Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(ROTEIROS DE PRÁTICAS)
2018
ÍNDICE
Relatório .................................................................. 1
2. Capacitores ............................................................. 13
7. Osciloscópio ........................................................... 59
8. Circuito RC .............................................................. 71
Capa
Objetivos
Material
Introdução
Na introdução cada aluno deve redigir um texto de sua própria autoria sobre a
fundamentação teórica envolvida na prática em questão. Aqui se pretende que o aluno
exercite a habilidade de escrever em linguagem científica. Para redigir a introdução
recomenda-se que o aluno pesquise em manuais, livros-texto e/ou Internet. Não será
tolerada a cópia total ou parcial em nenhuma hipótese. A reprodução de figuras obtidas
de outras fontes é permitida desde que seja citada a fonte devidamente.
1
Procedimento
Questionário
Conclusão
Bibliografia
2
PRÁTICA 1: MEDIDAS ELÉTRICAS
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
1.1 OBJETIVOS
1.2 MATERIAL
- Multímetro digital.
- Três resistores em bases de madeira (R1 = 470Ω, R2 = 1kΩ e R3 = 3,3kΩ)
- Cabos (dois médios e quatro pequenos);
1.3 FUNDAMENTOS
MULTÍMETRO
OHMÍMETRO
O multímetro digital que será utilizado apresenta um ohmímetro com escalas que vão de
600 Ω até 60 MΩ, Figura 1.1.
A escala de 600 Ω deve ser usada para medir resistências de até 600 Ω. A escala de 6 kΩ
deve ser usada para medir resistências entre 600 Ω e 6 kΩ e assim por diante. Quando tentamos
medir uma resistência cujo valor é maior do que o limite da escala utilizada o multímetro fornece
a seguinte leitura: ( OL. ); neste caso você deverá mudar para uma escala maior até obter uma
leitura adequada. Quando uma resistência pode ser medida em várias escalas, você deverá
escolher a menor destas escalas de modo a obter um maior número de algarismos significativos.
3
Figura 1.1. Multímetro digital.
a) Conecte a ponta de prova preta ao terminal “COM” (negativo) e a ponta de prova vermelha
ao terminal “VHzΩ” (positivo). Embora a utilização do ohmímetro seja feita sem distinção
de polaridade, é importante que você adquira o hábito de obedecer sempre a esta convenção.
b) Escolha a escala adequada ao valor da resistência a ser medida.
c) Certifique-se que o resistor medido não está associado a nenhum outro resistor ou fonte.
d) Cuide para que haja um bom contato entre as pontas de prova e os terminais do resistor.
e) Durante a medida não toque nas partes metálicas das pontas de prova, pois a resistência do
seu corpo poderá influenciar na medida.
VOLTÍMETRO
Tensão é a diferença de energia potencial elétrica entre dois pontos, sendo sua unidade volts
(V). Temos dois tipos de tensões, contínua e alternada, que representamos respectivamente por
VDC e VAC.
A tensão contínua é aquela que não muda de polaridade com o tempo, isto é, apresenta um
pólo sempre positivo e o outro sempre negativo. Como exemplo de tensão contínua temos a
tensão fornecidas por pilhas, por baterias e por algumas fontes para aparelhos eletrodomésticos.
Já a tensão da rede elétrica das casas é alternada, variando entre positiva e negativa, cerca de 60
vezes por segundo (60 Hz).
4
Figura 1.2. Voltímetro medindo a tensão sobre o elemento R2. Observe que se o terminal VHzΩ
(+) do voltímetro for ligado a um ponto de maior potencial elétrico do que o terminal COM (-) , o
mesmo fornecerá uma leitura positiva; caso contrário a leitura terá um sinal negativo.
a) Para medir uma tensão, você deve escolher antes de tudo uma escala apropriada. Se você
desconhece a ordem de grandeza da tensão a ser medida, escolha inicialmente a maior escala
(para não danificar o aparelho). Se for necessário diminua a escala para a mais apropriada.
b) As pontas de prova do voltímetro devem ser ligadas em PARALELO com o componente
que se deseja medir a tensão, Figura 1.2.
c) Se a tensão for CONTÍNUA (DC, do inglês direct current ou em português CC, corrente
contínua) escolha uma das escalas que vão de 600 mV a 1000V. Se a tensão for
ALTERNADA ( AC, do inglês alterneted current ) escolha uma das escalas que vão de 6 V a
750 V.
AMPERÍMETRO
Figura 1.3. Amperímetro em operação. Observe que o mesmo deve ser ligado em SÉRIE.
5
Nesta prática usaremos um multímetro digital cujo amperímetro apresenta escalas
diferentes para correntes contínuas ou alternadas. Ao escolher a escala você deve também se
certificar de que as pontas de provas estão conectadas corretamente. Ao terminal “COM”
(negativo) deve ser conectada a ponta de prova preta, entretanto, existem dois terminais onde
conectar a ponta de prova vermelha (positivo). Para a escala de 20 A MAX devemos conectá-la ao
terminal mais a esquerda, para as demais escalas a ponta de prova vermelha deve ser conectada
ao terminal indicado por “mA µA”. Para efetuarmos uma medida cujo valor da corrente nos é
desconhecido, devemos por medida de precaução, colocar a chave seletora numa escala bem alta
e ir diminuindo, até atingir uma escala apropriada.
a) Para medir uma CORRENTE, você deve escolher antes de tudo, uma escala apropriada.
Se você desconhece a ordem de grandeza da CORRENTE a ser medida, escolha
inicialmente a maior escala (para não danificar o aparelho). Se for necessário diminua a
escala para a mais apropriada.
b) As pontas de prova do amperímetro devem ser ligadas em SÉRIE, para isso é necessário
abrir o circuito, Figura 1.3. NUNCA LIGUE O AMPERÍMETRO EM PARALELO!
c) Se a CORRENTE é CONTÍNUA (DC, do inglês direct current ou em português CC,
corrente contínua) escolha uma das escalas que vão de 60 µA a 600 mA ou
separadamente 20 A. Se a corrente for ALTERNADA (AC, do inglês alterneted current)
escolha uma das escalas que vão de 6 mA a 600 mA ou separadamente 20 A.
