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Memorial Descritivo - Completo

Subestação 262,5kVA

AERÓDROMO PRIVADO DE ÁGUAS CLARAS LTDA

Definição Rele proteção – interface rede


03 Rafael 31/03/2023
medidores

02 Inserção de Tabela de Demanda detalhada Rafael 08/03/2023

01 Troca titularidade acréscimo QGBT’s Rafael 08/02/2023

00 Emissão inicial Rafael 24/01/2023

Revisão Descrição Resp. Data

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Memorial Descritivo

SUMÁRIO

1. Contratante..............................................................................................................................4
2. Objetivo....................................................................................................................................4
3. Referência Normativa...............................................................................................................5
4. Generalidade do Projeto..........................................................................................................5
5. Pranchas do Projeto.................................................................................................................6
6. Carga Instalada e Demanda......................................................................................................6
7. Especificações técnicas da Subestação Particular.....................................................................8
7.1. Resumo das Especificações técnicas.....................................................................................8
7.2. Poste de derivação................................................................................................................9
7.3. Ramal de conexão.................................................................................................................9
7.4. Cabine de Medição - Medição indireta em MT......................................................................9
7.4.1. Cavalete para TC’s e TP’s de medição...............................................................................11
7.4.2. Caixa de Medição.............................................................................................................13
7.4.3. Chave................................................................................................................................15
7.4.4. Disjuntores de Média Tensão...........................................................................................15
7.4.5. Aterramento e Proteção...................................................................................................16
7.5. Estudo de Seletividade e Proteções em Média Tensão.......................................................17
7.5.1.1. Características TC de Proteção......................................................................................17
7.6. Transformadores de potência – Rede interna.....................................................................17
7.6.1. Fusível para proteção do Transformador.........................................................................18
8. Abrigo e Quadros de Baixa Tensão.........................................................................................18
8.1.1. Abrigo para quadros elétricos..........................................................................................18
8.1.2. Quadro Geral de baixa tensão – QGBT.............................................................................19
8.1.3. Quadro lógico...................................................................................................................20
8.1.4. Condutores Elétricos de Baixa Tensão..............................................................................20
8.1.5. Aterramento e Proteção do QGBT – Baixa tensão............................................................21
8.1.6. Disjuntor Geral de baixa tensão.......................................................................................21
8.2. Banco de Capacitores..........................................................................................................23
9. Documentação Técnica..........................................................................................................23
10. Responsabilidades do (Pós-Entrega) conforme NR-10........................................................24
10.1. Prontuário das Instalações Elétricas..................................................................................24

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10.2. Procedimentos de trabalho..............................................................................................25


10.3. Segurança na construção, montagem, operação e manutenção.......................................25
10.4. Responsabilidades.............................................................................................................26
11. Assistência pós-venda..........................................................................................................27
11.1. Garantias...........................................................................................................................27
12. Recomendações Gerais........................................................................................................28
13. Materiais empregados..........................................................................................................29
14. Alterações de Projeto...........................................................................................................29
15. Responsável Técnico.............................................................................................................30

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1. Contratante

Nome: ASSOCIAÇÃO DOS USUÁRIOS DO AERÓDROMO DE ÁGUAS CLARAS


CNPJ: 31.611.446/0001-86
Pessoa para contato: Ondino Dutra
E-mail: ondinodutra@gmail.com
Telefone: (51) 98293-8900

Local da Obra:

Nome: ASSOCIAÇÃO DOS USUÁRIOS DO AERÓDROMO DE ÁGUAS CLARAS


CNPJ: 31.611.446/0001-86
UC Referência: 995715807
Endereço: R. Ponderossa 275, Fazenda Ponderossa, Viamão – RS.
Atividade comercial: Comercial, Serviços e Outras Atividades –
Administração Condominial.

2. Objetivo

O presente memorial foi elaborado pela Spengel Engenharia,


CNPJ: 30.643.061/0001-38 sob registro no CREA-RS232418, e tem por
finalidade fixar normas e procedimentos básicos de execução e
montagem, especificações de materiais e/ou equipamentos, bem
como descrever de forma sucinta as instalações elétricas da obra
acima referenciada.

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3. Referência Normativa

Este projeto está baseado nos seguintes documentos normativos:


- NT.001.EQTL. Normas e Padrões - 06 - NT.001.EQTL. Normas e
Qualidade-06 - Fornecimento de EE em Baixa Tensão;
- NT.002.EQTL - Fornecimento de Energia Elétrica em Média
Tensão (15kV, 24,2kV e 36kV);
- NBR 5410;
- NR10 - Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade;
- NBR 14039/2005 - Instalações elétricas de média tensão (de 1,0
kV a 36,2 kV).

4. Generalidade do Projeto

Projeto de aumento de carga. Subestação 262,5 kVA, Cliente


único com medição de energia em MT.
A edificação possui hoje atendimento em BT que será
desativada no momento da ligação da MT.
Serão instalados 2 transformadores em rede área particular
interna ao empreendimento, totalizando 262,5 kVA.
A ligação da edificação será em rede de Média Tensão da
concessionária, 23,1 kV, medição em MT em cabine (desenho 14
NTD.002) com livre acesso, transformadores para rede secundária de
380/220V.
A data prevista para ligação da subestação é 15/04/2023.

