se são positivos
(adiantado) ou negativos (atrasado).

A Amplitude da Corrente ou Corrente Máxima ou Corrente de Pico é calculada como:

VP 10
IP    8,94 x10 3  8,94mA
| Z | 1.118

A Impedância Z é calculada como:

Z  R  jX L  jX C  R  j ( X L  X C )  R  jX

Z  1.000  j1.500  j1.000  1.000  j (1.500  1.000)  1.000  j 500

O módulo da impedância é calculada como:

| Z | R 2  ( X L  X C ) 2  R 2  X 2  1.000 2  500 2  1.118.

onde XL é a Reatância Indutiva e XC é a Reatância Capacitância calculadas como

1 1
X L   .L  1.000 x1,5  1.500. XC    1.000.
 .C 1.000 x10 6

Entretanto, não se pode confundir X (reatância) com impedância. No caso as impedâncias


do resistor, indutor e capacitor são representadas, respecitivamente por:
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Z R  R  j0 Z L  0  jX L Z C  0  jX C

onde observa-se que, a impedância do resistor é uma grandeza puramente real, no caso a
própria resistência do resistor. A impedância do indutor e capacitor é representada por um
número complexo, mas uma grandeza puramente imaginária, ou seja, sem parte real.

Os valores da amplitude da tensão da fonte VP e velocidade angular de onda de sinal da


fonte  é determinada a partir da especificação de vi(t):

vi (t )  10 cos(1.000.t )  V P cos( .t )
desta relação resulta:
VP = 10 V  = 1.000 rad / seg.

As amplitudes da tensões do resistor, indutor e capacitor, respectivamente são calculadas


como:
V PR  I P .R  8,94 x10 3 x1.000  8,94.V

V PL  I P . X L  8,94 x10 3 x1.500  13, 41.V

V PC  I P . X C  8,94 x10 3 x1.000  8,94.V

A confirmação do cálculo pode ser determinada pela seguinte expressão:

2
VP  VPi  VPR  (VPL  V PC ) 2  10  8,94 2  4,47 2

b) Diagrama Fasorial
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Observe que, retirando os fasores de dentro da circunferência, estes formam um triângulo


retângulo e assim, calculando os ângulos deste triângulo, relaciona-se os mesmos com as
fases ou defasagens das tensões e corrente.

 1 
 V pL  V pC  I P   X  XC 
 R  arctg    tg 1  L   26,56 o
 V  1   R 
 pR  I 
 P

Observa-se acima que, o ângulo  R (ou a defasagem da tensão no resistor com relação a
tensão da fonte) pode ser calculado a partir das tensões de pico ou das impedâncias. Para
isto, basta dividir todos os membros pela corrente de pico já que o circuito é série e a
corrente é idêntica para todos os componentes.

O ângulo  L (ou a defasagem da tensão no indutor com relação a tensão da fonte) pode
ser calculado considerando que, o somatório dos ângulos internos de um triângulo é igual
a 180 graus, ou seja
 L  180 o  90 o   R  63,44 o

O ângulo  C (ou a defasagem da tensão no capacitor com relação a tensão da fonte) pode
ser calculado considerando que  L e  C somam 180 graus, ou seja

 C  180 o   L  116,56 o

O ângulo  i (ou a defasagem da corrente com relação a tensão da fonte) é idêntico a  R


uma vez que, tensão e corrente no resistor estão em fase, ou seja, a representação do fasor
tem mesma direção e sentido.
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É importante salientar que, os cálculos acima determinam somente o valor absoluto dos
ângulos e defasagens em relação a tensão da fonte, mas não definem se estes são positivos
ou negativos, ou seja, se estas tensões e correntes estão adiantadas ou atrasadas em
relação a tensão da fonte. Assim, pode-se definir o seguinte:

 Sempre que um fasor aparece apontado para BAIXO, indica que o valor do ângulo
é NEGATIVO, e o sinal está ATRASADO em relação a tensão da fonte.

 Sempre que um fasor aparece apontado para CIMA, indica que o valor do ângulo
é POSITIVO, e o sinal está ADIANTADO em relação a tensão da fonte.

Por este motivo os ângulos resultam:

 i   R  25,56 o  L  63,44 o  C  116,56 o

Assim, as expressões resultam:

i (t )  0,00894. cos(1.000.t  26,56 o )


v R (t )  8,94. cos(1.000.t  26,56 o )
v L (t )  13,41. cos(1.000.t  63,44 o )
vC (t )  8,94. cos(1.000.t  116,56 o )

c) Determine os gráficos no tempo


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Observe que, os gráficos sempre são referenciados a tensão da fonte que, aparece como
referência em todos os gráficos. Se visualizado em um osciloscópio de dois canais, a
tensão da fonte deverá aparecer como referência.

d) Determine as potências

A partir do diagrama fasorial também é possível observar o triângulo de potências, onde

S – Potência Aparente ou Potência Fornecida pela Fonte


P – Potência Ativa ou Potência Dissipada nas Resistências
Q – Potência Reativa ou Potência (Energia) Armazenada nas Indutâncias e/ou
Capacitâncias

O cálculo das potências sempre é calculado a partir dos valores eficazes ou RMS (root-
mean-square) ou Raiz Quadrática Média de tensão ou corrente e são calculados como

VP VMax. IP I Max.
Ve. f  VRMS   I e. f  I RMS  
2 2 2 2
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Para o exemplo proposto, a tensão eficaz ou RMS da fonte é calculada como:

V Pi 10
Ve. f ( i )    7,07.V
2 2
A corrente eficaz ou RMS é calculada como:

IP 0,00894
I e. f    6,32mA
2 2

A tensão eficaz ou RMS sobre a resistência é calculada como:

VPR 8,94
V e. f ( R )    6,32.V
2 2

A tensão eficaz ou RMS sobre a indutância é calculada como:

VPL 13,41
V e. f ( L )    9,48.V
2 2

A tensão eficaz ou RMS sobre a capacitância é calculada como:

VPC 8,94
V e. f ( C )    6,32.V
2 2

A Potência Aparente é calculada como

S  Ve. f (i ) xI e. f  7,07 x (6,32 x10 3 )  0,045.VA  45mVA

A Potência Ativa é calculada como

P  Ve. f ( R ) xI e. f  6,32 x (6,32 x10 3 )  0,040W  40mW

A Potência Reativa é calculada como

Q | Ve. f ( L )  Ve. f (C ) | xI e. f | 9,48  6,32 | x(6,32 x10 3 )  0,020.VAR  20m.VAR

Confirmando os cálculos a partir de relações trigonométricas do triângulo de potências:

S  P2  Q2 P  S . cos( i )  S .FP Q  S .sen( i ) Q | Q L  QC |


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e) Resolver por Números Complexos

O circuito proposto também pode ser resolvido a partir do conceito de números


complexos.

