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CAMPO GRANDE – MS
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
INSTITUTO DE FÍSICA – INFI
LABORATÓRIO DE FÍSICA 2
Campo Grande- MS
2023
Sumário
1.Introdução...................................................................................................................4
2.Objetivo.......................................................................................................................5
3. Materiais e Métodos..................................................................................................6
4. Resultados e Discussão...........................................................................................7
5.Conclusão ................................................................................................................11
6.Referências...............................................................................................................12
INTRODUÇÃO
A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica que flui por um condutor é
diretamente proporcional à tensão aplicada, mantendo-se constante quando a
resistência elétrica é mantida constante. Essa relação matemática, expressa pela
fórmula I = V/R, onde I é a corrente elétrica, V é a tensão elétrica e R é a resistência
elétrica, é fundamental para a análise de circuitos e para o cálculo de grandezas
elétricas.
Figura 1 - Régua contendo fios da liga níquel/cromo 80/20 com diferentes diâmetros e
Multímetro.
Inicialmente, a fonte de alimentação foi conectada aos cabos de conexão, sendo que
um deles foi conectado ao terminal positivo e o outro ao terminal negativo da fonte. Em
seguida, foram conectados ao suporte dos fios metálicos, onde estão fixados de forma
a ficarem esticados e retos.
Para cada fio metálico, foi realizada a medição da resistência elétrica utilizando o
multímetro digital. O multímetro foi ajustado para a escala apropriada de medição de
resistência e os cabos de conexão foram conectados aos terminais do multímetro. O
fio metálico foi então conectado aos cabos de conexão, garantindo uma boa conexão
elétrica.
Após as conexões estarem devidamente estabelecidas, a fonte de alimentação foi
ligada e a tensão elétrica foi ajustada para um valor inicial. O multímetro foi utilizado
para medir a corrente elétrica que passava pelo fio e a tensão elétrica aplicada.
Foram registrados os valores de corrente elétrica e tensão elétrica para diferentes
valores da tensão aplicada. Em cada caso, foi aguardado um intervalo de tempo
suficiente para garantir que a corrente elétrica se estabilizasse, minimizando os efeitos
transitórios.
Após a realização das medições iniciais, foram realizadas alterações nos parâmetros
construtivos do fio metálico, ou seja, no comprimento e na área da seção transversal.
Para a variação do comprimento, o fio metálico foi substituído por outro fio de
comprimento diferente. O procedimento de medição da resistência elétrica foi repetido
para cada valor de comprimento utilizado.
Para a variação da área da seção transversal, foi utilizado um fio metálico de
comprimento fixo, porém, com uma seção transversal diferente. A medição da
resistência elétrica também foi repetida para cada valor de área da seção transversal.
Em todos os casos, foram registrados os valores de corrente elétrica, tensão elétrica,
comprimento do fio e área da seção transversal.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
RfioxÁreafio
350
300
250
200
150
100
50
0
0.00E+00 5.00E-08 1.00E-07 1.50E-07 2.00E-07 2.50E-07 3.00E-07
R fio (Ω)
Gráfico 1 – Resistência elétrica sob área da seção transversal.
A análise do gráfico revela que a relação entre a resistência elétrica (R) e a área da
seção transversal do fio (A) segue um padrão semelhante a um formato de "L". Essa
forma sugere que os resultados obtidos estão em concordância com a Segunda Lei de
Ohm, representada pela Equação 2.
Observa-se que a primeira parte do "L" indica uma relação direta entre a resistência
elétrica e o comprimento do condutor (L). Conforme o comprimento do fio aumenta, a
resistência elétrica também apresenta um aumento proporcional.
Já a segunda parte do "L" indica uma relação inversamente proporcional entre a
resistência elétrica e a área da seção transversal do fio (A). Isso significa que, à
medida que a área da seção transversal diminui, a resistência elétrica aumenta
proporcionalmente.
