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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL


INSTITUTO DE FÍSICA

EXPERIMENTO 1 – USO DO MULTÍMETRO

ADRIELLE KAROLINE DO NASCIMENTO SILVA (12211ECV032)


ARTHUR CUNHA PENA (12211ECV010)
GABRIEL ARANTES PEIXOTO LUNARTI (12211ECV007)
TUÃ CHAVES DE OLIVEIRA (12211ECV019)

FEVEREIRO DE 2024
UBERLÂNDIA, MG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL
INSTITUTO DE FÍSICA

EXPERIMENTO 1 – USO DO MULTÍMETRO

Adrielle Karoline do Nascimento Silva, Arthur Cunha Pena, Gabriel Arantes Peixoto Lunarti,
Tuã Chaves de Oliveira

Resumo
O multímetro, ferramenta vital em eletricidade, é fundamental para análises em circuitos
elétricos. Este relatório aborda a revisão teórica de conceitos elétricos, os objetivos do
experimento, o procedimento experimental e os resultados obtidos. Os objetivos visam
medições elétricas, incluindo resistência, tensão e corrente em resistores e lâmpada. O
procedimento detalha o uso do multímetro, destacando precauções. Resultados revelam
coerência entre valores teóricos e experimentais, ressaltando a proporcionalidade entre tensão
e corrente. O experimento reforça a importância do multímetro na análise de grandezas
elétricas, contribuindo para a formação em engenharia civil.
Palavras-chave: Multímetro, Resistência, Tensão, Corrente Elétrica, Componentes experimentais.
Sumário

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 3
3. REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................................. 4
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................................. 5
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................................... 7
6. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 9
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1. INTRODUÇÃO

O multímetro é uma ferramenta de teste essencial na eletricidade e magnetismo,


principalmente quando o objetivo é fazer análises e medição de grandezas em circuitos
elétricos. Por isso, é muito utilizado por profissionais que atuam com sistemas elétricos, já que
este aparelho mede tensão, resistência e corrente elétrica. Além de desenvolver papel educativo
para estudantes no entendimento dos princípios fundamentais, visto que a má manutenção deste
aparelho pode trazer ricos as pessoas que o utilizam.
Quando se trata de magnetismo, o multímetro mais recente tem a capacidade de medir
campos magnéticos. Já na eletricidade, usa-se muito esta ferramenta a fim de medir tensão
elétrica, isto é, diferença de potencial elétrico entre dois pontos.
Sendo assim, é possível correlacionar eletricidade e magnetismo para entendimento do
comportamento de circuitos elétricos e componentes magnéticos. Deste modo, com o uso do
instrumento, é possível obter a tensão em Volt (V), corrente em Ampère (A) e resistência em
ohm (Ω), que são as unidades mais comuns.
A ferramenta discutida oferece métodos precisos e eficazes para garantir o
funcionamento de sistemas complexos, sendo usada para testar circuitos, realizar medições e
ainda diagnosticar falhas.
Assim, para melhor compreensão do leitor, esse relatório foi organizado na seção de
objetivos, que direciona a análise dos dados experimentais; na seção revisão de literatura, em
que é apresentada a fundamentação teórica para conceber o uso do mult ímetro; na seção
procedimento experimental, na qual há a descrição dos passos; na seção resultados e discussões,
para o tratamento dos dados e construção de tabelas e gráficos que descrevem as medições
elétricas; além da seção de conclusão, para concluir se o objetivo foi alcançado.
Espera-se, portanto, determinar as medições elétricas obtidas na lâmpada e resistores
apresentados.