A equação a seguir mostra que um número complexo pode ser representado,


respectivamente, na forma retangular e polar.

    j  r
onde  - parte real
 - parte imaginária
r - raio
 - ângulo

As seguintes relações são importantes quando se necessita mudar a forma de


representação do número complexo:

r   2  2   r . cos( )
 
 1   

  tg     r.sen( )
  

Um sinal elétrico, como a corrente por exemplo, pode ser representado por um número
complexo, ou seja:

i (t )  I P cos( .t   i )  I  I P  i

A relação acima mostra que a corrente, representada na forma de onda, também pode ser
representada por um FASOR, que por sua vez é identificado com um número complexo,
onde o módulo ou raio do número complexo representa a amplitude do sinal e o ângulo
do número complexo representa a FASE ou DEFASAGEM do sinal. Um Fasor, cuja
notação é uma letra com um ponto em cima, também é conhecido por Vetor Girante.

e.1) Determinação de i(t)


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V V PI  j 0 10  j 0 100 o
I i    o
 8,94mA  26,56 o
Z R  j ( X L  X C ) 1.000  j 500 1.11826,56

i (t )  8,94 x10 3   26,56 o  8,00 x10 3  j 4,00 x10 3

i (t )  8,94mA. cos(1.000.t  26,56 o )

e.2) Determinação de vR(t)

 
V R  I xR  (8,94mA  26,56 o ) x1.000  8,94  26,56 o

v R (t )  8,94. cos(1.000.t  26,56 o )

e.3) Determinação de vL(t)

 
V L  I xZ L  (8,94mA  26,56 o ) xj1.500  (8,94mA  26,56 o ) x (1.500  90 o  13, 41  63, 44 o

v L (t )  13,41. cos(1.000.t  63,44 o )

e.4) Determinação de vC(t)

 
VC  I xZ C  (8,94mA  26,56 o ) x ( j1.000)  (8,94mA  26,56 o ) x(1.000  90 o  8,94  116,56 o

vC (t )  8,94. cos(1.000.t  116,56 o )

2. Determine vR1(t), vC1(t), vL1(t), vR2(t), vC2(t), vL2(t).

Para resolver este exemplo, é conveniente reduzir uma parte do circuito, considerando as
impedâncias Z1 e Z2.
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I. Considerando a impedância Z1.

Z 1  {[( jX L 2  jX C 2 ) // R 2 ]  jX L1 } //  jX C1

1 1
X C1    2.000.  Z C1   j 2.000
 .C1 1.000 x (0,5 x10  6 )

1 1
X C2    1.000.  Z C 2   j1.000
 .C 2 1.000 x10  6

X L1   .L1  1.000 x1  1.000.  Z L1   j1.000

X L 2   .L2  1.000 x1,5  1.500.  Z L 2   j1.500

Z 1  {[( j1.500  j1.000) // 1.500]  j1.000} //  j 2.000

j500 x1.500 j 750.000


(*)  [( j1.500  j1.000) // 1.500]    150  j 450
j500  1.500 1.500  j 500

Z 1  {[(*)]  j1.000} //  j 2.000  {[150  j 450]  j1.000} //  j 2.000  1.846,15  j 4.769,23


 Vi 100  j 0
i1 (t )  I 1    9, 22 x10 3  j1,50 x10  2  18,00 x10 3   59,17 o
R1  Z 1 1.000  (1.846,15  j 4.765, 23)

i1 (t )  18,00mA. cos(1.000.t  59,17 o )

 
v R1 (t )  V R1  I 1 xR1  (9,22 x10  3  j1,50 x10  2 ) x1.000  9,22  j15,46  18,00  59,17 o

v R1 (t )  18,00. cos(1.000.t  59,17 o )

  
v Z 1 (t )  vC1 (t )  V Z 1  V C1  I 1 xZ 1  (9,22 x10 3  j1,50 x10  2 ) x(1.846,15  j 4.769,23)
21

 
v Z 1 (t )  v C1 (t )  V Z 1  V C 1  88,55  j16, 28  90,00  10,41o

v Z 1 (t )  v C1 (t )  90,00. cos(1.000.t  10,41o )

II. Considerando a impedância Z2.

Z 2  [( jX L 2  jX C 2 ) // R2 ]  (*)  150  j 450


 V Z1 88,55  j16, 28
i2 (t )  I 2    1,73x10 2  j 6,00 x10  2
Z L1  Z 2 j1.000  (150  j 450)

 
v L1 (t )  V L1  I 2 xZ L1  (1,73 x10  2  j 6,00 x10  2 ) x( j1.000)  59,27  j17,36  61,76  16,32 o

v L1 (t )  61,76. cos(1.000.t  16,32 o )

  
v R 2 (t )  v Z 2 (t )  V R 2  V Z 2  I 2 xZ 2  (1,73x10  2  j 6,00 x10  2 ) x(150  j 450)

  
v R 2 (t )  v Z 2 (t )  V R 2  V Z 2  I 2 xZ 2  29,60  j1,21  29,60  2,30 o

v Z 2 (t )  v R 2 (t )  29,60. cos(1.000.t  2,30 o )

II. Considerando a impedância Z2.


22


 V Z2 29,60  j1,21
i3 ( t )  I 3    0,0024  j 0,0592  5,92 x10  2   92,32
Z C2  Z L2 j1.500  j1.000

 
v L 2 (t )  V L 2  I 3 xZ L 2  (0,0024  j 0,0592) x( j1.500)  88,80  j 3,60  88,87  2,32 o

v L 2 (t )  88,87. cos(1.000.t  2,32 o )

 
v C 2 (t )  V C 2  I 3 xZ C 2  ( 0,0024  j 0,0592) x( j1.000)  59.20  j 2,40  59,25  177,67 o

vC 2 (t )  59,25. cos(1.000.t  177,67 o )

Os gráficos estão representados a seguir:


23

3. Para os circuitos a seguir, determine Vpo() e (), onde  = 2f.

a) R = 1k , C = 1F, Vpi = 1 V

A reatância capacitiva XC = 1 / C = 1 / 2.f.C . Por divisor de tensão vo(t) é calculado


como
R R
vo (t )  .vi (t )  .v (t )
R  jX C 1 i
R j
C

Observe que, a expressão acima, resulta em um número complexo. Na análise de circuitos


elétricos, o módulo de um número complexo, está relacionado com a Amplitude e o
ângulo do número está relacionado com a Fase ou Defasagem.

