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NÃO CLASSIFICADO

MARINHA

ESCOLA DE TECNOLOGIAS NAVAIS

Instalações Eléctricas I
PEETNA 2233
CFP 05

Departamento de Propulsão e Energia

NÃO CLASSIFICADO
NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

REGISTO DE ALTERAÇÕES

Identificação de alteração ou
Data em que foi Quem efectuou (assinatura, posto,
correcção e número de registo (se
efectuada unidade)
houver)

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(Verso em branco)
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ÂMBITO DO MANUAL

1. O “PEETNA 2233 – Instalações Eléctricas I” - é um manual escolar elaborado pelo


Departamento de Propulsão e Energia da Escola de Tecnologias Navais com o objectivo
de apoiar a formação ministrada no módulo de:
a. Instalações Eléctricas I do Curso de Formação de Praças Electromecânicos
(CFP 05).
2. Encontra-se conforme com a documentação dos cursos e estrutura aprovada, tendo por
objectivo auxiliar o formando na obtenção dos conhecimentos que o habilitem a:

a. Demonstrar conhecimentos e perícias aplicados a instalações eléctricas de


navios.

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(Verso em branco)
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ÍNDICE

CAPÍTULO 1 - FRAGATAS CLASSE “VASCO DA GAMA” ................................................................. 1

101 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ............................................................................ 2


a. CARACTERÍSTICAS DOS ALTERNADORES.................................................................... 2
b. MODO DE UTILIZAÇÃO...................................................................................................... 3
c. CENTRAIS E QUADROS .................................................................................................... 5
a. COMANDO E CONTROLO ................................................................................................. 8
b. SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ENERGIA “SIMOS PMA 71 ............................. 9
c. CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO.......................................................................................... 10
d. VANTAGENS ..................................................................................................................... 11

CAPÍTULO 2 - CORVETAS CLASSE “JOÃO COUTINHO” ................................................................ 12

201. CORVETAS CLASSE JOÃO COUTINHO .................................................................................... 1


a. EQUIPAMENTOS DA INSTALAÇÃO DE BORDO.............................................................. 1
b. REDES ESPECIAIS............................................................................................................. 1
c. REQUISITOS DE ENERGIA E DISTRIBUIÇÃO DE CONSUMOS ELÉCTRICOS............. 1
d. CONSUMO DE ENERGIA ................................................................................................... 1
202. CENTRAL GERADORA ................................................................................................................ 2
a. CARACTERÍSTICAS DOS ALTERNADORES.................................................................... 2
b. QUADRO PRINCIPAL ......................................................................................................... 4
c. BANCO DE TRANSFORMADORES ................................................................................... 5
203. ESQUEMA GERAL DA INSTALAÇÃO ........................................................................................ 6
204. CENTRAL GERADORA DE EMERGÊNCIA ................................................................................ 6
a. QUADRO DE EMERGÊNCIA .............................................................................................. 8
205. OPERAÇÃO DA INSTALAÇÃO E ALTERNADORES DE SERVIÇO........................................ 10
206. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO .................................................................................................... 11
a. GENERALIDADES ............................................................................................................ 11
b. IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS ................................................................................. 12
207. ALIMENTAÇÃO DE SOCORRO ................................................................................................. 13
208. PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO...................................................................................... 14
209. CONVERSORES ......................................................................................................................... 14
210. REDE DE ILUMINAÇÃO ............................................................................................................. 15
a. CHANGE-OVER ................................................................................................................ 16
211. QUADRO DISTRIBUIÇÃO CONSUMIDORES VITAIS DA MÁQUINA PRINCIPAL ................. 17

VII
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a. MÁQUINA DO LEME ......................................................................................................... 18


b. BOMBA DE INCÊNDIO N.1............................................................................................... 18
c. BOMBA DE INCÊNDIO N.2............................................................................................... 19
d. QUADRO CI....................................................................................................................... 19
e. PAINEL DE ENERGIA PARA O REPARO DE ARTILHARIA A VANTE ........................... 20
f. PAINEL DE ENERGIA PARA O REPARO DE ARTILHARIA A RÉ .................................. 21
g. QUADRO DA ELECTRÓNICA .......................................................................................... 21
212. CONSUMIDORES NÃO VITAIS.................................................................................................. 22
213. CAIXAS DE FUSÍVEIS PARA MOTORES BB E EB .................................................................. 25
214. QUADRO DA VENTILAÇÃO DA CASA DA MÁQUINAS .......................................................... 25
215. PAINEL DE COMANDO DAS MÁQUINAS AUXILIARES.......................................................... 26
216. QUADRO DA CENTRAL DE AR CONDICIONADO................................................................... 26
217. PAINEL DA BOMBA DE TRASFEGA DE COMBUSTÍVEL....................................................... 27
218. PAINEL DE PROVAS DA OFICINA DE ELECTRÓNICA .......................................................... 27
219. QUADRO DE VENTILAÇÃO A MEIO NAVIO ............................................................................ 27
220. PAINEL DO VENTILADOR W 29................................................................................................ 27
221. COMUTADOR AUTOMÁTICO DO VENTILADOR W 26 ........................................................... 27
222. BANCADA DE CONTROLO NA CASA DO LEME .................................................................... 28
223. PAINÉIS DE ALARME ................................................................................................................ 28
224. PAINÉIS DOS ALARMES DE ALTA TEMPERATURA.............................................................. 28
225. PAINEL DE ALARME DE ALAGAMENTO................................................................................. 28
226. PAINEL DE ALARME DE INCÊNDIO ......................................................................................... 28
227. TRANSFORMADORES............................................................................................................... 28
a. CARACTERÍSTICAS DOS TRANSFORMADORES ......................................................... 29
228. FICHA FORMATIVA.................................................................................................................... 30

CAPÍTULO 3 - PATRULHAS CLASSE “CACINE” .............................................................................. 31

301. GENERALIDADES ...................................................................................................................... 32


302. ALTERNADORES ....................................................................................................................... 32
303. DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................................... 33
a. DISTRIBUIÇÃO DO CIRCUITO DE FORÇA..................................................................... 34
304. CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO...................................................................................................... 34
a. QUADROS DE ILUMINAÇÃO SECUNDÁRIOS................................................................ 35
305. INSTALAÇÃO DE EMERGÊNCIA .............................................................................................. 36
306. ALIMENTAÇÃO DE SOCORRO DOS APARELHOS RÁDIO DA TSF DE EMERGÊNCIA ...... 38

VIII
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307. MÁQUINA DO LEME................................................................................................................... 38

CAPÍTULO 4 - N.R.P. “D. CARLOS I”.................................................................................................. 39

401. NAVIOS DA CLASSE “D.CARLOS I” ........................................................................................ 40


a. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 40
b. FINALIDADE ...................................................................................................................... 41
402. REQUISITOS BÁSICOS E CARACTERÍSTICAS....................................................................... 41
403. REDES ESPECIAIS..................................................................................................................... 46
404. CENTRAL GERADORA .............................................................................................................. 49
405. A CENTRAL GERADORA DE SERVIÇO DO NAVIO - CASA DOS GERADORES PRINCIPAIS
3-34-0. .......................................................................................................................................... 49
406. MODO DE FUNCIONAMENTO ................................................................................................... 50
407. PROPULSÃO .............................................................................................................................. 52
408. BANCO DE TRANSFORMADORES .......................................................................................... 53
409. DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................................... 54
410. ALIMENTAÇÃO DE TERRA A 440V 60HZ ................................................................................ 56
411. ALIMENTAÇÃO DE TERRA A 400V 50HZ ................................................................................ 57
412. CONVERSORES 60/50Hz........................................................................................................... 58
413. CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS CONVERSORES DE FREQUÊNCIA .................................... 58
a. CARACTERÍSTICAS DO MOTOR.................................................................................... 60
b. CARACTERÍSTICAS DO ALTERNADOR........................................................................ 60
414. GRUPOS ESTABILIZADORES 60/60Hz .................................................................................... 60
415. MOTORES DE PROPULSÃO ..................................................................................................... 62
416. PROPULSÃO A RÉ. .................................................................................................................... 62
417. LAVANDARIA ............................................................................................................................. 63
418. PROPULSÃO A VANTE.............................................................................................................. 63
419. NOMENCLATURA DE QUADROS E CIRCUITOS ELÉCTRICOS ............................................ 64
420. RESUMO...................................................................................................................................... 66

CAPÍTULO 5 - COMUNICAÇÕES INTERNAS ..................................................................................... 67

501. COMUNICAÇÕES INTERNAS.................................................................................................... 68


a. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 68
502. BREVES IDEIAS SOBRE O SOM .............................................................................................. 68
503. TELEFONES DE INDUÇÃO........................................................................................................ 71
a. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 71

IX
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b. CONSTITUIÇÃO .......................................................................................................................... 72
c. TRANSMISSOR (MICROFONE). RECEPTOR (AUSCULTADOR) ............................................ 74
504. TELEFONES DE INDUÇÃO COM CHAMADA SONORA E VISUAL ........................................ 75
a. CONSTITUIÇÃO................................................................................................................ 75
b. FUNCIONAMENTO ........................................................................................................... 75
505. REDES TELEFÓNICAS DE TELEFONES DE INDUÇÃO.......................................................... 77
506. MODELOS DE TELEFONES DE INDUÇÃO .............................................................................. 77
507. CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO .......................................................................................... 79
508. TELEFONES AUTOMÁTICOS.................................................................................................... 79
509. POSTO OU TELEFONE .............................................................................................................. 79
a. MARCADOR ................................................................................................................................ 81
b. BOBINE DE INDUÇÃO ................................................................................................................ 83
c. REGULADOR .............................................................................................................................. 84
d. CONDENSADORES .................................................................................................................... 84
e. CAMPAINHA ................................................................................................................................ 85
510. MICROTELEFONE ...................................................................................................................... 86
a. CÁPSULA MICROFÓNICA.......................................................................................................... 86
b. CÁPSULA AUSCULTADORA..................................................................................................... 87
ANEXO A ..............................................................................................................................................A-1

X
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CAPÍTULO 1 - FRAGATAS CLASSE “VASCO DA GAMA”

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101 PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

A energia eléctrica é produzida sob forma de corrente alternada trifásica de 440V-60Hz, por
quatro grupos Diesel – Alternadores, iguais, instalados em duas casas geradoras do seguinte modo:

Fig. 1.01 – Alternador SIEMENS 1FR6

a. CARACTERÍSTICAS DOS ALTERNADORES


A CASA DOS GERADORES AR situada no compartimento (4-73-0-E), sendo constituída por
dois grupos Diesel - Alternadores de 775 KVA (G3+G4).
A CASA DOS GERADORES AV situada no compartimento (4-39-0-E), sendo constituída por
dois grupos Diesel – Alternadores de 775 KVA (G1+G2).
Normalmente os grupos geradores G1 e G2 alimentam o quadro principal de Vante e os
geradores G3 e G4 alimentam o quadro principal de Ré. Contudo, é possível alimentar
individualmente qualquer quadro por qualquer dos GERADORES. Para tal há a necessidade de
estabelecer a TRANSFER-LINE.
A navegar são necessários dois geradores para a satisfação de todas as necessidades do
navio ficando assim o navio com uma reserva de energia de 100%.
Atracado, um gerador é suficiente para satisfazer todas as necessidades, em casos pontuais
(TRANSFER-LINE aberta) podemos ter um quadro principal com alimentação de terra e o outro com
alimentação do navio, mas nunca associadas as duas alimentações.

FASES LIGAÇÃO FREQUÊNCIA VOLTAGEM I.NOMINAL COS. R.P.M. POTENCIA

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3~ Y 60Hz 450 V 990 A 0.8 1800 775 KVA


b. MODO DE UTILIZAÇÃO

Fig. 1.02 – Esquema Bloco

Os geradores podem ser associados indiscriminadamente entre eles, embora um possa


alimentar todo o navio, desde que a carga total não ultrapasse a potência de um só gerador.
Em condições normais, o navio navega com dois geradores associados, um de cada quadro e
de cada bordo (cruzados). Atracado um só gerador é suficiente para alimentar o navio.
Para cada grau de prontidão específico o serviço de electrotecnia dispõe de normas para a
utilização dos geradores. Em caso de limitações de algum gerador é ao chefe de serviço que
compete criar normas de utilização para essas limitações.
O navio dispõe ainda de duas entradas de alimentação de terra 440 V 60Hz com a capacidade
de 400 A por entrada, não podendo ser associadas. A entrada a vante dispõe de duas caixas, uma
por bombordo e outra por estibordo mas a capacidade continua a ser de 400 A.

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Fig. 1.03 – Caixa de alimentação de terra

Os geradores podem ser operados em local nos quadros principais, ou em remote nas
consolas do M.C.R.
Nas consolas do M.C.R. podem ser operados em semi-automático ou em automático. Nos
quadros principais (em local) podem ser utilizados em manual ou em semi-automático.

Fig.1.04 – Machinery Control Room (MCR)

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c. CENTRAIS E QUADROS

Fig. 1.05 – Quadro Principal

O navio é composto por dois quadros principais, ligados entre si por uma ligação (TRANSFER
LINE), tudo se comporta como se tratasse de apenas um quadro principal.
Fazem parte deste equipamento os treze quadros secundários (LOAD CENTRE) que recebem
duas alimentações com iguais características: uma do quadro a vante e outra do quadro a ré;
designadas, alimentação principal e outra alimentação secundária.
Os LOAD CENTRE recebem estas alimentações com o seguinte critério:
Do meio navio para vante, recebem como alimentação principal (preferencial) do quadro
principal a vante, e a alimentação secundária do quadro principal a ré. Do meio navio para ré
recebem como alimentação principal (preferencial) do quadro principal a ré e a alimentação
secundária do quadro principal a vante.

Fig. 1.06 – Figura Nautos

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102 CARACTERÍSTICAS DA DISTRIBUIÇÃO

Fig. 1.07 – Load Centre

A distribuição principal é feita a 440V 60Hz, fornecida pelos quatro alternadores, ou pelas
caixas de alimentação de terra (situação de navio atracado), através do QP.
A distribuição 115V 60Hz, é obtida por transformação, (existem 14 transformadores a bordo, 1
em cada Load Centre, e um no quadro principal AV). Se a potência dos transformadores for> de
15KVA, o transformador está fora do Load Centre, se for <o transformador encontra-se dentro do
próprio Load Centre.

Fig.1.08 - Transformador 115V/60Hz no interior do Load Centre

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A distribuição 220V 60Hz, é obtida por transformação e é para uso exclusivo do Hospital Grupo
(Enfermaria).

Fig.1.09 Quadro de distribuição de 220V/60Hz para Hospital Group

A distribuição 440V 400Hz é obtida através de três conversores estáticos, sendo necessário
apenas um para as necessidades do navio. Não é possível a associação entre os três conversores.

Fig. 1.10 – Quadro de comando e controlo 440V/400Hz

Os conversores recebem alimentação de três Load Centre diferentes e só alimentam três Load
Centre: 2-26, 01-39, 01-64 e Serviço do Hélio. Esta alimentação é necessária ao sistema de
sensores.

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A distribuição de 24V DC é obtida por fontes de alimentação (rectificadores/carregadores)


associadas a baterias.