1.4 PRÉ-LABORATÓRIO
a) As tensões em R1. R2 e R3. Indique também, em cada caso, a escala apropriada do voltímetro
para efetuar a medida.
b) As correntes em R1. R2 e R3. Indique também, em cada caso, a escala apropriada do
amperímetro para efetuar a medida.
6
1.5 PROCEDIMENTO
1.1 Regule a fonte de tensão em 10 Vcc. Verifique com um voltímetro e ajuste se necessário.
Antes de medir escolha no voltímetro uma escala apropriada para as tensões a serem
medidas.
1.2 Monte o circuito da Figura 1.5.
1.3 Meça as tensões sobre os resistores R1, R2 e R3, respectivamente e anote na tabela 1.1. Meça
também a tensão total sobre os três resistores e anote. Lembre-se que o voltímetro deve ser
ligado em PARALELO.
1.4 Usando os valores nominais das resistências calcule a resistência total do circuito da Figura
1.5. Calcule a corrente esperada teoricamente e escolha uma escala de corrente apropriada no
multímetro. Anote.
RT = ____________
IT = ____________
1.5 Meça a corrente total IT na saída da fonte e anote na Tabela 1.1. Meça também a corrente na
saída de cada um dos resistores e anote. CUIDADO! O amperímetro deve ser ligado em
SÉRIE.
7
Tabela 1.1. Medidas no circuito do PROCEDIMENTO 1.
R V ( V) I (mA) R=V/I (Ω) RMEDIDO (Ω)
R1
R2
R3
RT
1.6 Meça as resistências individualmente. Meça também as três resistências associadas em série,
RT. Anote na tabela 1.1. Lembre-se de que as resistências não podem ser medidas conectadas ao
circuito.
2.1 Utilize a fonte de tensão em 10 Vcc. Verifique com um voltímetro e ajuste se necessário.
2.2 Meça com o ohmímetro a resistência (RT) equivalente aos três resistores associados em
PARALELO e anote na Tabela 1.2. Anote também os valores das resistências medidos no
procedimento 1.5.
2.3 Calcule a corrente esperada teoricamente em cada resistor e a corrente total no circuito.
Indique qual a escala de corrente apropriada no multímetro em cada caso. Anote.
I1 = ____________ escala 1:
I1 = ____________ escala 2:
I1 = ____________ escala 3:
IT = ____________ escala 4:
8
Figura 1.6. Circuito para o PROCEDIMENTO 2.
9
Tabela 1.3. Medidas no circuito do PROCEDIMENTO 3.
R V ( V) I (mA)
R1
R2
R3
RT
3.4 Calcule a corrente esperada teoricamente em cada resistor e a corrente total no circuito.
Indique qual a escala de corrente apropriada no multímetro em cada caso. Anote.
I1 = ____________ escala 1:
I1 = ____________ escala 2:
I1 = ____________ escala 3:
IT = ____________ escala 4:
3.5 Meça as correntes nos resistores R1, R2 e R3, respectivamente e anote na tabela 1.3.
3.6 Com base nos valores medidos da Tabela 1.3 determine a resistência equivalente dos dois
resistores em paralelo. Determine também a resistência equivalente da associação mista.
Anote na Tabela 1.4.
Cálculos para determinação da resistência em paralelo e da associação mista:
3.7 Meça com um ohmímetro as resistências equivalentes referidas no item anterior e anote.
10
1.6 QUESTIONÁRIO
11
PRÁTICA 2: CAPACITORES
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
2.1 OBJETIVOS
- Identificar capacitores;
- Determinar o valor da capacitância pelo código de cores;
- Verificar o valor da capacitância da associação de capacitores em série e em
paralelo;
- Medir a capacitância utilizando um capacímetro.
2.2 MATERIAL
- Capacitores diversos;
- Capacímetro;
- Cabos.
2.3 FUNDAMENTOS
13
A unidade de capacitância no SI é o coulomb/volt que recebeu o nome especial de
farad (abreviado F). Para efeitos práticos o farad é uma unidade muito grande por isso é
mais comum encontrarmos capacitores em faixas de valores submúltiplos do farad, tais
como:
Microfarad: 1µF = 10-6 F
Nanofarad: 1nF = 10-9 F
Picofarad: 1pF = 10-12 F
Além do valor da capacitância, é preciso especificar também o valor limite da tensão a ser
aplicada entre os terminais de um capacitor. Como sabemos, todo dielétrico possui como
característica uma rigidez dielétrica que é o valor máximo do campo elétrico que o
material pode tolerar sem haver ruptura do poder isolante, assim, conforme o tipo de
capacitor, haverá um valor máximo de tensão, chamado de tensão de isolação, que não
pode ser ultrapassado, sob pena de se danificar o capacitor.
14
3- Capacitores plásticos: consistem em duas folhas de alumínio separadas pelo
dielétrico de material plástico (poliestireno, poliéster). Sendo os terminais ligados às
folhas de alumínio, o conjunto é bobinado e encapsulado, formando um sistema
compacto.
CÓDIGOS DE CAPACITORES
15
Tabela 2.1. Códigos de tolerâncias de capacitores.
Até 10pF Código Acima de 10pF
+ 0,1 pF B
+ 0,25 pF C
+ 0,5 pF D
+ 1,0 pF F + 1%
+ 2,0 pF G + 2%
H + 3%
J + 5%
K + 10%
M + 20%
S -50% -20%
Z +80% -20%
Ou +100% -20%
P +100% -0%
16
3- Capacitores Eletrolíticos
2.4 PROCEDIMENTO
IDENTIFICAÇÃO DE CAPACITORES
17
3- Para os capacitores cerâmicos de poliéster fornecidos determine pelo código de
cores o valor nominal da capacitância e a tolerância. Meça com o capacímetro a
capacitância e calcule o erro percentual do valor medido em relação ao valor
nominal. Anote na Tabela 2.5.
18
2.5 QUESTIONÁRIO
19
3- Determine a capacitância e a tensão de isolação de cada um dos capacitores
eletrolíticos ilustrados abaixo.
