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Engenharia Eléctrica

Trabalho de Análise Matematica II

1oAno – 2oSemestre

Transformada de Pierre - Simon Laplace

Discentes: Docentes:

JOÃO, Chiutano Jose Johane Mutuque

LIMITEDI, Magenda Uzanani

UCHANGA, Sadamo Augusto

Songo, Novembro de 2017


Engenharia Eléctrica

Trabalho de Análise Matematica II

1oAno – 2oSemestre

Transformada de Pierre - Simon Laplace

Discentes: Docentes:

JOÃO, Chiutano Jose Johane Mutuque

LIMITEDI, Magenda Uzanani

UCHANGA, Sadamo Augusto

Songo, Novembro de 2017


Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 1
2. Objectivos.................................................................................................................. 2
a) Objectivo Geral...................................................................................................... 2
b) Objectivos Específicos .......................................................................................... 2
3. Metodologia de Investigação .................................................................................... 3
4. Transformada de Laplace .......................................................................................... 4
a) Definição de Transformada de Laplace ................................................................. 4
b) Propriedades lineares das transformadas de Laplace ............................................ 5
c) Transformada Inversa de Laplace.......................................................................... 9
d) Propriedades de transformada inversa Laplace ................................................... 10
e) Transformada de Laplace de derivadas de funções ............................................. 11
f) Derivada de transformadas de Laplace ................................................................ 12
g) Convolução de funções ........................................................................................ 13
h) Propriedades de Convoluções de funções ........................................................... 15
i) Convolução de Transformada de Laplace ........................................................... 16
j) Resolução de Equações Diferenciais Ordinárias através das transformadas de
Laplace ........................................................................................................................ 16
k) Solução de Equações Diferenciais Ordinárias ..................................................... 17
5. Parte Pratica............................................................................................................. 19
6. Conclusão ................................................................................................................ 21
7. Referencias Bibliográficas ...................................................................................... 22
1

1. Introdução
A Transformada de Laplace é um método simples para transformar um Problema com
Valores Iniciais, em uma equação algébrica, de modo a obter uma solução deste
Problema com Valores Iniciais de uma forma indireta, sem o cálculo de integrais e
derivadas para obter a solução geral da Equação Diferencial. Porém, aqui trataremos de
suas aplicações na resolução de Equações Diferenciais Ordinárias Lineares.

O presente trabalho intitulado Transformada de Laplace foi elaborado no âmbito do


cumprimento do programa da cadeira de análise matemática 2. O mesmo retrata
aspectos ligados a Transformada de Laplace tais como: suas propriedades lineares, a
inversa da Transformada de Laplace, a Transformada de Laplace de derivadas de
funções, convoluções de funções e a resolução de equações diferenciais ordinárias
através da Transformada de Laplace.
2

2. Objectivos

a) Objectivo Geral
 Debruçar em torno da Transformada de Laplace.

b) Objectivos Específicos
 Abordar de forma detalhada sobre transformadas de Laplace apresentando
conceitos, propriedades , exemplos e exercícios , que tornarão ainda mais
perceptível todos aspectos que serão apresentados ao longo do seu
desenvolvimento.

 Demonstrar de forma prática a resolução de problemas com valor inicial


(equações diferenciais ordinárias) aplicando a transformada de Laplace.
3

3. Metodologia de Investigação
A elaboração do presente trabalho foi baseada em pesquisas científico-didácticas com
base em livros, artigos electrónicos e materiais digitais.
4

4. Transformada de Laplace

a) Definição de Transformada de Laplace


Definição 01. Se f = f(t) é uma função real ou complexa, definida para todo t ≥ 0 e o
parâmetro z é um número complexo da forma z = s + iv de modo que para cada s > 0,
ocorre convergência da integral imprópria.

∞ 𝑀

𝐹(𝑧) = ∫ 𝑓(𝑡). 𝑒 −𝑧𝑡 𝑑𝑡 = lim (∫ 𝑓(𝑡). 𝑒 −𝑧𝑡 𝑑𝑡)


𝑀→∞
0 0

Então a função 𝐹 = 𝐹(𝑧) definida pela integral acima, recebe o nome de transformada
de Laplace da função 𝑓 = 𝑓(𝑡).

Se o parâmetro z é um número real, isto é, a parte imaginária v = 0, usamos z = s > 0 e a


definição fica simplesmente na forma

𝐹(𝑠) = ∫ 𝑓(𝑡). 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡


0

A transformada de Laplace depende de s, é representada por uma letra maiúscula F =


F(s), enquanto que a função original que sofreu a transformação depende de t é
representada por uma letra minúscula f = f(t). Para representar a transformada de
Laplace da função f.

