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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS SOBRAL
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: INTRUMENTAÇÃO, MEDIDAS E INST. ELÉTRICAS – TURMA 02C
PROFESSOR: ADSON BEZERRA MOREIRA

PRÁTICA N° 02: LEIS DE OHM E DE KIRCHHOFF

EQUIPE:

Adrielle Batista do Nascimento - 385495


Amanda de Moura Marques - 500119
Lucas Tardelli de Aragão Ponte - 501681

SOBRAL
2022
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Circuito com transformador. ....................................................................................... 8


Figura 2: Circuito montado. ..................................................................................................... 11
Figura 3: Circuito parte III. ...................................................................................................... 14
Figura 4: Circuito resistivo em série. ....................................................................................... 16
Figura 5: Medição das tensões.................................................................................................. 16
Figura 6: Medição de corrente. ................................................................................................. 17
LISTAS DE TABELAS

Tabela 1: Valores do circuito com carga resistiva e com transformador. ................................... 8


Tabela 2: Tensão das cargas. ..................................................................................................... 11
Tabela 3: Correntes do circuito. ................................................................................................ 14
Tabela 4: Valores de Potência dissipada. .................................................................................. 14
Tabela 5: Valores das medições. ............................................................................................... 17
Tabela 6: Valores de potência dissipada. .................................................................................. 17
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 6
3 MATERIAL NECESSÁRIO ................................................................................................ 7
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .............................................................................. 8
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 20
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1 INTRODUÇÃO

A compreensão do funcionamento de um circuito se dá por meio de análises que


fornecem equações e consequentes valores de correntes ou tensão, por exemplo. Os principais
métodos para avaliar esses circuitos são as leis de Kirchhof. De início, temos a primeira lei que
se trata da Lei dos Nós. Tal lei tem como preceito que a soma algébrica de todos as correntes
em qualquer nó de um circuito é igual a zero (Nilsson, 2016). Para utilizar esse princípio, é
necessário seguir alguns passos para que se alcance acertadamente os valores das correntes.
Em primeira análise, é indispensável identificar os nós do circuito, sendo a
definição de nó, um ponto do circuito onde a corrente se divide ou se soma. Logo após fazer
essa análise, é necessário que se escolha um nó de referência, isto é, onde a tensão é zero. Para
que se faça a escolha certa, é recomendado escolher o nó onde se chega mais ramos do circuito.
Além disso, os nós devem ser nomeados e os sentidos das correntes devem ser traçados. Por
fim, montam-se as equações, sendo que o número de equações necessárias é igual ao número
de nós menos 1 (nºnós-1) e resolver o sistema de equações.
Em segunda análise, temos a Lei das Malhas, que afirma que a soma algébrica de
todas as tensões ao longo de qualquer caminho fechado em um circuito é igual a zero (Nilsson,
2016). Assim, analogamente à Lei dos Nós, se faz necessário também seguir um passo a passo
para que se tenha uma avaliação precisa do circuito.
A princípio, é fundamental fazer a classificação do circuito, isso porque ele pode
assumir duas modalidades: planar e não planar. Um circuito planar é aquele onde se pode
desenhar todo o circuito em um plano sem que dois ramos se cruzem, já referente ao não planar,
é um circuito onde há o cruzamento de ramos. Após aplicar esse conhecimento, se identifica
todas as malhas e determina-se uma corrente para cada malha, é válido salientar que sempre
tem que se identificar a polaridade das tensões de acordo com o sentido da corrente adotada.
Por fim, se faz a montagem das equações, sendo uma equação por malha, e, seguidamente,
revolucionam-se os sistemas.
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2 OBJETIVOS

O objetivo da prática é verificar através das Leis de Tensões (LKT) e de Correntes


(LKC) e Lei de Ohm, as tensões e correntes nos elementos utilizando a analise nodal, analise
de malhas e a geometria de cada Lei.
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3 MATERIAL NECESSÁRIO

Na prática de Leis de Ohm e Kirchhof, os materiais utilizados para a realização do


experimento em laboratório foram:
 Cabos de conexão;
 Multímetros, amperímetros e voltímetros;
 Transformador;
 Fonte de alimentação C.A. VARIVOLT;
 Variac 0-400 Vca;
 Módulos de resistências com valor nominal de 300Ω.
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4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PARTE I – CIRCUITO COM CARGA RESISTIVA E TRANFORMADOR.