Fig. 1.11 – Fonte de Alimentação

O sistema é composto por uma unidade rectificadora que alimenta o barramento de 24V DC,
esta unidade é reforçada pela unidade que normalmente faz o carregamento das baterias, sempre
que se justifique. As baterias só entram em funcionamento sempre que o rectificador avaria, e o
carregador não é suficiente para suportar as necessidades, ficando as três unidades em paralelo.
Esta alimentação é das mais importantes, tendo uma grande utilização: iluminação de
emergência, comando de máquinas, equipamentos de navegação, comunicação de emergência e
outros comandos importantes de sinalização e controlo.
Existem catorze grupos de baterias a bordo (um grupo em cada Load Centre, e um na Central
AR). Grupos de baterias de 170A.
O serviço do hélio tem um sistema de alimentações específicas, situado a ré do navio.
As alimentações 115V 400Hz e os 220V 400Hz, são obtidas por transformação e são para uso
do departamento de armas e electrónica.

a. COMANDO E CONTROLO
O comando e controlo da plataforma é efectuado por um sistema informático que controla
automaticamente quase a totalidade dos equipamentos do navio, a que chamamos NAUTOS.

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Fig. 1.12 – Sistema Nautos

O NAUTOS é um sistema em Duplo Bus, constituído por várias subestações onde os


consumidores trocam informação com o computador master.
Este sistema permite o arranque e paragem de vários equipamentos á distancia, é ainda
possível, pelo técnico responsável, alterar os parâmetros de funcionamento de qualquer equipamento
ligado ao NAUTOS.
Se houver, por qualquer razão, uma degradação deste sistema, podemos sempre recorrer á
operação manual em que o operador é responsável pelo comando e controlo do equipamento, no
entanto, há para muitos dos equipamentos a possibilidade de a operação se fazer em modo semi-
automático, onde coabitam as duas possibilidades de comando.

b. SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE ENERGIA “SIMOS PMA 71


Trata-se dum sistema automático de comutação, de energia de bordo para energia de terra e
vice-versa sem “blackout”.

Fig. 1.13 Quadro de Operação “OP 7”

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Um Autómato programável SIMATIC S7 da Siemens - é o operador do sistema, de acordo com


um programa que lhe está inserido através dum cartão de memória.

Fig. 1.14 Autómato Simatic S7

c. CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO
 Sequência de fases correcta
 Apenas um Gerador a alimentar o barramento e em modo “Manual”
 “Transfer-Line” aberta
 Comutador do painel de ligação de terra comutado para receber energia
 Valor das Tensões dentro da tolerância para que foi regulado (+/- 40V).
 Consumo inferior ao valor para que está regulado (350A máximo).

Fig. 1.15 – Quadro de comando e controlo

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d. VANTAGENS
Evita cortes de energia nas transferências de carga de bordo para terra, e vice-versa
diminuindo assim o número de avarias provocado por esses cortes, fazendo aumentar a
operacionalidade do navio.
Cria condições para a utilização mais frequente da energia de terra, reduzindo o número de
horas de funcionamento dos Grupos Electrogénios, o que implica menos custos com combustível,
manutenções e reparações e aumentando assim a sua esperança de vida.

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CAPÍTULO 2 - CORVETAS CLASSE “JOÃO COUTINHO”

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201. CORVETAS CLASSE JOÃO COUTINHO

a. EQUIPAMENTOS DA INSTALAÇÃO DE BORDO


Grupos geradores, conversores, transformadores, equipamentos de interrupção e comutação,
cablagem e sistema de iluminação, (descrição mais à frente). A rede é portanto, um sistema de
distribuição radial com um quadro principal e um quadro de emergência a ele ligado; a rede de força
alimentada em corrente alterna trifásica com uma tensão nominal de 440V entre fases e frequência
de 60Hz, e uma rede de iluminação alimentada a corrente alterna trifásica de 115V – 60Hz entre
fases. Estas redes estão também disponíveis no sistema de emergência. Para além das disposições
acima indicadas, o sistema permite alimentar em condições normais os circuitos de iluminação e força
permanentemente. Em emergência, alguns circuitos vitais são transferidos de barramento através de
equipamento automático.

b. REDES ESPECIAIS
 Rede de 115V/400Hz, para equipamentos especiais.
 Rede de 230V AC 60Hz para equipamento de bem-estar.
 O arranque do gerador de emergência dispõe de um equipamento adicional que
consiste numa bateria de chumbo de 24V ligada ao quadro de emergência e a um
painel de comando do gerador de emergência.

c. REQUISITOS DE ENERGIA E DISTRIBUIÇÃO DE CONSUMOS ELÉCTRICOS


A concepção dos equipamentos geradores principais deve assegurar que em condições
normais, navegando em cruzeiro ou à velocidade máxima ou em postos de combate, que dois
geradores sejam capazes de alimentar todos os consumidores de energia eléctrica que têm
necessariamente de estar estabelecidos. A distribuição de consumos de energia eléctrica, que a
seguir se indicam, servem de guia para este assunto.

d. CONSUMO DE ENERGIA
Estimado de acordo com o equilíbrio energético.
CONDIÇÕES DE CRUZEIRO:
Normal – 320KW
Máximo – 380KW
Medido durante as provas de mar:
Normal – 250/290KW

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Máximo – 350/390KW
CONDIÇÕES NO PORTO:
Estimado de acordo com o equilíbrio eléctrico – 170KW
Medido durante as provas de mar – 150/180KW
CONDIÇÕES À MÁXIMA VELOCIDADE:
Normal – 375KW
Máximo – 435KW
Medido durante as provas de mar:
Normal – 320/340KW
Máximo – 390/410KW
POSTOS DE COMBATE:
Estimado de acordo com o equilíbrio eléctrico:
Normal – 420KW
Máximo – 440KW

202. CENTRAL GERADORA

A central geradora de serviço do navio, localizada na casa das máquinas auxiliares 4-36-0.

3 Grupos Diesel Alternadores


É constituída por: 1 Quadro de comando e controlo
1 Banco de transformadores

a. CARACTERÍSTICAS DOS ALTERNADORES


Os alternadores de serviço são do tipo 1 FB 3 276, B 20 P22 desenhados de acordo com as
normas do German Loyd, fabricados pela Siemens A.G.
 Potência nominal 300 KVA, cos& = 0.8 serviço contínuo
 Potência máxima 320 KVA, cos & = 0.8 serviço contínuo
 Corrente nominal 394 A
 Voltagem nominal 450 V
 Velocidade de regime 1200 RPM
 Frequência de regime 60Hz
 Temperatura ambiente 45ºc

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 Rendimento 92.6

Fig. 2.01 - Alternador Auto-excitado

A sua construção é do tipo B20, com duas chumaceiras de manga, à prova de salpico, auto
ventilado com pólos salientes e tampas de blindagem para redução de interferência rádio classe N. O
isolamento do estator e do rotor é da classe B/B. Os enrolamentos são especialmente protegidos
contra a humidade e o vapor de óleo. A caixa de terminais é equipada com bucins para os cabos,
conforme o padrão da marinha Alemã. O peso é cerca de 1600Kg. Os alternadores foram concebidos
para operação em paralelo tendo montadas unidades de voltagem constante.
 Voltagem de excitação 85V
 Corrente de excitação 65 A

A unidade de voltagem é constituída por:


 Transformador especial com três enrolamentos trifásicos, um para a
componente sem carga, o segundo para a componente de carga variável e o
terceiro para a componente de excitação AC.
 Bobine (reactância) que opera em conjunto com a componente sem carga do
transformador.
 Rectificador para a excitação DC.
 Capacidade para o arranque da excitação.

Nas condições normais não haverá naturalmente alterações dos elementos do excitador mas numa
emergência a descrição especial das unidades de voltagem constante poderá servir como guia.
 Regulação de frequência

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Os reguladores dos motores são fixos aos reguladores no Diesel Woodward, são do tipo de
corrente alterna para uma voltagem de 115V e são controlados à distância a partir do quadro
principal. Os reguladores dos diesel em conjunto com as unidades de excitação estática, são
desenhados para manter automaticamente a voltagem e frequência constante e a divisão exacta da
carga pelos geradores, ligados em paralelo. Os alternadores de voltagem constante são
especialmente desenhados para regularem uma queda de voltagem dentro de um curto intervalo de
tempo, quando se ligam grandes consumidores com qualquer factor de potência.

b. QUADRO PRINCIPAL
O quadro principal é constituído por sete painéis todos ele com funções distintas – Os três painéis
mais a BB (nº 7;6;5) destinam-se à ligação e controlo dos alternadores.

Fig. 2.02 - Painel de controlo dos geradores

O quarto painel recebe e controla a alimentação de terra assim como alimenta o banco de
transformadores 440V/115V destinados à iluminação normal.
O terceiro painel faz a interligação com o quadro de emergência.
O segundo painel alimenta cinco quadros secundários de 440V, e quadros de bombas de incêndio.
O primeiro painel recebe a alimentação de 115V vinda dos transformadores e faz a distribuição para
os quadros secundários.

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Fig. 2.03 - Quadro principal

c. BANCO DE TRANSFORMADORES
Constituídos por três transformadores de 30 KVA 440V/115V, ligados entre fases em
triângulo/triângulo.

Fig. 2.04 - Banco de transformadores.

NÃO CLASSIFICADO 5 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

203. ESQUEMA GERAL DA INSTALAÇÃO

Fig. 2.05 - ESQUEMA GERAL DA INSTALAÇÃO

204. CENTRAL GERADORA DE EMERGÊNCIA

Fig.2.06 – Quadro

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

O equipamento gerador de emergência está localizado na casa das máquinas de emergência


4-10-0. O alternador de emergência é fabricado pela Siemens A.G. é do tipo 1FB 3246-6 AB-82-Z,
desenhado de acordo com as normas da marinha federal Alemã, do tipo à prova de choque, com:
 Potência nominal 150KVA, cos
 = 0.8 serviço contínuo



Potência máxima 160 KVA, cos = 0.8 serviço contínuo
 Corrente nominal 192A
 Voltagem nominal 450V
 Velocidade de regime 1200RPM
 Frequência de regime 60Hz
 Temperatura ambiente 45ºc
 Rendimento 91.2%
A construção é do tipo B20 com duas chumaceiras à prova de salpico, auto ventilado, pólos
salientes tampas de blindagem contra interferência rádio classe N, o isolamento do estator e do rotor
é classe B/B. Os enrolamentos são especialmente concebidos para estarem protegidos contra a
humidade e vapor de óleo. A caixa de terminais é equipada com bucins para cabos conforme padrão
da marinha Alemã. O peso é cerca de 990 Kg. O Alternador foi desenhado para incluir unidade de
voltagem constante. Sobre esta unidade, consultar a descrição referente aos alternadores de serviço.
Este alternador de voltagem constante foi também especialmente concebido para regular quedas de
voltagem de curto intervalo de tempo quando se ligam grandes consumidores com qualquer factor de
potência.

Fig. 2.07 - Alternador de Emergência

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Tem um comutador situado na parte lateral do disjuntor que permite arrancar com o GE em:
 Manual.
 Semi-automático.
 Automático.
Só pode fazer três tentativas seguidas de arranque em automático, por causa das baterias. Caso
falhe, faz-se Reset e pode efectuar mais três arranques e assim sucessivamente.

Fig.2.08- Automatismo do disjuntor principal de Emergência

a. QUADRO DE EMERGÊNCIA
O quadro é do tipo de construção por secções (frame work) tendo duas secções. Ambas as
secções podem ser isoladas uma da outra. A entrada do cabo está na parte inferior.
A distribuição de voltagem é a seguinte:
440V – 60 HZ para os circuitos de força e controlo
115V – 60 Hz para os circuitos de controlo e de iluminação
24V – DC par os circuitos de regulação:

Fig. 2.09 - Baterias do gerador de emergência

NÃO CLASSIFICADO 8 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

A 1ª secção contém os mecanismos para arranque automático e para a regulação do conjunto


de emergência, assim como os controlos para lubrificação e aquecimento prévio de diesel de
emergência.

Fig. 2.10 - Painel Controlo Gerador de Emergência

A 2ª secção contém os disjuntores para aqueles circuitos que numa situação de emergência
têm de ser alimentados a partir do quadro de emergência, além disso, a secção 2 recebe o cabo de
alimentação vindo do quadro principal, também contém o cabo de realimentação para o quadro
principal através de um disjuntor SACE. Esta secção contém também as lâmpadas indicadoras de
terras de 115V AC e 440V AC.

Fig. 2.11 - Painel de distribuição gerador de Emergência

NÃO CLASSIFICADO 9 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

205. OPERAÇÃO DA INSTALAÇÃO E ALTERNADORES DE SERVIÇO

Os alternadores de serviço do navio podem funcionar separadamente ou em paralelo,


dependendo das condições mais apropriadas à carga ou à situação operacional do navio. Na
situação de navio no porto, é suficiente um alternador. Em tempo de guerra, em cruzeiro ou em
postos de combate, é necessário o funcionamento de dois alternadores em paralelo, mas em caso de
emergência aconselha-se a operação dos três geradores. O alternador de emergência está isolado
para permitir a operação contínua do equipamento vital, se falhar a central geradora de serviço do
navio. Nas condições normais de serviço do navio o quadro de emergência é alimentado pelo quadro
principal através do disjuntor de transferência do barramento, “5a1” e dos três fusíveis principais “2e1”
no quadro de emergência.

Fig. 2.12 - Disjuntor transferência de barramento tipo “5a1”

No caso de falha da central geradora de serviço do navio, o equipamento gerador de


emergência arrancará automaticamente se o comutador selector “ 1b5” do quadro de emergência
estiver na posição “ automático “. Neste intervalo de tempo abre o disjuntor de transferência do
barramento “ 5a1”. Ao aparecer a voltagem de emergência é armado o disjuntor “ 1a1” do alternador
de emergência. O quadro de emergência volta a ser alimentado. Todos os circuitos que estavam
estabelecidos para os consumidores vitais tornam a ser alimentados através dos seus dispositivos
automáticos de comutação. Os consumidores controlados por comutadores têm que ser
estabelecidos de novo manualmente. Existe uma ligação adicional de realimentação para o quadro
principal, através do disjuntor “ 2a2 “ de caixa moldada, operado manualmente, montado no quadro
de emergência. Se este dispositivo estiver estabelecido o quadro principal deve ser usado como
distribuidor secundário do quadro de emergência. No que respeita à função do quadro de emergência
a descrição adicional servirá de guia.
Não há possibilidades de ligarem em paralelo a central geradora de serviço do navio e a central
geradora de emergência.
Em condições normais, o alternador de emergência nunca poderá ser acoplado em paralelo
com os alternadores de serviço do navio.

NÃO CLASSIFICADO 10 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Em semelhança, os alternadores de serviço ou de emergência nunca podem operar em


paralelo com a alimentação de terra.

206. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

a. GENERALIDADES
O sistema de distribuição eléctrica é do tipo radial com três cabos, alimentando os 440V, 3
fases com origem na aparelhagem de comando e manobra de energia principal de serviço do navio e
aparelhagem de comando e manobra da energia de emergência. Normalmente aqueles cabos
alimentam grandes painéis auxiliares de distribuição ou disposição de comutação para as duas fontes
de alimentação. Os cabos de alimentação vindos dos painéis de distribuição fornecem energia à
distribuição secundária ou cargas específicas.