20
PRÁTICA 3: CAMPO ELÉTRICO
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
3.1 OBJETIVOS
3.2 MATERIAL
3.3 FUNDAMENTOS
O campo elétrico pode ser visualizado através das chamadas “linhas de força”. As
linhas de força são uma representação conveniente de um campo elétrico. Elas são
traçadas de forma que a tangente a uma dada linha esteja na direção do campo. A
intensidade do campo é indicada pela proximidade das linhas, de modo que as linhas mais
próximas indiquem campos mais intensos. As linhas de força sempre se originam em
cargas positivas e terminam em cargas negativas.
21
uma carga de prova qo cujo valor dependa somente da posição desta carga no campo
elétrico.
A variação ∆U na energia potencial elétrica U, de um objeto carregado quando
este se move de um ponto inicial i para um ponto final f é:
∆U = Uf – Ui = - Wif (3.2)
Onde Wif é o trabalho realizado pelo campo elétrico. Tomando-se a energia potencial nula
no infinito, a energia potencial elétrica U do corpo num ponto é:
U = - W∞ (3.3)
Onde W∞ é o trabalho realizado pelo campo elétrico quando o objeto é movido do infinito
para o ponto em questão.
Definimos a diferença de potencial ∆V entre dois pontos num campo elétrico
como:
W
∆V = V f − Vi = − ∞ (3.4)
qo
Sendo qo a carga de prova sobre a qual o trabalho é realizado pelo campo elétrico. O
potencial num ponto é:
W∞
V =− (3.5)
qo
BLINDAGEM ELETROSTÁTICA
22
3.4 PRÉ-LABORATÓRIO
Na Figura 3.1 estão representadas as linhas de força para uma esfera carregada
negativamente. Trace linhas equipotenciais, pelo menos 3 linhas.
3.5 PROCEDIMENTO
23
1- Monte o arranjo experimental (com a fonte de tensão desligada) como indicado na
Figura 3.2:
- Coloque a bandeja sobre a folha de papel quadriculado 1 (em anexo).
- Coloque os eletrodos na bandeja como indicado no papel quadriculado.
- Conecte os eletrodos à fonte de tensão, saída 12 V AC.
- Coloque água na bandeja de modo a formar uma lâmina de aproximadamente 1cm
de espessura.
3.6 QUESTIONÁRIO
24
1
5
1
5
1
5
1
5
1
5
1
5
1
5
1
5
PRÁTICA 4: RESISTÊNCIAS NÃO-ÔHMICAS
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
4.1 OBJETIVOS
4.2 MATERIAL
4.3 FUNDAMENTOS
35
Calculando-se respectivamente as resistências nos pontos A e B da Figura 4.1, obtém-se:
V V
R A = 1 e RB = 2
I1 I2
Note que RA é claramente diferente de RB.
Em geral, componentes eletro-eletrônicos, tais como: lâmpadas, diodos,
transistores, etc, variam suas resistências com a temperatura ou com a tensão aplicada,
sendo de fundamental importância o conhecimento de suas características V x I,
fornecidas em alguns casos pelo fabricante.
Em um circuito elétrico, é comum se ter dispositivos ôhmicos associados a
dispositivos não ôhmicos. Para se determinar as correntes e tensões nestes circuitos,
muitas vezes é necessário se recorrer ao método gráfico quando o método analítico se
torna muito complexo devido aos dispositivos não-lineares.
O método gráfico consiste em se traçar a reta de carga de um circuito juntamente
com a característica de transferência do dispositivo não ôhmico. O ponto de trabalho do
dispositivo não ôhmico se encontra na interseção das curvas.
Veja o exemplo apresentado na Figura 4.2(a). Neste exemplo, uma resistência
ôhmica R é colocada em série com uma resistência não ôhmica RN. Para determinar a reta
de carga deste circuito, podemos escrever:
E = V R + V RN
em que
VR = R × I e V RN = E − ( R × I )
Figura 4.2. (a) Circuito e (b) Característica do elemento não-ôhmico e reta de carga.
36
Nesse caso, o ponto em que a reta de carga intercepta a característica de
transferência do dispositivo não ôhmico determina o ponto de trabalho desse dispositivo
(denominado ponto quiescente ou ponto Q).
4.4 PRÉ-LABORATÓRIO
Sejam dois resistores em série, um ôhmico (R) e outro não ôhmico (RN),
alimentados por uma fonte de tensão, conforme o circuito apresentado na Figura 4.3(a).
Usando os valores apresentados na Figura 4.3(a) e a característica de transferência
(gráfico de V versus I) do resistor não ôhmico apresentada na Figura 4.3(b), determine a
tensão e a corrente em cada componente do circuito.
Figura 4.3. Circuito com resistor não ôhmico e curva característica do mesmo.
4.5 PROCEDIMENTOS
37
3- Ajuste o voltímetro para medidas de tensão alternada e valores de tensão conforme a
Tabela 4.1. Ajuste o amperímetro para corrente alternada e valores de até 200 mA.
38
L1 (25W, 240V) L2 (60W, 240V)
VL I VL I
VL (min) VL (min)
5 5
10 10
15 15
Vinc Vinc
30 30
50 50
70 70
90 90
120 120
150 150
180 180
210 210
VL (máx) VL (máx)
4.6 QUESTIONÁRIO
1. Pode a tensão de saída do Variac ser maior que sua tensão de entrada (220V)?
Justifique.
6. Considere que na Figura 4.4 a lâmpada L1 (25 W) está em série com uma resistência
ôhmica de 1 kΩ e a fonte de tensão está regulada em 120 V. Determine a tensão sobre
a lâmpada L1 e a corrente no circuito. Para isso, trace a reta de carga no gráfico da
questão 2 e determine o ponto de trabalho da lâmpada L1 neste circuito.
39
40
FOLHA ANEXA PARA O GRÁFICO DA QUESTÃO 2.
41
PRÁTICA 5: LEIS DE KIRCHHOFF
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
5.1 OBJETIVOS
- Verificar experimentalmente as Leis de Kirchhoff;
5.2 MATERIAL
- Fonte de tensão contínua (regulável de 0 ...12 V);
- Resistores (470Ω; 820Ω (dois); 1000Ω; 1800Ω; 560Ω);
- Multímetro digital;
- Cabos para conexão.
