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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIA

ALDRIN SILVA, CARLOS PATRICK, ANDREY


MORAES, DAVI FURTADO e PAULO JHEFTE

RELATÓRIO AVALIATIVO DA DISCIPLINA DE


LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE

ANANINDEUA PA, 2023


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ALDRIN SILVA, ANDREY MORAES, CARLOS


VILHENA, DAVI FURTADO e PAULO JHEFTE.

Relatório técnico apresentado como


requisito para obtenção de aprovação
na disciplina laboratório de
eletricidade, no curso de engenharia de
energia, na Universidade Federal do
Pará.

Prof. Oswaldo

ANANINDEUA PA, 2023


SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................. 4

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4

2 OBJETIVO GERAL............................................................................................. 5

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 5

2.2 METODOLOGIA .............................................................................................. 5

3. TÓPICOS DAS AULAS .................................................................................... 10

3.1 AMPERÍMETRO ............................................................................................ 10

3.2 ERRO DE PARALAX ..................................................................................... 10

3.3 VOLTÍMETRO ............................................................................................... 10

4 ATIVIDADE PRÁTICA .................................................................................... 11

5 CONCLUSÕES ................................................................................................... 20

6 REFERENCIAS .................................................................................................. 21
RESUMO
O relatório fornece uma visão geral das atividades realizadas na disciplina de Laboratório de
Eletricidade, destacando a importância dos instrumentos de medição, a precisão dos
multímetros digitais em comparação com os analógicos e os efeitos temporários da introdução
de uma corrente adicional em componentes eletrônicos, como o LED. Neste documento
também será possível entender um pouco sobre os assuntos citados e vistos dentro do
laboratório, consequentemente, as atividades serão relatadas de maneira comparativa como no
caso da medição de resistência dos resistores e a explicação do funcionamento de alguns
componentes de circuitos, como o diodo.
O seguinte relatório também ressalta a importância dos amperímetros e voltímetros na medição
de corrente elétrica e tensão, assim como, os tipos de amperímetros (analógicos e digitais),
ressaltando suas diferenças e aplicabilidades, mencionando também o conceito de erro de
paralaxe e explicando como funciona a tabela de cores de resistores.
1. INTRODUÇÃO
A disciplina de laboratório de eletricidade é um componente
fundamental no curso de Engenharia de Energia, oferecendo aos estudantes uma
experiência prática valiosa para complementar o conhecimento teórico
adquirido em sala de aula. Essa disciplina desempenha um papel crucial ao
proporcionar um ambiente controlado onde os alunos podem aplicar e consolidar
os conceitos teóricos aprendidos, além de desenvolver habilidades essenciais
para o exercício da profissão.
Proporcionando uma imersão prática nos princípios e técnicas
fundamentais da eletricidade, ela aborda componentes básicos sobre
eletricidade, tais como, amperímetros, voltímetros, capacitores e resistores,
assim como diodos, mostrando sua base teórica e funcionalidades em um
circuito elétrico, levando a prática de medições de corrente e tensão.
Devido a necessidade de tecnologias que facilitassem certas pesquisas
e experimentos, surgiu o galvanômetro, que consiste em uma bobina móvel
suspensa entre os polos de um ímã que pode girar em torno de seu eixo. Quando
conectado a um circuito elétrico, a corrente na bobina cria um campo magnético.
A interação deste campo com o campo magnético do ímã cria um torque que faz
a bobina girar. Sabemos que o galvanômetro é base para os nossos amperímetros
e voltímetros analógicos,
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2 OBJETIVO GERAL
O objetivo geral deste documento é relatar os assuntos, roteiros, atividades e aulas
seguidas no laboratório de física, local este onde é ministrada a disciplina de laboratório de
eletricidade pelo docente, Professor Oswaldo.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Durante as aulas o docente nos apresentou vários conceitos introdutórios relacionados
ao laboratório de eletricidade, a circuitos elétricos e ao manuseio de alguns aparelhos para
medição de corrente e tensão. Visto isso, o docente passou um conjunto de atividades usando
resistores, capacitores, led e diodo, logo, estes assuntos serão comentados e relatados,
acontecendo o mesmo com as atividades.