Fig. 2.13 – Esquema de distribuição de energia

NÃO CLASSIFICADO 11 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

b. IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS


Para identificar os cabos dos geradores que não são cabos de distribuição, a letra “ O” precede o
número do circuito. Por exemplo, o cabo do alternador 3 de serviço é designado por FB 0455.
 Auxiliares vitais
Dispõe-se de duas fontes de energia para cargas vitais seleccionadas. Isto é conseguido por meio de
cabos de alimentação de serviço do navio e dos cabos de alimentação de emergência. Os sistemas
auxiliares de alimentação estão o mais separado possível de forma a reduzir o risco de mais de uma
unidade ser avariada pela mesma causa. O equipamento de transferência do barramento encontra-se
instalado próximo dos auxiliares para seleccionar a fonte de serviço normal de emergência do navio
ou a sua alternativa quer para obter energia do sistema de emergência. O equipamento pode operar
automaticamente ou manualmente.

Fig. 2.14 - Circuitos vitais

Determinados circuitos (circuitos vitais) são alimentados simultaneamente pelo quadro principal (os
cabos tem identificação FB-4..) e pelo quadro de emergência (cabos com identificação XFE-4..). O
primeiro numero que se segue ao grupo de letras indica-me a voltagem, neste caso, rede de força, é
um 4 = (440V).
 Significado dos símbolos:
 T – Comunicação internas
 F – Luz e Força
 FB – Força vital e combate
 G – Controlo de fogo de artilharia
 M.S. – Minas
 P – Propulsão eléctrica
 R – Electrónicos
 RL – Navegação e sinalização
 XFE – Luzes de emergência e força de Emergência

NÃO CLASSIFICADO 12 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

207. ALIMENTAÇÃO DE SOCORRO

Além dos sistemas de distribuição normais existe ainda um sistema de alimentação de socorro para
alimentar qualquer quadro secundário ou consumidor. O sistema é constituído por tomadas fixas e
cabos portáteis, estrategicamente colocados.
Estes cabos podem ser alimentados pelo quadro principal ou pelo quadro de emergência.

Fig. 2.15 - Cabos alimentação de socorro

As tomadas têm pitons para identificação das fases e os cabos pré-cintas.

Fig. 2.16 - Tomada de socorro

Cuidados a ter:
 Desligar o quadro da sua alimentação normal.
 Começar a ligar os cabos da alimentação de socorro do quadro a alimentar para a fonte
de energia.
 Não deixar os cabos no chão.
 Devem ser pendurados com a ajuda de ganchos que existem para esse efeito.

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

QUADRO 1 - QUADRO DISCRIMINATIVO DE ALGUNS CIRCUITOS DE FORÇA

IDENT: CIRCUITO
NORMAL EMERG. NOME DO CIRCUITO PAINEL
1 FB-401 - Tomada força a AR
2 FB-405 - Ventilação AV classe W 1-20-1
3 FB-406 XFE Casa Máq. Aux. Vitais
4 FB-408 - Casa Máq. Aux. Não vitais
5 FB-412 - Vent. casa da Máq. 4-36-0
6 FB-416 - Cozinha 1-46-0
7 FB-419 Guincho amarra 2-0-0
8 FB-423 XFE Bomba de incêndio nº1 4-10-0
9 FB-428 XFE Máquina do leme 5-77-0
10 FB-447 XFE Quadro Electrónicos 440V 1-28-0
11 FB-461 - Válvulas fecho rápida ventilação 1-43-0
12 FB-462 XFE Armamento AR 1-51-1
13 FB-465 - Projector BB -
14 FB-466 - Projector EB -
15 FB-472 XFE Bomba de incêndio nº2 4-36-0
16 FB-473 XFE Armamento AV 2-16-0
17 FB-475 XFE Quadro CI 4-25-0

208. PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO

Três transformadores principais, (450V - 60Hz, trifásico, 120V - 60Hz, trifásica) alimentados pelo
quadro principal e que se destina a alimentar os circuitos normais de iluminação.
Três transformadores de emergência (450V - 60Hz, trifásica 120V – 60Hz, trifásica) alimentados pelo
quadro de emergência e que alimentam os circuitos vitais.

209. CONVERSORES

Dois grupos de motores geradores 450V - 60Hz, trifásicos / 120V - 400Hz, trifásico; alimentado pelo
Q.P. e de emergência.

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

210. REDE DE ILUMINAÇÃO

Podemos considerar o sistema de iluminação dividido em três partes:


Primeira parte a iluminação normal, e cerca de 50% de toda a iluminação do navio. Estas luzes são
alimentadas pelos painéis normais de iluminação, os quais são estabelecidos a partir do Q.P., na
parte dos 115V.

Fig. 2.17 - Quadro de iluminação normal

Segunda parte a iluminação vital. As luzes desta parte são também alimentadas pelos quadros
normais de iluminação, mas estes painéis têm acoplado um change–over, (comutadores automáticos)
o qual é alimentado por dois condutores de 115V um do Q.P e o outro do Q.E.

Fig. 2.18 - Quadro de iluminação vital com (Change-Over)

Terceira parte a iluminação de emergência, que consiste num sistema de lâmpadas alimentados por
bateria seca. Parte destas lâmpadas possuem um relé, o qual opera no caso de falta de corrente nos
sistemas de iluminação.

NÃO CLASSIFICADO 15 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

a. CHANGE-OVER
Existem sete change-over automáticas acopladas aos quadros de iluminação vital. São alimentadas
quer pelo quadro principal quer pelo quadro de emergência. Têm três posições:
Automática – Nesta posição a caixa é normalmente alimentada pelo quadro principal, ao qual é
ligada através de um contactor. Trata-se de um duplo contactor automaticamente comutável. Quando
o quadro principal está a fornecer energia, é alimentada a bobine respectiva do contactor mantendo-o
armado, mesmo que haja energia na rede de emergência, uma vez que existem encravamentos
eléctricos que não permitem a alimentação dos contactores em simultâneo. Ao falhar a alimentação
do quadro principal, e uma vez que o gerador de emergência entra em funcionamento, o contactor
respectivo é actuado e faz a ligação da caixa à rede de emergência. Apenas nesta posição do
comutador do sistema de alimentação do (changer-over) é possível remover a chave de comutação.
Emergência - nesta posição a caixa é alimentada exclusivamente pelo quadro de emergência, não
sendo possível retirar a chave de comutação.
Quadro principal – Nesta posição a caixa é alimentada apenas pelo quadro principal, não sendo
também possível a remoção da chave.

QUADRO 2 - REDE DE ILUMINAÇÃO 115V


IDENT. CIRCUITO EMERG. NOME DO CIRCUITO QUADRO
1 F-101 XFE ILUMINAÇÃO 01-29-0
____________ -__________
2 F-105 XFE ” 2-6-0
____________ -__________
3 F-107 XFE ” 2-31-0
____________ -__________
4 F-114 XFE ” 2-60-0
____________ -__________
5 F-118 XFE ” 1-52-0
____________ -__________
6 F-122 XFE ” 5-43-02
____________ -__________
7 F-123 ___ ” 01-29-0
____________ -__________
8 F-124 ___ ” 1-43-0
____________ -__________
9 F-125 ___ ” 9-16-02
____________ -__________
10 F-126 ___ ” 4-36-0
____________ -__________
11 F-127 ___ ” 4-27-0
____________ -__________
12 F-128 ” 2-55-0
13 F-129 XFE ILUMINAÇÃO 02-25-0
____________ -__________
14 F-144 ___ ” 2-62-1
____________ -__________
15 F-145 ___ ” 4-25-0

NÃO CLASSIFICADO 16 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

211. QUADRO DISTRIBUIÇÃO CONSUMIDORES VITAIS DA MÁQUINA PRINCIPAL

O quadro é equipado com dois cabos de alimentação, vindo um do quadro principal e outro do quadro
de emergência. Estes alimentadores são directamente ligados aos dispositivos automáticos de
comutação accionados mecanicamente. Em condições normais o comutador selector “b1” tem a
posição “automatic” e está ligado ao alimentador do quadro principal. Em caso de falha é ligado o
alimentador do quadro de emergência e é desligado o alimentador do quadro principal. Os
contactores principais estão interligados de forma que em caso algum se possam ligar
simultaneamente ambos os alimentadores. Quando o comutador selector “b1” está na posição “main
switchboard” (quadro principal) ou na “emergency switchboard“ (quadro de emergência) fica ligado o
respectivo alimentador, não sendo possível a operação de comutação automática.
Existem duas lâmpadas piloto para a identificação dos alimentadores. Além disso, o quadro é
equipado com amperímetro comutável e as seguintes ligações para consumidores vitais:
 Bomba de combustível em aprontamento.
 Bombas de óleo de lubrificação de BB e EB em aprontamento.
 Bombas de circulação de agua doce, de arrefecimento 1,2,3.
 Bombas de incêndio (3).
 Bombas de água salgada de arrefecimento, em aprontamento e 2 disjuntores sobresselentes.

Todas as bombas existentes estão equipadas com unidades de comando á distância e estão ligados
ao quadro através de fusíveis, contactores e dispositivos térmicos de disparo por sobrecarga.

Fig. 2.19 - Quadro auxiliares vitais

NÃO CLASSIFICADO 17 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

a. MÁQUINA DO LEME
Os motores eléctricos Nº1 e Nº2, das bombas hidráulicas, montados na casa da máquina do leme,
recebem energia trifásica de 440V 60Hz a partir dum quadro secundário de força motriz localizado na
casa da máquina do leme. Sendo a máquina do leme um circuito vital preferencial, recebem energia
do sistema principal e de emergência,

Fig. 2.20 - Motor da bomba do leme

Fig. 2.21 - Quadros motores do leme

b. BOMBA DE INCÊNDIO N.1


O seu quadro está localizado na casa da máquina do diesel de emergência, montado à prova de
choque e equipado com dois cabos ligados a dispositivos automáticos de comutação. Contrariamente
ao que sucede com o quadro dos consumidores vitais, aqueles dispositivos automáticos de
comutação são actuados por dois contactores interligados. As posições do comutador selector são
semelhantes ás do quadro de consumidores vitais.

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Fig. 2.22 - Quadro bomba de incêndio

Fig. 2.23 - Bomba de incêndio

c. BOMBA DE INCÊNDIO N.2


O quadro é semelhante ao da Bomba de incêndio Nº 1, mas sem montagem à prova de choque. Fica
localizado na casa das Máquinas Auxiliares.

d. QUADRO CI
Este quadro fica na casa da giro e do conversor e é equipado com dois alimentadores, um vindo do
quadro principal e o outro do quadro de emergência. Os dispositivos de comutação consistem em
dois contactores, interligados e equipados com lâmpadas piloto. O quadro é subdividido em três
partes:
 Painel 1, de 440V 60Hz
 Painel 2, de 115V 60Hz
 Painel 3, de 115V 400Hz

NÃO CLASSIFICADO 19 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Excepto no que se refere aos dispositivos de comutação, no painel 1 existe o seguinte: Botões de
premir, para arranque e paragem, bem como, lâmpadas piloto para os dois conversores de 125KVA
400Hz, amperímetro comutável para os consumidores de 440V 60Hz e quatro disjuntores G.E. Um
dele está ligado ao primário do transformador CI. O transformador CI, localizado no quadro CI
alimenta o painel 2. Existe também um alimentador extra de115V vindos do quadro principal. E em
caso de falha do transformador CI os consumidores de115V podem ser abastecidos através deste
segundo alimentador. O barramento dos 115 V é do tipo trifásico. Existem 4 disjuntores eléctricos
G.E: do tipo trifásico, 32 corta circuitos trifásicos com fusíveis e também 2 corta – circuito trifásico
com fusíveis. Arrumados na parte superior estão o amperímetro comutável, o comutador (comando à
distância) do segundo alimentador de 115 V em ligação com duas lâmpadas piloto e o dispositivo de
ligação à terra, constituído por três lâmpadas piloto e um botão de premir. Os dois alternadores dos
conversores alimentam o painel 3. Os dois disjuntores de caixa moldada G.E são interligados, para
que só um alternador possa ser ligado ao barramento dos 400HZ. Existem mais dois disjuntores de
caixa moldada G.E. do tipo trifásico e sete pequenos dispositivos automáticos de corte do tipo
trifásico. Na parte superior estão instalados um voltímetro e um amperímetro comutável e um
frequencímetro para o barramento dos 400Hz.

Fig. 2.24 - Quadro do C.I

e. PAINEL DE ENERGIA PARA O REPARO DE ARTILHARIA A VANTE


Este quadro está localizado na casa da direcção de tiro e é equipado com dois alimentadores, um
vindo do quadro principal e outro do quadro de emergência. Para fazer a sua comutação existe um
comutador selector accionado manualmente. Estão instalados seis disjuntores G.E para 440V
trifásicos. Um deles está ligado ao primário dos transformadores da arma AV. Estes transformadores,

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

ligados em triângulo, alimentam o barramento de 115V deste quadro. Um segundo alimentador vindo
do quadro CI está ligado ao barramento de 115V no caso de falha do transformador da arma. Existe
incorporado um comutador selector e uma lâmpada piloto. Há dois disjuntores do tipo G.E para
consumidores especiais que estão directamente ligados aquele segundo alimentador vindo do quadro
CI. Ao barramento dos 115V 60 Hz estão ligados cinco disjuntores G.E do tipo bifásico. Outro
disjuntor do mesmo tipo está directamente ligado ao barramento dos 400Hz do quadro CI. Ainda
existe um dispositivo de ligação à terra, constituído por três lâmpadas piloto e um botão de premir
ligados ao barramento de 115V.

f. PAINEL DE ENERGIA PARA O REPARO DE ARTILHARIA A RÉ


Este quadro fica situado na casa de comando da artilharia de 40mm. É equipado com dois
alimentadores. Um vindo do quadro principal e outro do quadro de emergência. Para a comutação
existe um comutador selector operado manualmente. Há também instalados seis disjuntores G.E para
440V trifásicos. Um destina-se ao primário dos transformadores da arma de ré. Estes
transformadores, ligados em triângulo, alimentam o barramento de 115V daquele quadro. Existe um
segundo alimentador vindo do quadro CI para operar o barramento de 115V, se o transformador da
arma falhar. Incorporados, existem um comutador selector e uma lâmpada piloto. Há dois disjuntores
tipo G.E para consumidores especiais, ligados directamente àquele segundo alimentador do quadro
CI. Ao barramento dos 115V - 60Hz estão ligados cinco disjuntores G.E do tipo bifásico. Outro
disjuntor do mesmo tipo está directamente ligado ao barramento dos 400Hz no quadro CI. Ainda
existe um dispositivo de ligação à terra, constituído por três lâmpadas piloto e um botão de premir
ligados ao barramento de 115V.

g. QUADRO DA ELECTRÓNICA
Este quadro fica situado na câmara de oficiais e está equipado com dois alimentadores, um vindo do
quadro principal e outro do quadro de emergência. Para fazer a comutação, existe um comutador
selector operado manualmente. Estão instalados quatro disjuntores G.E do tipo trifásico. Um deles
está ligado ao primário dos transformadores da electrónica, localizados numa passagem inferior.
Estes transformadores alimentam o barramento de 115 V daquele quadro. Um segundo alimentador
para este barramento, vem do quadro CI, entrando em acção no caso de falha dos transformadores
da electrónica. Incorporados existem o respectivo comutador selector e uma lâmpada piloto. Há
também 13 corta circuitos automáticos G.E, bifásico, bem como dispositivos de ligação à terra,
constituído por três lâmpadas piloto e um botão de premir ligados ao barramento de 115V.