A sua representação mais comum e feita da seguinte maneira:

ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠)

Figura 01: Representação de Transformadas de Laplace

A Transformada de Laplace de uma função 𝑓(𝑡) existe se a integral de Laplace


convergir. a integral vai convergir se 𝑓(𝑡) for seccionalmente continuo em todo o
5

intervalo finito de tempo valores de t>0 e se ela for de ordem exponencial quando t
tender ao infinito. A função 𝑓(𝑡) será de ordem exponencial se existir uma constante
𝜎 real positiva, de modo que a função 𝐴𝑒 −𝜎𝑡 |𝑓(𝑡)| tenda zero quando t tender ao
infinito.se o limite da função 𝐴𝑒 −σ𝑡 |𝑓(𝑡)| tender a zero para 𝜎 maior do que um dado
𝜎 𝑐 ,e o limite tender ao infinito para 𝜎 menor do que 𝜎 𝑐 , , o valor 𝜎 𝑐 , será chamado
de abcissa de convergência para a função :

𝑓(𝑡) = 𝐴𝑒 −𝛼𝑡 .

lim 𝑒 −σ𝑡 |𝐴𝑒 −𝛼𝑡 |


𝒕→∞

Exemplo 01: Determine a transformada de Laplace de 𝑓(𝑥) = 1

Resolução:

𝐹(𝑠) = ℒ[𝑓(𝑥)] = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓(𝑥)𝑑𝑥


0

∞ 𝑅

𝐹(𝑠) = ℒ[1] = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 (1)𝑑𝑥 = lim (∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑥)


𝑅→∞
0 0

𝑅
1 1
lim (− ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑(−𝑠𝑡)) =
𝑅→∞ 𝑠 𝑠
0

b) Propriedades lineares das transformadas de Laplace


Teorema 01: (Linearidade)
Sendo a transformada de Laplace uma operação linear, se as funções 𝑓1 (𝑡) e 𝑓1 (𝑡)
tiverem transformada de Laplace, 𝐹1 (𝑠) e 𝐹2 (𝑠) respetivamente, então a transformada
de Laplace da função 𝛼𝑓1 (𝑡) + 𝛽𝑓2 (𝑡) será dada por:

ℒ[𝛼𝑓1 (𝑡) + 𝛽𝑓2 (𝑡)] = 𝛼ℒ[𝑓1 (𝑡)] + 𝛽ℒ[𝑓2 (𝑡)]

ℒ[𝛼𝑓1 (𝑡) + 𝛽𝑓2 (𝑡)] = 𝛼𝐹1 (𝑠) + 𝛽𝐹2 (𝑠)

Demonstração tem-se:
6

∞ ∞
ℒ{𝛼𝑓1 (𝑡) + 𝛽𝑓2 (𝑡)} = ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 (𝛼𝑓1 (𝑡) + 𝛽𝑓2 (𝑡)) 𝑑𝑡 = 𝛼 ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓1 (𝑡)𝑑𝑡 +

𝛽 ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓2 (𝑡)𝑑𝑡 = 𝛼ℒ{𝑓1 (𝑡)} + 𝛽ℒ{𝑓2 (𝑡)} = 𝛼𝐹1 (𝑠) + 𝛽𝐹2 (𝑠), Conforme requerido.

Exemplo 02 : Determine 𝐹(𝑠) 𝑠𝑒 𝑓(𝑥) = 3 + 2𝑥 2

Resolução:

𝐹(𝑠) = ℒ[3 + 2𝑥 2 ] = 3ℒ[1] + 2ℒ[𝑥 2 ]

1 2
𝐹(𝑠) = 3( ) + 2( 3 )
𝑠 𝑠

3 4
= +
𝑠 𝑠3

Teorema 02: (propriedade de translação). Seja 𝑎 uma constante. Se a transformada


de Laplace da função𝑓: [0,∞] → ℝ e 𝐹(𝑠), para s > c, então a transformada de Laplace
da função:

𝑔(𝑡) = 𝑒 𝑎𝑡 𝑓(𝑡)
G(s) = F(s − a), para s > a + c
Demonstração seja

𝐹(𝑠) = ℒ{𝑓(𝑡)} = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓𝑑𝑡,
0

Então,
∞ ∞
−(𝑠−𝑎)𝑡
𝐹(𝑠 − 𝑎) = ∫ 𝑒 𝑓𝑑𝑡 = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 (𝑒 𝑎𝑡 𝑓)𝑑𝑡 = ℒ{𝑒 𝑎𝑡 𝑓(𝑡)}.
0 0

Exemplo 03: Determinar ℒ{𝑡𝑒 𝑎𝑡 }.

Resolução:

Seja
1
𝐹(𝑠) = ℒ{𝑡} = .
𝑠2

Tem-se,
7

ℒ{𝑡𝑒 𝑎𝑡 } = 𝐹(𝑠 − 𝑎),

Dado que t é de ordem exponencial com 𝛼 = 1, vem

1
ℒ{𝑡𝑒 𝑎𝑡 } = ,𝑠 > 𝑎
(𝑠 − 𝑎)2

 Transformada de uma função periódica

Se f(t) tem período T, isto é, ele é periódica, f(t) = f(t+T), sua transformada de Laplace
é:

𝑇
∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓(𝑡)𝑑𝑡
ℒ[𝑓(𝑡)] = 0
1 − 𝑒 −𝑠𝑇

Exemplo 04: Calcule Transformada de uma função periódica para T=1 , f(t) = f(t+1)

Resolução:

𝑇 1 1 −𝑠
∫0 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 (1)𝑑𝑡 𝑠 (1 − 𝑒 )
ℒ[𝑓(𝑡)] = = ℒ[𝑓(𝑡)] = =
1 − 𝑒 −𝑠𝑇 1 − 𝑒 −𝑠 1 + 𝑒 −𝑠

Teorema 03: suponhamos que a função 𝑓 admite transformada de Laplace para 𝑠 > 𝛼.