2. OBJETIVOS

Essa prática busca realizar medições elétricas com o auxílio de um multímetro e suas
diferentes funcionalidades. Os equipamentos do experimento foram: um multímetro, uma fonte,
três resistores e uma lâmpada. As medições englobam diferentes grandezas como resistência
elétrica, tensão contínua e corrente contínua, exigindo atenção na montagem dos equipamentos
e circuitos, compreendendo a utilidade dos equipamentos e suas aplicações.
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3. REVISÃO DA LITERATURA

A priori se estuda a eletricidade e magnetismo na perspectiva das partículas em estado


estacionário, o que se costuma denominar por eletrostática. Após esse estudo inicial, é preciso
preocupar-se em descrever a físicas das partículas carregadas em movimento, constituindo as
correntes elétricas. Tais conceitos são descritos por Halliday, et al (2009):
As atividades modernas dependem dessas correntes para transportar informações. Por
isso, compreender sua definição e a capacidade variável dos materiais em conduzi-la é vital.
Nesse sentido, a corrente elétrica i em um condutor é definida pela equação:

I = dq/dt (01)

Em que, dq é uma parcela de uma carga carregada positivamente que ultrapassa um


plano hipotético de uma seção de um condutor ao longo de um intervalo dt. Por convenção,
adota-se o sentido do movimento das cargas positivas como o sentido positivo da corrente.
Mesmo que, sabe-se que o sentido real é o das cargas negativas, correspondentes aos elétrons,
os quais, normalmente são os percussores dessa condução.
Assim, a unidade no SI para essa grandeza é o Ampère (A): 1A = 1 C/s.
Sabe-se que é necessária uma diferença de potencial, isto é, o movimento de cargas em
um sentido tem que ser maior que as condições de equilíbrio eletrostático dos corpos.
Ao se aplicar a mesma diferença de potencial às extremidades de corpos de materiais
diferentes, a condução da corrente será diferente. Isso acontece por causa da resistência elétrica,
que é medida durante a aplicação de uma ddp (V) entre os pontos dessas extremidades e
registrada a corrente i resultante. Dada por:

R = V/i (02)

Sua unidade no SI é volt por ampère ou, mais usual, 1 ohm (Ω). Tal propriedade é
utilizado em circuitos como um tipo de condutor chamado de resistor.
Esse caso é aplicado para o corpo inteiro, quando se precisa definir essa razão num ponto
específico, analisa-se a influência do campo elétrico em razão da densidade de corrente, a qual
oferece a resistividade do material. Sutil diferença, em que a resistência está relacionada ao
corpo, e a resistividade, ao material.
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No contexto experimental para definir essas propriedades, surgiram instrumentos de


medidas auxiliares.
O amperímetro é usado para medir correntes, inserido em série no circuito para que
esteja sujeito a corrente interna, por isso deve possuir uma resistência muito baixa a fim de
evitar perda de corrente por dispersão de calor.
O voltímetro, por sua vez, é o instrumento para medir diferenças de potencial. Utilizado
em paralelo ao circuito, ou a pontos desejados, com uma resistência elevada, para que ele não
conduza corrente por seu material.
Existem medidores que podem ser usados como esses dois instrumentos, ou ainda como
ohmímetro, um aparelho que mede a resistência do elemento ligado entre seus terminais ,
Instrumentos conhecidos como multímetros.
Com essa revisão da teoria, é possível proceder o ensaio corretamente, conforme
indicado a seguir.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O procedimento experimental baseia-se na utilização do multímetro, instrumento de