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Fig. 2.25 - Quadro da electrónica

212. CONSUMIDORES NÃO VITAIS

Além dos quadros para consumidores vitais, existem também quadros destinados a consumidores
não vitais. Estes quadros recebem energia por um alimentador do quadro principal e estão equipados
com disjuntores ou dispositivos de corte automático, conforme necessário. Indicam-se a seguir esses
quadros:
- QUADRO DE CONSUMIDORES NÃO VITAIS - Localizado na casa das máquinas principais.

- PAINEL PARA FAZER RODAR OS MOTORES - Localizado na casa das máquinas principais. Este
painel está equipado com dispositivo de comando à distância para rodar ambos os motores
principais.

- QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA OS COMPRESSORES - Nºs 1 e 2 com arranque automático e


manual. Um destes quadros fica na casa das máquinas principais e o outro na casa das máquinas
auxiliares. Os compressores arrancam normalmente em automático pelo comutador de pressão, em
duas fases, mas também podem ser operados manualmente por comutadores de pressão.

- QUADRO DA INSTALAÇÃO FRIGORIFICA PARA PROVISÕES - Este quadro fica no espaço do


túnel do veio. O equipamento funciona automaticamente por comutadores de temperatura.

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

- QUADRO PARA O GUINCHO DOS FERROS - Este quadro fica localizado na casa de comando do
motor do guincho. Ver a especificação separada da Siemens e Hatlapa.

- QUADRO PARA O CABRESTANTE - Este quadro fica localizado na casa da máquina do leme. Ver
especificação separada da Siemens e Hatlapa.

- PAINEL DE ENERGIA PARA AS BOMBAS AUXILIARES - Este painel fica situado na casa das
máquinas auxiliares. É equipado com 10 ligações trifásicas para consumidores constituídos por
contactores e dispositivos de corrente máxima de disparo térmico, bem como por fusíveis.

- QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DA OFICINA - Este painel fica situado na oficina da máquina. É


equipado com 8 disjuntores G.E para consumidores da oficina.

- QUADRO COMBINADO DE DISTRIBUIÇÃO AR E VENTILAÇÃO - Este quadro fica situado na


casa de ventilação AR, no primeiro pavimento abaixo do convés principal. É equipado com dois
alimentadores vindo do quadro principal. Um destes alimentadores está ligado ao barramento dos
ventiladores Z, que devem ser interrompidos em postos de combate, etc., no quadro principal,
comandados à distância da central LA, manualmente ou em conjunto com as válvulas de fecho
rápido. O outro alimentador está ligado aos ventiladores W e outros consumidores. No conjunto, este
quadro é equipado com quatro jogos de fusíveis, contactores e dispositivos de disparo de máxima
corrente e um dispositivo G.E para alimentar a quadro de distribuição da lavandaria.

- QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DA LAVANDARIA - Este quadro fica na antecâmara frente à


lavandaria. Equipado com 15 dispositivos de corte automático, de fabrico Siemens, para 115V
bifásicos, sendo ligados a um alimentador vindo do quadro principal 115V BB.

- QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE VENTILAÇÃO AV - Este painel fica no paiol AV, no convés


principal. É equipado com dois alimentadores vindos do quadro principal. Um deles liga ao
barramento dos ventiladores Z e seus correspondentes aquecedores que devem ser interrompidos
em postos de combate, etc, no quadro principal, comandos à distância da central LA em conjunto
com as válvulas de fecho rápido ou manualmente. O outro alimentador está ligado aos ventiladores
W. No seu conjunto o quadro é equipado com dezoito contactores, fusíveis e disjuntores de disparo
de máxima corrente e correspondentes lâmpadas piloto.

- QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO A MEIO NAVIO - Este quadro está localizado na antecâmara de

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

meio navio no convés principal. É equipado com oito disjuntores G.E do tipo trifásico, e ligado ao
quadro principal por um alimentador.

- QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 1 E 2 PARA A COZINHA - Estes quadros ficam situados na


cozinha. Cada um deles está equipado com oito disjuntores G.E e são ligados em conjunto a um
alimentador de 440V, vindo do quadro principal.

- PAINEL PARA O FOGÃO DA COZINHA - Este painel fica situado na cozinha. É equipado com um
comutador principal, seis comutadores de comando para as placas de aquecimento do fogão e 4
termóstatos para os aquecedores automáticos do forno do padeiro.

- PAINEL PARA AS PANELAS A VAPOR - Este painel fica na cozinha e está equipado com
comutadores selectores comandados à distância, dois disjuntores, dois comutadores de comando e
dois disjuntores de segurança.

- PAINEL DA FRITADEIRA ELÉCTRICA - Este painel fica situado na cozinha e está equipado com
um comutador principal e três comutadores de comando dos aquecedores da fritadeira. Deve ser
alimentado a partir dos quadros de distribuição da cozinha.

- QUADRO PARA O FORNO ELÉCTRICO DO PADEIRO - Este painel fica situado na cozinha e é
equipado com um comutador e cinco comutadores de comando dos aquecedores do forno do
padeiro. Deve ser alimentado pelo quadro de distribuição da cozinha.

- PAINEL ELECTRÓNICO - Este painel fica no CIC. É do tipo de 115V, ligado por um alimentador do
quadro da electrónica. É equipado com dez dispositivos de corte automático, fabricados pela
Siemens, do tipo bifásico.

- QUADRO DE COMANDO PARA O DIESEL DE EMERGÊNCIA - Este painel fica situado na casa do
gerador de emergência. É equipado com os seguintes três conjuntos de alarme: Baixa pressão de
óleo, alta temperatura da água de arrefecimento e excesso de velocidade. Em caso de falha há
alarmes visuais e acústicos é também controlado no interior deste painel. O painel é alimentado por
24 V do quadro de emergência.

- PAINEL DAS VÁLVULAS DE FECHO RÁPIDO - Este painel situa-se na antecâmara, frente à casa
das máquinas principais. É equipado com 13 fusíveis e cinco contactores, controlados por comutador

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NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

“ ponto por ponto” incorporado, para as treze válvulas de fecho rápido. Estas válvulas devem ser
operadas por 220V DC, fornecidos por um conjunto transformador / rectificador extra. O alimentador
para este transformador e para dois transformadores de controlo especiais, vem do quadro principal.

213. CAIXAS DE FUSÍVEIS PARA MOTORES BB E EB

Estas caixas existem para os cabos de alarme e controlo dos motores principais. Ficam situadas no
compartimento do comando dos motores. Ambas as caixas estão equipadas com 21 dispositivos de
corte, fabricados pela Siemens, para 115V do tipo bifásico. Os seus alimentadores vêm do painel de
alimentação vital mais próximo.

214. QUADRO DA VENTILAÇÃO DA CASA DA MÁQUINAS

Este quadro fica na casa das máquinas auxiliares. É equipado com seis jogos para consumidores de
ventiladores. Cada um deles compreende um contactor, um fusível para disparo de máxima corrente
e lâmpadas piloto. Um deles é equipado com um contactor extra para rotação nos dois sentidos. Os
ventiladores dispõem de comandos a distância de um painel extra.

NÃO CLASSIFICADO 25 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

Fig. 2.26 - Quadro ventilação casa das máquinas

215. PAINEL DE COMANDO DAS MÁQUINAS AUXILIARES

O painel fica situado na casa das máquinas auxiliares e é equipado com três jogos de alarme para
cada diesel. Os jogos prevêm a pressão de óleo, alta temperatura da água de arrefecimento e
excesso de velocidade. Em caso de falha há alarmes visuais e acústicos. Os botões de premir para
parar estão incorporados, também existem dois jogos de alarmes dos tanques de gasóleo.

216. QUADRO DA CENTRAL DE AR CONDICIONADO

Este quadro fica na casa das máquinas auxiliares. É equipado com contactores, fusíveis, comandos
etc., para dois compressores, duas bombas de circulação e quatro solenóides.
O equipamento pode ser operado quer automaticamente por pressostatos e termóstatos ou
manualmente.

Fig. 2.27 - Quadro do ar condicionado

NÃO CLASSIFICADO 26 ORIGINAL


NÃO CLASSIFICADO PEETNA 2233

217. PAINEL DA BOMBA DE TRASFEGA DE COMBUSTÍVEL

Este painel está localizado na casa das máquinas auxiliares.

218. PAINEL DE PROVAS DA OFICINA DE ELECTRÓNICA

O painel fica situado na oficina de electrónica. É equipado com três alimentadores; o primeiro de
440V / 60Hz, o segundo de 115V / 60Hz e o terceiro de 115V / 400Hz, dois amperímetros,
voltímetros, transformadores variáveis, rectificador e diferentes terminais de verificação.

219. QUADRO DE VENTILAÇÃO A MEIO NAVIO

Este quadro fica situado na casa de ventilação a meio navio. É equipado com dois alimentadores
vindos do quadro principal. Um deles destina-se ao barramento dos ventiladores Z, que devem ser
interrompidos em postos de combate, etc. no quadro principal, controlados à distância a partir da
central LA em conjunto com as válvulas de fecho manual. O outro alimentador serve os ventiladores
W. No conjunto, este quadro está equipado com sete jogos de contactores, fusíveis e disparos de
máxima corrente e lâmpadas piloto correspondentes, com botões de premir.

220. PAINEL DO VENTILADOR W 29

Ventilador W29 serve para a ventilação especial da casa do gerador de emergência. Este painel fica
no paiol AV, no pavimento do convés principal.
O painel é equipado com um contactor, fusíveis e relé de corrente máxima para o ventilador e um
comutador com fusíveis para o dispositivo portátil de carga de baterias.

221. COMUTADOR AUTOMÁTICO DO VENTILADOR W 26

O ventilador W26 tem um arrancador para o caso de auto arranque do equipamento gerador de
emergência. Portanto, era necessário adicionar outro dispositivo alimentador do quadro de
emergência que operasse em caso de emergência.

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222. BANCADA DE CONTROLO NA CASA DO LEME

Fica situada na casa da manobra do leme e está equipada com todos os instrumentos necessários ao
controlo do navio.

223. PAINÉIS DE ALARME

Existem diversos painéis de alarme para alimentação dos círculos do sistema de alarme do navio.

224. PAINÉIS DOS ALARMES DE ALTA TEMPERATURA

Fica localizado na central LA e é equipado com cinco contactores, lâmpadas piloto, etc. para cinco
alarmes e respectivos botões de pressão.

225. PAINEL DE ALARME DE ALAGAMENTO

Fica situado na central LA e está equipado com seis dispositivos de sondagem de nível e com
contactores. Lâmpadas piloto e botões de premir.

226. PAINEL DE ALARME DE INCÊNDIO

Esta localizado na central LA e está equipado com quatro dispositivos para alarmes dispondo de
contactores, lâmpadas piloto e botões de premir.

227. TRANSFORMADORES

Existem seis transformadores para a iluminação normal e vital. Três deles, cada um de 30 KVA, são
ligados em triângulo e servem toda a iluminação. Localizam-se na oficina de electricidade e estão
ligados primariamente, através dos disjuntores G.E: ao quadro principal. Tem que alimentar o
barramento de 115V do quadro principal. Os restantes três, cada um de 20KVA, também em

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triângulo, destinam-se ao quadro de emergência. Tem apenas de alimentar os painéis de iluminação


vital
a. CARACTERÍSTICAS DOS TRANSFORMADORES
Transformadores do tipo seco, arrefecidos a ar de acordo com os regulamentos do German Lloyd,
sem certificado.

 A temperatura do ambiente é de 45ª C.


 Os núcleos de ferro são feitos de lâminas aço com uma perda de 0,5 – 0,6W por KG.
 As perdas terminais são mantidas em valor muito baixo.
 Os enrolamentos são feitos em fio de cobre perfilado ou de secção circular, isolados de
acordo com a classe E de isolamento. Os enrolamentos primários e secundário são separados.

Os tipos de 30KVA e 20KVA dispõem de condutas de arrefecimento entre os enrolamentos primários


e secundários.
Todos os enrolamentos são embebidos a alto vácuo com resina polyester de embeber, e são
tropicalizados. As caixas de aço P22 são constituídas por chapa de aço, ligadas à terra, e preparadas
à prova de ferrugem com uma pintura especial. Os transformadores são do o tipo monofásico, cada
transformador numa caixa extra. São ligados em conjuntos trifásicos em triângulo. Chapas de
terminais com parafusos.

 Voltagem do primário 440V.


 Voltagem do secundário 115V e 120V.
 Capacidade 3 unidade 30 KVA iluminação principal.
 Capacidade 3 unidade 20 KVA iluminação de emergência
 Capacidade 3 Unidade 10 KVA Consumidores CI.
 Capacidade 3 unidade 6 KVA electrónica, armas.
 Fabricante Siemens AG, Hamburgo.

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228. FICHA FORMATIVA

1 – Qual o valor da tensão composta na rede de força?

2 - Como se identificam as tomadas e os cabos para a alimentação de socorro?

3 – Quais e quantas posições possuem os dispositivos de comutação automática?

4 – Qual o sistema instalado no quadro de emergência que nos permite verificar se há fugas para a
massa?

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CAPÍTULO 3 - PATRULHAS CLASSE “CACINE”

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301. GENERALIDADES

A energia eléctrica é produzida sob a forma de corrente alterna trifásica 440V 60Hz, por dois grupos
Diesel – Alternadores, semelhantes, instalados na casa dos auxiliares

Fig. 3.01 – Alternador

302. ALTERNADORES

Características:
Voltagem 440V
 Frequência 60Hz
 Potência 100KVA
 R.P.M 1200
Tipo de excitação: Auto – excitado, (Excitatriz alojada no interior do gerador).

Fig.3.02 – Excitatriz

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Permitem a associação em paralelo, mas um tem capacidade para alimentar toda a carga do navio. O
regulador de velocidade do diesel, é um motor eléctrico de 24V,que está acoplado à bomba injectora.

Fig.3.03- Central Eléctrica

303. DISTRIBUIÇÃO

Os grupos encontram-se ligados ao quadro principal. Do quadro principal sai a energia para cinco
quadros secundários de força, quadro principal de iluminação e vários auxiliares importantes.

Fig. 3.04 - Circuitos de Força

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a. DISTRIBUIÇÃO DO CIRCUITO DE FORÇA

Fig.3.05 - Quadro secundário de força

304. CIRCUITO DE ILUMINAÇÃO

Os 115V 60Hz são conseguidos a partir de um banco de transformadores de 3,5KVA.

Fig.3.06 – Banco de transformadores

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Fig.3.07 - Distribuição de iluminação

No quadro principal de iluminação estão ainda ligados equipamentos de baixa potência, que
funcionam a 115V.

Fig.3.08 - Quadro principal de iluminação.

a. QUADROS DE ILUMINAÇÃO SECUNDÁRIOS


A rede de distribuição de iluminação compreende sete quadros secundários.

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Fig. 3.09 - Quadro secundário de iluminação

305. INSTALAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A instalação compreende ainda uma rede de 24V, a partir de dois grupos de baterias localizados na
Ponte Alta (Figura 3.10). Estes grupos são formados por quatro baterias de 6 Volts A sua carga faz-
se através de um carregador com quadro próprio que selecciona manualmente qual o grupo que fica
a receber a carga (Figura 3.11). O quadro de distribuição de 24V fica localizado no corredor de “EB”
junto ao quadro principal de iluminação, está equipado com um voltímetro, lâmpadas de terras e um
relé, o qual estabelece a alimentação para a iluminação de 24V no caso de falta de energia principal.
Alimentam também em emergência os faróis de navegação (Figura 3.12). Alguns locais equipados
com iluminação de emergência contam com um interruptor local para evitar consumos
desnecessários. Possui ainda um conjunto de lanternas de antepara (pilhas secas), estrategicamente
colocadas ao longo do navio (Figura 3.13)

Fig. 3.10 – Baterias Ponte Alta Fig. 3.11 - Quadro comando Baterias Ponte Alta

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Fig.3.12 - Quadro faróis de navegação (Ponte)

Fig.3.13 – Lanternas de antepara

O navio quando atracado na base ou em qualquer porto, pode ser alimentado por (440/380V) do
exterior, através da caixa de alimentação situada na tolda (Figura 3.14), ficando o comando da
operação na central eléctrica do navio (Figura 3.15).

