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Experiência 2

Medidas de Tensão Elétrica Contínua utilizando o


Multímetro Analógico e Digital
Universidade Cruzeiro do Sul Laboratório – Eletricidade
Aplicada
Prof. Robmilson

1. Objetivos

 Realizar medições de tensão elétrica contínua utilizando o Voltímetro/Multímetro analógico;


 Realizar medições de tensão elétrica contínua utilizando o Voltímetro/Multímetro Digital;
 Fixar os fundamentos das Leis de Kirchhoff;
 Verificar a Lei de Ohm para resistores;
 Familiarização com as escalas do Multímetro Analógico e Digital;

2. Introdução Teórica

2.1. Voltímetro / Multímetro Analógico


O voltímetro é um instrumento destinado à medição de tensões elétricas. Tensão elétrica é
a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Como visto na teoria, a tensão pode ser
contínua, variável no tempo representada por uma função variável qualquer, ou ainda,
alternada ou alternativa, quando o valor médio da tensão é nulo. Grosso modo, na prática, as
tensões são classificadas como tensões contínuas ou tensões alternadas.

Em geral são utilizadas as siglas CC ou DC para se referir a tensões contínuas, onde CC é a


abreviação de corrente contínua e DC é a abreviação da expressão inglesa "direct current". As
siglas CA ou AC são utilizadas para se referir as tensões alternadas, onde CA é a abreviação de
corrente alternada e AC é a abreviação da expressão inglesa "alternating current". Nesta
experiência trabalharemos apenas com tensões contínuas.

Para se fazer a medição da diferença de potencial elétrico entre dois pontos, o voltímetro é
conectado em paralelo com o trecho do circuito a ser medido. De acordo com a teoria, ao
fazermos ligações em paralelo, a corrente se divide pelos ramos na proporção inversa dos
valores das resistências de cada ramo, ou seja, quanto maior a resistência do ramo, menor a
corrente. O voltímetro tem como característica uma resistência interna muito elevada e, desta
maneira, um pequeno valor de corrente é drenado através dele. O voltímetro ideal é aquele que
possui resistência interna infinita e, portanto, ao ser conectado em paralelo com o trecho do
circuito a ser medido, a corrente desviada através dele é nula. Desta forma, nesta situação ideal,
ele não interfere no circuito.

Para estas medições de tensão, existem diversos tipos de instrumentos e o mais comum é o
voltímetro incorporado ao aparelho denominado multímetro. O instrumento que utilizaremos
em nossa experiência é o multímetro analógico da marca Minipa ET 3021 da experiência
anterior.

Para medições de tensões contínuas utilizamos os arcos de escalas indicados nas fotos do
aparelho. Esta escala aumenta da esquerda para a direita e o fundo de escala é de 10, 50 ou 250
divisões, conforme pode ser observado. Para estas medições, a chave seletora rotativa oferece
7 posições possíveis, com os seguintes fundos de escala: 0,1V; 0,5V; 2,5V; 10V; 50V; 250V;

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1000V. Por exemplo, com a chave seletora na posição 0,1V, podemos medir tensões CC de 0 a
0,1V, utilizando como fundo de escala o valor 10 e dividindo a leitura por 100. Quanto maior for
o valor da tensão de fundo de escala indicada pela posição da chave seletora, maior é o valor da
resistência interna oferecida pelo voltímetro. Para o ponteiro se movimentar e se manter numa
posição é necessário que certo valor de conjugado seja desenvolvido e este conjugado é
diretamente proporcional à corrente que é desviada para o voltímetro.

A energia elétrica necessária para a movimentação do ponteiro é suprida pelo próprio


circuito que está sendo medido.

2.2. Ajuste do seletor de escalas


Com o intuito de melhor aproveitar a faixa dinâmica (útil) do multímetro à ampla variação
das grandezas medidas, utilizam-se seletores de escala que permitem além da seleção da
grandeza (V, A, Ω) a escolha do fundo de escala (máxima amplitude) que melhor se adapta a
cada medida. Neste caso a grandeza deve ser medida na escala que possibilite a maior
resolução (maior número de algarismos significativos) sem que haja saturação do medidor.
Quando não se tem idéia do valor a ser medido utiliza-se inicialmente uma maior escala e em
seguida seleciona-se a mais adequada em função do valor lido.