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta

R R R
| vo (t ) | . vi (t )  V po ( )  
R  jX C R 2  X C2  1 
2

R2   
 C 
e o cálculo da Fase () , resulta

  XC   1 
 ( )   arctg    tg 1  
 R   RC 
24

Atribuindo valores para  e calculando XC Vpo e ()

 [rad/seg] XC [] Vpo [V] ()

0  0 90,0o
-6
0,001 1.000.000.000 10 90,0o
0,01 100.000.000 10-5 90,0o
0,1 10.000.000 10-4 89,9o
1 1.000.000 0,001 89,9o
10 100.000 0,010 89,4o
100 10.000 0,099 84,2o
1.000 1.000 0,707 45,0o
10.000 100 0,995 5,7o
100.000 10 0,999 0,57o
1.000.000 1 0,999 0,057o
 0 1,000 0,0o

O gráfico de Vpo resulta

O gráfico de () resulta


25

Destes gráficos, observa-se o seguinte:

 Para baixas freqüências, a tensão de saída tende a zero. O capacitor, que está em
série no circuito, abre as baixas freqüências, e se comporta como um circuito
aberto para as baixas freqüências.

 Para altas freqüências, a tensão de saída tende a ser igual a tensão da fonte. O
capacitor, que está em série no circuito, deixa passar as altas freqüências, e se
comporta como um curto circuito para as altas freqüências.

 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Passa Alta.

 Para baixas freqüências, a fase da tensão de saída (ou defasagem entre entrada e
saída) está adiantada.

 Para altas freqüências, a tensão de saída tende a entrar em fase com tensão da
fonte..

Entretanto, O QUE É CONSIDERADA ALTA E BAIXA FREQUÊNCIA?

Neste caso, é necessário definir o conceito de FREQUÊNCIA DE CORTE fC , ou seja o


valor em freqüência f ou velocidade  que separa a alta e baixa freqüência.
Para o circuito RC, a freqüência de corte ocorre quando R = XC , ou seja;

1 1 1
R  XC  R    fC 
 .C 2 . f .C 2RC

Fazendo R = 1k , C = 1F

1
fC   159,16 Hz   C  2 . f C  1.000rad / seg
2 10 310 6

Observa-se dos gráficos que, na fC = 159,16 Hz ou C = 1.000 rad/seg.:

1
V po ( )  0,707 
w1.000
2

 ( ) w 1.000  45 o

b) Trocando de posição o resistor com o capacitor, ainda com os mesmos valores


R = 1k , C = 1F, Vpi = 1 V
26

A reatância capacitiva XC = 1 / C = 1 / 2.f.C . Por divisor de tensão vo(t) é calculado


como
1
j
 jX C C .v (t )
vo (t )  .vi (t ) 
R  jX C 1 i
R j
C

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta

1
 jX C XC C
| vo (t ) | . vi (t )  V po ( )  
R  jX C R  X C2
2
 1 
2
2
R  
 C 
e o cálculo da Fase () , resulta

  XC    XC   1 
 ( )  arctg    arctg    90 o  tg 1  
 0   R   RC 

O gráfico de Vpo resulta

O gráfico de () resulta


27

Destes gráficos, observa-se o seguinte:

 Para baixas freqüências, a tensão de saída tende a ser igual a tensão da fonte. O
capacitor, que está em paralelo na saída do circuito, se comporta como um circuito
aberto para as baixas freqüências.

 Para altas freqüências, a tensão de saída tende a zero. O capacitor, que está em
paralelo na saída do circuito, se comporta como um curto circuito para as altas
freqüências.

 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Passa Baixa.

 Para baixas freqüências, a tensão de saída tende a entrar em fase com tensão da
fonte..

 Para altas freqüências, a fase da tensão de saída (ou defasagem entre entrada e
saída) está atrasada.

4. Para os circuitos a seguir, determine Vpo() e (), onde  = 2f.

a) R = 1k , L = 1H, Vpi = 1 V

A reatância indutiva XL = L = 2.f.L . Por divisor de tensão vo(t) é calculado como


28

R R
vo (t )  .vi (t )  .v i (t )
R  jX L R  j L

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta

R R R
| vo (t ) | . vi (t )  V po ( )  
R  jX L R 2  X L2 R 2  L 
2

e o cálculo da Fase () , resulta

X   L 
 ( )  arctg  L   tg 1  
 R   R 

Atribuindo valores para  e calculando XL Vpo e ()

 [rad/seg] XL [] Vpo [V] ()

0 0 1 0
0,001 0,001 1 - 5,73 x 10 - 5
0,01 0,01 1 - 0,00057o
0,1 0,1 1 - 0,0057o
1 1 0,999 - 0,057o
10 10 0,999 - 0,57o
100 100 0,995 - 5,7o
1.000 1.000 0,707 - 45,0o
10.000 10.000 0,099 - 84,3o
100.000 100.000 0,009 - 89,4o
1.000.000 1.000.000 0,001 - 89,9o
  0 - 90,0o

O gráfico de Vpo resulta


29

O gráfico de () resulta

Destes gráficos, observa-se o seguinte:

 Para altas freqüências, a tensão de saída tende a zero. O indutor, que está em série
no circuito, abre as altas freqüências, e se comporta como um circuito aberto para
as altas freqüências.