2.2 METODOLOGIA
Foi empregada a metodologia-cientifica onde viu-se na prática os fenômenos e logo em seguida,
foram-se testados e comparados com dados teóricos obtidos a partir de diversos autores do ramo
físico que foram citados durante a aula, assim como observações feitas pelo professor.
3. TÓPICOS DAS AULAS
3.1 AMPERÍMETRO
O primeiro assunto abordado dentro do laboratório foi sobre o amperímetro, onde foi dito que,
ele é um dispositivo utilizado para medir a corrente elétrica em um circuito elétrico. Ele é
projetado para medir a corrente em amperes (A) e é conectado em série com o circuito, ou seja,
a corrente flui através do amperímetro para que ele possa medir a intensidade da corrente.
Amperímetros são comuns em eletrônica, eletricidade residencial e em muitas outras aplicações
onde é importante medir e controlar a corrente elétrica.
Explanando um pouco mais, foi mostrado a turma os dois tipos de amperímetros que existem:
Multímetro Analógico: Este tipo de amperímetro utiliza um ponteiro que se move ao longo de
uma escala graduada para indicar o valor da corrente elétrica. O ponteiro é movido por um
galvanômetro, que é um dispositivo sensível à corrente elétrica. Amperímetros analógicos são
úteis para leituras rápidas e gerais da corrente, mas podem ser menos precisos do que os digitais.
Multímetro Digital: Os amperímetros digitais usam um display digital para mostrar o valor
numérico da corrente elétrica. Eles geralmente possuem funções adicionais, como a capacidade
de medir correntes alternadas (CA) e contínuas (CC), alguns mais tecnológicos possuem a
capacidade de armazenar dados e executar cálculos. Os amperímetros digitais tendem a ser mais
precisos e versáteis do que os analógicos.

3.3 VOLTÍMETRO
Um voltímetro é um dispositivo de medição elétrica usado para medir a diferença de potencial
elétrico, comumente chamada de tensão ou voltagem, em um circuito elétrico ele deve ser
conectado em paralelo. A tensão é uma medida da energia elétrica potencial entre dois pontos
em um circuito e é geralmente medida em volts (V).
Assim como os amperímetros, os voltímetros também podem ser divididos em dois tipos
principais:
Multímetro Analógico: Os multímetros analógicos usam um ponteiro móvel que se move ao
longo de uma escala graduada para indicar o valor da tensão elétrica. Esses instrumentos são
frequentemente usados quando se deseja uma leitura rápida e geral da tensão, mas eles podem
ser menos precisos em comparação com os voltímetros digitais.
Multímetro Digital: Os multímetros digitais usam um display digital para mostrar o valor
numérico da tensão elétrica. Eles são mais precisos e versáteis do que os voltímetros analógicos.
Além de medir tensões contínuas (CC) e alternadas (CA), muitos voltímetros digitais também
têm funções adicionais, como a capacidade de medir resistência elétrica (ohmímetro).
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3.2 ERRO DE PARALAX


Durante as explicações sobre o amperímetro analógico e o galvanômetro, o professor ressaltou
um ponto curioso presente no equipamento, próximo de sua agulha indicadora existe um
espelho e logo nos foi explicado um pouco sobre o erro de paralaxe.
O erro de paralaxe é um fenômeno que ocorre quando a posição do observador afeta a leitura
de um instrumento de medição, como um amperímetro ou um voltímetro. Isso acontece quando
o observador não está posicionado diretamente em linha com o indicador (geralmente uma
escala ou um ponteiro) do instrumento.
Na prática, quando você olha para um instrumento, como um amperímetro analógico, de um
ângulo ligeiramente diferente, a posição aparente do ponteiro pode mudar, levando a uma
leitura imprecisa. Para obter leituras precisas, é importante observar o instrumento de um
ângulo em que o indicador esteja diretamente alinhado com a marcação apropriada na escala,
minimizando assim o erro de paralaxe.
Para evitar o erro de paralaxe, muitos instrumentos são projetados com recursos que ajudam o
observador a alinhar corretamente sua visão, como por exemplo, o espelho no amperímetro