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Figura 1 - Multímetro Analógico Minipa Modelo ET-3021

Figura 2 - Escalas para Medição de tensão continua

2.3. Voltímetro / Multímetro Digital


As características básicas do voltímetro digital são semelhantes às do analógico. A diferença
essencial é que a grandeza medida é processada por circuitos eletrônicos e o seu valor é
apresentado numericamente no mostrador ("display").

O instrumento que utilizaremos em nossa experiência é o multímetro digital da marca


Minipa, modelo ET- 2042C. A chave seletora rotativa deste instrumento oferece 5 posições para
a medição de tensões contínuas. As indicações que vemos nestas posições são: 200mV, 2V, 20V,
200V e 1000V. Estes números indicam os valores máximos de tensões que podem ser medidos
em cada posição, sendo que 200m significa 200 milivolts.

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O instrumento dispõe de uma bateria interna para suprir a energia elétrica necessária para
efetuar a medida e para a alimentação dos seus circuitos internos.

Figura 3 - Multímetro Digital Minipa Modelo ET-2042C

2.4. Fonte de Tensão


Atenção: a tensão de alimentação deste aparelho é de 110 V.

Nesta experiência utilizaremos a fonte de tensão marca Minipa modelo MPC – 3003 D.

O terminal marcado com o sinal "+" é o terminal positivo e, conforme as convenções de


circuitos, é por onde a corrente positiva sai. A chave com a indicação "POWER ON/OFF" é a
chave liga / desliga da fonte.

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Os displays existentes no painel frontal indicam a tensão e a corrente suprida pela fonte
dependendo da posição das chaves comutadores. Este aparelho opera na faixa de tensões de 0
a 30 V (ajustáveis e estabilizados) para ambas as fontes @ 3 Amperes (max) e 5 Volts fixos @
Max.3A

No setor do painel frontal envolvido por um retângulo, na parte superior está escrito
CURRENTE e VOLTAGE, nessa região se encontram quatro botões rotativos que são utilizados
para o ajuste dos limites de corrente e tensões de saídas para cada fonte. Girando estes botões
no sentido horário, as tensões e correntes supridas pela fonte aumentam.

Figura 4 - Fonte De Alimentação Simétrica Minipa Modelo MPC 3003 D

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2.5. Lei de Kirchhoff das Tensões – Lei das Malhas


A Figura 5 mostra um circuito de uma malha, onde estão identificadas todas as tensões e
corrente, com suas respectivas polaridades.

Figura 5 – Polaridade

Tomando-se em consideração as polaridades das quedas de tensão em cada elemento de


uma malha, e considerando-se que tensão ou diferença de potencial está relacionada à energia
(J/C), e que energia é conservativa, então, a Lei de Kirchhoff das Tensões pode ser enunciada
como segue:

“A soma algébrica das tensões em uma malha é igual a zero”


Para o circuito da Figura 5, pode-se, então, escrever a Lei de Kirchhoff das Tensões como:

V1 + V2 − V = 0

3. Pontos de Atenção

a) Ao medir tensões cujas ordens de grandeza são desconhecidas, inicie sempre com a
chave seletora rotativa na posição de maior valor de tensão;

b) Cuidado para não derrubar objetos condutores sobre circuitos energizados;

c) Não toque em nenhuma parte do circuito. Caso sejam necessárias modificações na


configuração do circuito, desligue todas as fontes de tensão, desconecte-as das tomadas
e tenha cuidado com capacitores que podem estar carregados. Circuitos de baixa tensão
podem também ser perigosos e provocar acidentes fatais. Para isto, basta que haja uma
falha no sistema de isolação do circuito.

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d) Mantenha o rosto afastado de circuitos energizados. Uma simples faísca pode cegar.

e) A aplicação de tensões maiores do que a indicada pela posição da chave seletora rotativa
pode danificar o aparelho.