 Para baixas freqüências, a tensão de saída tende a ser igual a tensão da fonte. O
indutor, que está em série no circuito, deixa passar as baixas freqüências, e se
comporta como um curto circuito para as baixas freqüências.

 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Passa Baixa.

 Para baixas freqüências, a fase da tensão de saída (ou defasagem entre entrada e
saída) tende a entrar em fase com a tensão da fonte.

 Para altas freqüências, a fase da tensão de saída está atrasada.

Para o circuito RL, a freqüência de corte ocorre quando R = XL , ou seja;

R
R  X L  R   .L  2 . f .L  f C 
2L

Fazendo R = 1k , L = 1H

1000
fC   159,16 Hz   C  2 . f C  1.000rad / seg
2 1

Observa-se dos gráficos que, na fC = 159,16 Hz ou C = 1.000 rad/seg.:


30

1
V po ( )  0,707 
w1.000
2

 ( ) w1.000  45 o

b) Trocando de posição o resistor com o indutor, ainda com os mesmos valores


R = 1k , L = 1H, Vpi = 1 V

A reatância capacitiva XL = C = 2.f.L . Por divisor de tensão vo(t) é calculado como

 jX L  j L
vo (t )  .vi (t )  .v i (t )
R  jX L R  j L

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta

 jX L XL L
| vo (t ) | . vi (t )  V po ( )  
R  jX L R 2  X L2 2
R 2  L 

e o cálculo da Fase () , resulta

 XL  X   L 
 ( )  arctg    arctg  L   90 o  tg 1  
 0   R   R 

O gráfico de Vpo resulta


31

O gráfico de () resulta

Destes gráficos, observa-se o seguinte:

 Para baixas freqüências, a tensão de saída tende a zero. O indutor, que está na
saída em paralelo no circuito, se comporta como um curto-circuito para as baixas
freqüências.

 Para altas freqüências, a tensão de saída tende a ser igual a tensão da fonte. O
indutor, que está em paralelo na saída do circuito, deixa passar as altas
freqüências, e se comporta como um circuito aberto para as altas freqüências.

 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Passa Alta.

 Para baixas freqüências, a fase da tensão de saída (ou defasagem entre entrada e
saída) está adiantada.

 Para altas freqüências, a tensão de saída está entrando em fase com tensão da
fonte.

5. Para os circuitos a seguir, determine Vpo() e (), onde  = 2f.

a) R = 1k , L = 1H, C = 1F, Vpi = 1 V


32

A reatância indutiva XL = L = 2.f.L . A reatância capacitiva XC = 1/C = 1/2.f.C .


Por divisor de tensão vo(t) é calculado como

R R R
vo (t )  .vi (t )  .v i (t )  .vi (t )
R  jX L  JX C j  1 
R  j L  R  j.L  
C  C 
Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta

R R R
| vo (t ) | . vi (t )  V po ( )  
R  jX L  jX C 2
R  (X L  XC ) 2
 1 
2
2
R  L  
 C 
e o cálculo da Fase () , resulta
 1 
 L  
 X L  XC  C
 ( )   arctg    tg 1  
 R   R 
 
 
Atribuindo valores para  e calculando XL Vpo e ()

 [rad/seg] XL [] XC [] Vpo [V] ()

0 0  0 90
0,001 0,001 1000000000 1E-06 90,00214
0,01 0,01 100000000 1E-05 90,00162
0,1 0,1 10000000 0,0001 89,99647
1 1 1000000 0,001 89,9449
10 10 100000 0,0100005 89,42919
100 100 10000 0,10049871 84,23417
1.000 1000 1000 1 0
10.000 10000 100 0,10049871 -84,2342
100.000 100000 10 0,0100005 -89,4292
1.000.000 1000000 1 0,001 -89,9449
  0 0 - 90

O gráfico de Vpo resulta


33

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
1 10 100 1000 10000 100000 1000000

O gráfico de () resulta

100
80
60
40
20
0
-20 1 10 100 1000 10000 100000 1000000

-40
-60
-80
-100

Destes gráficos, observa-se o seguinte:

 Para baixas freqüências, a tensão de saída tende a zero. O capacitor, que está em
série no circuito, abre as baixas freqüências, e se comporta como um circuito
aberto para as baixas freqüências.

 Para altas freqüências, a tensão de saída tende a zero. O indutor, que está em série
no circuito, abre as altas freqüências, e se comporta como um circuito aberto para
as altas freqüências.

 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Passa Faixa.


34

 Para baixas freqüências, a fase da tensão de saída (ou defasagem entre entrada e
saída) está adiantada com relação a tensão da fonte.

 Para altas freqüências, a fase da tensão de saída está atrasada.

Para o circuito RLC, a freqüência de ressonância ocorre quando XL = XC , ou seja;

1 1 1 1
X L  X C   .L   2 . f .L   fR   R 
 .C 2 . f .C 2 LC LC

Fazendo L = 1H : C = 1F

1 1
fR   159,16 Hz   R   1.000rad / seg .
2 1x10 6 1x10  6

Observa-se dos gráficos que, na fR = 159,16 Hz ou C = 1.000 rad/seg.:

V po ( ) 1
w 1.000

 ( ) w 1.000  0 o

b) R = 1k , L = 1H, C = 1F, Vpi = 1 V

A reatância indutiva XL = L = 2.f.L . A reatância capacitiva XC = 1/C = 1/2.f.C .


Por divisor de tensão vo(t) é calculado como
j  1 
 j L   j.L  
 jX L  JX C C  C 
vo (t )  .vi (t )  .v (t )  .vi (t )
R  jX L  JX C j i  1 
R  j L  R  j.L  
C  C 

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta


35

2
 1 
L  
 jX L  jX C ( X L  X C )2  C 
| vo (t ) | . vi (t )  V po ( )  
R  jX L  jX C R2  (X L  X C )2  1 
2
2
R  L  
 C 
e o cálculo da Fase () , resulta
 1 
 L  
 X  XC   X  XC  C
 ( )  arctg  L   arctg  L   90 o  tg 1  
 0   R   R 
 
 
Atribuindo valores para  e calculando XL Vpo e ()

 [rad/seg] XL [] XC [] Vpo [V] ()

0 0  1 0
0,001 0,001 1000000000 1 0,002139
0,01 0,01 100000000 1 0,001623
0,1 0,1 10000000 1 -0,00353
1 1 1000000 0,9999995 -0,0551
10 10 100000 0,99994999 -0,57081
100 100 10000 0,99493719 -5,76583
1.000 1000 1000 0 0
10.000 10000 100 0,99493719 5,765834
100.000 100000 10 0,99994999 0,570814
1.000.000 1000000 1 0,9999995 0,055101
  0 1 0

O gráfico de Vpo resulta

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
36

O gráfico de () resulta

0
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
-2

-4

-6

-8

Destes gráficos, observa-se o seguinte:

 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Rejeita ou Suprime Faixa.