Pela definicao de transformada de laplace



𝐹(𝑠) = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓𝑑𝑡.
0

Então,

𝑑𝑛
ℒ{𝑡 𝑛 𝑓(𝑡)} = (−1)𝑛 [𝐹(𝑠)]
𝑑𝑠 𝑛

Demonstração:

Derivando sucessivamente 𝐹(𝑠) = ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓𝑑𝑡 em ordem a S, obtém-se

𝑑𝐹(𝑠) 𝑑 ∞ −𝑠𝑡 ∞
= ∫ 𝑒 𝑓𝑑𝑡 = (−1) ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑡𝑓𝑑𝑡 = (−1)1 ℒ{𝑡1 𝑓(𝑡)}
1
𝑑𝑠 𝑑𝑠 0 0

∞ ∞
𝑑 2 𝐹(𝑠) 𝑑 2 −𝑠𝑡 2
= [(−1) ∫ 𝑒 𝑓𝑑𝑡 ] = (−1) ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑡 2 𝑓𝑑𝑡 = (−1)2 ℒ{𝑡 2 𝑓(𝑡)}
𝑑𝑠 2 𝑑𝑠 0 0
8


𝑑𝑛 𝐹(𝑠) 𝑛
= (−1) ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑡 𝑛 𝑓𝑑𝑡 = (−1)𝑛 ℒ{𝑡 𝑛 𝑓(𝑡)},
𝑑𝑠 𝑛 0

Donde se conclui que

𝑛 𝑛
𝑑 𝑛 𝐹(𝑠)
ℒ{𝑡 𝑓(𝑡)} = (−1)
𝑑𝑠 𝑛

Tabela de Transformadas de Laplace



f(t) F(s)= ℒ {f(t)}=  e  st f(t)dt


0

1
1 1
s

n!
2 tn ( n=1,2,...)
s n 1

 ( p  1)
3 tp ( p>-1)
s p 1

1
4 eat
sa
n!
5 eattn ( n=1,2,...)
( s  a ) n 1

b
6 sin (bt)
s  b2
2

s
7 cos (bt)
s  b2
2

b
8 sinh (bt)
s  b2
2

s
9 cosh (bt)
s  b2
2

b
10 eatsin (bt)
( s  a )2  b 2
9

sa
11 eatcos (bt)
( s  a )2  b 2

e  cs
12 u (t - c)
s

13 u(t - c)f( t- c) e cs F ( s )

2 as
14 t sin (at)
( s  a 2 )2
2

s2  a2
15 t cos (at)
( s 2  a 2 )2

2a 3
16 sin (at) – at cos (at)
( s 2  a 2 )2

2as 2
17 sin (at) + at cos (at)
( s 2  a 2 )2
t

18  f ( t   )g(  )d
0
F(s)G(s)

19 (t  c ) e-cs

20 f ( n )( t ) s n F ( s )  s n1 f ( 0 )  ...  f ( n1 ) ( 0 )

21 tnf(t) ( 1 )n F ( n ) ( s )

e
 st
dt
22 f(t+T)=f(t) 0

1  e  sT

Tabela 01 : Tabela de transfomadas de Laplace

c) Transformada Inversa de Laplace


Se a transformada de Laplace de uma função f(t) é F(s), isto é, se ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠),
Então f(t) é chamada transformada inversa de Laplace de F(s) e, simbolicamente,
podemos escrever 𝑓(𝑡) = ℒ −1 [𝐹(𝑠)]

𝐹(𝑠) = 𝐿(𝑓(𝑡)) ⟺ 𝐿−1 (𝐹(𝑠)) = 𝑓(𝑡).


10

Exemplo 04 : Determine a transformada inversa de Laplace da seguinte função

1 1
𝐹(𝑠) = 𝑠2 +1, então 𝐿−1 [𝐹(𝑠)] = 𝐿−1 [𝑠2 +1 ], aplicando a propriedade 6 da transformada
1
de laplace teremos : 𝐿−1 [𝑠2 +1 ] = 𝑠𝑒𝑛𝑥

d) Propriedades de transformada inversa Laplace

Propriedade 1: 𝐿−1 [𝑓 + 𝑔] = 𝐿−1 [𝑓] + 𝐿−1 [𝑔]

Propriedade 2: 𝐿−1 [𝐾𝑓] = 𝐾𝐿−1 [𝑓]

Propriedade 3: 𝐿−1 [𝑓(𝑠 + 𝑎)] = ℯ −𝑎𝑡 𝑓(𝑡)

Propriedade 4: 𝐿−1 [𝑓(𝑠). 𝑔(𝑠)] = 𝑓. 𝑔

Propriedade 5: 𝐿−1 [𝑓 ′ (𝑠)] = (−𝑡)𝑓(𝑡)

Propriedade 6: 𝐿−1 [𝑓 (𝑛) (𝑠)] = (−𝑡)𝑛 𝑓(𝑡)