medidas elétricas que permite fazer medições de tensões elétricas (ddp), intensidades de
corrente e resistência elétrica utilizando apenas um instrumento. Existem multímetros mais
modernos que permitem realizar medidas de outras grandezas como temperatura, capacitância,
indutância, frequência e entre outras medidas.
O modo de usar o multímetro é simples. Existem duas pontas de provas, uma preta e
outra vermelha. A ponta de prova preta deve ser conectada no ponto do multímetro indicada
com a sigla “COM”, comumente conhecida como “terra”. A ponta de prova vermelha pode ser
ligada em qualquer uma das duas outras entradas presentes, entretanto, na maioria das vezes as
medidas são realizadas com a ligação indicada no ponto como V-Ω-mA.
O multímetro convencional apresenta três possibilidades de medições de grandezas
elétricas, que são selecionadas a partir de uma chave rotativa. A seção V mede tensão elétrica,
a parte Ω, por sua vez, realiza a medição de resistência, já em mA são realizadas medições de
corrente elétrica. Também é possível selecionar a medição de tensões em corrente alternada ou
corrente contínua.
O ohmímetro é o instrumento do multímetro utilizado para fins de medida de resistência
elétrica. Para selecioná-lo, deve-se colocar a chave rotativa na posição referente ao símbolo Ω,
escolhendo o menor fundo de escala. Em seguida, é conectado as pontas de prova preta e
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vermelha nas entradas GND e V-Ω-mA. Sua outra extremidade é levada ao dispositivo ou
componente em qual se deseja realizar a leitura, colocando as pontas de prova sempre em
paralelo com a resistência. Caso a leitura do mostrador indicar apenas o número 1, significa que
o valor medido está acima da escala selecionada no multímetro, logo, deve-se girar a chave para
uma escala superior que permita a leitura correta da resistência.
O voltímetro, por sua vez, registra diferenças de potenciais (ddp), ou seja, a diferença
entre energia potencial elétrica entre dois pontos. Existem dois tipos de tensões, a contínua e a
alternada. Ambas medidas são realizadas com as conexões do multímetro em paralelo, haja
visto que o voltímetro ideal apresenta resistência interna infinita, logo não interferindo no
circuito. Ele também apresenta diversas escalas para sua utilização e para garantir a segurança
do aparelho, seleciona-se a escala com maior fundo de escala possível, impedindo que possíveis
danos possam ocorrer no aparelho.
Já o amperímetro, realiza medições de corrente elétrica. Ou seja, o movimento ordenado
de cargas elétricas e sua unidade utilizada é o ampère (A). O amperímetro deve ser posicionado
em série no circuito, logo deve possuir uma resistência interna muito baixa, de modo que a
corrente a ser medida não seja alterada devido a resistência do aparelho.
No começo de medição do amperímetro, deve-se também selecionar a maior corrente
de fundo de escala, para que não haja danos nos aparelhos. Caso o amperímetro seja ligado em
paralelo ao circuito, um curto-circuito ocorrerá. Também pode ser necessário alterar a escala,
caso a leitura indique valores inferiores a 0,2 A, rotaciona-se a chave seletora para outra posição
de escala a fim de obter uma leitura com maiores informações.
A primeira parte do experimento baseia-se na montagem para medição de resistência
elétrica. Três resistores e uma lâmpada são utilizados na prática. Primeiramente, rotaciona-se a
chave seletora do aparelho para a seção de ohmímetro. É conectado as pontas de provas no
multímetro e no componente a ser medido.
Posteriormente, é realizado a segunda montagem do experimento prático, na qual é feita
a medida de tensão. Para isso, é necessário a utilização de uma fonte de tensão que forneça
tensão contínua e que permita ajustes conformes necessários pelo usuário. Como medida de
segurança, os terminais positivos e negativos da fonte são conectados no multímetro e nos
componentes com a fonte ainda desligada. A fonte externa é ajustada para o valor de 10 V. Os
valores obtidos de tensão dos componentes durante o experimento devem ser anotados.
Por fim, realiza-se a medição de corrente contínua. Como existe o risco de danos, é
necessário medidas de segurança a fim de evitar problemáticas. Deve-se montar um circuito
elétrico com o último componente, a lâmpada, sem ligar o amperímetro. Após, rotaciona-se o
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botão da fonte sentido anti-horário com o objetivo de zerar o valor da tensão 0 V. Depois de
realizar as medidas de segurança, liga-se a fonte externa e o valor é ajustado até 12 V. Durante
esse processo, nota-se que o brilho da lâmpada irá aumentar ao decorrer do aumento do valor
de tensão.
Por fim, mede-se a corrente elétrica que caminha pelo circuito. A fonte é desligada e um
dos fios que estão conectados na lâmpada será conectado no multímetro ajustado na seção de
amperímetro. Com outro fio, é necessário ligar o outro terminal do multímetro ao borne que foi
desconectado da lâmpada. A fonte deverá ser ligada novamente e o multímetro apresentará
valor de corrente.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao seguir os procedimentos citados anteriormente, pode-se obter dados proporcionais