Essa forma "L" do gráfico está de acordo com a teoria de Ohm, que descreve essa
relação proporcional e inversamente proporcional entre R, L e A. É importante
destacar que essa relação é influenciada pela resistividade elétrica (ρ), que é uma
característica intrínseca de cada material.
Através da análise do gráfico, pode-se inferir que a resistência elétrica aumenta
significativamente à medida que a área da seção transversal do fio diminui, indicando
uma maior restrição à passagem da corrente elétrica. Essa conclusão está em
conformidade com a teoria de Ohm.
Essas observações fornecem uma compreensão mais detalhada da relação entre R e
A no contexto do seu experimento, validando os princípios fundamentais da Segunda
Lei de Ohm.
Rfiox1/Áreafio
400000000
350000000
300000000
250000000
200000000
150000000
100000000
50000000
0
0 50 100 150 200 250 300 350
Gráfico 2 - Resistência elétrica sob o inverso da área da seção transversal.
Em seguida, foi possível realizar um cálculo detalhado para traçar um gráfico que
representa a relação entre a Resistência Elétrica e o Comprimento do Fio.
FIOS L fio (m) Diametro (m) A fio (m) R fio (Ω) Resistividade (Ω/m) R= ρ L/A
1 0,5 0,00057 1,02E-06 2,2 4,32 2,12E+06
2 1 0,0004 1,26E-07 4,32 8,75 69665605,1
3 1,5 0,00025 2,18E-08 6,48 22,1 1520254777
4 2 0,0002 7,85E-09 8,61 34,6 8815286624
5 2,5 0,00016 3,22E-09 10,74 56 43541003185
6 3 0,00014 1,71E-09 12,86 69,2 1,21435E+11
7 3,5 0,0001 6,41E-10 15,12 133,4 7,28602E+11
8 4 0,00007 2,40E-10 17,26 275,3 4,58058E+12
9 4,5 0,00006 1,40E-10 19,43 338,8 1,09247E+13
R fio (Ω)
25
20
15
10
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Gráfico 3 - resistência elétrica do fio em função do comprimento do fio.
Com base na análise do gráfico, verificou-se que o comportamento de Rfio em função
de Lfio segue uma relação linear. Essa observação sugere que a resistência elétrica
(R) e o comprimento do fio (L) possuem uma relação direta, conforme previsto pela
Equação 2.
A Equação 2, R = ρL/A, descreve a relação entre a resistência elétrica, a resistividade
elétrica (ρ), o comprimento do fio (L) e a área da seção transversal do fio (A). Ao isolar
L na equação, obtemos L = RA/ρ.
Ao traçar o gráfico de R em função de L, foi observado que os pontos no gráfico
formam uma reta. Essa relação linear confirma que a resistência elétrica varia de
forma proporcional ao comprimento do fio. Em outras palavras, à medida que o
comprimento do fio aumenta, a resistência elétrica também aumenta de maneira
linear.
Esses resultados são consistentes com a teoria da Segunda Lei de Ohm e fornecem
evidências experimentais que corroboram a relação direta entre R e L estabelecida na
Equação 2.
Essa análise detalhada reforça a validade dos resultados obtidos no experimento e
contribui para a compreensão da relação entre a resistência elétrica e o comprimento
do fio na liga utilizada. Essas informações são relevantes para a interpretação dos
resultados experimentais e o embasamento teórico do estudo em questão.
FIOS L fio (m) Diametro (m) A fio (m) R fio (Ω) I fio (mA) V fio V=R.I
8 1 0,00007 3,85E-09 263 7,2 2 1893,6
Resistividade (Ω/m) 14,37 4 3779,3
133,4 21,53 6 5662,4
R= ρ L/A 28,7 8 7548,1
3,46E+10 35,86 10 9431,2
42,98 12 11303,7
50,13 14 13184,2
57,27 16 15062,0
64,37 18 16929,3
71,5 20 18804,5
Tabela 3 – Valores usados em V.3 com suas respectivas unidades.
V fio
25
20
15
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Gráfico 4 - tensão elétrica aplicada ao fio.