𝑓(𝑡) 𝑡
Propriedade 7: 𝐿−1 [ ] = ∫0 𝑓(𝑤)𝑑𝑤
𝑠

𝑠
Propriedade8: ℒ −1 [𝑐𝑜𝑠ℎ𝑏𝑡] = ℒ [𝑠2 −𝑏2]

𝑠
Propriedade9: ℒ −1 [𝑐𝑜𝑠ℎ𝑏𝑡] = ℒ [𝑠2 −𝑏2]

2𝑠𝑏
Propriedade10: ℒ −1 [𝑡𝑠𝑒𝑛𝑏𝑡] = ℒ [(𝑠2 +𝑏2)2 ]

𝑠2 +𝑏 2
Propriedade11: ℒ −1 [𝑡𝑐𝑜𝑠𝑏𝑡] = ℒ [(𝑠2 +𝑏2 )2 ]

𝑏
Propriedade12: ℒ −1 [𝑒 𝑎𝑡 𝑠𝑒𝑛𝑏𝑡] = ℒ [(𝑎−𝑏)2 +𝑏2 ]

𝑠−𝑎
Propriedade13: ℒ −1 [𝑒 𝑎𝑡 𝑐𝑜𝑠𝑏𝑡] = ℒ [(𝑠−𝑎)2 +𝑏2 ]

Exemplo 05: Determinar a transformada inversa de Laplace da função


11

1
𝐹(𝑠) =
𝑠2 + 6𝑠 + 13

Resolução:

1 1 1 2
= =
𝑠 2 + 6𝑠 + 13 (𝑠 + 3)2 + 22 2 (𝑠 + 3)2 + 22

1 1 −1 2 1 −3𝑡
⟹ ℒ −1 { } = ℒ { } = 𝑒 𝑠𝑒𝑛2𝑡
𝑠 2 + 6𝑠 + 13 2 (𝑠 + 3)2 + 22 2

e) Transformada de Laplace de derivadas de funções

A transformada da derivada de 𝑓(𝑡) em ordem ao tempo está relacionada com a própria


transformada de 𝑓(𝑡). Integrando por partes no integral que define a transformada,
obtém-se:

∞ ∞ ∞

ℒ{𝑓 ′ } = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡 = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 { + 𝑠 ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡
0 0
0 0

O último integral é a transformada de 𝑓(𝑡) e no primeiro termo, o limite de


𝑓𝑒 −𝑠𝑡 quando t tende para infinito é zero, já que 𝑓(𝑡) é uma função de ordem
exponencial. Como tal, obtém-se a relação seguinte:

(𝑓 ′ ) = 𝑠𝑓 − 𝑓(0)

A transformada de derivadas de ordem superior calcula-se aplicando a mesma


propriedade vezes sucessivas, por exemplo, a transformada da segunda derivada é igual
a:

ℒ{𝑓 ′′ } = 𝑠𝑓(𝑓 ′ ) − 𝑓 ′ (0) = 𝑠(𝑠𝑓 − 𝑓(0) = 𝑠 2 𝑓 − 𝑠𝑓(0) − 𝑓′(0)

𝑏
Exemplo 06: Mostrar que ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)} = 𝑠2 +𝑏2, Re (s)> 0

Resolução:

𝑓(𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)

𝑓 ′ (𝑡) = bcos(𝑏𝑡)
12

𝑓 ′′ (𝑡) = −𝑏 2 𝑠𝑒𝑛𝑡(𝑏𝑡)

ℒ{𝑓 ′′ (𝑡)} = ℒ{−𝑏 2 𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)}

𝑠 2 𝐹(𝑠) − 𝑠𝑓(0) − 𝑓 ′ (0) = ℒ{−𝑏 2 𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)}, 𝑅𝑒(𝑠) > 0

𝑠 2 ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)} − 𝑠(0) − 𝑏 = ℒ{−𝑏 2 𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)}

𝑠 2 ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)} − 𝑏 = −𝑏 2 ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)}

(𝑠 2 + 𝑏 2 )ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑎𝑡)} = 𝑏

𝑏
ℒ{𝑠𝑒𝑛(𝑏𝑡)} = 𝑠2 +𝑏2

f) Derivada de transformadas de Laplace


Seja a Transformada de Laplace:

𝐹(𝑠) = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓(𝑡)𝑑𝑡
0

Derivando ambos os membros desta igualdade em relação à variável s, obtemos:


𝑑𝐹
= ∫ (−𝑡)𝑓(𝑡)𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑠 0

que pode ser reescrita:

𝑑𝐹
= ℒ[(−𝑡). 𝑓(𝑡)]
𝑑𝑠

Tomando as derivadas sucessivas de 𝐹 = 𝐹(𝑠), teremos a regra geral.