4 ATIVIDADE PRÁTICA
Fig. 1 - equipamentos utilizados para as atividades.

Fonte: autor.
Foram utilizados, 3 resistores, 1 potenciômetro, 1 diodo, 1 led, 1 capacitor, 2 multímetros sendo
um digital e outro analógico e uma placa protoboard.
Para a inicialização dos experimentos, utilizou-se uma tabela de código de cores.
A tabela de cores de resistores é um sistema utilizado para identificar o valor da resistência
elétrica de um resistor por meio das cores das faixas impressas em seu corpo. Cada cor
representa um número ou um valor específico, e as faixas são organizadas de acordo com um
padrão.
A primeira faixa representa o primeiro dígito do valor da resistência. Cada cor corresponde a
um número.
A segunda faixa representa o segundo dígito do valor da resistência, da mesma forma que a
primeira faixa.
A terceira faixa representa o fator multiplicador que é aplicado aos dois primeiros dígitos para
obter o valor da resistência. As cores representam potências de 10.
A quarta faixa indica a tolerância da resistência, ou seja, o quão próximo o valor real do resistor
pode estar do valor nominal.

Fig. 2 – código de cores.

Fonte: https://www.tecnotronics.com.br

Tem-se três resistores, sendo o primeiro de 100Ω no qual a sua cor era composta por somente
verde, com um multímetro analógico, com o multímetro verificou-se a resistência do resistor
verde.
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Fig. 3 – multímetro analógico marcando 80Ω no resistor verde.

Fonte: autor.
Constatou-se 80Ω no multímetro analógico, há 20Ω de diferença para o valor real. Essa
diferença pode ser explicada, pela precisão do voltímetro, pelo erro de paralaxe como foi visto
no laboratório, por conta de seus ponteiros ou até mesmo erro humano na medição. Para efeito
de comparação também foi verificado no multímetro digital, onde verificou-se 90Ω.
Bem próximo do valor real descrito no resistor verde.
Fig. 4 - multímetro digital medindo 0,09KΩ no resistor.

Fonte: autor.
É mais vantajoso usar o multímetro digital comparado ao analógico, pois não há erro de
paralaxe, logo a visualização dos resultados é melhor e mais prática.
Em seguida usou-se o segundo resistor com as seguintes cores: azul, cinza, preto e dourado e
com o código de cores, constatou-se que a sua resistência é de 68Ω. Para verificarmos este
valor, usou-se o multímetro analógico e o digital
Fig. 5 - multímetro analógico medindo 55Ω no segundo resistor de 68Ω.

Fonte: autor.
Por um descuido, colocou-se a mão junto as ligações de medição, fazendo com que haja uma
diferença na resistência medida pelo multímetro, pois o corpo humano também apresenta uma
certa resistência elétrica.

Fig. 6 – multímetro digital medindo 67,8Ω no segundo resistor de 68Ω.

Fonte: autor.
Obteve-se uma precisão extremamente grande com o multímetro digital, cerca de 99% em
relação ao valor real obtido pelo código de cores.
Logo após a verificação do segundo resistor, fomos para a verificação do terceiro e último
resistor. Com as seguintes cores: marrom, preto, laranja e dourado e de acordo com a tabela de
código de cores, sua resistência é cerca de 10KΩ ou 10.000Ω. Para a verificação da resistência
do terceiro resistor, usou-se os multímetros analógico e digital.
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Fig. 7 – multímetro analógico medindo 9,5KΩ de um resistor de 10KΩ.

Fonte: autor.
Pelos ponteiros pode-se visualizar cerca de 9,5KΩ, deve ser visto exatamente em frente ao
multímetro, a fim de evitar-se um erro de paralaxe. Para efeitos comparativos, mediu-se com o
multímetro digital.
Fig. 8 – multímetro digital medindo 10,11KΩ em um resistor de 10KΩ.

Fonte: autor.
Apesar da medição ter ultrapassado os 10KΩ de resistência, é totalmente aceitável, pois ainda
se encaixa dentro dos +/- 5% do valor real que a faixa dourada nos diz.
Para a continuação dos experimentos, testamos o diodo componente no qual conduz num
sentido (direto) e não conduz no sentido contrário (conduz, porém, é extremamente baixo).
Fig. 9 – multímetro digital medindo 0,59V no diodo.