Fig.3.14- Caixa de Alimentação de Terra Fig. 3.15 - Disjuntor de Alimentação de Terra

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306. ALIMENTAÇÃO DE SOCORRO DOS APARELHOS RÁDIO DA TSF DE EMERGÊNCIA

Esta alimentação é assegurada pelas baterias de emergência e por meio de um grupo conversor
estático de 24V DC – 115V – 60Hz.

Fig.3.16 – Conversor Estático (TSF)

307. MÁQUINA DO LEME

Possui duas bombas de leme (Figura 3.17) situadas na Casa da Máquina do Leme, alimentadas
directamente da Central Eléctrica, possuindo cada bomba um quadro eléctrico próprio (Figura 3.18).
Pode ainda ser manobrada em emergência na casa da Máquina do Leme através de uma
eléctrovalvula situada nas próprias bombas. As bombas do leme podem trabalhar em simultâneo ou
em separado.

Fig.3.17 - Bomba do Leme Fig.3.18 - Quadro Eléctrico Bomba do Leme

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CAPÍTULO 4 - N.R.P. “D. CARLOS I”

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401. NAVIOS DA CLASSE “D.CARLOS I”

a. INTRODUÇÃO
A classe “D. Carlos I” é constituída por dois navios hidrográficos / oceanográficos, o N.R.P. “D.
Carlos I” e o N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”.
A propulsão nestes dois navios é eléctrica, constituída por dois motores DC shunt alimentados
a 750V, quando á máxima velocidade. Estes motores estão montados a ré do navio com o eixo na
horizontal, acoplados directamente ao veio do hélice.
Ambos os navios estão equipados com propulsor de proa de características semelhantes aos
da propulsão principal, motor DC shunt alimentados a 750v á máxima, montados com o eixo na
vertical, acoplado directamente ao hélice instalado no interior de um túnel transversal BB, EB, situado
á proa do navio. Este propulsor facilita as manobras de atracação e em determinadas condições de
mar, quando, a navegar permite corrigir o rumo, facilitando o seu comando para um trabalho mais
eficaz, quando dos levantamentos hidrográficos / oceanográficos.
Qualquer um dos propulsores pode funcionar a baixas velocidades por controlo electrónico das
portas (gate) dos dispositivos de rectificação (SCR) individuais, pertencentes a cada um dos
propulsores, constituídos por tirístores.
Trata-se de navios que possuem um número significativo de equipamentos eléctricos e
electrónicos, devido á especificidade da função que lhes está atribuída. Assim também a concepção
da instalação eléctrica tem determinadas especificidades devido às características funcionais
atribuídas serem diferentes dos outros navios da nossa marinha.
Aliás basta referir os equipamentos de produção de energia existentes a bordo bem como as
redes de distribuição eléctrica, para ter uma ideia da relativa complexidade dos seus sistemas.
Produção, 600V 60Hz geradores principais, 440v 60Hz gerador de emergência, 380V50Hz
conversores rotativos, 440v 60Hz, energia estabilizada, conversores estáticos 440V 60Hz 24vDC,
transformação 600v 60Hz 440v 60Hz ou o inverso 440v 60Hz 600v 60Hz, transformação 440v 60Hz
em 115v 60Hz para equipamentos e iluminação.
Distribuição 750v DC exclusivamente para a propulsão, os 440V 60Hz, 115V 60Hz, 400V50Hz,
220V 50Hz, e 24VDC para equipamentos de potência, navegação, bem-estar e de laboratórios.
A abordagem efectuada no âmbito deste curso á instalação eléctrica deste tipo de navio terá
sempre que abranger a produção, distribuição e a propulsão.
Sendo a propulsão eléctrica, o seu aprontamento e condução não podem ser desassociado do
aprontamento e condução dos geradores principais, pelo facto da propulsão só funcionar com o
quadro principal dos 600v alimentado por energia de bordo fornecida pelos geradores principais.

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b. FINALIDADE
Propõe-se que neste capítulo os formandos, de uma forma sucinta, adquiram conhecimentos
que lhes possibilite reconhecer a instalação eléctrica, equipamentos de potência de produção e
propulsão bem como sistemas no âmbito da condução comando e controlo de toda a instalação,
nomeadamente:
 Identificar sistemas de produção, sistemas de propulsão, sistema de distribuição,
comando e controlo, quadros eléctricos e outros meios auxiliares ao funcionamento dos
equipamentos, etc.
 Compreender o funcionamento global da instalação eléctrica, assim bem como
equipamentos e sistemas se encontram interligados.
 Compreender de forma genérica o funcionamento dos equipamentos principais e
sistemas, bem como outros a estes associados.

402. REQUISITOS BÁSICOS E CARACTERÍSTICAS


O sistema eléctrico é especialmente concebido para satisfazer as necessidades do navio de
forma a torna-lo versátil para as muitas tarefas que lhes são atribuídas de modo a ser eficaz, simples,
de fácil condução e manutenção, com guarnição reduzida e economia de sobressalentes e material.
A instalação de bordo compreende o seguinte equipamento:
Grupos geradores principais a 600v 60 Hz grupo gerador de emergência a 440v 60Hz ,
conversores de frequência rotativos 60/50Hz, conversores de tensão 440v/24v AC/DC estáticos,
estabilizadores de tensão rotativos 440v 60Hz, transformadores redutores e elevadores,
equipamentos de interrupção e comutação, cablagem e sistema de iluminação, (discrição mais à
frente).
Todas as redes de energia são do tipo radial, com a distribuição a três fios, com excepção das
redes de 400v 50Hz que é efectuada a quatro fios e a rede dos 24v DC que é efectuada a dois fios.

Rede dos 450v 60Hz.


A sua alimentação é garantida a partir dos três transformadores individuais trifásicos de 500KVA
cada, instalados na casa dos geradores, estes transformadores quando a navegar, dois deles são
associados em paralelo, ficando um de reserva aos que se encontram em paralelo.

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Fig. 4.01 - A imagem mostra o interior de um dos transformadores trifásico de 500 KVA, constituído
por três transformadores monofásicos

A rede dos 120v 60Hz


A sua alimentação é garantida a partir de três transformadores monofásicos ligados em
triângulo, primário e secundário (Δ, Δ), instalados na casa dos motores principais, piso superior
ligeiramente a BB, junto dos filtros (supressor de parasitas) dos motores principais. Estes
transformadores são alimentados através de um quadro eléctrico de comutação automática (Auto Bus
XFR SW) instalado na mesma casa. Este recebe alimentação preferencial da secção do quadro
eléctrico de BB disjuntor P428, ou do disjuntor P431, secção de EB.

Fig. 4.02 - Imagem representa o grupo de transformadores dos 115v 60Hz iluminação.

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Estes transformadores alimentam o quadro de iluminação, instalado na casa dos motores


principais, designado por L128 dotado de oito disjuntores, dois destes disjuntores estão vagos. Seis
destes disjuntores alimentam os quadros eléctricos secundários da iluminação, distribuídos pelo navio
designados pôr L128-1, L128-2, ao L128-6. Este quadro está dotado de um sistema de detecção de
defeito de isolamento da instalação e dispositivos de iluminação, constituído por três lâmpadas, uma
por cada fase e um botão de pressão para teste.

Fig. 4.03 - Quadro L128 com os oito disjuntores e dispositivo detector de terras

Redes de distribuição de força e iluminação


Estas redes estão também disponíveis no sistema de emergência, cujos circuitos se encontram
identificados com a (EP) e (EL), procedido de três algarismos (Ex EP114). Estes circuitos são
alimentados a partir do quadro do gerador de emergência, que alimenta um banco de
transformadores localizado a BB, por detrás do quadro de emergência.
Em situação normal, o quadro do gerador de emergência está sempre alimentado a partir da
interligação da secção de BB, disjuntor P436 ou em alternativa da interligação secção de EB,
disjuntor P437, do quadro principal. Estes disjuntores possuem um dispositivo de encravamento
mecânico com chave.

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Fig. 4.04 - A imagem mostra um dos disjuntores da interligação com dispositivo de encravamento
actuado, disjuntor desligado.

O dispositivo de encravamento mecânico é desactivado por chave, não permitindo que esta
seja retirada sem que se desligue o disjuntor de interligação. Nesta situação a chave sai mas só
depois de se rodar a chave e o dispositivo ficar a encravar o manípulo do disjuntor, na posição de
desligado.

Fig. 4.05 - A imagem mostra um dos disjuntores da interligação, com encravamento


mecânico na posição de desligado com possibilidades de ser operado.

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Na eventualidade de se pretender trocar de interligação ou entrada da alimentação na secção


do quadro de distribuição de BB ou EB é sempre necessário interromper a alimentação ao quadro de
emergência e nesta condição o diesel de emergência arrancará se o selector de função deste estiver
na posição automático, por ter sido detectada falha total de energia.
Os cabos de interligação, á entrada no quadro de emergência, têm um ponto comum, disjuntor
de entrada, ou saída ao quadro de emergência, conforme a figura seguinte.

Fig. 4.06 - A imagem mostra o disjuntor de entrada/saída do quadro de emergência P437,


comum aos dois circuitos da interligação, secção de BB e secção de EB.

Motores eléctricos da propulsão


A propulsão, caso ocorra uma falha de energia do sistema de produção principal, a propulsão
não funciona, mesmo que se alimente o quadro principal a partir dos transformadores reversíveis dos
600v 450v 60Hz, de 500KVA, situados na casa dos geradores, este facto deve-se á falta de potência
do gerador de emergência, bem como dos transformadores.
Quaisquer dos dois navios desta classe, quando atracados e a receber alimentação do exterior
a 440V 60Hz, os transformadores de 500KVA são invertidos (secundário passa a primário e primário
a secundário) para possibilitar, alimentar com 600v 60Hz o barramento do quadro principal e o
sistema de comando dos motores de propulsão, fundamentalmente para que os dispositivos de
comando e controlo funcionem e permitam que os 450V 60Hz alimentem as resistências anti-
condensações instaladas no interior dos motores propulsores.

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403. REDES ESPECIAIS

Rede de 400V / 230V AC 50Hz para equipamentos de bem-estar e laboratórios, alimentada a


partir de dois conjuntos motor alternador, cujos motores trifásicos de rotor em curto-circuito, dois
pares de pólos, alimentados a 600v AC 60Hz. A alimentação para estes motores parte do barramento
principal, protegida por disjuntores próprios instalados no quadro principal, alimenta o quadro de
arranque, constituído por sistema estrela triângulo, situados junto dos conversores.
Cada conjunto motor gerador, só funcionam, individualmente, sendo que cada um dos
conjuntos é reserva do outro e não são associáveis em paralelo entre si. Estes dois conjuntos, no
navio D. Carlos I, localizam-se no piso (1) a RE da casa dos motores principais a EB. No Navio Gago
Coutinho, estes conjuntos motores geradores, situam-se AV da casa dos geradores na posição da
lavandaria do D. Carlos I.

Fig. 4.06 - Quadro de entrada dos 400v fornecidos por terra ou pelos grupos conversores
400v 50Hz e quadro principal de distribuição aos quadros secundários dos 400v
50Hz.

Rede de 24V DC
Esta rede serve exclusivamente, laboratórios e ponte de comando é obtida por conversores estáticos
de 450v 60Hz em 24vDC.

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Rede de 450V 60Hz estabilizada


A rede é alimentada a partir de dois conjuntos gerador motor (máquinas síncronos) brushless,
instalados na casa dos motores principais a BB, bem como o quadro de arranque por sistema estrela
triângulo de cada um dos conjuntos os motores eléctricos de cada um dos conjuntos são motores
síncronos, com gaiola de esquilo inserida no rotor para que possa funcionar como motor de indução
quando do arranque deste. Estes dois grupos alimentam equipamentos de monitorização sondagem
e navegação.

Gerador de emergência
O gerador de emergência pode operar em modos diferentes utilizando um selector com chave
para o efeito seleccionando o modo desejado, automático, ensaio, manual, e desligado, no painel de
comando controlo do gerador que se encontra agrupado ao quadro de distribuição de emergência dos
440v 60Hz.

Fig. 4.07 - Quadro de comando controlo do gerador de emergência

Funcionamento
Em modo automático este arranca cerca de 15 segundos depois de ser detectada a falha de
energia no painel cuja interligação esteja estabelecida e mete carga. Alimenta todos os equipamentos
vitais, como bombas do leme, bombas de incêndio ponte de comando, radares, comunicações, etc.
Em modo ensaio o alternador arranca automaticamente passados cerca de 15 segundos, mas
não mete carga.
Em modo manual este só arranca quando se premir o botão start, instalado no próprio gerador
junto dos manómetros de pressão de óleo e indicador de temperatura.

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O sistema de arranque do gerador de emergência é constituído por um motor de arranque com


bobina de chamada, alimentado a 24V DC por um conjunto de quatro baterias de chumbo a seis volts
ligadas em série.

Fig. 4.08 - Gerador de Emergência

Estas baterias estão colocadas a EB junto ao gerador em caixa própria, construídas em fibra
de vidro. As baterias estão ligadas em tampão (permanentemente á carga), a carregador próprio,
instalado entre o quadro de alarmes do gerador de emergência e o quadro eléctrico do guincho da
amarra.

Fig. 4.09 - Carregador de baterias do gerador de emergência

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404. CENTRAL GERADORA

O sistema principal de produção de energia é constituído por quatro motores Caterpillar Main
Diesel (Model D398B, V12) de rotação constante nas (1200rpm), acoplado a cada um dos motores,
existe um Gerador (síncrono/sem escovas) excitação separada, por excitatriz incorporada no mesmo
veio com ponte rectificadora trifásica diodo zéner estabilizador de tensão (supressor) entre o induzido
da excitatriz e o indutor do alternador, para alimentar o indutor do alternador Kato Generator (Model
5R4274).

Características do alternador

 Potência nominal 600KW, cosρ = 0,7 serviço contínuo


 Voltagem nominal 600VAC
 Corrente nominal 825 A
 Velocidade de regime 1200 RPM
 Frequência de regime 60Hz
 Fases 3Ph

405. A CENTRAL GERADORA DE SERVIÇO DO NAVIO - CASA DOS GERADORES PRINCIPAIS


3-34-0.

É constituída por:
Quatro - Grupos Diesel Alternadores
Um - Quadro de comando e controlo, uma secção por alternador
Três - Transformadores trifásicos ligados em Δ/Δ.
Os alternadores principais, o arranque destes é efectuado a ar comprimido. Este conjunto só
permite efectuar o arranque depois de estabelecida a pré lubrificação e obtida determinada pressão
no circuito de lubrificação da máquina motora.