𝑑𝑛
ℒ[𝑡 𝑛 𝑓(𝑡)] = (−1)𝑛 𝐹(𝑠).
𝑑𝑠 𝑛

Como foi demostrado no teorema 03

Exemplo 07: Usando a derivada de transformada de Laplace, ache a transformada


ℒ{𝑡 2 𝑒 3𝑡 }
13

Resolução:

ℒ = {𝑡 2 𝑒 3𝑡 }

𝑓(𝑡) = 𝑒 3𝑡

1
ℒ{𝑓(𝑡)} = 𝐹(𝑠) = , 𝑅𝑒(𝑠) > 3,
𝑠−3

𝑑 1 1
ℒ{𝑡𝑒 3𝑡 } = (−1) [ ]=−
𝑑𝑠 𝑠 − 3 (𝑠 − 3)2

2 3𝑡 }
𝑑2
2
1 𝑑 1 2
ℒ{𝑡 𝑒 = (−1) 2
[ ]= [− 2
]=
𝑑𝑠 𝑠 − 3 𝑑𝑠 (𝑠 − 3) (𝑠 − 3)3

g) Convolução de funções

O outro procedimento muito importante é o que esta relacionado com o uso de tabelas
para determinação de transformada inversa de Laplace é aquela que ocorre do teorema
da convolução. No entanto, antes de enunciar o teorema, primeiro vai-se definir o
conceito de convolução de duas funções.

Definição 02 (de Convolução). Seja f e g funções contínuas por partes. A convolução


das funções f e g é denotada e definida para t ≥ 0 por:
𝑡
(𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡) = ∫ 𝑓(𝛾)𝑔(𝑡 − 𝛾)𝑑𝛾.
0

Teorema 04. Se f e g são funções contínuas por partes e de ordem exponencial, então
a transformada da convolução (f ∗ g)(t) existe para s > k e é dada por:
ℒ{(𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡)} = ℒ{𝑓(𝑡)} ℒ{𝑔(𝑡)} = 𝐹(𝑠) 𝐺(𝑠).
Analogamente,

ℒ −1 {𝐹(𝑠) 𝐺(𝑠)} = (𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡)


Observe que:
∞ ∞ 𝑡
∫ 𝑒 −𝑠𝑡 (𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 ∫ 𝑓(𝛾)𝑔(𝑡 − 𝛾)𝑑𝛾𝑑𝑡
0 0 0
∞ 𝑡
= ∫0 ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 𝑓(𝛾)𝑔(𝑡 − 𝛾)𝑑𝛾𝑑𝑡

A integração acima está ocorrendo na seguinte região do plano 𝑡𝛾

0 ≤ 𝛾 ≤ 𝑡, 0 ≤ 𝑡 < ∞ 𝑜𝑢 𝛾 ≤ 𝑡 < ∞, 0 ≤ 𝛾 < ∞


14

Logo,
∞ ∞ 𝑡
∫ 𝑒 −𝑠𝑡 (𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 ∫ 𝑓(𝛾)𝑔(𝑡 − 𝛾)𝑑𝛾𝑑𝑡
0 0 0
∞ 𝑡
= ∫0 𝑓(𝛾) ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 𝑔(𝑡 − 𝛾)𝑑𝛾𝑑𝑡,

fazendo a mudança de variável 𝑢 = 𝑡 − 𝛾:

∞ ∞ ∞
∫ 𝑒 −𝑠𝑡 (𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑓(𝛾) ∫ 𝑒 −𝑠(𝑢+𝛾) 𝑔(𝑡 − 𝛾)𝑑𝛾𝑑𝑡
0 0 0
∞ ∞
= ∫ 𝑒 −𝑠𝛾 𝑓(𝛾)𝑑𝛾 ∫ 𝑒 −𝑠𝑢 𝑔(𝑢)𝑑𝑢,
0 0

Logo, obtemos:
ℒ{(𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡)} = ℒ{𝑓(𝑡)}ℒ{𝑔(𝑡)}.

Usando a notação,

𝐹(𝑠) = ℒ{𝑓(𝑡)}, 𝐺(𝑠) = ℒ{𝑔(𝑡)},

o teorema da convolução de funções toma a forma:

ℒ{𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡) = 𝐹(𝑠)𝐺(𝑠),

Permitindo escrever:

ℒ −1 {𝐹(𝑠)𝐺(𝑠)} = (𝑓 ∗ 𝑔)(𝑡).

Tem-se assim uma forma alternativa de determinar a transformada inversa de Laplace


de um produto de duas funções a partir das respectivas transformadas inversas de
Laplace.

1
Exemplo 08: determinar ℒ −1 {𝑠(𝑠+1)}, Usando o teorema de convolução.

Resolução:

1 1 1 1 1
ℒ −1 {𝑠(𝑠+1)} = ℒ −1 {𝑠 (𝑠+1)} = ℒ −1 {𝑠 } ∗ ℒ −1 {𝑠+1}, Onde

𝑡
1
ℒ −1 { } = 1 ∗ 𝑒 −𝑡 = 𝑒 −𝑡 ∗ 1 = ∫ 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥 = 1 − 𝑒 −𝑡 ∎
𝑠(𝑠 + 1) 0
15

h) Propriedades de Convoluções de funções

Existem muitas outras propriedades e aplicações da convolução, mas é possível


demonstrar sem muita dificuldade que valem as seguintes propriedades:

 Comutatividade: 𝑓 ∗ 𝑔 = 𝑔 ∗ 𝑓
 Associatividade: (𝑓 ∗ 𝑔) ∗ ℎ = 𝑓 ∗ (𝑔 ∗ ℎ)
 Distributividade: 𝑓 ∗ (𝑔 + ℎ) = 𝑓 ∗ 𝑔 + 𝑓 ∗ ℎ
 Nulidade: f ∗ 0 = 0

Essas propriedades são imediatas da definição da fórmula de convolução. Com estas


operações, podemos dizer que a formula de convolução define uma multiplicação
razoável em 𝛾.