 Somente existe variação de fase próximo da freqüência de ressonância.

Observa-se dos gráficos que, na fR = 159,16 Hz ou C = 1.000 rad/seg.:

V po ( ) 0
w1.000

 ( ) w 1.000  0 o

6. Para os circuitos a seguir, determine Vpo() e (), onde  = 2f.


a) R = 1k , L = 1H, C = 1F, Vpi = 1 V
37

A reatância indutiva XL = L = 2.f.L . A reatância capacitiva XC = 1/C = 1/2.f.C .


Por divisor de tensão vo(t) é calculado como

R R
vo (t )  .vi (t )  .v i (t )
R  ( jX L ||  JX C )
 j 
R   jL ||  
 C 
Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta

R R R
| vo (t ) | . vi (t ) | v o (t ) | .  V po ( ) 
R  ( jX L ||  jX C )  X .X   X .X 
2
R  j  L C  2
R   L C 
 X L  XC   XL  XC 
e o cálculo da Fase () , resulta

 X L .X C   X L .X C 
   
X L  XC   arctg  X L  X C
 ( )  arctg  
 R   R 
   
   

Atribuindo valores para  e calculando XL Vpo e ()

 [rad/seg] XL [] XC [] Vpo [V] ()

0 0  1 0
0,001 0,001 1000000000 1 -5,72972E-05
0,01 0,01 100000000 1 -0,000572972
0,1 0,1 10000000 1 -0,005729718
1 1 1000000 0,9999995 -0,057297216
10 10 100000 0,99994999 -0,573009975
100 100 10000 0,99493719 -5,768029636
1.000 1000 1000 0 0
10.000 10000 100 0,99493719 5,768029636
100.000 100000 10 0,99994999 0,573009975
1.000.000 1000000 1 0,9999995 0,057297216
  0 1 0

O gráfico de Vpo resulta


38

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
1 10 100 1000 10000 100000 1000000

O gráfico de () resulta

0
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
-2

-4

-6

-8

Destes gráficos, observa-se o seguinte:

 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Rejeita ou Suprime Faixa.


 Somente existe variação de fase próximo da freqüência de ressonância.

Observa-se dos gráficos que, na fR = 159,16 Hz ou C = 1.000 rad/seg.:

V po ( ) 0
w1.000

 ( ) w 1.000  0 o
39

b) R = 1k , L = 1H, C = 1F, Vpi = 1 V

A reatância indutiva XL = L = 2.f.L . A reatância capacitiva XC = 1/C = 1/2.f.C .


Por divisor de tensão vo(t) é calculado como
 j 
 jL ||  
( jX L ||  JX C )  C 
vo (t )  .vi (t )  .v i (t )
R  ( jX L ||  JX C )  j 
R   jL ||  
 C 

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpo [V] , resulta

2
 X .X   X L .X C 
 j L C   
( jX L ||  jX C )  XL  XC   XL  XC 
| vo (t ) | . vi (t ) | v o (t ) | .  V po ( ) 
R  ( jX L ||  jX C )  X L .X C   X .X 
2
R  j   2
R   L C 
 X L  XC   XL  XC 
e o cálculo da Fase () , resulta
 X L .X C 
 
X  XC
 ( )  90  arctg  L
o 
 R 
 
 

Atribuindo valores para  e calculando XL Vpo e ()


40

 [rad/seg] XL [] XC [] Vpo [V] ()

0 0  0 90
0,001 0,001 1000000000 1E-06 89,9999427
0,01 0,01 100000000 1E-05 89,99942703
0,1 0,1 10000000 0,0001 89,99427028
1 1 1000000 0,001 89,94270278
10 10 100000 0,0100005 89,42699003
100 100 10000 0,10049871 84,23197036
1.000 1000 1000 1 0
10.000 10000 100 0,10049871 -84,23197036
100.000 100000 10 0,0100005 -89,42699003
1.000.000 1000000 1 0,001 -89,94270278
  0 0 -90

O gráfico de Vpo resulta

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
1 10 100 1000 10000 100000 1000000

O gráfico de () resulta


41

100
80
60
40
20
0
-20 1 10 100 1000 10000 100000 1000000

-40
-60
-80
-100

Destes gráficos, observa-se o seguinte:


 Este tipo de circuito é denominado de Filtro Passa Faixa.
 Para baixas freqüências, a fase da tensão de saída (ou defasagem entre entrada e
saída) está adiantada com relação a tensão da fonte.
 Para altas freqüências, a fase da tensão de saída está atrasada.

Observa-se dos gráficos que, na fR = 159,16 Hz ou C = 1.000 rad/seg.:

V po ( ) 1
w 1.000

 ( ) w 1.000  0 o

7. Considere o circuito equivalente de um conjunto de alto falantes:

Onde: A → 0 a 500 Hz → (woofer)


B → 500 a 5 kHz → (mid-range)
C → 5 kHz a ∞ → (tweeter)
42

Considerar a Impedância dos Alto Falantes ZA.F. = 8 Ω (puramente resistivo).

Determine quais impedâncias devem ser colocadas em Z1 , Z2 , Z3 para que nos alto
falantes A, B, C toquem respectivamente somente as faixas de freqüências indicadas.

Como os alto falantes estão ligados em paralelo na fonte de sinal, pode-se analisar
independentemente:

a) Determinação de Z1

Para que A reproduza as baixas freqüências (circuito equivalente resulta a seguir) pode-se
observar que, a impedância de Z1 deverá ser um Indutor L, no caso, um filtro Passa Baixa
em A.