5.3 FUNDAMENTOS
FONTE DE F.E.M.: Numa fonte de tensão, como representada na Figura 5.1, o traço
maior representa o pólo positivo e o menor o pólo negativo. Quando uma fonte de tensão
está fornecendo energia para um circuito externo a corrente interna tem sentido do pólo
negativo para o positivo, Figura 5.1 (a). É possível que num circuito com mais de uma
fonte de f.e.m., parte das fontes estejam recebendo energia do restante do circuito. Neste
caso o sentido da corrente interna é o indicado na Figura 5.1(b). Independentemente do
sentido da corrente o terminal B sempre tem potencial elétrico maior que o terminal A.
43
RESISTOR: Em um resistor ôhmico, os sentidos de tensão e corrente são sempre o
convencionado na Figura. 5.2. Isso significa que a passagem de corrente através de um
resistor provoca uma queda de potencial elétrico. Então, podemos associar um sinal (+)
na entrada do resistor e um sinal (-) na saída. O produto tensão versus corrente,
entretanto, é sempre positivo, o que significa que sempre há dissipação de energia em
um resistor (Efeito Joule) quando o mesmo é submetido a uma diferença de potencial V.
Tomando como exemplo o circuito apresentado na Figura 5.3, note que o mesmo é
constituído por três malhas, abcdefa (malha externa), abefa e bcdeb (malhas internas).
O ponto b é um nó que interliga entre si os resistores R1, R2 e R3. O nó e, por sua vez,
interliga os resistores R3, R5 e R6. Note também que o circuito da Figura 5. 3 possui três
ramos, compreendidos entre os nós b e e; o ramo à direita (composto pelos elementos
R2, E2, R4 e R6); o ramo central (composto pelo elemento R3); e o ramo à esquerda
(composto pelos elementos R1, E1 e R5).
44
LEIS DE KIRCHHOFF
A lei de Kirchhoff para tensão (Lei das malhas) e a lei de Kirchhoff para correntes
(Lei dos nós) são conseqüência dos princípios da conservação de energia e da carga
elétrica respectivamente, sendo assim definidas:
∑V i =0
∑I i =0
EXEMPLO:
Considere o circuito apresentado na Figura 5.4 (esta figura representa o mesmo
circuito da Figura 5.3, mas com as indicações dos valores de cada elemento). Aplicando-
se as leis de Kirchhoff para este circuito, encontram-
se as correntes nos três ramos anteriormente
indicados (ver Figura 5.3). Para tanto, primeiro se
adota uma corrente para cada malha interna (neste
caso, sentido horário para I1 e sentido anti-horário
para I2). Se o sentido da corrente for contrário ao
escolhido, encontrar-se-á um valor negativo, embora
numericamente correto.
Figura 5.4. Circuito com três malhas.
Malha 2 : 2 − 20 I 2 − 100( I 1 + I 2 ) − 30 I 2 − 50 I 2 = 0
( II )
⇒ 100 I 1 + 200 I 2 = 2
I 1 = 100 mA e I 2 = −40 mA .
45
Como pode ser observado, a corrente I2 é negativa, o que indica que seu sentido é
contrário ao indicado na Figura 5.3. Aplicando a Lei dos nós:
I1 + I 2 + I 3 = 0
100 mA + (−40 mA) + I 3 = 0 ⇒ I 3 = −60 mA
Note que a corrente que chega ao nó b é igual à soma das correntes I2 e I3 que
saem deste mesmo Nó.
Sabendo-se a corrente em cada ramo do circuito, fica fácil calcular as tensões em
cada elemento do mesmo, bem como a potência cedida pelas fontes ao circuito e a
potência dissipada em cada um de seus elementos. Os resultados obtidos são
apresentados na Tabela 5.1.
5.4 PRÉ-LABORATÓRIO
46
5.5 PROCEDIMENTO
1.2 Abaixo temos o circuito da Figura 5.5. Anote em cada elemento o valor da tensão
medida. Anote também, entre os parêntesis, os sinais (+) e (-) da tensão relativa entre os
terminais de cada elemento de acordo com os resultados obtidos.
47
1.3 Escreva a Lei das malhas para cada uma das malhas indicadas utilizando os valores
numéricos obtidos.
Malha I:
Malha II:
1.5 Meça as correntes que chegam e que saem em cada nó. Anote na Tabela 5. 4 o valor
da corrente com sinal positivo caso a corrente esteja chegando ao nó e negativo caso
estejam saindo do nó.
CUIDADO: NO AMPERÍMETRO ESCOLHA INICIALMENTE UMA ESCALA
CAPAZ DE MEDIR PELO MENOS 200 mA. DEPOIS, SE NECESSÁRIO, MUDE
PARA UMA ESCALA MENOR. Lembre-se que o Amperímetro deve ser conectado
em série.
48
1.6 Escreva a Lei dos nós para os nós 1 e 2 utilizando os valores numéricos obtidos.
Nó 1
Nó 2
PE =
PR (TOTAL) =
1.9 Pelos resultados obtidos qual a resistência elétrica equivalente ligada à fonte de força
eletromotriz E?
1.10 Verifique a potência que seria dissipada nesta resistência equivalente. Comente o
resultado obtido.
PR(equivalente) =
49
1.11 Monte o circuito apresentado na Figura 5.7.
Anote as medidas:
Malha I
Malha II
Malha III
Malha IV (Externa)
Nó 1
Nó 2
Nó 3
Nó 4
50
PRÁTICA 6: DIODO RETIFICADOR
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
6.1 OBJETIVO
6.2 MATERIAL
6.3 FUNDAMENTOS
Na Figura 6.1 é mostrado um diodo com seus terminais, o anodo (A) e o catodo
(K). Quando o terminal (+) de uma fonte de tensão é conectado ao anodo e o terminal (-)
é conectado ao catodo do mesmo, dizemos que o diodo está polarizado diretamente; caso
contrário, dizemos que o diodo está reversamente polarizado.
51
tensão permanece praticamente constante (VD). Por outro lado, quando o diodo é
reversamente polarizado, observamos que o mesmo praticamente não conduz até que se
alcance a tensão reversa máxima VRM (tensão de ruptura), onde a corrente aumenta
rapidamente. A tensão de ruptura é de cerca de 50 V para o diodo 1N4001 e de 1000 V
para o diodo 1N4007. Em geral, se a tensão de ruptura é atingida, o efeito sobre o diodo é
destrutivo. No anexo A1, desta apostila, apresentamos uma tabela com as especificações
de alguns diodos disponíveis comercialmente.
