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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE

TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E
TERRITÓRIO (ILATIT)

RELATÓRIO:
Multímetro

FELIPE MARQUES
HUESLEY CÂNDIDO
LIDIA ABRANTES
MARIO REGATIERI

Foz do Iguaçu
2019
FELIPE MARQUES
HUESLEY CÂNDIDO
LIDIA ABRANTES
MARIO REGATIERI

RELATÓRIO:
Multímetro

Relatório apresentado como requisito para


obtenção de nota na disciplina física III
experimental da Universidade Federal da
Integração Latino-americana.

Prof.: Rafael Cardoso Toledo

Foz de Iguaçu
2019
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Multímetro - DIGITAL MULTIMETER ET-2082C..........................................9


Figura 2: Pilhas............................................................................................................9
Figura 3: Resistores...................................................................................................10
Figura 4: Protoboard..................................................................................................11
Figura 5: Modelo de circuito com fonte de tensão e resistores..................................11
Figura 6: Código de cores dos resistores..................................................................13
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Procedimento A - Medida da resistência utilizando diferentes escalas do


multímetro..................................................................................................................12
Tabela 2: Procedimento B.........................................................................................12
Tabela 3: Procedimento C1.......................................................................................12
Tabela 4: Procedimento C2.......................................................................................12
SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................7
2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO...........................................................................8
3. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL........................................................................8
4. DADOS E ANÁLISE DOS DADOS....................................................................12
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................14
5.1. Tratamento dos dados.................................................................................. 14
6. CONCLUSÃO.....................................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17
6

RESUMO

Essa prática é focada em medidas de corrente elétrica, tensão e resistência.


Esses fatores possuem incertezas quando medidos por um instrumento, que nesse
caso foi o DIGITAL MULTIMETER ET-2082C. O multímetro possui diversas funções
e foi possível utilizar a maioria delas durante o experimento. A resistência elétrica foi
medida na função ohmímetro, a tensão elétrica na função voltímetro e a corrente
elétrica na função amperímetro. Os procedimentos foram realizados selecionando a
função correta para a medição e conectando os terminais do instrumento nas
extremidades do que deve ser medido.
Na função ohmímetro os resistores ficaram próximos aos valores teóricos e
a escala ideal para coleta de dados foi a menor escala, por conta da sua precisão.
Na função de tensão elétrica o menor circuito apresentou um resultado mais próximo
do esperado. Na função corrente elétrica a escala foi muito grande e não foi possível
realizar a medida do procedimento C1. Os resultados de corrente elétrica variaram
de acordo com a resistência, quanto menor a resistência maior a corrente que passa
naquele ponto.
7

1. INTRODUÇÃO

A Lei de Ohm é a lei mais importante e fundamental da eletricidade. Esta foi


descoberta e formulada por Georg Simon Ohm e relaciona as três principais
grandezas elétricas: tensão, corrente e resistência. A descoberta aconteceu por
meio de um experimento relativamente simples. Georg ligou uma fonte elétrica a um
material e percebeu uma determinada corrente que passava pelo circuito. Logo
após, Georg variou a tensão e viu que a corrente elétrica era diferente. Então, a
partir daí Ohm percebeu que a cada tensão aplicada uma diferente corrente era
registrada (Mundo da Elétrica, 2018).
Posteriormente, observando o comportamento da tensão e da corrente, Ohm
deu-se conta que essas grandezas se relacionavam numa razão constante. A esse
número constante Georg deu o nome de resistência elétrica. A definição formal de
resistência elétrica é a oposição à passagem de corrente. Todo material possui uma
certa resistência elétrica, isso ocorre devido ao “choque” dos elétrons nos átomos
durante a movimentação. O efeito causado por essa oposição é o calor.
Determinados átomos oferecem maior resistência à passagem dos elétrons,
produzindo mais calor. A unidade da resistência elétrica (R) é o Ohm e que é
representado pela letra grega “Ômega” (Ω) (Mundo da Elétrica, 2018).
A tensão é resumidamente a diferença de energia (ou potencial) entre dois
pontos que motiva a movimentação de cargas elétricas. Ou seja, é a tensão que
gera a corrente elétrica. Esta geralmente é fornecida ao circuito por meio de um
gerador. No geral esses geradores podem ser mecânicos, térmicos, magnéticos ou
baterias que transformam energia química em elétrica. Sua unidade é o Volt (V) e é
representado pela letra U ou V (Souza, 2016).
A corrente é o fluxo de elétrons em um condutor quando submetido a uma
tensão. O sentido real da corrente elétrica são os elétrons saindo do terminal
negativo e indo para o positivo, entretanto, na prática, adota-se o sentido do fluxo de
elétrons saindo do positivo para o negativo. A unidade de corrente elétrica é o
ampère (A) e nas equações geralmente é designado pela letra I (Souza, 2016).
Um circuito elétrico é a ligação de elementos como resistores, capacitores,
geradores entre outros. Um circuito elétrico em série, como o próprio nome já diz é
um circuito com duas ou mais cargas que estão sendo alimentadas em série uma
com a outra, ligadas em sequência, havendo apenas um único caminho para a
8