Na prática primeiro escolhe-se um resistor qualquer do modulo de resistência, nesse


caso foi escolhido a resistência de 299,1 ohm. Logo após foi feito montado um circuito
conforme a Figura 1, onde tem-se uma tensão de 220 V no secundário do transformador. Com
isso foi preenchido a Tabela 1 e verificou-se a lei de ohm.

Figura 1: Circuito com transformador.

Fonte: Próprio autor

Tabela 1: Valores do circuito com carga resistiva e com transformador.

Potência
Resistência (Ω) Tensão (V) Corrente (mA)
dissipada (W)
Valores
300,00 110,00 366,66 40,19
Calculados
Valores
299,10 110,00 364,00 39,63
Medidos

Fonte: Próprio autor

QUESTIONÁRIO - PARTE I

1) Comente os resultados da Tabela 1 com relação à veracidade da Lei de Ohm na prática.


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A Lei de Ohm diz que a intensidade da corrente elétrica que percorre um condutor
é diretamente proporcional à diferença de potencial e inversamente proporcional à resistência
do circuito, ou seja:
𝑉
𝐼= (1)
𝑅
Comparando os valores medidos e com os valores calculados através da fórmula
vemos que são praticamente iguais, apenas com uma pequena margem de erro. Logo, vemos
que a Lei de Ohm se aplica na prática.

2) Pesquise e comente, brevemente, sobre transformadores e autotransformadores. Além


de variar a tensão na saída, que outra diferença o varivolt apresenta em relação ao
transformador?
Os transformadores normalmente contêm dois enrolamentos eletricamente isolados
um do outro, mas conectados magneticamente. Isso inclui um enrolamento primário que recebe
a energia da fonte, e um enrolamento secundário que fornece a energia para a carga. Um
autotransformador é um transformador no qual os circuitos primário e secundário têm um de
seus dois enrolamentos em comum, um único enrolamento faz a função de primário e
secundário, já que existe conexão magnética e elétrica entre os enrolamentos. Existe uma
derivação que é feita diretamente de um ponto da bobina, o qual determinará o valor de tensão
da saída.
Outra diferença de um varivolt, autotransformador, para um transformador é que
requer menos cobre, portanto, a perda no enrolamento é menor. Logo, as perdas no
transformador são menores e aumentam a eficiência do transformador.

3) Calcule os valores nominais de tensão e corrente para os dados de resistência e potência


fornecidas pelo fabricante.
Dados:
Resistência: 300 Ω
Potência: 350 W

Pela fórmula:
𝑉 (2)
𝑃=
𝑅
10

𝑉
35 =
300
𝑉 = 324,037 𝑉

Temos também:
𝑃 =𝑉∙𝐼 (3)
350 = 324,037 ∙ 𝐼
𝐼 = 1,08 𝐴
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PARTE II – CIRCUITO COM TRÊS CARGAS RESISTIVAS.

Nessa segunda parte foi construído um circuito com três resistências (R1=R, R2=2R
e R3=3R) e aplicando uma tensão de 110V no secundário do transformador, como mostrado na
Figura 2, e foi preenchido a Tabela 2. O circuito foi montado de forma que a máxima capacidade
de dissipação de potência dos resistores não fosse ultrapassada e que os valores de tensão e
corrente não saturasse o fundo de escala dos aparelhos de medição que foram utilizados na
prática.
Figura 2: Circuito montado.

Fonte: Próprio autor

Tabela 2: Tensão das cargas.