Experimento 2 - Medidas de Tensão Elétrica Contínua utilizando o Multímetro Analógico e Digital


(GRUPOS com no máximo 5 alunos)

São Miguel: Paulista: Diurno: Noturno:

Nome...........................................................................................RGM :
Nome...........................................................................................RGM :
Nome...........................................................................................RGM :
Nome...........................................................................................RGM :
Nome...........................................................................................RGM :

Curso............................................Turma...........................................
ATENÇÃO! SOMENTE ESSAS PÁGINAS (8 a
11) DO EXPERIMENTO DEVERÃO SER
ENTREGUES DIGITALMENTE VIA BB,
DEVIDAMENTE PREENCHIDAS!!!
4. Lista de Material:

Descrição Quantidade
Multímetro Analógico 1
Multímetro Digital 1
Fonte de Tensão Simétrica 1
Placa padrão com montagem em série dos
1
resistores de 1k2; 470Ω; 330Ω; 100Ω

5. Procedimento Experimental I - Ensaios com a fonte em vazio

1. Nesta parte trabalharemos com a fonte em vazio ou sem carga. Ajuste sequencialmente os
valores de tensão de saída da fonte indicados na tabela 1 abaixo, utilizando para isto, o
voltímetro do painel frontal. Para cada valor ajustado, meça estas tensões com o multímetro
analógico e com o multímetro digital, preenchendo a tabela 1.

Tensão Fonte (V) Mult. Analógico (V) Mult. Digital (V) Valor Médio (V)
0,5
1,5
6,0

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15,0
20,0
30,0
Tabela 1 - Ensaios com a fonte em vazio

2. Comente as eventuais diferenças encontradas entre os valores medidos pelos dois


instrumentos.

6. Procedimento Experimental II - Ensaios com a fonte em carga


1. Utilizando a placa padrão PP1 sem estar conectada a fonte de tensão meça os valores dos
resistores R1, R2, R3, R4, RT (R1+R2+R3+R4) com multímetro analógico e o digital e anote na
Tabela 2.

2. Gire os botões de controle de tensão e de corrente da fonte totalmente no sentido anti-


horário, de forma que a tensão de saída seja igual a zero. Utilizando a placa padrão PP1
conecte-a a saída da fonte. Preencha a tabela 3 ajustando a tensão de saída da fonte
conforme indicado. Comente os resultados.

3. Sabendo que a potência nominal dos resistores é de 0.125 W, verifique qual deles se
encontra em situação mais crítica nesta associação. Verifique e comente as temperaturas
nas superfícies dos resistores.

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Figura 6 - Esquema da Placa Padrão 1

Valor Multímetro Multímetro Valor


Resistores
Nominal (Ω) Analógico (Ω) Digital (Ω) Médio (Ω)
R1 (J5-J6)
R2 (J6-J7)
R3 (J7-J8)
R4 (J8-J9)
RT (J5-J9)
Tabela 2 – Medições das resistências

Multímetro Multímetro
Tensão Resistores Calculado Calculado Calculado
Analógico Digital
Fonte (V) (Ω) VRX (V) IRX (V) PRX (W)
VRX (V) VRX (V)
R1 (J5-J6)
10
R2 (J6-J7)

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R3 (J7-J8)
R4 (J8-J9)
RT (J5-J9)
R1 (J5-J6)
R2 (J6-J7)
15 R3 (J7-J8)
R4 (J8-J9)
RT (J5-J9)
R1 (J5-J6)
R2 (J6-J7)
21 R3 (J7-J8)
R4 (J8-J9)
RT (J5-J9)
R1 (J5-J6)
R2 (J6-J7)
30 R3 (J7-J8)
R4 (J8-J9)
RT (J5-J9)
Tabela 3 - Ensaios na Placa Padrão 1

7. Questões
1. Explique porque, ao medirmos a tensão de uma bateria de automóvel com um voltímetro,
com a chave seletora na posição 1200 V, este apresenta um valor próximo à zero.

2. Por que a corrente calculada nos resistores é a mesma para todos os resistores?

3. Por que a potência dissipada entre os resistores é diferente?

4. Por que a soma das tensões Rx é igual a tensão da fonte?

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5. Por que a potência total ΣPRx é igual a I * Vfonte

6. Baseado no comparativo dos resultados esperados e encontrados de uma forma geral, assim
como nos estudos realizados, questões respondidas e conhecimentos adquiridos com a
experiência prática realizada, apresente suas conclusões e/o aprendizados.

7. Apesar do experimento (2) ser realizado em grupo, cada integrante deverá enviar relatório
elaborado, via BB, bem como avaliar o nível de satisfação e de aprendizado ao realizar o
experimento. Leve em consideração as aulas teóricas, práticas (Laboratório físico) bem como
também a utilização do Laboratório Virtual (Thinkercad), o qual tinha como objetivo auxiliar
no experimento no lab físico. Para isso, digitalize o QR ou use o link a seguir.

https://forms.office.com/r/AfnWQ4uvQt

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