passagem de corrente elétrica. O circuito em paralelo também é composto por duas


ou mais cargas, porém diferente do circuito em série, todas essas cargas possuem o
mesmo ponto em comum, ou seja, há um ponto de derivação para todas elas,
fazendo com que o fluxo da corrente elétrica separe proporcionalmente para cada
carga, de acordo com o valor de sua resistência.

2. OBJETIVO DO EXPERIMENTO

A ciência e a engenharia se fundamentam em medições e comparações.


Portanto, é primordial estabelecer de que formas as grandezas devem ser medidas,
pois um dos propósitos da engenharia é projetar e executar experimentos (Halliday
et al, 2012).
Os objetivos desse experimento são:
 Investigar as múltiplas funções do multímetro;
 Explorar a performance do amperímetro, voltímetro e ohmímetro;
 Realizar medidas de corrente elétrica, tensão e resistência, bem como
de suas incertezas, respectivamente.

3. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL

Procedimento Experimental
1) Procedimento A: Para medir a resistência elétrica dos resistores
fornecidos seguiram-se os procedimentos abaixo.
a) Ligaram-se os fios do multímetro, como ilustra a figura 1, nas entradas “Ω”
e “COM” do multímetro para poder utilizar a função OHMÍMETRO. Ademais, se
utilizaram as seguintes escalas de: ‘20MΩ’, ‘2MΩ’, ‘20KΩ’, ‘2000Ω’ e ‘200Ω’.
b) Conectaram-se os terminais do multímetro nos pontos para medir a
resistência (extremidades do resistor);
c) Mediram-se as resistências dos resistores disponíveis na bancada,
(‘1000Ω’, ‘4700Ω’ e ‘220Ω’ respectivamente), bem como, tomamos nota dos valores
e suas respectivas incertezas na tabela 1.
9

Figura 1: Multímetro - DIGITAL MULTIMETER ET-2082C

2) Procedimento B: Para medir a tensão elétrica em um circuito,


conectaram-se os terminais do voltímetro diretamente sobre os pontos para valorar a
tensão (utilizaram-se conectores jacaré). Seguiu-se o procedimento abaixo para
medir a tensão fornecida por diferentes associações de pilhas.
a) Conectaram-se os fios do multímetro nas entradas “Ω” e “COM” para
utilizar a função VOLTÍMETRO, bem como, foi selecionado a escala de ‘2V’ e ‘20V’;
b) Acoplaram-se os terminais do multímetro nas extremidades da pilha;
c) O procedimento foi repetido medindo as tensões nas extremidades das
pilhas em série (2 e 3 pilhas em série), conforme expostas na figura 2, tomamos
nota dos valores e suas respectivas incertezas na tabela 2.

Figura 2: Pilhas
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3) Procedimento C: Para mensurar a corrente elétrica, é necessário garantir


que a corrente circule por todo o interior do instrumento. Assim, seguiu-se o
procedimento abaixo para medir a corrente que atravessa diferentes elementos do
circuito.

