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II. METODOLOGIA
I ajuste
13a) e tem maior proximidade da curva de capabilidade
quando presta o serviço de proteção de retaguarda à prote- k ⋅ I ajuste
ção externa do gerador (linha de transmissão) e maior afas-
tamento quando presta proteção de retaguarda à proteção V1 Tensão Medida
diferencial do conjunto gerador e transformador-elevador.
No modo de operação Controlado por Tensão a corrente Figura 14. Ajuste de corrente em função da tensão medida para o
modo de operação Controlado por Tensão.
de ajuste da Função 51V é função da tensão medida Vt de
acordo com a Figura 14 (AREVA, MiCOM P342, P343).
No modo de operação Retido por Tensão a corrente de
ajuste da Função 51V é função da tensão medida Vt de a- I ajuste
Ajuste de Corrente
V2 V1 Tensão Medida
ZS
Linha de
Reatância
Zc
Q C
N
Característica de C1 δ
M
Escorregamento de
Polo XT θ C2
XG R
B ZB
Blinder
A partir da Figura 20 pode-se ver que o engenheiro ou Perda de Sincronismo só atuará conforme seu algoritmo,
técnico de proteção deverá os ajustes para os parâmetros θ , ajustes de temporização e ajustes de contadores.
Z A , Z B , α e Z C . No GISPCCMS é disponibilizada a O esquema Mho Offset é o mais simples método para de-
opção de ajuste conforme AREVA (2002) no qual o usuário tectar uma condição de perda de sincronismo que aparece
deverá entrar apenas com o módulo e o argumento da impe- eletricamente em um gerador ou no transformador-elevador.
dância equivalente do sistema. Os demais parâmetros são Se para uma perda de sincronismo, a característica de balan-
então calculados a partir de um algoritmo pré-definido no ço de impedância entrar no círculo, o trip ocorrerá imedia-
GISPCCMS. tamente. Sem qualquer supervisão este esquema poderá re-
A Figura 22 apresenta as curvas características do esque- sultar em trip para uma oscilação recuperável (IMHOF,
ma lente para a Proteção Perda de Sincronismo nos planos 1977).
P-Q e R-X. O gerador e o transformador-elevador conside-
rados são os da Unidade 13 de Tucuruí. Os ajustes aplicados
são mostrados na Figura 21.
x1g Vt VB
G1
T 1 I 1g
x g2
G2 x1t
I g2
x gn I t1
Gn ZL
L
I gn
x gn +1 IL
G n +1
Tm I gn +1
x gn + 2
G n+2 xtm
I gn + 2
I tm
x gk
k
G
I gk
As linhas pontilhadas indicam os trechos das curvas ca- TRAFO-67 em relação à origem do plano R-X. Este deslo-
racterísticas inibidas pela associação das proteções LT- camento é dado por n ⋅ xt , ou seja, depende do número de
50/51 e LT-67. Pode-se observar ainda, que as curvas carac- geradores e da reatância do transformador-elevador
terísticas das proteções TRAFO-50/51 e LT-50/51 têm mai- (FONSECA, 2007).
or proximidade do Limite de Campo da curva de capabili- A Figura 31 mostra, nos planos P-Q(a) e R-X(b), a curva
dade do que a proteção localizada no terminal do gerador característica dos estágios 1 e 2 da proteção de impedância
(UGE-50/51). Isto porque o deslocamento no eixo X, em (localizada no terminal da linha de transmissão) tomando
relação à origem, é dado por 2 ⋅ n ⋅ xt , ou seja, depende do como referência o terminal do gerador. Os ajustes adotados
dobro do número de geradores presentes no diagrama unifi- foram 80% (estágio 1) e 120% (estágio 2) da impedância do
lar da Figura 28 e da reatância do transformador-elevador circuito a ser protegido. Esta impedância equivale a um tre-
no qual o gerador está conectado (FONSECA, 2007). Ω
cho de linha de 5 km com impedância de 27,59 .
Com o intuito de ilustrar o deslocamento da curva carac- km
terística da proteção 67 no plano R-X e sua forma no plano
P-Q, a Figura 30 mostra as curvas características das prote-
ções UGE-50/51-67 e TRAFO-50/51-67 com o ângulo de
máximo torque das proteções UGE-67 e TRAFO-67 igual a
60º.
Como pode ser visto na Figura 30 a curva característica A Figura 32 mostra, nos planos P-Q (a) e R-X (b), a cur-
da proteção UGE-67 é uma reta em ambos planos, enquanto va característica dos estágios 1 e 2 da proteção de Admitân-
que a curva característica da proteção TRAFO-67 é uma reta cia (localizada no terminal da linha de transmissão) tomando
no plano R-X e uma circunferência no plano P-Q. como referência o terminal do gerador. Os ajustes adotados
A Figura 30b mostra o deslocamento da proteção foram 80% (estágio 1) e 120% (estágio 2) da impedância do
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Por fim, é importante salientar que a curva característica
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da linha de transmissão) tem o dobro do deslocamento da 1245.
curva característica da proteção de Impedância ou de Admi- MELO, J.A.F., 1977. Geradores Síncronos: curvas de capacidade.
CHESF - Publicações técnicas, no.2.
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V. CONCLUSÕES
O GISPCCMS tem a finalidade de gerenciar o sistema de
proteção de unidades geradoras, considerando os efeitos das
restrições impostas pelos ajustes dos relés de proteção asso-
ciados aos geradores síncronos e elementos adjacentes (li-