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Fig. 4.10 - Geradores principais

Circuito de pré-lubrificação
O circuito da pré-lubrificação de cada alternador é constituído por um conjunto motor
monofásico bomba, alimentados a 120v 60Hz a partir de um quadro eléctrico situado a BB junto ao
centrifugador de gasóleo, este quadro eléctrico é alimentado a partir de um grupo de três
transformadores ligados em triângulo/triângulo (Δ/Δ), instalados por cima deste que reduz a tensão de
alimentação ao grupo de transformadores dos 440v 60Hz para os 120V 60Hz, por sua vez os
transformadores são alimentados a partir do quadro principal dos 440v 60Hz.

406. MODO DE FUNCIONAMENTO

Os Alternadores foram concebidos para operarem associados em paralelo.


A operação para estabelecer os alternadores ao barramento ou executar o paralelo entre si, é
efectuado a partir do sistema de controlo individual de cada alternador, que incorpora os aparelhos de
medida para controlo da tensão gerada, corrente debitada por fase, potência absorvida pelos
equipamentos e instalação de bordo, frequência da corrente, desfasamento entre tensão e corrente
debitada e dispositivo (sincronoscopio) que permite ao operador saber qual o momento exacto de
efectuar o paralelo do alternador, entre o barramento e o alternador (Barramento e alternador em
fase).

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Fig. 4.11 - Painel de comando e controlo do gerador nº2

A distribuição de carga entre os alternadores que se encontram ao paralelo é efectuada


automaticamente após a operação de se estabelecer o paralelo e ter accionado o selector de
comando, no denominado (GEME). O GEME possui quatro selectores, para funções diferentes, como
ajuste da frequência, e toda a operação de arranque, paragem e distribuição de carga.

Fig. 4.12 - Fig Comando e controlo de um dos alternadores principais

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A tensão gerada pelos alternadores é a 600v 60Hz, tensão presente no barramento principal.
Para que se possa alimentar a rede dos 450V 60Hz, os 600V AC passam por um dos três
transformadores trifásicos, reversíveis (redutor ou elevador) obtendo-se os 450v. Estes
transformadores podem operar individualmente ou em paralelo, dependendo da necessidade.
Obtidos os 450V 60Hz estes são distribuídos pelo quadro principal dos 450v 60Hz dividido em
duas secções a BB e EB para os respectivos equipamentos.

407. PROPULSÃO
A propulsão principal de RÉ e propulsor de proa AV, é alimentada a 750V DC quando á
máxima velocidade. A sua conversão é efectuada através de ponte trifásica constituída por tiristores
“SCR” (Silicon Controlled Rectifier), instalados no interior do respectivo quadro de comando e controlo
de cada propulsor.

Fig. 4.13 - Tiristores “SCR” (Silicon Controlled Rectifier)

Por avaria de um dos sistemas (SCR) que alimentam os propulsores de RE, é possível
alimentar os dois propulsores com um só sistema (SCR) mas limitados a metade da potência dos
propulsores.

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Fig. 4.14 - Painel de comando e controlo do motor de BB (esq) e painel de controlo e


comando dos três motores propulsores (dir).

408. BANCO DE TRANSFORMADORES

O quadro principal de distribuição dos 450v 60Hz é alimentado por três transformadores
trifásicos de 500KVA 600/450V-60Hz, que recebem alimentação do barramento do quadro principal a
600V 60Hz. Por sua vez alimentam a 450v 60Hz o barramento do quadro de distribuição dos 450v
constituídos por duas secções, BB e EB, e a partir destas secções alimentam os diversos
equipamentos directamente a 440v 60Hz ou através de transformadores a 450v/115v 60Hz.

Fig. 4.15 - Transformadores de 600v/440v 60Hz

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Os três transformadores de 500KVA, são reversíveis, podem ser elevadores ou redutores o


que permite alimentar o barramento principal. É possível inverter a alimentação ao transformador, ou
seja, receber 450V no secundário que passa a primário, quando o navio está alimentado por terra,
para obtenção dos 600V no primário que passa a secundário, que irá alimentar o barramento a 600v
60Hz.

409. DISTRIBUIÇÃO

A distribuição aos quadros secundários que alimentam pequenos equipamentos e tomadas,


recebem 115V de um grupo de três transformadores monofásicos, ligados em triângulo (primário e
secundário), um grupo por quadro, que por sua vez recebe alimentação directamente do quadro
principal dos 440V.

Fig. 4.16 - Transformadores 440/115V e respectivo quadro secundário de distribuição a 115V

Conversores 24V DC
Os 24V DC são obtidos (por 3 conversores estáticos) a partir dos 440V. A sua distribuição é
necessária exclusivamente para os laboratórios e ponte (tomadas violeta). Um só conversor, satisfaz
as necessidades de todos os equipamentos.

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Fig. 4.17 - Conversor estático de Fig. 4.17a - Quadro selector do conversor


440VAC em 24VDC e distribuição dos 24VDC

Emergência 24VDC

Os 24VDC emergência São distribuídos a partir do painel de 24V DC situado na casa do


gerador de emergência a EB junto do quadro de comando e controlo do gerador. O barramento
principal dos 24V DC é alimentado por duas baterias de 12V situado junto do quadro eléctrico e são
carregadas por carregador próprio, instalado por cima destas. Este carregador é semelhante ao
carregador do gerador de emergência.

Fig. 4.18 - Painel dos 24VDC emergência parte superior e 120V AC para os quadros por EL, parte
inferior do painel.

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Os 24VDC de emergência, para além de circuitos na ponte há a salientar que a partir deste
painel, em circuitos separados os GEME e as caixas de ligações dos sensores dos geradores
principais, fixa ao chassis a BB de cada gerador AV destes são alimentados a 24VDC. Salienta-se,
que os geradores não funcionam, sem que a alimentação correspondente de cada gerador esteja
estabelecida.

410. ALIMENTAÇÃO DE TERRA A 440V 60HZ

O navio quando se encontra atracado na BNL recebe duas alimentações distintas, 440v 60Hz e
400v 50Hz a partir de um conjunto de três cabos com a secção de 250mm2, para os 440v 60Hz e um
cabo constituído por três condutores de 35mm2 para os 400V 50Hz.
As caixas de entrada de alimentação encontram-se juntas e localizam-se no exterior do navio,
na antepara de RE do laboratório de hidrografia.

Fig. 4.19 - Caixas de entrada da alimentação de terra 440v 60Hz e 400v 50Hz.

A alimentação dos 440v 60Hz chega ao barramento de entrada passa pelo disjuntor de entrada
e segue para o quadro principal dos 440v secção central entre as secções de BB e EB, onde se
encontra instalada a aparelhagem de medida, protecção, comando, indicador de sequência correcta
de fase e dispositivo tripolar ON/OFF.

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411. ALIMENTAÇÃO DE TERRA A 400V 50HZ

A alimentação dos 400V 50Hz entra no barramento, passa pelo disjuntor de entrada e segue
para o quadro dos 400v situado na casa dos conversores a RE da casa dos propulsores a EB. Este
quadro recebe também a alimentação dos grupos gerador motor (conversores rotativos nº1 e 2). Por
sua vez por selecção neste quadro, alimenta-se o transformador trifásico 1 ou 2. Estes
transformadores estão ligados, primário em triângulo e o secundário em estrela, com o ponto central
ligado á massa, estrutura do navio (terra).

Fig. 4.20 - Quadro de entrada da Fig. 4.20a - Transformadores


alimentação dos 400v 50Hz e quadro de trifásicos Δ/Υ 400/220v 50Hz
distribuição para quadros secundários dos
400/220v 50Hz.

A distribuição dos 400v/230v 50Hz é efectuada a quatro fios mais terra a partir do quadro
principal dos 400v 50Hz até aos quadros de distribuição. Existem diversas tomadas trifásicas tipo CIE
3P+N+T no interior do navio. Para tomadas 2P+T ou equipamento monofásicos a distribuição é
efectuada a dois fios mais terra a partir dos quadros secundários.
Todos os quadros, nos circuitos de distribuição são dotados de interruptores diferenciais, com a
finalidade de proteger a instalação e operador, quando de um contacto eventual directo ou indirecto
com partes sob tensão.

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412. CONVERSORES 60/50Hz

O navio está equipado com dois grupos conversores de frequência 60/50 Hz. Estes
conversores de frequência, cuja potência é 150 KVA, foram projectados para gerar energia eléctrica a
400V, 50Hz, 3Ph,com o neutro isolado.

Fig. 4.21 - Conversão 600v 60Hz/400v 50Hz, conjunto formado por motor em baixo e alternador em
cima.

413. CONSTITUIÇÃO DOS GRUPOS CONVERSORES DE FREQUÊNCIA

O conversor de frequência é constituído por:


Um motor de indução de 180KW acoplado por correias ao Alternador de 400V 50Hz, 3 Fases,
1500 rpm.
Um quadro de arranque do motor eléctrico contendo todos os dispositivos necessários ao
arranque e paragem do grupo, constituído por arrancador estrela triangulo. Estes quadros encontram-
se junto dos grupos conversores, bem como o painel de entrada e saída da alimentação dos grupos
conversores e da alimentação de terra, quando o navio estiver atracado e interligação aos
transformadores trifásicos Δ/Υ 400v / 400v, 220v.

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Fig. 4.22 - A imagem mostra o quadro eléctrico de entrada da alimentação de terra, conversores e
interligação aos transformadores trifásicos Δ / Υ 400v/ 400v, 220v

Arranque e paragem do motor, monitorização do funcionamento do alternador em tensão,


corrente, potência, número de horas de funcionamento e desfasamento, é efectuada num painel,
instalado no MCR, ao lado da secção BB de distribuição dos 440v 60Hz, em frente do quadro
principal dos 600V, de comando e controlo dos alternadores e propulsor.

Fig. 4.23 - Painel de comando e controlo dos conversores 400V 50Hz

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a. CARACTERÍSTICAS DO MOTOR
O motor é trifásico com quatro pólos e o rotor em gaiola de esquilo.
Principais características:

Tipo-------------------------WDF 315 LTEFV


Construção----------------B 3
Protecção------------------IP 55
Potência estipulada-----185 KW
Velocidade Nominal-----1470 RPM
Tensão----------------------600V, 3Ph
Frequência ----------------60Hz

b. CARACTERÍSTICAS DO ALTERNADOR
O alternador é trifásico, auto-excitado, sem escovas e tensão constante garantida à saída por um
regulador electrónico de tensão.

Tipo-------------------------HCM 434 E2
Protecção-----------------IP 23
Potência estipulada----250 KVA
Factor de potência-----0,8
Tensão--------------------380V
Frequência---------------50Hz
Velocidade---------------1500RPM

414. GRUPOS ESTABILIZADORES 60/60Hz

O navio também está equipado com dois grupos estabilizadores de 200KW, 450V, 60Hz, para
alimentação de equipamentos especiais, essencialmente instalados na ponte de comando e alimentar
equipamentos sensíveis às variações de tensão.

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Fig. 4.24 - Grupo estabilizador 60Hz/60Hz

O arranque e paragem destes grupos são efectuados nos respectivos quadros para o efeito,
instalados junto destes, situados na casa dos propulsores.
Comando e controlo é efectuado no MCR no painel respectivo de comando, controlo e
distribuição dos 440v60Hz SP estabilizados.

Fig. 4.25 - Painel de comando, controlo e distribuição de energia (SP)

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415. MOTORES DE PROPULSÃO

A propulsão do navio é constituída por dois motores de 800HP, estes estão localizados no
compartimento (3-52-01), e por um motor propulsor de proa com 550HP, que se encontra no
compartimento (2-6-0).

416. PROPULSÃO A RÉ.

MOTORES DC SHUNT DE 800HP (REVERSÍVEL).


Velocidade de funcionamento – 10 a 185 R.P.M.
Voltagem máx. – 750VDC
Corrente máx. – 1050 A (durante 30 seg.)
Voltagem de funcionamento entre 0 e 750 V
Corrente de operação entre 0 e 900 A

Fig. 4.25 - Arrefecedor do motor principal de BB.

O motor principal está por debaixo do respectivo arrefecedor, que tem a função de arrefecer o
ar no interior do motor principal, possuindo para o efeito dois ventiladores a 440v 60Hz, para forçar o
ar a circular através de filtros que retêm as pequenas partículas em suspensão libertadas em especial
pelas escovas devido ao desgaste, embora este seja diminuto.
No interior dos permutadores circula água salgada aspirada do mar por bomba própria para o
efeito.

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417. LAVANDARIA

As máquinas de lavar roupa, secadores de roupa e extractores de água da roupa instalados na


lavandaria são alimentados a partir de um transformador monofásico instalado no interior da casa a
EB. Este transformador, primário um enrolamento alimentado a duas fases a 440v60Hz.o seu
secundário é constituído por dois enrolamentos com tomada central 2x110v. A alimentação para os
equipamentos instalados na lavandaria, parte do quadro eléctrico instalado no interior da lavandaria
cuja alimentação deste é efectuada pelo transformador atrás referido.

418. PROPULSÃO A VANTE.

MOTORES DC SHUNT DE 550HP (REVERSÍVEL)


Velocidade de funcionamento – 10 a 185 R.P.M.
Voltagem máx. – 750VDC
Corrente máx. – 1050 A (durante 30 seg.)
Voltagem de funcionamento entre 0 e 750 V
Corrente de operação entre 0 e 900 A

Fig. 4.25 - Motor propulsor de proa

Ambos os motores são de indutor fixo e induzido móvel, com colector e escovas.

Modos de funcionamento:

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Estes motores podem ser comandados em Remote, local ou emergência, em comando Remote
são controlados da estação de controlo principal (ponte de comando), em local no MCR e em
emergência a partir da ponte de emergência situada a RÉ (pavimento superior por cima do laboratório
de hidrografia).
419. NOMENCLATURA DE QUADROS E CIRCUITOS ELÉCTRICOS

Significado atribuído aos quadros e circuitos eléctricos de bordo:


P – “Power” quadros/circuitos de potência (associado ao “service switchboard” 450V e “Emergency
Switchboard” 24V).
L – “Lighting” quadros/circuitos de iluminação.
EP – “Emergency Power” quadros/circuitos de potência alimentados via quadro de emergência
(associado ao “Emergency Switchboard” 450V e 120V).
EL – “Emergency Lighting” quadros/circuitos de iluminação alimentados via quadro de emergência
(associado ao “Emergency Switchboard” 450V e 120V).
SP – “Stable Power” quadros/circuitos alimentados via painel de conversores 60Hz (“Motor
generators” 60Hz) ou transformadores de tensão constante (ex:120V/120V 60Hz).
O primeiro algarismo imediatamente a seguir á(s) letra(s) indica o nível de tensão associado ao
circuito.
Os números seguintes (normalmente dois) são de ordenação, sendo únicos no circuito,
servindo para identificação desde o disjuntor que estabelece a alimentação de um quadro, painel ou
equipamento. Por vezes surge um quarto dígito separado do primeiro grupo por “—“ o qual indica um
sub-painel ou um sub-circuito.

Exemplos:
NR: 1
P414 circuito de potência de 440V (disjuntor no “Service Switchboard” 450V correspondente ao
“Galley power painel”-PNL P114, painel da cozinha).
P114 circuito de potência de 120V que alimenta o painel da cozinha e cuja presença de alimentação
se encontra condicionada ao facto do disjuntor P414 estar ou não estabelecido.
Como se torna perceptível se o disjuntor P414 fornece uma tensão de 450V ao Painel da Cozinha e
este recebe 120V (P114) é obrigatório a existência de um transformador ou banco de
transformadores de forma a estabelecer esta relação. Efectivamente existe um banco de três
transformadores 440V/120V 15KVA 60Hz.
NR: 2

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P428 circuito de potência de 440V (disjuntor no “Service Switchboard” 450V correspondente ao


transformador “LTG XFMR”-PNL L128).
L128 circuito de iluminação de 120V que alimenta o painel de distribuição para os sub-paineis de
iluminação os quais detém a designação L128-1, L128-2, L128-3, L128-4, L128-5, L128-6. Tal como
no exemplo anterior existe um banco de transformadores entre o disjuntor P428 e o Painel L128,
transformadores de 450/120V 37,5KVA 60Hz.