E − RI − V = 0 (6.1)
52
Ou V = E − RI (6.2)
Esta é uma relação linear entre a queda de tensão no diodo (V) e a corrente no mesmo
( I ). Se plotarmos I em função de V obteremos uma reta, chamada de reta de carga.
E
V =0⇒ I = (6.3)
R
I = 0⇒V = E (6.4)
6.4 PROCEDIMENTOS
53
Nos multímetros digitais a polarização direta se dá conectando o terminal (+) do
multímetro ao anodo do diodo e o terminal (-) ao catodo. Existem multímetros que
apresentam um teste específico para diodos; neste caso, o multímetro indicará o valor da
queda de tensão sobre o diodo polarizado diretamente.
1.1 Utilizando o teste específico para diodo dos multímetros digitais, teste o diodo
fornecido com os dois modelos de multímetros digitais da bancada; tanto diretamente
quanto reversamente polarizado. Anote o modelo dos multímetros utilizados e as
leituras em cada caso. Interprete o resultado quanto ao estado do diodo.
2.2 Ajuste a tensão da fonte de forma a ter no diodo os valores de tensão indicados na
Tabela 6.2. Para cada valor de tensão, meça e anote a corrente no circuito.
54
Figura 6.8. Circuito com diodo reversamente polarizado.
3.2 Ajuste a tensão da fonte de tal forma a ter no diodo os valores de tensão indicados na
Tabela 6.4. Para cada valor de tensão aplicada sobre o diodo, meça e anote a corrente no
circuito.
Tabela 6.4. Corrente versus tensão sob polarização direta.
VD (V) 0 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
ID (mA)
Obs: De acordo com o fabricante do diodo de germânio (1N60) a tensão reversa máxima
que o mesmo suporta é de 20 V. Nesta prática, por segurança limitamos em 15 V a
tensão reversa.
6.5 QUESTIONÁRIO
57
PRÁTICA 7: OSCILOSCÓPIO
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
7.1 OBJETIVOS
7.2 MATERIAL
- Osciloscópio;
- Gerador de função;
- Pontas de prova;
- Diodo;
- Resistor;
- Cabos.
7.3 FUNDAMENTOS
59
O TUBO DE RAIOS CATÓDICOS (TRC)
Figura 7.2. Gráfico da varredura horizontal, VH, em função do tempo t. A voltagem VH,
gerada internamente, é aplicada às placas que defletem o feixe horizontalmente.
(1)CAL 2Vp-p, 1kHz Este terminal fornece uma tensão de calibração de 2Vp-p, de
aproximadamente 1kHz, onda quadrada positiva.
(20) Terra Terminal de aterramento do chassi do Osciloscópio.
64
7.4 PROCEDIMENTOS
ITEM AJUSTE
(9) POWER Posição OFF
(2) INTEN Girar para a posição “3 horas”
(4) FOCUS Metade do cursor
(39) VERT MODE CH1
(40)(37) POSITION Posição central
(10)(14) VOLTS/DIV 0.5V/DIV
(13)(17)VAR Posição CAL
(11)(15) AC-DC-GND GND pressionado (assim AC-DC fica desativado)
(26) SOURCE CH1
(25) COUPLING AC
(22) SLOPE +
(24) TRIG. ALT Liberado (para fora)
(29) LEVEL LOCK Pressionado
(31) HOLDOFF Mínimo (girado no sentido anti-horário)
(28) TRIGGER MODE AUTO
(18) TIME/DIV 0.5ms/DIV
(34) POSITION Metade do cursor
(19) SWP.UNCAL Liberado
(41) CHOP Liberado
(36) CH2 INV Liberado
(27) X-Y Liberado
(33) X10MAG Liberado
iii) Regule o traço para um brilho apropriado e para uma imagem bem nítida por meio
dos controles (2)INTEN e (4)FOCUS.
iv) Alinhe o traço com a linha horizontal central da tela através do controle POSITION do
CH1.
Estes ajustes preliminares servem apenas como guia. Ajuste os controles sempre
que for necessário. Use o bom senso.
65
OBSERVAÇÃO DO SINAL DO CALIBRADOR
1.1 Conecte a ponta de prova (ajustada em 1:1) ao terminal CH1, e aplique o sinal
proveniente do (1) CALIBRADOR à extremidade da ponta de prova. Não há
necessidade de conectar o terra (jacaré) da ponta de prova, neste caso.
1.2 Coloque (11)AC-DC-GND em AC e GND liberado. Surgirá na tela uma onda
quadrada como mostrado na Figura 7.4.
1.3 Mude a escala horizontal para 0.2ms/DIV. Observe o sinal e reproduza-o na Figura
7.5 da folha anexa.
1.4 Mude a escala vertical para 1V/DIV. Observe o sinal e reproduza-o na Figura 7.6 da
folha anexa.
66
OBSERVAÇÃO SIMULTÂNEA DE DOIS SINAIS (OPTATIVO)
1.9 No gerador de função, selecione a forma senoidal e ajuste a amplitude para 8Vpp e a
freqüência para 1kHz. Aplique o sinal do gerador de função no CH1 do Osciloscópio.
Ligue a ponta de prova ao terminal (+) do gerador e o terra (jacaré) da ponta de prova
ao terra do gerador de função. Certifique-se de que o sinal observado tem mesmo
amplitude de 8Vpp e freqüência de 1kHz.
1.10 Utilize o circuito ilustrado na Figura 7.9 e aplique o sinal do gerador de função
nos terminais de entrada, Ventrada, do circuito.
67
68
Escala X:_______ Y:________ Escala X:_______ Y:________
Figura 7.5. Figura 7.6.
69
PRÁTICA 8: CIRCUITO RC
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
8.1 OBJETIVOS
8.2 MATERIAL
8.3 FUNDAMENTOS
71
A propriedade de um capacitor armazenar mais ou menos carga por unidade de tensão é
chamada de CAPACITÂNCIA, que pode ser escrita matematicamente como:
q
C= (8.1)
V
onde C é a capacitância, q é a carga elétrica armazenada e V é a tensão.