Fonte: autor.
Mediu-se a voltagem do diodo, no sentido em que ele conduz eletricidade, testou-se do lado
contrário e percebeu-se que ele não conduzia eletricidade.
Os diodos funcionam como válvulas unidirecionais para o fluxo de corrente devido às
propriedades das junções PN e ao estabelecimento de uma barreira de potencial que impede o
fluxo de corrente na direção reversa. Isso os torna componentes essenciais em eletrônica para
controlar a direção da corrente elétrica em circuitos. Logo em seguida utilizamos um capacitor
de 470µF de 50 V.
Fig. 10 – multímetro medindo cerca de 2,5mV de um capacitor de carga máxima de 50V.

Fonte: autor.
O capacitor tem a capacidade de armazenar energia e quando o sistema precisar, ele
descarregará essa energia armazenada, no próprio sistema. Neste caso, como há apenas 2,5mV,
só irá jogar apenas 2,5mV no sistema.
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Fig. 11 – multímetro analógico medindo cerca 5mV no capacitor.

Fonte: autor.
Utilizamos o potenciômetro, ele é um componente que possui resistência que pode ser ajustada,
podendo atuar como um divisor de tensão.
Fig. 12 – potenciômetro marcando zero na posição inicial.

Fonte: autor.
Com o multímetro pode-se perceber que a sua tensão na posição inicial é igual a zero, a partir
do momento em que ajustamos da sua posição inicial, sua tensão mudará conforme giramos o
seu eixo.
Fig. 13 - potenciômetro marcando 5,14 Volt.

Fonte: autor.
Na posição final, onde não há mais como ser ajustado a tensão máxima atingida foi cerca de
5,14V.
Com a última atividade, utilizamos dois multímetros, um analógico e um digital para vermos a
continuidade no LED.
Fig. 14 - multímetro verificando a continuidade.

Fonte: autor.
Percebeu-se que ao encostar o multímetro digital ao led, uma pequena centelha de luz pôde ser
vista e numericamente, não foi possível obter um resultado, pois, a medição ficou oscilando.
Quando conectado ao multímetro analógico, assim como no digital, utilizando-se a mesma
função de continuidade, conseguimos perceber uma grande diferença, a luz emitida pelo led foi
mais intensa.
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Fig. 15 - led intenso conectado ao multímetro analógico.

Fonte: autor.
Quando você conecta um multímetro analógico com um LED, o próprio multímetro introduz
uma carga muito pequena no circuito. Isso ocorre porque o multímetro analógico usa uma
bobina móvel ou agulha que precisa de uma pequena quantidade de corrente para se mover e
indicar a tensão. Essa corrente é geralmente muito pequena, mas ainda assim afeta o
funcionamento, especialmente quando se lida com dispositivos de baixa potência, como LEDs.
A presença dessa pequena corrente adicional pode resultar em uma diminuição na resistência
efetiva do LED. Isso, por sua vez, pode fazer com que o LED pareça mais brilhante enquanto
o multímetro está conectado. No entanto, esse aumento na luminosidade do LED é temporário
e só ocorre enquanto o multímetro está conectado. Assim que o voltímetro é desconectado, o
LED volta ao seu estado original de operação.
Dessa forma, chegamos à conclusão de que o led fica mais intenso no multímetro analógico do
que no digital, porque a corrente que passará por ele, apesar de pequena é mais forte que no
digital.
5 CONCLUSÕES
A prática laboratorial é um componente fundamental no aprendizado de qualquer disciplina de
Engenharia, especialmente na área elétrica. O engenheiro, ao concluir sua formação,
frequentemente trabalhará em situações do mundo real, onde a aplicação prática de seus
conhecimentos será essencial. A familiaridade com a manipulação de componentes eletrônicos,
circuitos e instrumentação é vital para a resolução de problemas complexos e o
desenvolvimento de soluções inovadoras.
Ela fornece a oportunidade de consolidar a compreensão teórica adquirida em sala de aula,
onde, os estudantes podem visualizar e experimentar diretamente os conceitos que aprenderam,
o que contribui para um entendimento mais profundo e duradouro. Isso também ajuda a
conectar a teoria à prática, tornando o aprendizado mais significativo, ajudando na resolução
de problemas práticos no laboratório e sendo uma excelente maneira de desenvolver a
capacidade de análise, raciocínio lógico e pensamento crítico para garantir que os discentes
estejam adequadamente preparados para o mercado de trabalho e capazes de aplicar seu
conhecimento de maneira eficaz.
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6 REFERENCIAS
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; KRANE, Kenneth S. Física 3. LTC, 1984.

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