3.1) Procedimento C1:

a) Encaixaram-se os cabos do multímetro na função amperímetro (“A” e


“COM”);
b) Montou-se um circuito composto por um resistor de 1000Ω em série com
a fonte de corrente contínua. Posteriormente, conectaram-se os terminais do
multímetro nos pontos onde se desejava medir a corrente (entre a fonte e o resistor);
c) Escolhou-se com cuidado a escala de corrente adequada (200 mA) no
multímetro e foi avaliado se os fios estavam na entrada correta do multímetro
(“µA/mA”);
e) Ligou-se a fonte de tensão e selecionando-se a função corrente elétrica; f)
Com o auxílio dos controles “COARSE” e “FINE” foi aplicado uma corrente de
‘0,020’; g) Mediu-se a corrente do circuito e foi anotado seus valores e suas
respectivas incertezas na tabela 3;
i) Repetiu-se esse procedimento para a escala de ‘20’ do multímetro
(certificando-se que os fios estavam conectados na entrada correta do multímetro,
“10A”).

Figura 3: Resistores
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3.1) Procedimento C2

j) Montou-se o circuito na protoboard, como ilustra a figura 4, considerando


‘R1 = 1000Ω’, ‘R2 = 4700Ω’ e ‘R3 = 220Ω’, vide figura 3. Repetiu-se todo o
procedimento para o circuito, conforme figura 5, aplicando uma tensão de ‘3V’ na
fonte. Por último, obtiveram-se o valor das correntes que circulam cada um dos
resistores (pontos 1, 2 e 3), bem como a corrente total fornecido pela fonte (ponto 4),
e anotou-se os valores na tabela 4.

Figura 4: Protoboard

Figura 5: Modelo de circuito com fonte de tensão e resistores


12

4. DADOS E ANÁLISE DOS DADOS

Com valores coletados no decorrer do experimento, construímos tabelas


para melhor relacionar os resultados de cada parte do procedimento:
Tabela 1: Procedimento A - Medida da resistência utilizando diferentes
escalas do multímetro

Resistor
R ± ΔR R ± ΔR R ± ΔR R ± ΔR R ± ΔR
(20 MΩ) (200kΩ) (20 kΩ) (2000 Ω) (200 Ω)

1 (1 ± 0,5% kΩ) 0,00 ± 0,00 0,9 ± 0,072 0,99 ± 0,079 0,995 ± 0,079 OL

2 (4,7 ± 0,5% kΩ) 0,00 ± 0,00 4 ± 0,32 4,67 ± 0,37 OL OL


3 (0,22 ± 0,5%
kΩ) 0,00 ± 0,00 0 ± 0.003 0.21± 0,016 0,218 ± 0,017 OL
ΔR = Variação da Resistência

Tabela 2: Procedimento B

Circuito
V ± ΔV (V)
1 pilha (1,5V) 1,457 ± 0,0073 V
2 pilha (1,5+1,2)V 2,14 ± 0,012V
3 pilha (1.5+1,5+1,2)V 3,56 ± 0,00178 V
ΔV = Variação da Tensão

Tabela 3: Procedimento C1

I ± ΔI (200 mA) I ± ΔI (20 A)


20 ± 0,008 0±0
ΔI= Variação da Corrente

Tabela 4: Procedimento C2

Ponto I ± ΔI (mA)
1 3 ± 0,008
2 0,6 ± 0,0048
3 13,4 ± 0,0010
4 16,9 ± 0,0013
ΔI = Variação da Corrente
13

Figura 6: Código de cores dos resistores

.
14

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Pela Tabela 1, observa-se que os valores coletados do resistor 1, 2 e 3


estão próximos aos teóricos, obtidos no código de cores dos resistores (Figura 1).
Analisando a Tabela 1 constata-se que a escala ideal para a coleta de dados é a
menor escala que apresenta valores reais, sendo a que dá maior precisão aos
resultados. Após certo valor o multímetro apresenta um erro caracterizado por ‘’OL’’,
apresentado no display, isso significa que o valor utilizado como comparação do
multímetro, não pode mais ser igualado ao circuito, assim impossibilitando a leitura.
Esse erro é desprezível, levando em conta a precisão já alcançada.
Na medida de tensão elétrica em um circuito, Tabela 2, observa-se que o
menor circuito (apenas 1 pilha) foi o mais próximo ao valor esperado, e no circuito
onde foi colocado 3 pilhas em série houve uma medição mais equivocada.
No procedimento C1 em que foi medido a corrente elétrica observou-se que
a escala utilizada para medir foi muito grande impossibilitando obter o valor
esperado.
Pela tabela 4, observou-se que no ponto 4 foi medido a corrente total
passada no circuito e que esta corrente se divide pelos pontos 1, 2 e 3. Os dados
coletados indicam que passam correntes diferentes em cada ponto, pelo fato da
capacidade de cada resistor.
O cálculo do erro em todas as medidas utilizando o multímetro foi obtido
através de valores tabelados de precisão no manual de instruções do multímetro
DIGITAL MULTIMETER ET-2082C.