A unidade de capacitância no SI é o coulomb/volt que recebeu o nome especial de farad
(abreviado F). Para efeitos práticos o farad é uma unidade muito grande por isso é mais comum
encontrarmos capacitores em faixas de valores submúltiplos do farad, tais como:
CIRCUITO RC
72
Matematicamente, após ligar a chave S em a, em t = 0, com o capacitor descarregado (ver
aula 8), a carga do capacitor varia com o tempo como segue:
−
t
q = CE 1 − e RC
(8.2)
q −
t
VC = = E 1 − e RC
(8.3)
C
t
−
VR = Ee RC
(8.4)
O produto RC, que aparece nas equações acima é chamado de constante de tempo
capacitiva e é igual ao tempo necessário para que a carga no capacitor atinja cerca de 63% ( na
verdade, 1-e-1) do seu valor final de equilíbrio.
8.4 PRÉ-LABORATÓRIO
Considere que o capacitor da Figura 8.2 está completamente carregado. No instante t=0 a
chave S é ligada ao ponto b. Escreva o que se pede (não precisa demonstrar).
a) A equação da carga do capacitor em função do tempo.
73
8.5 PROCEDIMENTOS
1.1 Ajuste a tensão da fonte para 10V. Alternativamente, anote a tensão da fonte caso não
disponha de uma que forneça 10V. E = __________.
1.2 Anote os valores nominais do resistor RN = __________ e do capacitor CN =__________
usados no circuito. Meça a resistência e anote, RM = _________ . Com um capacímetro meça e
anote o valor medido da capacitância CM = ______________.
1.3 Certifique-se de que o capacitor está descarregado curtocircuitando seus terminais. Faça isso
preferencialmente com o capacitor desconectado do circuito.
1.4 Monte o circuito da Figura 8.3, com a chave S inicialmente em b. Atenção para a polaridade
do capacitor. Escolha uma escala no voltímetro tendo em mente que a tensão máxima a ser
medida é a tensão da fonte indicada no item 1.1 acima.
74
Tabela 8.2. Tensão VC em função do tempo durante a descarga do capacitor.
T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VC (V)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VC (V)
2.3 Na folha anexa, faça os gráficos da Tensão no Capacitor (VC) versus tempo para a carga e a
descarga do capacitor.
3.4 Acione o cronômetro e simultaneamente ligue a chave S em a. Meça a tensão sobre o resistor
( VR) em função do tempo* durante a carga do capacitor. Anote os resultados na Tabela 8.3.
3.5 Calcule a corrente I, em cada instante, dividindo a tensão pelo valor medido da resistência.
Anote na Tabela 8.3.
*
OBS.: Sempre, antes de carregar o capacitor curtecircuite seus terminais para se certificar de que o mesmo
está descarregado.
75
PROCEDIMENTO 4: Medida da Tensão no Resistor em função do Tempo durante a
descarga do capacitor.
4.5 Trace num mesmo gráfico a Tensão (VR) sobre o resistor versus tempo para a carga e
descarga do capacitor.
4.6 Trace num mesmo gráfico a Corrente ( I ) versus tempo para a carga e a descarga do
capacitor.
5.1 Substitua o capacitor por dois capacitores em paralelo como mostra a Figura 8.5. Certifique-
se de que ambos os capacitores estão descarregados curtocircuitando seus terminais.
5.2 Monte o circuito da Figura 8.5, com a chave S inicialmente em b.
76
Tabela 8.5. Tensão VC em função do tempo durante a carga dos capacitores em paralelo.
T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VC (V)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VC (V)
6.1 Coloque os dois capacitores em série como mostra a Figura 8.6. Certifique-se de que ambos
os capacitores estão descarregados curtocircuitando seus terminais.
6.2 Monte o circuito da Figura 8.6, com a chave S inicialmente em b.
Tabela 8.6. Tensão VC em função do tempo durante a carga dos capacitores em série.
T (s) 0 10 20 30 40 50 60
VC (V)
T (s) 80 100 120 140 160 180 200
VC (V)
77
8.6 QUESTIONÁRIO
78
Gráfico da tensão VC vs tempo durante a carga e descarga do capacitor.∗
∗
Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.
79
(verso da folha de gráfico)
80
Gráfico da tensão VR vs tempo durante a carga e descarga do capacitor.∗
∗
Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.
81
(verso da folha de gráfico)
82
Gráfico da Corrente I vs tempo durante a carga e descarga do capacitor.∗
∗
Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.
83
(verso da folha de gráfico)
84
PRÁTICA 9: FORÇA MAGNÉTICA
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
9.1 OBJETIVOS
9.2 MATERIAL
- Balança;
- Fonte de Tensão (regulável de 0 ...32 V, 0...5 A);
- Espiras retangulares;
- Cabos;
- Base com haste;
- Imã com terminais;
- Conector distribuidor.
- Chave liga/desliga (push button);
- Resistore de 10 Ω/20W;
- Ímã de neodímio em forma de paralelepípedo;
- Bússola;
- Suporte com barras condutoras paralelas;
9.3 FUNDAMENTOS
Quando uma carga de prova q, passa com velocidade v em um ponto onde existe um campo
magnético B, ela sofrerá a ação de uma força F, dada por:
F = qv x B (9.1)
Uma corrente elétrica é formada por uma sucessão de cargas em movimento; então, se um
fio de comprimento L é percorrido por uma corrente i, na presença de um campo magnético B, o
mesmo sofrerá a ação de uma força dada por:
F = iL x B (9.2)
Onde L é um vetor orientado ao longo do fio (reto) e que aponta no sentido da corrente. Em nosso
experimento o fio será colocado perpendicularmente ao vetor B, assim a Equação 9.2 se reduz a:
F = i.L.B (9.3)
85
9.4 PRE-LABORATÓRIO
Um fio de metal de massa m desliza sem atrito sobre dois fios horizontais separados por
uma distância d, como na Figura 9.1. Os fios estão em um campo magnético vertical e
uniforme B. Uma corrente elétrica constante, i, flui de um gerador G e percorre o circuito,
conforme a figura. Encontre o vetor aceleração do fio de massa m (módulo, direção e
sentido).