Fig. 4.26 - Quadro de distribuição da Fig. 4.26a - A figura mostra os três


transformadores monofásicos de
iluminação normal (L128), com os
37,5KVA
respectivos disjuntores para os
quadros secundários

Este circuito, no entanto, assume uma função especial. Sendo o circuito de iluminação principal
do navio este deverá não só possuir redundância, bem como comutação automática. Isto acontece na
seguinte forma:
O painel L128 poderá ser alimentado via transformadores através do disjuntor P428 (normal –
PORT BUS) ou disjuntor, P431 (alternativo – STBD BUS), ambos no ”Service Switchboard” 450V,
com a possibilidade de selecção de disjuntor automaticamente (ABT – automatic bus transfer).
Em conjunto com um circuito de iluminação normal existe um circuito alternativo EL, circuito de
iluminação de emergência, alimentado a partir do grupo de três transformadores instalados por detrás
do quadro de comando e controlo do gerador de emergência.

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420. RESUMO

No navio “D. Carlos I” existem quatro geradores principais de 600KW/ 600VAC.


Um gerador de emergência de 450V/60Hz.
Dois motores de propulsão de 850HP 750VDC.
Um motor de proa com 550HP.

Do sistema de distribuição de energia fazem parte três transformadores de 600/450VAC.


Dois grupos conversores de 380V/50Hz acoplados a motores eléctricos de 600V.
Dois grupos estabilizadores de 450V/60Hz/450V/60Hz.
Existem vários grupos de transformadores de 450/115 60Hz, para equipamentos e tomadas.
Existem dois grupos de transformadores de 440v 60Hz 115V 60Hz, o grupo para os
circuitos EL e o grupo para os circuitos L
Dois transformadores triângulo estrela de 380/220VAC os 220V para equipamentos de bem-
estar, recreio e laboratórios.
Três transformadores estáticos de 450VAC/24DC para os laboratórios (a ponte do navio
em determinados casos pode ser considerada como um laboratório).
Um transformador de 440v220v60Hz para as máquinas instaladas na lavandaria.
Dois grupos de transformadores 440/115v 60Hz para os circuitos a 115v 60HZ SP
Existem quatro grupos de baterias distintos
 Grupo de emergência
 Grupo do gerador de emergência
 Grupo da girobússola
 Grupo das comunicações internas

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CAPÍTULO 5 - COMUNICAÇÕES INTERNAS

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501. COMUNICAÇÕES INTERNAS

a. INTRODUÇÃO
É essencial à vida do homem a comunicação.
É através dela que se trocam ideias, que se toma conhecimento e transmitem os factos e as notícias,
que se transmitem e recebem ordens e, até, que se coordena a actividade de um conjunto de
homens.
Se a comunicação é sem dúvida importante em terra, ela, a bordo de um navio é fundamental e em
particular num navio de guerra.
Com efeito, dada a sua construção muito particular, um navio de guerra é extremamente
compartimentado e nele os homens trabalham só ou em grupos, mas isolados por paredes de ferro
que tornam impossível a comunicação sem ser auxiliada por dispositivos eléctricos ou electrónicos
cujo funcionamento deve ser prefeito.
Há ainda, por vezes, necessidade de informar simultaneamente um conjunto, de indivíduos que se
encontram de tal modo dispersos que só com um meio auxiliar se consegue a comunicação.
É pois objectivo deste capítulo conhecer algo sobre estes meios, não tanto com o fim de os sabermos
reparar mas sim para que fique claro a sua relativa fragilidade a qual implicará cuidados no seu
manuseamento e operação.

502. BREVES IDEIAS SOBRE O SOM

Apresentando-se, por vezes sob a forma de ruídos altamente desagradáveis, impertinentes e até
arrepiantes e outras vezes sob formas agradáveis, harmoniosas e belas, como a música, o som foi, e
continua a ser o processo mais prático, mais usual e mais expedito de comunicação entre o homem.
Pode dizer-se, que se produz som sempre que um corpo qualquer entra em vibração num meio
que possibilite a propagação das vibrações.
Vejamos, de um modo simplista, como se processa este mecanismo.
É possível que o aluno já tenha reparado que quando se atira uma pedra para um lago de águas
tranquilas imediatamente se formam um sem número de círculos concêntricos e avançando do ponto
onde caiu a pedra para as margens do lago (do centro para a periferia). Isto dá-nos a sensação de
que a água corre do centro para as margens do lago o que, na realidade, não é verdade.
O que efectivamente sucede é que a pedra ao tocar a água produz uma série de oscilações nas suas
partículas. Oscilações estas que irradiam para a periferia do lago. A água apenas assume

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movimentos verticais, mas esses movimentos é que se vão propagando, deixando as partículas no
mesmo ponto da superfície líquida.
Factos semelhantes ocorrem quando dois indivíduos seguram nos extremos de uma corda, como na
Fig. 5.01.
Se um dos indivíduos sacudir a corda em determinado momento, gera-se nela uma vibração que
avança no sentido do outro.
Verifica-se claramente que não é a corda que se move de A para B mas sim o movimento vibratório.

Fig. 5.01 – Movimento vibratório

Ora, é exactamente isto que se passa em relação ao som.


A partir do ponto onde foi originada a vibração inicial (figura 5.01), começa a haver uma compressão
do ar da esquerda para a direita (admitindo, como na figura que o sentido da propagação do som foi
condicionado - esquerda - direita).

Fig. 5.02 – a) Compressão b) rarefacção de uma onda sonora

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Sucede também que a compressão do ar é acompanhada de uma zona de rarefacção.


Ainda que a vibração inicial seja muito curta em duração, um simples estalido, por exemplo, a
propagação farse-á através do ar segundo este processo e, como se vê na (figura 5.02), é constituída
por zonas sucessivas de compressão e rarefacção até atingir o ouvido humano.

No ouvido humano, órgão tão complexo quanto sensível, há uma membrana - o tímpano - que entra
em vibração ao ser atingida por estas zonas de compressão e rarefacção, comunicando depois a
sensação auditiva ao cérebro.
Interessa ainda referir que o som não se propaga no ar de forma instantânea mas sim a uma
velocidade média de 340 m/s.
Se bem que na conversação entre pessoas isto não se note, casos há em que isto é evidente. Por
exemplo quando numa trovoada distante se ouve o barulho do trovão, já o raio caiu há algum tempo.
Concretizando, se o barulho do trovão foi ouvido 10 segundos depois de ter sido visto o relâmpago,
isso significa que o raio terá caído a cerca de 3.400 m.
A terminar, um outro facto que interessa considerar no som (entre muitos outros que não vamos
abordar) é a sua frequência, interessa considerar este parâmetro porque o ouvido humano é incapaz
de ouvir todos os sons. Na realidade, para uma pessoa normal, só lhe estão acessíveis os sons cuja
frequência esteja compreendida entre os 20 Hz e os 20.000 Hz.
É dentro desta gama de frequências que os dispositivos que os vamos estudar operam.

Fig. 5.03– Espectro sonoro. Os sons situam-se entre 20Hz e 20KHz

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503. TELEFONES DE INDUÇÃO

a. INTRODUÇÃO
Por definição, o telefone é um equipamento destinado à transmissão da voz por corrente eléctrica.
Várias vezes tentado, foi Graham Bell, em 1876, que conseguiu o primeiro telefone. Consistia dum
transmissor (microfone) de carvão e de um receptor (auscultador) electromagnético (figura 5.04).

Fig. 5.04 – Telefone simplesmente mecânico

A e B transmissor e receptor de voz, de metal ou madeira; C e D membranas com os centros ligados


pelo condutor “E”. As vibrações mecânicas de cada são transmitidas à outra pelo condutor E.
Com o evoluir da técnica o telefone foi sofrendo alterações sucessivas até chegar ao que é
actualmente. Hoje em dia, o telefone para nós não representa um instrumento indispensável,
constando dum aparelho composto por um teclado ou disco de dígitos colocado numa caixa que se
deduz ter uma campainha no seu interior e sobre a qual descansa um microtelefone que nos serve
para falar ou ouvir.
É este o telefone comercial em voga embora possa apresentar-se já com aspectos e tecnologias
diferentes, sendo correntemente chamado telefone automático.
Nos navios modernos, e particularmente em relação à Marinha de guerra, nas fragatas e corvetas,
existem estes telefones.
Mais à frente veremos a constituição e o funcionamento.
Existem porém outra rede ou redes de telefones, chamados telefones de Indução, muito utilizados
nos nossos navios.
Diz-se rede ou redes pois que geralmente assim acontece: Rede de telefones de indução para navios
de pequena tonelagem (patrulhas, etc.) e redes de telefones de indução para navios de média ou
grande tonelagem {corvetas, fragatas, etc.).

Como o próprio nome leva a pensar, estes telefones não necessitam de alimentação estranha, eles
próprios geram a f.e.m. necessária ao seu funcionamento.

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Conclui-se que, dependendo exclusivamente deles próprios, se assistidos convenientemente, não


são susceptíveis de ter muitas avarias.
Estes telefones utilizam o princípio já conhecido do telefone de íman permanente. Foi ainda Graham
Bell o seu inventor.
No entanto, só em 1948, foi possível realizar aparelhos robustos e que dessem boas provas,
respondendo aos requisitos impostos para a sua instalação em navios.
A dificuldade fundamental para obter aparelhos deste tipo reside essencialmente no facto de a
ligação telefónica entre a voz de um dos utilizadores e o ouvido do que está a escutar, necessitar de
quatro transformações sucessivas da fraca energia emitida pela voz do primeiro utilizador:

 1ª - Energia acústica energia mecânica


Transmissor
 2ª - Energia mecânica energia eléctrica
 3ª - Energia eléctrica energia mecânica
Receptor
 4ª - Energia mecânica energia acústica.

Fig. 5.05 – Transformação de energia

b. CONSTITUIÇÃO
Estes telefones são constituídos essencialmente por:
 Um transmissor (microfone)
 Um receptor (auscultador)
Que estão ligados por uma linha de transmissão

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Fig. 5.06 – Transmissão num só sentido

Com este circuito só seria possível a transmissão num sentido; para se conseguir a trans missão em
ambos os sentidos como é prática corrente, poderá então utilizar-se o esquema da (figura 5.06).

Fig. 5.07 – Sistema a quatro fios

Trata-se de um sistema a quatro fios, com vantagem, mas pouco prático e por isso de utilização
reduzida dado o elevado custo da linha telefónica. É possível resolver este problema pela (figura
5.08).

Fig. 5.08 – Transmissão nos dois sentidos com dois condutores

Este esquema tem um inconveniente, os auscultadores são percorridos pelo sinal originado pelo
microfone, a este efeito dá-se o nome de efeito local. Pode atenuar-se empregando circuitos
especiais.

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c. TRANSMISSOR (MICROFONE). RECEPTOR (AUSCULTADOR)


Os microfones usados neste tipo de telefones são os microfones dinâmicos.
Os auscultadores usados são os de bobine móvel cujo o funcionamento é idêntico aos dos
microfones dinâmicos e portanto reversíveis. Geralmente estes elementos são fornecidos pelo
fabricante que lhes dá o nome de cápsulas. Em muitos casos os microfones e auscultadores são
exactamente iguais e reversíveis.

FUNCIONAMENTO:

Fig. 5.09 – “a” e “b” são terminais da bobina

Na ausência de pressão sobre o diagrama, o núcleo permanece equidistante das massas polares.
nestas circunstâncias as linhas de força cortam a bobina paralelamente ás suas espiras não
provocando f.e.m. nos terminais da bobina (Figura 5.09).

Fig. 5.10 – Quando as compressões sonoras incidem no diafragma

Quando a voz incide sobre o diafragma, o núcleo aproxima-se mais de duas das massas polares, isto
provoca um desvio das linhas de força que procuram um caminho com menor relutância magnética.
Esse desvio provoca indução na bobina aos terminais da qual aparecerá uma f.e.m. cujo valor é
directamente proporcional à intensidade do som (figura 5.10).

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Fig. 5.11 – Expansão do diafragma

Quando se dá a expansão do diafragma, o desvio do núcleo é em sentido contrário pelo que a f.e.m.
gerada também tem sentido contrário (figura 5.11).
Pelo que fica exposto pode-se concluir que aos terminais da bobina vai aparecer uma f.e.m. cujo
valor e sentido, traduz o som que incide no diafragma.

504. TELEFONES DE INDUÇÃO COM CHAMADA SONORA E VISUAL

O telefone de indução estudado obriga a que os operadores estejam permanentemente com os


auscultadores nos ouvidos. Isto torna-se pouco prático e requer disponibilidade de pessoal. Para
obstar este inconveniente foram criados telefones com um sistema de chamada sonora e visual.

a. CONSTITUIÇÃO
Este sistema é basicamente constituído por um alternador, um transformador elevador, uma lâmpada
de néon, uma cápsula auscultadora, uma cápsula transmissora, e um besouro. O alternador gera
uma f.e.m. entre 12 a 15 VAC 800c/s a qual alimenta o transformador e o besouro. O som deste é
tanto mais agudo quanto maior for a velocidade (frequência superior a 800c/s).
O transformador destina-se a elevar a tensão para cerca de 220V a fim de acender a lâmpada de
néon. A lâmpada destina-se a auxiliar o besouro na sua missão, o qual é ineficaz em locais ruidosos.
b. FUNCIONAMENTO
Quando o “chamador” acciona o comando manual está a movimentar o rotor do alternador e através
duma extensão do veio está a fechar os contactos 2/3 e abre os contactos 1/2. A f.e.m. gerada, sai do
alternador passa através do primário do transformador do telefone “chamado” o qual fornece
alimentação para a lâmpada e por outro lado passa através do besouro fechando-se pelos contactos

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1/2 do telefone e contactos 2/3 do telefone “chamador”. O “chamado” atende falando através do
microfone. A partir daqui o sistema é em tudo idêntico ao que foi estudado anteriormente.

Fig. 5.12 – Telefone de indução com chamada visual e sonora

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505. REDES TELEFÓNICAS DE TELEFONES DE INDUÇÃO

Nos navios há necessidade de comunicar com os locais mais importantes e mais responsáveis pela
sua segurança como sejam: Ponte, Casa do Leme, Máquina do Leme, Casa das Máquinas, Central
de Limitação de Avarias, Centrais Geradoras, Central de Tiro etc. Cada um destes locais deve estar
equipado com pelo menos um ponto telefónico. Se existisse apenas uma rede de telefones de
indução, todos os postos eram chamados e todos ouviam o que além de ser inconveniente ( a casa
das Máquinas não tem necessidade de escutar, o que a Ponte quer comunicar à Casa do Leme)
provocaria uma tal perda de energia que nenhum posto ouvia. Assim existem a bordo várias redes de
telefones de indução. Cada rede tem uma designação e os telefones pertencentes a essa rede estão
todos assinalados com a mesma identificação. Na maioria dos navios a identificação é como se
segue:
 1 J V – CIRCUITO DE FAINA
 2 J V – CIRCUITO DE MÁQUINAS
 1 J A – CIRCUITO DE ARTILHARIA
 1 J C – CIRCUITO DE ARTILHARIA
 1 J W – CIRCUITO CENTRO DE MENSAGENS TSF etc.
 2 J Z – CIRCUITO LIMITAÇÃO DE AVARIAS
 2 J P – ARTILHARIA
 1 J S – ARMAS SUBMARINAS/RADARES
Por vezes alguns postos têm a possibilidade de seleccionar o posto a chamar dentro da sua rede
restringindo assim, ainda mais, o caminho a ser percorrido pela corrente, o que se traduz numa
melhor audição. Em alguns casos essa operação faz-se por simples comutação.