5.1. Tratamento dos dados

1) A medida de tensão DC do multímetro DIGITAL MULTIMETER ET-2082C,


é realizada inicialmente posicionando a chave rotativa em uma das faixas de tensão
desejada; conectando as pontas de prova no terminal de entrada COM (entrada
negativa) e outro no Terminal de Entrada VΩHz (entrada positiva), colocando em
paralelo com o ponto a ser medido.
Medidas de Resistência DC do multímetro DIGITAL MULTIMETER ET-
2082C, é realizada inicialmente posicionando a chave rotativa em uma das faixas de
resistência desejada; conectando-o as pontas de prova no terminal de entrada COM
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(entrada negativa) e outro no Terminal de Entrada VΩHz (entrada positiva),


conectando uma em cada lado da peça. Nota: As pontas de prova podem adicionar
0.1Ω a 0.2Ω de erro na medida de resistência.
Medida de Corrente DC do multímetro DIGITAL MULTIMETER ET-2082C, é
realizada inicialmente posicionando a chave rotativa em uma das faixas de corrente
desejada; conectando as pontas de prova no terminal de entrada COM (entrada
negativa) e outro no Terminal de Entrada VΩHz (entrada positiva) ou em casos de
medidas de 20A deve-se usar o terminal de entrada de 20A, colocando em série
com o ponto a ser medido. Nota: Antes de conectar o instrumento em série com o
circuito para a medida de corrente, desconecte a alimentação e descarregue todos
os capacitores de alta tensão
2) O cálculo de incerteza em instrumentos analógicos é usualmente utilizado
levando em conta a metade da menor medida, assim estabelecendo um padrão
para bons instrumentos analógicos calibrados e aferidos como por exemplo um
paquímetro; para o cálculo de incerteza em instrumentos digitais é utilizado um
incremento digital, que se refere a variação do último digito de leitura e isso pode ser
encontrado nos manuais do instrumento utilizado, como por exemplo o multímetro.
3) O multímetro apresenta diferentes tipos de escalas para facilitar os
possíveis cálculos futuros apresentando o valor numérico da grandeza de medida.
Com a escolha da escala correta não é necessário o cálculo de conversões, sendo
assim, é muito importante para facilitar as multiplicações, além de proporcionar uma
menor quantidade de erros.
4) Na pratica não é possível medir a corrente e tensão simultaneamente do
resistor, pois quando medimos em um amperímetro e um voltímetro a mesma
corrente e tensão medida não é a esperada em uma situação ideal como analisamos
neste experimento.
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6. CONCLUSÃO

Os resistores dos quais mediu-se a resistência se mostraram próximos aos


valores teóricos obtidos pela tabela de código de cores de resistores. A escala ideal
para coleta de dados foi a menor escala, que apresentou maior precisão das
medidas.
A tensão elétrica do circuito com apenas uma pilha apresentou um resultado
mais próximo do esperado ao utilizar a menor escala, já o circuito com três pilhas
não apresentou bons resultados ao se afastar do valor esperado.
Na medição de corrente elétrica a escala grande não possibilitou realizar a
medida do procedimento C1. Cada ponto do circuito do procedimento C2 apresentou
uma corrente elétrica, quanto menor o valor da resistência, maior era o valor obtido
de corrente elétrica.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Souza, Fabio. 2016. LEI DE OHM: TENSÃO, CORRENTE E RESITÊNCIA.


Disponível em: <https://www.embarcados.com.br/tensao-corrente-e-resistencia-
eletrica/>. Acessado em 31/08/2019 às 21:00h.

Mundo da Elétrica.2018. LEI DE OHM. Disponível


em:<https://www.mundodaeletrica.com.br/lei-deohm/>. Acessado em 31/08/2019 às
20:30h.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 9ª.


ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC.

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