Para o circuito RL, a freqüência de corte ocorre quando R = XL , ou seja;

R
R  X L  R   .L  2 . f .L  L 
2. . f C

Fazendo R = 8 , f C = 500 Hz

8
L  2,55.mH
2. .500

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpa [V] , resulta


43

R R R R
| v a (t ) | . vi (t )  V pa ( )   
R  jX L 2
R X 2
L R  L 
2 2
R  2. . f C .L 
2 2

b) Determinação de Z3

Para que C reproduza as altas freqüências (circuito equivalente resulta a seguir) pode-se
observar que, a impedância de Z3 deverá ser um Capacitor C, no caso, um filtro Passa
Alta em C.

Para o circuito RC, a freqüência de corte ocorre quando R = XC , ou seja;

1 1 1
R  XC  R   C 
 .C 2 . f .C 2 .R. f C

Fazendo R = 8 , f C = 5 kHz

1
C  3,98.F
2 .8.5000

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo VpC [V] , resulta


44

R R R R
| vC (t ) | . vi (t )  V pC ( )   
R  jX C R 2  X C2  1 
2
 
2

R2   2 1
 R   
 C   2. . f C .C 

c) Determinação de Z2

Para que B reproduza as médias freqüências (circuito equivalente resulta a seguir) pode-se
observar que, a impedância de Z2 deverá ser um Indutor L e um capacitor C em série, no
caso, um filtro Passa Faixa em B.

Para o circuito RLC, a freqüência de ressonância fR ocorre quando XL = XC , ou seja;

1 1 1 1
X L  X C   .L   2 . f .L   fR   R 
 .C 2 . f .C 2 LC LC

Determinando fR como a média a seguir:

f R  500 x5.000  1.512.Hz

Arbitrando L = 2,55 mH , f R = 1,512 kHz

2
1 2  1  1 1
fR    fR    C  2
  3,98F
2 LC  2 LC 
2
4. .L. f R 4 x x 2,55mHx1512 2
2
45

Fazendo Vpi = 1 V e fazendo o cálculo do módulo Vpb [V] , resulta

R R R
| vb (t ) | . vi (t )  V pb ( )  
R  jX L  jX C R 2  ( X L  X C )2  1 
2
2
R  L  
 C 
R
| vb (t ) |
2
2  1 
R   2. . f R .L  
 2. . f R .C 
Os gráficos resultam:
46

2.2. CIRCUITOS TRIFÁSICOS EQUILIBRADOS

2.2.1. Introdução

A energia elétrica é gerada, transmitida, distribuída e consumida industrialmente


através de circuitos trifásicos. A analise de sistemas deste tipo constitui um vasto campo
de estudos. Felizmente, a compreensão do funcionamento de sistemas trifásicos
equilibrados no regime senoidal estacionário é suficiente para os engenheiros elétricos cuja
área de especialização não é a geração e distribuição de energia elétrica. As técnicas de
análise de circuitos demonstradas em capítulos anteriores podem ser aplicadas a circuitos
trifásicos equilibrados ou desequilibrados. Neste capítulo, usaremos estas técnicas para
formular vários princípios simplificadores que facilitarão a análise de circuitos trifásicos
equilibrados.
Por razões econômicas, os sistemas trifásicos quase sempre são projetados para
funcionar no regime equilibrado. Assim, em caráter introdutório, é justificável que se
concentre mais em circuitos equilibrados. A análise de circuitos trifásicos desequilibrados,
se baseia em uma perfeita compreensão do funcionamento dos circuitos equilibrados.
Um sistema trifásico é constituído por fontes de tensão ligadas a cargas através de
transformadores e linhas de transmissão. Para analisar um circuito desse tipo, podemos
reduzi-lo a uma fonte de tensão ligada a uma carga através de uma linha. A omissão do
transformador simplifica a discussão sem modificar a natureza dos cálculos envolvidos. A
Fig. 01 mostra um circuito básico. A característica principal de um circuito trifásico
equilibrado é o fato de que sua fonte produz uma tensão trifásica equilibrada. Inicialmente,
será analisado em que consistem essas tensões. A seguir, as relações entre tensões e
correntes nos circuitos Y-Y e Y- e, finalmente os cálculos e medidas de potência em
circuitos trifásicos.

Fig. 01 – Circuito trifásico

2.2.2. Tensões Trifásicas Equilibradas

Um conjunto de tensões trifásicas equilibradas é constituído por três tensões


senoidais de mesma frequência e amplitude, mas defasadas entre si de exatamente 120º .
As três fases são quase sempre chamadas de a , b e c , e a fase a é tomada como fase de
referência. As três tensões são conhecidas como tensão da fase a , tensão da fase b e
tensão da fase c.
Só existem duas relações possíveis entre a fase da tensão da fase a e as fases das
tensões b e c. Uma das possibilidades é a de que a tensão da fase b esteja atrasada de
47

120º em relação à tensão da fase a , caso em que a tensão da fase c deverá estar adiantada
de 120º em relação à tensão da fase a . Esta relação entre as três fases é conhecida como
sequência de fases abc ou sequência de fases positiva. A outra possibilidade é de que a
tensão da fase b esteja adiantada de 120º em relação à tensão da fase a , caso em que a
tensão da fase c deverá estar atrasada de 120º em relação à tensão da fase a . Esta relação
entre as fases é conhecida como sequência de fases acb ou sequência de fases negativa.
Em notação fasorial, os dois conjuntos possíveis de tensões de fase equilibradas são:

Va  V m  0 o

Vb  Vm   120 o

Vc  Vm   120 o
[01]
e
Va  Vm  0 o

Vb  Vm   120 o

Vc  V m   120 o
[02]

As Eqs. 01 se aplicam à sequência abc ou positiva e as Eqs. 02 à sequência acb ou


negativa. A Fig. 02 mostra os diagramas fasoriais das tensões representadas pelas Eqs. 01
e 02. A sequência de fases corresponde ao sentido horário na Fig. 02. O fato de que um
circuito trifásico pode ter duas sequencias de fase diferentes deve ser levado em
consideração sempre que dois desses circuitos são ligados em paralelo. Os circuitos só
funcionarão corretamente se tiverem a mesma sequência de fases.