aos componentes experimentados. Nesse relato, insere-se os dados obtidos para alguns
resistores e uma lâmpada, para as quais se variou as medidas de resistência, diferença de
potencial e correte.

Tabela 1: Dados de resistência dos condutores utilizados.

Medidas das Resistências


Resistência Teórico Experimental
R1 1 kΩ 997 Ω
R2 10 kΩ 9,82 kΩ
R3 4,7 kΩ 4,65 kΩ
R4 (Lâmpada) 17,8 kΩ

Fonte: acervo dos autores.

Observa-se que o componente R4, lâmpada, possui a maior resistência, ou seja, maior a
quantidade de energia dissipada por calor. Informação verídica, haja visto que a lâmpada
necessita dissipar energia em forma de calor para iluminar. Também é evidenciado que os
valores experimentais obtidos estão de acordo com o erro de 5% declarado pelos fabricantes
dos componentes utilizados.
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Tabela 2: Comparativo entre os dados de tensão teórica e experimental do resistor escolhido.

Leitura da tensão (resistor de 10 kΩ)


V_teórico (V) V_exp (V)
10 10,07
8 8,04
6 6,08
4 3,97
2 2,01

Fonte: acervo dos autores.

Os valores de tensão para a resistência de 10 kΩ descrita pelo fabricante, também


comprovam a veracidade das tensões teóricas. As discrepâncias existentes entre os valores
exatos e os experimentais ocorrem devido à resistência apresentar erro de 5%, ou seja, não
apresenta necessariamente 10 kΩ

Tabela 3: Comparativo entre os dados da corrente teórica e experimental da lâmpada.

Dados lâmpada
V_teórico (V) A_exp (mA)
2 24,4
4 35,8
6 45,9
8 53,6
10 60,5

Fonte: acervo dos autores.

No cálculo de corrente elétrica na componente lâmpada, evidencia-se claramente a


proporcionalidade descrita na equação 𝑈 = 𝑅 . 𝐼 , na qual a resistência é uma constante, e os
valores de tensão e corrente são diretamente proporcionais. Logo, quando existe um aumento
de tensão ddp, ocorrerá um aumento do valor de corrente elétrica.
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Tabela 4: Comparativo entre os dados da corrente teórica e experimental do resistor.

Dados resistor
V_teórico (V) A_exp (mcroA)
2 202
4 387
6 600
8 794
10 994

Fonte: acervo dos a utores.

Observa-se que o componente R2 (resistência) que apresenta dados de resistência


experimental de 9.82 kΩ e valores experimentais de corrente elétrica são coerentes aos valores
previstos pela fórmula pela fórmula 𝑈 = 𝑅 . 𝐼.

6. CONCLUSÕES

Portanto, tem-se fixado, após a realização desta prática, o manejo correto do multímetro
para obtenção das medições de grandezas elétricas, assim como, a aplicação da teoria estudada
anteriormente. Além do mais, a importância dos procedimentos executados permitiu uma
análise detalhada da medição de resistência elétrica, tensão contínua e corrente contínua, o que
contribuiu para o aprimoramento técnico necessário para a realização da atividade. Tal
desenvolvimento é de extrema importância, já que as habilidades desenvolvidas durante esta
prática são essenciais para a formação acadêmica e para o sucesso profissional futuro na
engenharia civil, enfatizando a importância da aplicação prática do conhecimento na resolução
de problemas reais.

REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D.; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da Física. Rio de Janeiro: LTC, 2009, v. 3.

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