Vs (V) (Tensão no V1 (V) V2 (V)


secundária do
transformador)

Calculado 110,00 68,00 42,00

Medido 110,00 67,00 41,00

Fonte: Próprio autor

QUESTIONARIO – PARTE II

1) Calcule os valores de corrente em cada carga (IR1, IR2 e IR3) e verifique a 1a Lei de
Kirchhof (Aplicada ao nó A).
Corrente IR1:
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𝑉1 (4)
𝐼 =
𝑅1
67
𝐼 =
299,1
𝐼 = 0,224 𝐴

Como os resistores R2 e R3 estão em paralelo, vamos calcular a resistência


equivalente:

(𝑅 ∙ 𝑅 ) (5)
𝑅 =
(𝑅 + 𝑅 )
(292,8 + 292,4) ∙ 305,9
𝑅
(292,9 + 292,4) + 305,9
𝑅 = 200,89 Ω

Calculando a corrente na resistência equivalente, temos:


𝑉2 (6)
𝐼 =
𝑅
41
𝐼 =
200,89
𝐼 = 0,2041 𝐴

De acordo com a 1ª Lei de Kirchhof, a soma de todas as correntes que chegam a um


nó do circuito deve ser igual à soma de todas as correntes que deixam esse mesmo nó.
Comparando a corrente no resistor 1, ou seja, a corrente que chega no nó A, com a corrente nos
resistores 2 e 3, ou seja, a corrente que sai do nó A tem praticamente o mesmo valor, com uma
diferença de 10 %, levando em conta a margem de erro dos resistores. Logo vemos que a Lei
de Kirchhof é válida na prática.

2) Verifique a 2a Lei de Kirchhof (Aplicada a malha no secundário do transformador)


utilizando os valores calculados e medidos. Compare estes resultados.
A 2ª Lei de Kirchhof afirma que a soma dos potenciais elétricos ao longo de uma
malha fechada deve ser igual a zero,
𝐼 ∙𝑅 +𝐼 ∙𝑅 − 110 = 0 (7)
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0,224 ∙ 299,1 + 0,2041 ∙ 200,89 − 110 = 0


67 + 41 = 108 𝑉

O valor medido é bem próximo do valor calculado, confirmando a validade da 2ª


lei de Kirchhof.

3) Com base nos resultados da Tabela 2, as Leis de Kirchhof (para correntes e tensões)
são válidas na prática? Comente.
A Lei de Kirchhof, sobre malha, nos diz que em um circuito em série a soma das
tensões tem que ser igual a zero. Para os resultados obtidos na Tabela 2 podemos concluir que
a Lei de Kirchhof é válida visto que tanto para os valores calculados como para os valores
medidos o resultado da soma das tensões do circuito dá igual a zero.
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PARTE III – CIRCUITO COM TRÊS CARGAS RESISTIVAS EM PARARELO.

Nessa terceira parte foi montado o circuito da Figura 3 utilizando as resistências (no
caso R, 2R e 3R), e preencheu-se a Tabela 3 e a Tabela 4.

Figura 3: Circuito parte III.

Fonte: Próprio autor

Tabela 3: Correntes do circuito.

VT (V) IT (mA) IR1 (mA) IR2 (mA) IR3 (mA)


Calculado 110,00 675,32 367,77 187,97 119,58
Medido 110,00 663,00 365,00 178,00 120,00
Fonte: Próprio autor

Tabela 4: Valores de Potência dissipada.