Exemplo 09: calcule usando o teorema da convolução a transformada dada por:


1
ℒ −1 {𝑠2 (𝑠+1)2 }.

Resolução

1 1
ℒ −1 { 2 } = 𝑡 𝑒 ℒ −1 { } = 𝑡𝑒 −𝑡 ;
𝑠 (𝑠 + 1)2

Segue do teorema de convolução que:

𝑡 𝑡 𝑡
1
ℒ −1 { } = 𝑡 ∗ (𝑡𝑒 −𝑡 )
= ∫ (𝑡 − 𝑢)𝑢𝑒 −𝑢
𝑑𝑢 = 𝑡 ∫ 𝑢 𝑒 −𝑢
𝑑𝑢 − ∫ 𝑢2 𝑒 −𝑢 𝑑𝑢
𝑠 2 (𝑠 + 1)2 0 0 0
𝑡
−𝑢 𝑡
= 𝑡 [−𝑢𝑒 | + ∫ 𝑒 −𝑢 𝑑𝑢]
0 0

𝑡
−𝑡 (𝑒 −𝑡 2 −𝑡
= 𝑡[−𝑡𝑒 − − 1)] + 𝑡 𝑒 − 2 ∫ 𝑢𝑒 −𝑢 𝑑𝑢
0
2 −𝑡 −𝑡
= −𝑡 𝑒 − 𝑡𝑒 + 𝑡 + 𝑡 2 𝑒 −𝑡 − 2(−𝑡𝑒 −𝑡 − 𝑒 −𝑡 + 1)

= 𝑡𝑒 −𝑡 + 2𝑒 −𝑡 + 𝑡 − 2∎
16

i) Convolução de Transformada de Laplace

O produto de transformada de Laplace não é igual a transformada de Laplace do


produto de funções, mas se tomarmos 𝐹(𝑠) = ℒ[𝑓(𝑡)] 𝑒 𝐺(𝑠) = ℒ[𝑔(𝑡)], entao
podemos escrever da segunda forma:

ℒ[𝑓 ∗ 𝑔] = 𝐹(𝑠). 𝐺(𝑠)

1
Em particular, se 𝑔(𝑡) = 𝑢(𝑡), 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐺(𝑠) = 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑆 > 0, 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠:
𝑠

𝐹(𝑠)
ℒ[𝑓 ∗ 𝑢] =
𝑠

Como 𝑢(𝑤) = 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑤 > 0, 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑒 𝑞𝑢𝑒

𝑡 𝑡 𝑡
ℒ[𝑓 ∗ 𝑢] = ℒ [∫0 𝑓(𝑡 − 𝑤)𝑢(𝑤)𝑑𝑤 ] = ℒ [∫0 𝑓(𝑡 − 𝑤)𝑑𝑤 ] = ℒ [∫0 𝑓(𝑤)𝑑𝑤 ] Então

𝑡
𝐹(𝑠)
ℒ [∫ 𝑓(𝑤)𝑑𝑤 ] =
0 𝑠

Tomando as transformadas de 𝑓 = 𝑓(𝑡), 𝑔(𝑡) = ℎ(𝑡) = 𝑢(𝑡), respectivamente dadas


1
por 𝐹 = 𝐹(𝑠)𝑒 𝐺(𝑠) = (𝑠 > 0), 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠
𝑠

𝑡 𝑤
𝐹(𝑠)
= ℒ[∫ (∫ 𝑓(𝑣)𝑑𝑣) 𝑑𝑤]
𝑠2 0 0

j) Resolução de Equações Diferenciais Ordinárias através das transformadas


de Laplace

Denotamos ℒ{𝑦(𝑡)} por 𝑌(𝑠). Então, sob condições muito amplas, a transformada de
Laplace da 𝑛𝑚𝑎 derivada (𝑛 = 1,2,3, … ) 𝑑𝑒 𝑦(𝑡) é

𝑑𝑛 𝑦
ℒ { 𝑑𝑡 𝑛 } = 𝑠 𝑛 𝑌(𝑠) − 𝑠 𝑛−1 𝑦(0) − 𝑠 𝑛−2 𝑦 ′ (0) − ⋯ − 𝑠𝑦 (𝑛−2) (0) − 𝑦 (𝑛−1) (0) (1)

Se as condições iniciais sobre 𝑦(𝑡) em 𝑡 = 0 são dados por

𝑦(0) = 𝑐0 , 𝑦 ′ (0) = 𝑐1 , … , 𝑦 (𝑛−1) (0) = 𝑐𝑛−1 (2)


17

Então podemos escrever (1) como

𝑑𝑛 𝑦
ℒ { 𝑑𝑡 𝑛 } = 𝑠 𝑛 𝑌(𝑠) − 𝑐0 𝑠 𝑛−1 − 𝑐1 𝑠 𝑛−2 − ⋯ − 𝑐𝑛−2 𝑠 − 𝑐𝑛−1 (3)