Fig. 02 – Diagramas fasoriais de dois conjuntos de tensões equilibradas - (a) com a


sequência de fases abc ou positiva - (b) com a sequência de fases acb ou negativa

Outra característica importante de um conjunto de tensões trifásicas equilibradas é


que a soma das três tensões é zero. Assim, tanto para as tensões da Eq. 01 como para as
da Eq. 02,
48

Va  Vb  Vc  0 [03]

Se a soma das tensões fasoriais é zero, a soma dos valores instantâneos das tensões
também deve ser zero; assim,

v a  v b  vc  0 [04]

Na medida em que foi colocado o que significa um conjunto de tensões trifásicas


equilibradas, é possível enunciar o primeiro dos princípios simplificadores citados na
introdução:
Para conhecer um conjunto de tensões trifásicas equilibradas, basta conhecer
uma das tensões e a sequência de fases. Assim, no caso de um sistema trifásico
equilibrado, pode-se limitar a análise à determinação da tensão (ou corrente) em uma
única fase.

2.2.3. Fontes de Tensão Trifásica

Uma fonte de tensão trifásica é um gerador com três enrolamentos separados


distribuídos ao longo da periferia do estator. Cada enrolamento constitui uma das fases do
gerador. O rotor do gerador é um eletroímã acionado com velocidade angular constante
por uma máquina motriz, como uma turbina a gás ou a vapor. A rotação do eletroímã
induz tensões senoidais nos três enrolamentos Os enrolamentos são projetados de tal
forma que as tensões senoidais nelas induzidas têm a mesma amplitude e estão defasadas
de 120o. A frequência da tensão induzida pelo eletroímã rotativo é a mesma nos três
enrolamentos, já que eles permanecem estacionários durante todo o processo. A Fig. 03
mostra a estrutura interna de um gerador trifásico.

Fig. 03 – Estrutura interna de um gerador trifásico

Existem duas formas de ligar os enrolamentos de um gerador trifásico; estas


configurações denominadas Y e  são mostradas na Fig. 04, na qual os enrolamentos do
gerador foram representados por fontes de tensão independentes. O terminal comum da
49

ligação em Y, rotulado como n na Fig. 04-a, é chamado de terminal neutro do gerador.


O terminal neutro pode estar ou não disponível para conexões externas.

Fig. 04 – Dois tipos de ligação possíveis de um gerador trifásico ideal - (a) Ligação
tipo Y - (b) Ligação tipo 

EXEMPLOS – ÁREA I – CAP. 2.2

1.Com relação aos circuitos trifásicos 3 determine:

a) Represente graficamente no domínio do tempo, as três fases de uma rede trifásica.

v a (t )  v a (t )  V P cos(t )  v a ( )  V P cos( )


50

vb (t )  vb (t )  V P cos(t  120 o )  vb ( )  V P cos(  120 o )

vc (t )  vc (t )  V P cos(t  120 o )  vc ( )  VP cos(  120 o )

A plotagem das três fases num mesma gráfico esta representada a seguir:
51

b) Para um tensão de ´pico de 311,13 V entre fases, qual a tensão eficaz de linha e de fase.

VL = Tensão de Linha ou Tensão Entre Duas Fases


Quaisquer

VF = Tensão de Fase ou Tensão Uma Fase Qualquer e


Neutro

VL
VF 
3

VL , VF  Veficaz ou VRMS

311,13 220
VP ( Linha )  311,13.V  Vef ( L )   220.V  VL  Vef ( F )   127.V  VF
2 3

2. Uma rede 3 de 220 V, determine a tensão de fase para uma carga:

a) Ligada em  (Triângulo)

VF (C arg a )  VL (Re de )  220.V  (Não Utiliza o Neutro)

I L (Re de )
I F ( C arg a ) 
3

b) Ligada em Y (Estrela)
52

VL (Re de)
VF (C arg a )  VF (Re de)   127.V
3

I F ( C arg a )  I L (Re de)

Se as cargas são equilibradas (todas resistências iguais) então

   
I R  I S  I T  I N  0  (Pode-se Não Utilizar o Neutro)

3. Três resistências RL 220 Ω cada, são ligadas em uma rede 3 de 220 V, determine qual
a corrente de fase, de linha e potência dissipada em cada resistência para:

a) Ligada em  (Triângulo)

VF (C arg a )  VL (Re de )  220.V  (Não Utiliza o Neutro)


53

VF (C arg a ) 220.V
I F ( C arg a )    1A
RL 220

I L (Re de )  I F ( C arg a ) 3  1,73 A

PFase  VF xI F  220 x1  220W  PTotal  3xPF  3 x 220  660W

Uma outra forma de calcula a Potência Total é:

PT  3 xVL xI L  3 x 220 x1,73  660.W

b) Ligada em Y (Estrela)

VL (Re de) 220


VF (C arg a )  VF (Re de )    127.V
3 3

VF ( C arg a ) 127.V 1
I F ( C arg a )  I L (Re de)     0,57 A
RL 220 3

PFase  VF xI F  127 x 0,57  73.W  PTotal  3xPF  3 x73  220.W

Uma outra forma de calcula a Potência Total é:

PT  3 xVL xI L  3 x 220 x 0,57  220.W

Observa-se que é possível determinar a Potência Total, tanta na ligação em estrela como
triângulo, considerando apenas as tensões e corrente de Linha. Isto é extremamente útil
uma vez que, em alguns casos pode ser complicado, ou ate mesmo impossível medir a
54

corrente de fase. Um exemplo é um motor elétrico onde não é possível medir diretamente
as correntes de fase.