Resistências Pn (W) Pd (W) Rn (Ω) Rd (Ω)


R1 40,45 40,15 300,00 299,10
R2 20,67 19,58 600,00 585,20
R3 13,15 13,20 900,00 919,90
Fonte: Próprio autor

QUESTIONÁRIO – PARTE III

1) Comente os resultados obtidos nas Tabelas 3 e 4 analisandos, também, as leis de Ohm


e Kirchhof.
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De acordo com a 1ª lei de Kirchhof a soma de todas as correntes que chegam em


um nó deve ser a mesmo soma de correntes que sai do nó, e foi possível observar isso na tabela
3, onde IT = I1 + I2 + I3; e também foi visto que as medições de corrente obedeceram a Lei de
Ohm, como temos um circuito com resistores em paralelo, o valor de tensão é o mesmo para
todos os resistores e através da lei de Ohm podemos calcular as correntes em cada resistor, e
vimos que os valores calculados foram muito próximos dos valores medidos.
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PARTE IV – CIRCUITO COM TRÊS CARGAS RESISTIVAS EM SÉRIE.

Essa parte se deu em montar um circuito com resistências distintas (R, 2R, 3R)
como pode ser visto na Figura 4. Em seguida foi feito as medições utilizando o amperímetro e
voltímetro em cima de cada resistência e, depois, foi preenchido as Tabelas 5 e 6.

Figura 4: Circuito resistivo em série.

Fonte: Próprio autor

As Figuras 5 e 6 mostram os valores medidos pelos instrumentos de medição


durante os experimentos.
Figura 5: Medição das tensões.

Fonte: Próprio autor


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Figura 6: Medição de corrente.

Fonte: Próprio autor

Tabela 5: Valores das medições.

VT (V) IT (mA) VR1 (V) VR2 (V) VR3 (V)


Calculado 110,00 611,11 18,33 36,67 55,00
Medido 110,00 177,00 18,00 33,00 54,00
Fonte: Próprio autor

Tabela 6: Valores de potência dissipada.

Resistências Pn (W) Pd (W) Rn (Ω) Rd (Ω)


R1 183,33 52,94 300,00 299,10
R2 366,66 103,58 600,00 585,20
R3 550,00 162,82 900,00 919,90
Fonte: Próprio autor

QUESTIONÁRIO – PARTE IV

1) Comente os resultados dessa parte analisando, também, as leis de Ohm e Kirchhof.


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A tensão da fonte será completamente absorvida pelas resistências, onde aplicando


a lei das tensões de Kirchhof ou lei das malhas é possível obter a corrente da malha, como
mostrado a seguir:

𝑉𝑡 = 𝑅1 × 𝐼 + 𝑅2 × 𝐼 + 𝑅3 × 𝐼 (8)

E
𝑉𝑡
𝐼= (9)
(𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3)

Como Vt = 110V, I = 177 mA, Vr1 = R1*I = 18V, Vr2 = R2*I = 33V, Vr3 = R3*I
= 54V, R1 = 299,1 Ohm, R2 = 292,8 + 292,4 = 585,2 Ohm e R3 = 314 + 305,9 + 300 = 919,9
Ohm. São valores obtidos dos equipamentos do laboratório que aplicando as leis de Ohm e de
Kirchhof se mostram verdadeiros. Substituindo os valores na equação (9), temos:

110
𝐼=
(299,1 + 585,2 + 919,9)
𝐼 = 60,97 𝑚𝐴
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5 CONCLUSÃO

De acordo com o experimento realizado e com os dados obtidos, portanto, usando


resistências em série e paralelo e aplicando as respectivas associações de resistências nos
circuitos da prática, foi observado como os valores de corrente nos amperímetros e os valores
de tensão nos voltímetros se comportam com as resistências em série e paralelo, e que as leis
de Kirchhof e Ohm fornecem valores muito próximos dos obtidos no laboratório.
Entre os problemas encontrados durante a prática estão principalmente nas
montagens dos circuitos e no uso correto para leitura de correntes em paralelo, onde era
necessário conectar a corrente de entrada nas entradas dos 3 amperímetros em série, cada um,
com as resistências que foram sanadas pelo professor.
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REFERÊNCIAS

Edminister, J., A., 1985, “Circuitos Elétricos”, 2 edição, Markon Books Brasil.
a

Nilson, J., Reidel, S. 2003, “Circuitos Elétricos”, LTC, 6ª Edição.

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