Nos casos especiais 𝑛 = 1 𝑒 𝑛 = 2, a equação (3) se simplifica para

ℒ{𝑦 ′ (𝑡)} = 𝑠𝑌(𝑠) − 𝑐0 (4)

ℒ{𝑦 ′′ (𝑡)} = 𝑠 2 𝑌(𝑠) − 𝑐0 𝑠 − 𝑐1 (5)

k) Solução de Equações Diferenciais Ordinárias

As transformadas de Laplace são utilizadas na resolução de problemas de valor inicial


dados pela equação diferencial linear de 𝑛𝑚𝑎 ordem com coeficientes constantes.

𝑑𝑛 𝑦 𝑑𝑛−1 𝑦 𝑑𝑦
𝑏𝑛 𝑑𝑡 𝑛 + 𝑏𝑛−1 𝑑𝑡 𝑛−1 + ⋯ + 𝑏1 𝑑𝑡 + 𝑏0 𝑦 = 𝑔(𝑡) (6)

Juntamente com as condições iniciais especificadas na equação (2). Primeiro, tomamos


a transformada de Laplace de cada um dos membros da equação (6), obtendo assim uma
equação algébrica em Y (s). Em seguida, resolvemos algebricamente em relação a 𝑌(𝑠)
e, finalmente, tomamos a transformada inversa de Laplace para obter 𝑦(𝑡) = ℒ −1 {𝑌(𝑠)}
como ilustra o esquema a baixo

Figura 02: Solução de Equação Diferencial com Transformadas de Laplace

Exemplo 10: (de problema com valor inicial de equação diferencial da primeira ordem)
18

𝑦 ′ + 𝑦 = ℯ −𝑡 y(0) = 5

Aplicamos a transformada de Laplace a estas equações diferenciais ordinárias lineares.

Tomando a transformada de Laplace de cada um dos membros desta equação


diferencial, obtemos

ℒ[𝑦 ′ + 𝑦] = ℒ[ℯ −𝑡 ]

Pela linearidade da transformada de Laplace, segue que

1
ℒ[𝑦 ′ ] + ℒ[𝑦] =
𝑠+1

Usando a fórmula da transformada da derivada, obtemos

1
[𝑠𝑌(𝑠) − 𝑦(0)] + 𝑌(𝑠) =
𝑠+1

Que podemos reescrever como

1
𝑠𝑌(𝑠) − 5 + 𝑌(𝑠) =
𝑠+1

Extraindo o valor de 𝑌(𝑠), obtemos

1 1
𝑌(𝑠) = + 5
(𝑠 + 1)2 𝑠+1

Aplicando a transformada inversa de Laplace a esta equação e observando na tabela que

1 1
ℒ[𝑡ℯ −𝑡 ] = − 𝑒 ℒ[ℯ −𝑡 ] =
(𝑠 + 1)2 𝑠+1

Obtemos a solução do problema com valores iniciais (PVI)


𝑦(𝑡) = 𝑡ℯ −𝑡 + 5ℯ −𝑡 = (𝑡 + 5)𝑒 −𝑡 ∎
19

5. Parte Pratica
Exercício 1: Determine a transformada de Laplace da função dada pela seguinte
expressão analítica:

𝒇(𝒕) = 𝒕𝒆𝒂𝒕 𝒄𝒐𝒔(𝒃𝒕), 𝒂, 𝒃 𝝐 ℝ

Resolução

Para resolver este problema, usaremos as fórmulas seguintes das derivadas de


transformada de Laplace:

𝑑 𝑛 𝐹(𝑠)
ℒ{𝑡 𝑛 𝑓(𝑡)} = (−1)𝑛 𝑒 ℒ{𝑒 𝑎𝑡 𝑓(𝑡)} = 𝑌(𝑠 − 𝑎)
𝑑𝑠𝑛

Seja 𝑓(𝑡) = 𝑐𝑜𝑠(𝑏𝑡)


𝑠
ℒ{𝑓(𝑡)} = 𝑌(𝑠) =
𝑠2
+ 𝑏2
𝑠−𝑎
ℒ{𝑒 𝑎𝑡 𝑓(𝑡)} =
(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏 2
𝑑 𝑠−𝑎
ℒ{𝑡𝑒 𝑎𝑡 𝑓(𝑡)} = (−1) [ ]
𝑑𝑠 (𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏 2
[(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏 2 ] − [2(𝑠 − 𝑎)(𝑠 − 𝑎)]
=−
[(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏 2 ]2
(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏 2 − 2(𝑠 − 𝑎)2
=−
[(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏 2 ]2
1
𝑌(𝑠) = ∎
(𝑠 − 𝑎)2 + 𝑏2

Exercício 2: Resolva o problema de valor inicial, usando a transformada de Laplace


𝒚″ − 𝟗𝒚′ = 𝟓𝒆−𝟐𝒙 , 𝒚(𝟎) = 𝟏 𝒆 𝒚′ (𝟎) = 𝟐 , 𝒙 > 𝟎.