4. Determine Fasorialmente e no Domínio do Tempo, todas as tensões da rede 3 de


Linha e de Fase, tomando como referência a tensão entre a Fase R e o Neutro


VRN  VF  127.V  Vef  VRMS
:

VTS  VL  220.V  Vef  VRMS


V RN  v RN (t )  V RN cos(t )  V RN 0 o

V SN  v SN (t )  VSN cos(t  120 o )  V SN 120 o

VTN  vTN (t )  VTN cos(t  120 o )  VTN   120 o

V SR  v SR (t )  V SR cos(t  150 o )  V SR   150 o

VTS  vTS (t )  VTS cos(t  90o )  VST   90o

V RT  v RT (t )  V RT cos(t  30 o )  V RT   30 o
Obs
  
VSN VRN VTN  Tensões de Fase
  
VSR VTS VRT  Tensões de Linha

Observe que, o módulo do fasor nestes exemplos está identificado com o valor RMS e não
com a Amplitude. Isto ocorre seguidamente em análise de circuitos uma vez que,
Amplitude e Valor RMS diferem somente do valor 2 .
Foi atribuída uma VF = 100 V de Amplitude e VL = 142 V e os gráficos traçados a seguir:
55

5. Uma carga RL = 10 + j10 é ligada a uma rede trifásica. Determine as correntes e tensões
nos componentes para:
a) Ligação Estrela ( VL = 380 V )
b) Ligação Triângulo ( VL = 220 V )


a) Tomando como referência V RN  2200 o

Diagrama
Fasorial


 V RN 2200 o
I RN    11,00  j11,00  15,55  45 o
Z 10  j10
56


 V SN 220120 o
I SN    4,02  j15,02  15,5575 o
Z 10  j10


 V TN 220  120 o
I TN    15,02  j 4,02  15,55  165 o
Z 10  j10

   
I N  I RN  I SN  I TN  (11  j11)  (4,02  j15,02)  (15,02  j 4,02)  0


b) Tomando como referência V RT  2200 o

As Correntes de Fase são calculadas como:



 V RT 2200 o
I RT    11,00  j11,00  15,55  45 o
Z 10  j10


 V SR 220120 o
I SR    4,02  j15,02  15,5575 o
Z 10  j10


 V TS 220  120 o
I TS    15,02  j 4,02  15,55  165 o
Z 10  j10

Diagrama
Fasorial

As Correntes de Linha são calculadas como:


57

     
I RT  I R  I SR  I R  I RT  I SR  (11  j11)  (4,02  j15,02)  6,98  j 26,02  26,94  75 o

     
I SR  I S  I TS  I S  I SR  I TS  (4,02  j15,02)  ( 15,02  j 4,02)  19,04  j19,04  26,94  45 o

     
I TS  I T  I RT  I T  I TS  I RT  ( 15,02  j 4,02)  (11  j11)  26,02  j 6,98  26,94  165o

6. Considere a carga trifásica desequilibrada ligada em Estrela. Determine as corrente



tomando como referência V RT  2200 o
a) Com Neutro Ligado
b) Com Neutro Desligado

a) Com Neutro Ligado

Diagrama
Fasorial


 V RN 127  30 o 127  30 o
I RN    o
 12,70  23,13 o
Z 6  j8 10  53,13


 V SN 127  90 o 127  90 o
I SN     8,47  90 o
Z 15  j 0 150 o


 V SN 127  150 o 127  150 o
I TN    o
 11,36  176,57 o
Z 10  j5 11,1826,57
58

a) Com Neutro Desligado

  
 V TS  I S (15)  I T (10  j 5)  0

  
 I R (0)  I S (15)  I T (10  j5)  220  120  220  120 o

  
 V SR  I S (15)  I R (6  j8)  0

  
 I R (6  j8)  I S (15)  I T (0)  220  120 o
59

  
 V RT  I R (6  j8)  I T (10  j 5)  0

  
 I R (6  j8)  I S (0)  I T (10  j 5)  2200 o

As três equações acima resultam em um sistema de equações de números complexos


sendo um cálculo bastante complicado. Uma vez que a carga é desequilibrada, as
correntes nas três fases também são diferentes, tanto em amplitude quanto em defasagem.
Assim, o centro da estrela na carga, resulta em uma Tensão de Neutro Deslocada, que
pode ser denominado de VN’ para diferenciar do neutro da rede VN.

A tensão na carga VSN’ referenciada a VN’ é calculada como:

 
 V SN '  I S x(15  j 0)

     
 V SN  V SN '  V NN '  0  V NN '  V SN  V SN '

As outras tensões na carga VRN’ e VTN’ referenciada a VN’ são calculadas de forma
análoga:
60

7. O circuito abaixo, é o circuito equivalente, por fase, de um motor de indução trifásico


de 10 HP, VL = 380 V ligação em estrela, rendimento η = 0,76 , FP = 0,85.

a) Determine uma impedância RL equivalente para este circuito

Como um motor é um sistema equilibrado, pode-se considerar somente a fase R, por


exemplo, e extrapolar que as outras fases terão as mesmas características de corrente.

Po 7.460
Po  10 x746  7.460.W  Pi    9.815,79.W  Po , Pi  PAtiva
 0,76

PAt 9.815,79
PAtiva / Fase  PRe    3.271,93.W
3 3

Pi 9.815,79 PApa
PApa    11.548.VA  PApa / Fase   3.849,33.VA
FP 0,85 3

PApa / Fase 3.849,33


PApa / Fase  Vef xI ef  Vt xI a  I a    17,50 A
Vt 220

PRe 3.271,93
PRe  I a2 xRe  Re    10,68.
I a2 17,5 2

  cos 1 ( FP)  cos 1 (0,85)  31,8 o

PRe at / Fase  PApa / Fase .sen( )  3.849,33.sen(31,8 o )  3.849,33x 0,527  2.028,43.VAR

PRe atFase 2.028, 43


PRe at / Fase  PXe  I a2 . X e  X e    6,62
I a2 17,5 2

Xe 6,62
X e  2. . f .Le  Le    0,018 H
2. . f 2. .60
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O triângulo de potências por fase está representado a seguir

b) Determine os capacitores para correção do Fator de Potência

Neste caso, o capacitor será colocado em paralelo por fase. (O mais comum é colocar
entre fases, mas isto dificultaria os cálculos do exemplo).
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Vt 2 1
PRe at ( X L )  PRe at ( X C )  2.028, 43   XC 
XC 2. . f .C

PRe at ( X C ) 2.028,43
C 2
  111,16F / 220.Ve. f  V p  Ve. f 2  C  111,16 F / 311.V
2. . f .Vt 2. .60.220 2

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