9.5 PROCEDIMENTOS
1.1 Monte o circuito de alimentação como mostra a Figura 9.2. Conecte uma chave
liga/desliga (push button) e em seguida a resistência de 10 Ω/20W para proteger o circuito.
Este conjunto deve ser ligado ao arranjo da Figura 9.3. A fonte deve ser ajustada para
fornecer uma corrente de 1,4 A quando a chave liga/desliga for acionada.
1.2 Monte o arranjo experimental como mostra a Figura 9.3. O ímã deve ser colocado com
o pólo norte voltado para cima. O circuito de alimentação deve ser conectado de modo que
a corrente percorra o condutor móvel no sentido indicado (saindo do plano da folha de
papel). Pressione a chave liga/desliga por alguns segundos e verifique para que lado a força
F atua sobre o condutor móvel.
OBS: Os condutores horizontais, bem como o condutor móvel devem ser limpos com
palha de aço (Bombril), para favorecer o contato elétrico.
86
Figura 9.3. Arranjo experimental para a verificação da força magnética.
9.5 Inverta a polaridade das ligações do arranjo experimental da Figura 9.3; verifique a
validade da regra da mão direita e represente na Figura 9.4 os vetores F, L e B.
9.6 Inverta a posição do ímã de modo que o pólo sul fique voltado para cima. Ligue os terminais
positivo e negativo do circuito de alimentação como indicado na Figura 9.3, verifique a validade
da regra da mão direita e represente na Figura 9.5 os vetores F, L e B.
9.7 Inverta a polaridade das ligações do arranjo experimental da Figura 9.3; verifique a
validade da regra da mão direita e represente na Figura 9.5 os vetores F, L e B.
9.8 Nas Figuras 9.4 e 9.5 a representação dos vetores: B, L e F deve ser feita como segue: o
campo magnético, B, gerado pelo ímã está representado pelas linhas verticais (o sentido
deverá ser indicado pelo aluno através de pequenas setas); a orientação do vetor, L, segue a
orientação da corrente elétrica, no condutor móvel (o sentido de L deve ser representado
por círculos com um ponto para a corrente saindo do plano da figura e de círculos com um
X para a corrente entrando no plano da figura) e F, o vetor força magnética que deverá ser
representado por vetores (setas) de acordo com o deslocamento do condutor móvel
observado em cada caso.
87
Figura 9.5. Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.
88
AJUSTE INICIAL DA FONTE:
Gire o botão de corrente para um valor igual a ZERO e gire o botão de tensão no
sentido horário até sua posição final.
2.5 Aplique uma corrente de 3,0 A, observe as orientações dos vetores B e L. Represente o vetor F
na Figura 9.6 superior esquerda.
2.6 Inverta o sentido do campo magnético, observe e anote. Represente o vetor F na Figura 9.6
superior direita.
2.7 Inverta o sentido da corrente elétrica, para isso desligue a fonte, permute os cabos entre os
terminais (+) e (-), ligue novamente a fonte. Observe e anote. Represente os vetores B, L e F
na Figura 9.6 inferior esquerda.
2.8 Inverta, novamente, o sentido do campo magnético, observe e anote. Represente os vetores B, L
e F na Figura 9.6 inferior direita.
Figura 9.6. Figura com a representação dos vetores B, L e F. O sentido de B é sempre do pólo Norte
para o pólo sul. O vetor L, indicado por um (X) representa o mesmo entrando no plano do papel.
Um ( . ) dentro do círculo representa o vetor L saindo do plano do papel. O vetor F atua sobre o
segmento vertical da espira, aqui representada pelos círculos. A figura deve ser completada pelo
aluno segundo o Procedimento 2.
3.1 Meça a força necessária para equilibrar a balança na ausência de corrente elétrica, Fo.
3.2 Aplique as correntes indicadas na Tabela 9.1 e meça as forças correspondentes, F(gf). Anote nas
colunas indicadas por F(gf) as forças totais. Subtraia F-Fo (gf), de modo a obter somente a força
magnética em gf. Anote também na coluna indicada por F(mN), a força magnética correspondente
em mN.
OBS: A fonte usada nesta prática tem como limite máximo 5,0 A. Cuidado!
89
Tabela 9.1. Força magnética em função da corrente para L = 50 mm.
Força Total Força Magnética Força Magnética (mN)
I(A) F (gf) F-Fo (gf) [F-Fo](gf) x 9,81
0,0 0,0 0,0
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4.1 Anote na Tabela 9.3 os resultados obtidos com as espiras com L = 50 mm e 25 mm.
4.2 Meça a força magnética para a espira dupla de 50 mm quando 1 = 3,0 A e anote. Considere a
espira dupla de 50 mm equivalente a uma espira simples de lado 100mm.
4.3 Repita o procedimento anterior para a espira de 12,5 mm e anote.
90
9.6 QUESTIONÁRIO
1- Reproduza na figura da folha anexa os resultados experimentais anotados nas Figuras 9.4, 9.5 e
9.6.
2- Quais os vetores da Equação 9.1 que formam pares sempre ortogonais entre si? Quais os que
não precisam ser sempre ortogonais?
3- Represente, na folha anexa, em um mesmo gráfico, F versus i, de acordo com as Tabelas 9.1e
9.2.
5- Se um elétron não sofre desvio ao atravessar em linha reta certa região do espaço, podemos
afirmar que não existe campo magnético nesse lugar?
6- Qual a intensidade do campo magnético entre os pólos do imã em “U” usado nesta prática?
91
92
Figura 9.4. Representação dos vetores: B, L e F de acordo com os resultados experimentais.
93
94
Gráfico de F versus i .∗
Gráfico de F versus L.
∗
Destaque esta folha e inclua em seu Relatório.
95
PRÁTICA 10: INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
NOME MATRÍCULA
CURSO TURMA
PROFESSOR DATA
10.1 OBJETIVOS
10.2 MATERIAL
10.3 FUNDAMENTOS
97
Considere uma superfície, que pode ou não ser plana, limitada por uma espira
fechada. Representa-se o número de linhas magnéticas que atravessam aquela superfície
pelo fluxo magnético ΦB através da superfície. Este fluxo é definido por:
→ →
ΦB = ∫ B ⋅d A (10.1)
→ →
em que B é o campo magnético que se estabelece através da superfície e d A é um
elemento diferencial de área da superfície. A unidade do SI para o fluxo magnético é o
tesla-metro2, denominado de weber (abreviatura Wb).