Resolução
ℒ{𝑦 ″ − 9𝑦 ′ } = ℒ{5𝑒 −2𝑥 }

ℒ{𝑦 ″ } − ℒ{9𝑦 ′ } = ℒ{5𝑒 −2𝑥 }


1
[𝑠 2 𝑌(𝑠) − 𝑦(0)𝑠 − 𝑦 ′ (0)] − 9[𝑠𝑌(𝑠) − 𝑦(0)] = 5
𝑠+2
1
[𝑠 2 𝑌(𝑠) − 𝑠 − 2] − 9[𝑠𝑌(𝑠) − 1] = 5
𝑠+2
1
𝑠 2 𝑌(𝑠) − 9𝑠𝑌(𝑠) − 𝑠 + 7 = 5
𝑠+2
20

1
𝑌(𝑠)(𝑠2 − 9𝑠) = 5 +𝑠−7
𝑠+2
5 𝑠−7
𝑌(𝑠) = +
(𝑠2 − 9𝑠)(𝑠 + 2) (𝑠2 − 9𝑠)
Tomando a transformada inversa de Laplace, obtemos:

5 𝑠−7
𝑦(𝑥) = ℒ −1 {𝑌(𝑠)} = ℒ −1 { } + ℒ −1
{ }
(𝑠 2 − 9𝑠)(𝑠 + 2) (𝑠 2 − 9𝑠)
5 𝑠−7
Seja ℒ −1 { } = 𝐿1 𝑒 ℒ −1 {(𝒔𝟐 −9𝑠)} = 𝐿2 𝑒 𝑦(𝑥) = 𝐿1 + 𝐿2
(𝒔𝟐 −9𝑠)(𝑠+2)

5 𝐴 𝐵 𝐶
= + +
𝑠(𝑠 − 9)(𝑠 + 2) 𝑠 𝑠−9 𝑠+2
5 = 𝐴(𝑠 − 9)(𝑠 + 2) + 𝐵𝑠(𝑠 + 2) + 𝐶𝑠(𝑠 − 9)
5 5 5
⟹𝐴=− ;𝐵 = ;𝐶 =
18 99 22
Portanto,

5 5 5
− 18
𝐿1 = ℒ −1
{ }+ℒ −1
{ 99 −1
}+ℒ { 22 }
𝑠 𝑠−9 𝑠+2

5 −1 1 5 −1 1 5 −1 1 5 5 5
=− ℒ { }+ ℒ { }+ ℒ { }=− + 𝑒9𝑥 + 𝑒−2𝑥
18 𝑠 99 𝑠−9 22 𝑠+2 18 99 22
Para L2

𝑠−7 𝑠 7
𝟐
= −
(𝒔 − 9𝑠) 𝑠(𝑠 − 9) 𝑠(𝑠 − 9)
𝑠 𝐴 𝐵
= + ⟹ 𝑠 = 𝐴(𝑠 − 9) + 𝐵𝑠 ⟹ 𝐴 = 0 𝑒 𝐵 = 1
𝑠(𝑠 − 9) 𝑠 𝑠 − 9
7 𝐴 𝐵 7 7
= + ⟹ 7 = 𝐴(𝑠 − 9) + 𝐵𝑠 ⟹ 𝐴 = − 𝑒 𝐵 =
𝑠(𝑠 − 9) 𝑠 𝑠 − 9 9 9
Portanto,

7 7
0 1 −9 7 7
𝐿2 = ℒ −1 −1
{ }+ℒ { } − [ℒ { } + ℒ { 9 }] = 𝑒 9𝑥 + − 𝑒 9𝑥
−1 −1
𝑠 𝑠−9 𝑠 𝑠−9 9 9

Logo,

5 5 9𝑥 5 7 7 91 27 9𝑥 5
𝑦(𝑥) = − + 𝑒 + 𝑒 −2𝑥 + 𝑒 9𝑥 + − 𝑒 9𝑥 = + 𝑒 + 𝑒 −2𝑥 ∎
18 99 22 9 9 162 99 22
21

6. Conclusão

Conclui-se que a transformada de Laplace é um processo muito importante, usado no


cálculo de funções integráveis num certo intervalo definido. Como consequência de
admitir integral num certo intervalo, implica isto, admitir também a derivada da função,
usando a sua transformada.

Este cálculo de função usando a transformada é feito em função de algumas


propriedades, teoremas definidas nele e com base na sua tabela, e estende-se ate na
convolucao de funcoes. Assim facilitando o processo de obtenção de transformada da
função dada,

De referir também que as transformadas de Laplace são utilizadas na resolução de


problemas de valor inicial dados pela equação diferencial linear, por este motivo
referimos ser tão importante. Desta forma denota-se que foram satisfeitos os objectivos
referidos para o presente trabalho.
22

7. Referencias Bibliográficas

[1] BOYCE, W.E. DIPRIMA, R.C. Equações diferenciais elementares e problemas de


valores de contorno. Rio de Janeiro: LTC.

[2] FIGUEIREDO, D.G. Análise de Fourier e equações diferenciais parciais. Rio de


Janeiro: IMPA.

[3] KREYSZIG, E. Matemática superior. Vol. 3. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e


Científicos.

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