506. MODELOS DE TELEFONES DE INDUÇÃO

Segundo os locais de instalação e a finalidade dos telefones, assim se utilizam vários modelos de
telefones de indução. Não podemos utilizar o mesmo modelo na Casa das máquinas e no convés ou
num camarote. Fácil de reconhecer que num camarote não se torna necessário um telefone com
sistema de chamada luminoso, nem que no convés, (exposto à chuva, salpicos de água e humidade),
se utilize um telefone normal. Por isso se construíram e instalaram vários modelos. Interessa salientar
os que mais frequentemente aparecem nos nossos navios:
 Telefones de indução normais.
 Telefones de indução para locais ruidosos.

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 Telefones de indução de cabeça e peito.


O seu princípio de funcionamento é exactamente o mesmo. Diferem apenas na sua apresentação.
Assim, os primeiros, telefones de indução normais, chamemos-lhes assim, equipam locais em que
não há problemas de grandes perturbações sonoras como Ponte, Casa do Leme, etc.
Os segundos equipam locais ruidosos como: Casa das Máquinas, Centrais Geradoras, Máquina do
Leme, Casa do Gerador de Emergência e têm a particularidade do sistema de chamar ser luminoso e
ainda um auricular. Este não é mais que um auscultador normal para o segundo ouvido e portanto
permitir não só um isolamento dos ruídos exteriores mas também melhorar a audição.
Os terceiros equipam os exteriores do navio como postos de vigia, telefonistas das fainas, torres de
Artilharia, Destacamentos de Limitação de Avarias do Exterior, etc. São denominados telefones de
cabeça e peito, pelo facto de serem compostos por dois auscultadores adaptáveis aos ouvidos do
telefonista e seguros por um aro que assenta na parte superior da cabeça. O microfone assenta
sobre o peito, é unidireccional e só entra em circuito por intermédio dum interruptor. O utilizador só
será ouvido se premir esse interruptor.
Estes telefones de cabeça e peito são guardados em caixas próprias colocadas junto dos respectivos
postos. Em serviço, é necessário ligá-los a tomadas próprias instaladas nos postos. Fora de serviço,
devem estar sempre nas caixas que existem para os proteger dos factores do tempo e água salgada.

Fig. 5.13 – Telefone de cabeça e peito

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507. CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO

A conservação dos telefones de indução é praticamente nula desde que não sejam sujeitos a maus
tratos e desleixo (caso dos telefones de cabeça e peito).
Os trabalhos de manutenção limitam-se na maioria dos casos, a manter em bom estado de limpeza o
aparelho e o fio de ligação.
A manutenção consiste na:
 Mudança de uma capsula;
 Verificação sumária do seu estado de funcionamento.

508. TELEFONES AUTOMÁTICOS

As noções de telefones automáticos, incluem a descrição e funcionamento de vários órgãos ou


componentes de diferentes fabricantes, não sendo por isso referido um equipamento específico.
Porém, embora existam diferenças mecânicas ou eléctricas de fabricante para fabricante, as funções
a executar pelos diversos órgãos, destinam-se todos ao mesmo fim.

509. POSTO OU TELEFONE

Conforme mostra a (figura 5.14) bem como o esquema da (figura 5.15), um posto ou telefone
propriamente dito contém basicamente os seguintes órgãos:
Marcador, Bobine de Indução, Regulador, Condensadores, Campainha e Microtelefone
(Capsula auscultadora e Capsula microfónica).

Fig. 5.14 – Posto de telefone

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Fig. 5.15 – Telefone Tipo 7

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a. MARCADOR
O marcador, esquematicamente mostrado na (figura 5.16) destina-se a enviar impulsos aos
selectores, a uma cadência determinada, para selecção do número determinado.
Para que a selecção automática se faça em boas condições, aproveita-se somente a rotação livre do
marcador, que está equipado com um regulador centrífugo de velocidade. Os impulsos de marcação
vão actuar num relé da estação automática interrompendo o seu circuito em conformidade com o
número de impulsos enviados.
Em referência à figura o marcador tem o seguinte funcionamento:

Fig. 5.16 - Marcador

O movimento do disco dos dígitos, que durante a marcação é para a direita é transmitido pelo seu
eixo à roda B ao mesmo tempo que a mola M é deformada. A roda B, que tem tantos dentes quantos
os dígitos, no seu movimento para a direita, vai permitir que a parte mais longa da peça móvel K
ocupe sucessivas posições entre dois dentes. Durante este movimento para a direita a peça K não
actua nos contactos respectivos. Logo que se liberta o disco dos dígitos, a roda B em rotação livre,
volta à posição inicial por acção da mola M. É nesse movimento para a esquerda que os dentes da
roda B actuam na peça K fazendo com que esta abra os contactos 4-5 para o envio dos impulsos
correspondentes a cada dígito. Isto é abrem uma vez para o dígito um, duas vezes para o dígito dois
e assim sucessivamente, até o dígito zero para o qual abrem dez vezes.

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Logo que a roda B inicia o seu movimento para a direita, a lâmina de mola do contacto 1 fica livre do
perno P e por acção da mesma fecham-se os contactos 1-2 e 2-3 que se destinam a curto – circuitar
o transmissor, o receptor e a bobine de indução, evitando assim um circuito indutivo nos impulsos da
corrente, o que iria alterar o tempo de operação e desoperação do relé.

A regulação da velocidade em rotação livre é feita do seguinte modo:


Durante a marcação, o movimento do disco dos dígitos também é transmitido à roda A, mas por um
disposição mecânica o sistema patina não sendo por isso transmitido ao sem – fim por intermédio das
rodas C e D. Porém, quando se liberta o disco dos dígitos o sistema fica engrenado pondo em
funcionamento o regulador centrífugo que regula a velocidade devido ao atrito das massas das
lâmpadas nas paredes internas do copo cilíndrico que é fixo.

Na selecção automática, o mecanismo do marcador deve assegurar uma pausa mínima ( 400
milisegundos ) entre as séries de impulsos.
Aproximadamente metade deste tempo é despendido pelo utilizador na manipulação do marcador, o
restante é introduzido pelo regulador centrífugo.
Os contactos 4- 5 do marcador abrem e fecham em 100ms, sendo aproximadamente 66ms de
abertura e 33ms de fecho. Contudo, é admissível o tempo compreendido entre 63 e 72ms de
abertura.
A figura seguinte representa duas séries de impulsos referentes aos dígitos 3 e 2.

Fig. 5.17 – Série impulsos

O regulador centrífugo tem no lado oposto ao copo cilíndrico um parafuso de regulação que permite
ajustar a tensão das molas suportadoras das massas. O ajustamento deve ser feito de modo que o
disco dos dígitos, em rotação livre, demore cerca de um segundo a atingir a posição de repouso
quando se marca o zero. O copo nunca deve ser lubrificado.

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O marcador normalmente tem uma vida longa, chegando às 500.000 operações marcando o
algarismo 9.

b. BOBINE DE INDUÇÃO
A constituição da bobine de indução varia muito, e embora em alguns telefones já não exista, o seu
objectivo é atenuar o “ efeito local “, que consiste no seguinte:
Quando alguém fala ao telefone, não deve ouvir a sua voz a um nível muito elevado, pois teria a
sensação de estar a falar demasiado alto, consequentemente passaria a falar baixo o que dificultaria
a recepção no outro lado da linha.
Por outro lado, se não ouvir nada do que diz, também tem a sensação de que não se faz ouvir, e por
isso, tenderia a elevar a voz o que também tem inconvenientes.
Para atenuar este efeito, os enrolamentos da bobine têm uma disposição baseada no transformador
diferencial.

Nos exemplos seguintes, em telefones diferentes verificamos o seguinte:


Durante a emissão (figura 85) a componente AC produzida pela capsula microfónica de carvão, tem
dois caminhos, originando a corrente I1 no enrolamento de 35 e a corrente I2 no enrolamento de
30. Estas duas correntes induzem no enrolamento de 75 as duas correntes opostas I1 I2 sendo
deste modo o receptor percorrido pela diferença das duas correntes, e por isso, atenua o “efeito
local”.

Fig. 5.18 – Efeito local

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Durante recepção (figura 5.18) a corrente que chega ao telefone origina a corrente I1 no enrolamento
de 35 e a corrente I2 no enrolamento de 30, que circulam no mesmo sentido. Estas correntes por
sua vez, induzem no enrolamento de 75 duas correntes aditivas I’1 e I’2 que percorrem o receptor.

Fig. 5.19 – Efeito local

c. REGULADOR
O regulador representado no esquema dentro das linhas a tracejado (figura 5.19), consiste numa
placa isolante, onde estão montados todos os componentes, ligados ao bloco de terminais por um
cordão flexível.
É composto por rectificadores de selénio em paralelo com o auscultador e com a bobine de indução,
e ainda por uma resistência não linear, em série com a linha. A queda de tensão na resistência,
polariza os rectificadores, e o “ efeito local “ é reduzido pelos circuitos introduzidos em paralelo pelos
rectificadores.
Quando o regulador não for necessário é retirado, e passam-se no bloco de terminais as pontes
indicadas no circuito.

d. CONDENSADORES
Normalmente há dois condensadores no mesmo invólucro, de capacidades diferentes consoante o
fabricante, sendo que o seu objectivo é idêntico.

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No caso do telefone tipo 7, o condensador de 0,9F está em paralelo com o transmissor e destina-se
a filtrar as frequências produzidas pelos contactos das molas de descanso dos telefones.
O condensador de 1,8F destina-se ainda a evitar que a componente DC atinja o receptor e a
máquina.

e. CAMPAINHA
Conforme a fig. 5.20 a campainha é geralmente constituída por dois electroímanes ligados em série,
uma armadura que juntamente com o martelo se move num pivot, duas campânulas e um íman
permanente que mantém os núcleos magnéticos polarizados.
Normalmente as campânulas têm massas diferentes, para produzirem sons diferentes.
O furo de fixação das campânulas é excêntrico para permitir o seu ajustamento em relação ao curso
do martelo e variar a intensidade sonora.

Fig. 5.20 - Campainha

A alimentação é de 60 a 90 volts alternos, fornecidos por uma máquina eléctrica ou por vibrador, com
uma frequência de 17 a 25 Hz.
Durante a chamada, a corrente alterna é aplicada através da linha e do condensador de 1,8 F.
Todo o restante circuito está desligado pelos contactos das molas de descanso do micro telefone.
O período de funcionamento é de um segundo, seguido do período de silêncio de três segundos.

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510. MICROTELEFONE

a. CÁPSULA MICROFÓNICA
É constituída basicamente por uma cápsula contendo grânulos de carvão de antracite, cuja posição é
variada pelas vibrações do diafragma, comportando-se o carvão como uma resistência variável.
Conforme figura 5.21, com o transmissor em repouso há corrente constante através do carvão,
fornecida pela alimentação contínua.
Quando o diafragma comprime, os grânulos de carvão fazem melhor contacto entre si, baixando a
resistência óhmica, fazendo aumentar a corrente.
Quando o diafragma expande os grânulos ficam soltos, aumenta a resistência óhmica e baixa a
corrente.
É desta forma que o transmissor converte estas vibrações do diafragma em corrente alterna, que a
estação selectora conduz ao receptor do telefone chamado.

Fig. 5.21 – Cápsula microfónica

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b. CÁPSULA AUSCULTADORA
Basicamente é constituída por duas bobines ligadas em série com os núcleos polarizados através de
um íman permanente.
O diafragma é um disco de ferro macio, e conforme a (figura 5.22) a sua posição normal é recurvado
para dentro, devido à atracção das faces polares.
Quando as bobines são percorridas por um alternância positiva, o campo produzido pela corrente vai
reforçar o campo magnético do íman, atraindo mais o diafragma.
Na alternância negativa o campo produzido pela corrente vai contrariar o campo do íman, afastando o
diafragma.
Podemos então afirmar que a vibração do diafragma, varia em função da intensidade e da frequência
da corrente.

Fig. 5.22 – Cápsula auscultadora

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ANEXO A
Gerador Gerador Gerador Gerador
Motor Propulsor Motor Propulsor Nº3 Nº4 Motor Propulsor
Nº1 Nº2
EB VANTE 600 VAC 600KVA 600VAC 600KVA BB
600 VAC 600KVA 600 VAC 600KVA

SCR SCR SCR

Painel de controle Painel de interligação Painel de controle Painel de interligação Painel de controle Painel de Painel de controle
Alimentação de barramentos.
Gerador Nº3 de barramentos Gerador nº1 Gerador Nº2 interligação de Gerador Nº4
380V/50HZ Painel de conversão Painel de conversão Painel de alimentação Painel de conversão
e detectores de terra barramentos.
chegada terra para o Motor de para o Motor de vante dos transformadores para o Motor de
E detectores de terra
EB Nº1;Nº2;Nº3 BB

Quadro seleccionador dos


conjuntos de bordo ou
chegada de terra. Para
alimentação dos Transformador Transformador Transformador
transformadores 600/450 V 600/450 V 600/450 V

Transformador Transformador
Triangulo/Estrela Triangulo/Estrela Chegada da alimentação Painel de Painel de controlo
380 3F/380 3F+N 380 3F/380 3F+N dos 450V do painel distribuição do gerador
principal 450 V de emergência

Gerador Gerador EP413


380V/50HZ 380V/50HZ EP401
Quadro
EP402
Motor Motor distribuição
EP403
600V/60HZ 600V/60HZ 380V/50HZ
EP404
220V/50HZ
EP405
EP406
EP409
EP407
EP410
EP411 Gerador de emergência
EP412 450 VAC / 250 KV
Painel dos Painel de chegada EP408
Painel de comando Painel de alimentação Painel de chegada Painel de chegada Painel de alimentação
60HZ dos 450 V P437
do grupo dos quadros dos 450 V dos 450 V dos quadros
Estabilizados dos transformadores.
600V/60HZ secundários de BB dos transformadores dos transformadores secundários de EB
Chegada
380V/50HZ
alimentação de terra.

SP402 P402 P403


SP401 P406 P415
SP404 P410 Alimentação 440V/60HZ P417
SP403 P412 chegada de terra P401
SP409 P404 P405
SP406 P408 P407
SP405 P414 P409
SP408 P402/ MCC2B P416 P411 P401/ MCC2A
SP407 P420 P419
P430/ MCC1B P429/ MCC1A
SP410 P422 P421
P424 P423
P426 P425
P418 P427
P428 P429
P430 P431
P432 P439
P438 P441
P442 P443
Transformação 440VAC/ Transformação 440VAC/ Transformação 440VAC/ P445
P440
24VDC 24VDC 24VDC P413
P444
P434 P433
P436 P437

Alimentação de bombas e
equipamentos auxiliares.

A-1
NÃO CLASSIFICADO ORIGINAL

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