ε = − dΦdt B
(10.2)
Variando o fluxo magnético através de uma bobina com N espiras, uma fem
induzida aparecerá em cada espira e estas devem ser somadas. Se o fluxo através de cada
espira for o mesmo, a fem induzida na bobina será:
ε = − N dΦdt B
(10.3)
Em 1834, três anos depois de Faraday ter formulado sua lei de indução, o cientista
alemão Heinrich Friedrich Lenz estabeleceu uma regra (conhecida como Lei de Lenz)
que permite determinar o sentido de uma corrente induzida numa espira condutora
fechada:
"Uma corrente induzida surgirá numa espira fechada com um sentido tal que ela
se oporá à variação que a produziu."
98
10.4 PRÉ-LABORATÓRIO
10.5 PROCEDIMENTOS
99
PROCEDIMENTO 2: Verificação da indução eletromagnética.
Figura 10.3.
2.1 Monte um circuito como o apresentado na Figura 10.3 e descreva o que ocorre ao
ligar ou desligar a chave S. Para aumentar o efeito, use bobinas no lugar onde a figura
mostra apenas uma espira.
Ligue o galvanômetro à bobina com o maior número de espiras que lhe foi fornecido.
(R = 8,2 Ohms e E = 9 V)
2.2 Repita o item 2.1, desta vez com um núcleo de ferro no interior das bobinas, observe
e descreva a diferença.
Ligue uma bobina ao galvanômetro como mostra a Figura 10.4. Proceda como indicado:
Obs: Use a bobina com o menor número de espiras. Se o efeito for pequeno use
uma bobina com um maior número de espiras.
100
Figura 10.4. Movimento de um imã em uma bobina.
101
PROCEDIMENTO 3: Representação de B por linhas de indução.
3.1 Da mesma maneira que o campo elétrico é representado por linhas de força, o campo
magnético também pode ser representado por "linhas de indução". As linhas de indução
são traçadas de tal maneira que a reta tangente a uma linha de indução num ponto
→
qualquer dá a direção do vetor B neste ponto.
VERIFIQUE: Coloque a bússola em várias posições, como mostra a Figura 10.5, e trace
as linhas de indução de seu campo magnético.
Linhas de indução Magnética em torno de um ímã.
PROCEDIMENTO 4: Transformador.
Figura10.6. Transformador.
Assim, pela Lei da Indução de Faraday, a força eletromotriz induzida por espira, Ei , é a
mesma nos dois enrolamentos (primário e secundário):
dΦB
Ei = (10.4)
dt
102
Supondo NP espiras no primário, a tensão induzida no primário é dada por:
dΦB
V p = N p Ei = N p (10.5)
dt
dΦB
Vs = N s Ei = N s (10.6)
dt
Vp Np
= (10.7)
Vs Ns
i pV p = isVs (10.8)
ip Ns
= (10.9)
is Np
103
4.1 Faça uma montagem como indicado na Figura 10.7.
4.2 TRANSFORMADOR?
Ajuste a fonte de tensão CONTÍNUA em 6V. Ligue a fonte de tensão ao primário (1600
espiras) do transformador. Meça VP e VS . Anote.
OBS: NOS PROCEDIMENTOS 4.2, 4.3 E 4.4 CERTIFIQUE-SE DE QUE HÁ UM BOM
CONTATO ENTRE AS PARTES DO NÚCLEO DE FERRO DO TRANSFORMADOR.
Use o transformador como ELEVADOR de tensão, isto é, use a bobina com 400 espiras
como primária e a de 1600 espiras como secundária. Deixe o circuito do secundário
ABERTO. Aplique 6V AC no primário e meça VP e VS .
Anote.
104
PROCEDIMENTO 5: Motor elétrico.
Neste procedimento faremos uso de um motor elétrico simples alimentado com corrente
contínua. O motor, Figura 10.8, consiste de um conjunto de espiras suportado por
dois contatos elétricos. Sob o conjunto de espiras há um ímã permanente. O fio da
espira é revestido por uma película isolante. Essa película é raspada totalmente em
um dos lados e raspada parcialmente no outro. Isso permite que ora haja contato nos
dois lados e uma corrente elétrica circule pela espira e ora haja contato apenas em um
dos lados e a corrente é interrompido. Quando a corrente circula na espira surge um
campo magnético que tende a se alinhar com o campo magnético do ímã, a espira
sofre uma rotação. Quando a espira gira de 180o um dos contatos elétricos é
interrompido e não mais circula corrente elétrica. Por inércia a espira continua a girar
até o ponto onde o contato elétrico novamente é restabelecido e o ciclo se repete.
5.1 Monte o motor elétrico como indicado na Figura 10.8. Raspe as extremidades como
indicado no detalhe da Figura 10.8 para melhorar os contatos elétricos. Cuidado!
Uma das extremidades deve ser raspada somente em um dos lados.
5.2 Monte o circuito da figura 10.9 para alimentar o motor elétrico. Aplique uma tensão
contínua de 9 V. Utilize uma resistência de 8,2 Ω/10W para proteger a fonte de
tensão contra curto circuito. Pressione a chave liga/desliga e dê um pequeno giro no
conjunto de espiras (induzido) e observe.
105
5.3 Troque a polaridade da tensão aplicada, dê um pequeno giro no induzido e observe.
5.4 Descreva suas observações dos procedimentos 5.2 e 5.3.
PROCEDIMENTO 6: Gerador.
6.1 Um gerador está montado como mostra a Figura 10.10. Ao girar o imã, uma corrente
alternada faz o filamento da lâmpada brilhar levemente. Experimente e descreva como
funciona este gerador.
106
10.6 QUESTIONÁRIO
1- Explique com suas próprias palavras a diferença entre um campo magnético e o fluxo
de um campo magnético. Estas grandezas são escalares ou vetoriais? Em que unidades
cada uma delas pode ser expressa? Como se relacionam estas unidades?
5- Explique os acontecimentos dos itens 2.3 e 2.4 e relacione-os com os do item 2.1.
107