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5. Pranchas do Projeto

 Folha 1: Cabine de Medição MT

 Folha 2: Diagrama Unifilar

 Folha 3: Situação/Localização/Rede Aérea

6. Carga Instalada e Demanda

Carga Instalada total: 506,9 kW


Demanda total: 274,9 kVA

A lista de cargas a ser instalada segue abaixo, e em detalhes no


anexo “carga e demanda”:

Unidade Local CARGA INSTALADA (W) Carga Demandada (VA)


275 QGBT1 25170 22766
1 QGBT1 31900 21874
2 QGBT1 24200 21874
3 QGBT1 24200 22383,2
4 QGBT1 26860 21874
5 QGBT1 24200 21874
6 QGBT1 24200 22216,35
7 QGBT1 26505 22766

Unidade Local CARGA INSTALADA (W) Carga Demandada (VA)


8 QGBT2 24230 21874
9 QGBT2 24230 21874
10 QGBT2 26390 22148,2
11 QGBT2 24230 21874
12 QGBT2 24230 21874
13 QGBT2 26505 22202,25
14 QGBT2 24230 21874
15 QGBT2 24230 21874
16 QGBT2 26390 22148,2
17 QGBT2 24230 21874
18 QGBT2 24230 21874
19 QGBT2 26535 22216,35

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QGBT TR Potência Instalada (KW) Demanda calculada (KVA) Potência do TR (KVA)


QGBT1 TR1 191,235 120,30 112,5
QGBT2 TR2 275,3 161,85 150

Abaixo lista de carga para previsão futura;

Unidade Local CARGA INSTALADA (W) Carga Demandada (VA)


20 QGBT3 22200w 19874
21 QGBT3 22200w 19874
22 QGBT3 24360w 20148,2
23 QGBT3 22200w 19874
24 QGBT3 22200w 19874
25 QGBT3 24475w 20202,25
26 QGBT3 22200w 19874
27 QGBT3 22200w 19874
28 QGBT3 24360w 20148,2
29 QGBT3 22200w 19874
30 QGBT3 22200w 19874

QGBT TR Potência Instalada (KW) Demanda calculada (KVA) Potência do TR (KVA)


QGBT1 TR1 191,2 120,3 112,5
QGBT2 TR2 275,3 161,8 150
QGBT3 TR3 277,32 162VA 150

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7. Especificações técnicas da Subestação Particular

Abaixo descrição da subestação particular a ser instalada. O


primeiro tópico centraliza as especificações de forma sucinta.

7.1. Resumo das Especificações técnicas

 Tensão de Fornecimento: 23,1 kV

 Classe de operação dos equipamentos: 25kV

 Tensão no secundário: 380/220 V

 Demanda Calculada: 274,9 kVA

 Transformador a óleo: 1 x 112,5kVA e 1 x 150kVA. Total: 262,5KVA.

 Tipo de Subestação: Rede de média tensão aérea interna, com dois transformadores a óleo
em poste.

 Medição: Indireta em MT para cliente do grupo A em cabine de medição. Desenho 14


NT.002.

 Proteção BT: Para TR1, disjuntor geral de 3x175A. Para TR2, disjuntor geral de 3x250A.

 Aterramento: Na Cabine de medição, um anel ao redor da edificação em condutor de cobre


nu 50mm² e 5 hastes de cobre de Ø15/8x2,4m (conforme croqui).

Para cada TR cinco hastes de cobre de Ø15/8x2,4m em linha, afastadas 2,4m entre si
(conforme croqui).

 Poste de derivação: Chave fusível - 25kV – 300A. Elo fusível 10k.

 Para raio: Para-raios de óxido de zinco 21kV, 10kA para 23,1kV.

 Entrada de Energia MT: Cabo de alumínio - CA 3#1/0.

 Cabos do secundário do transformador: Para transformador 112,5kVA: Cabo de cobre


singelo 0,6/1kV, 4#70mm², EPR 90ºC, Classe 2. Para transformador 150kVA: Cabo de cobre
singelo 0,6/1kV, 4#95mm², EPR 90ºC, Classe 2.

 Cabo para aterramento do neutro e do transformador: Para transformador 112,5kV cobre


nu 25 mm².Para transformador 150kV cobre nu 50 mm². Ambos diretamente interligado ao
aterramento.

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7.2. Poste de derivação

O poste de derivação mantêm-se o mesmo que já atende à unidade


em BT, localizado na R. Ponderossa, Longitude: 514047.96, Latitude:
6667564.60 (UTM). Deve ser instalada uma chave fusível 25kV-300A
para derivação com elo fusível 10K. Deve ser deslocado transformador
existente para outro poste da concessionária, sugere-se poste 32508.

7.3. Ramal de conexão

Ramal de conexão, da chave fusível (ponto de entrega), até o


isolador passante da cabine de medição, em cabo de alumínio nú 1/0
AWG.

7.4. Cabine de Medição - Medição indireta em MT

Será construída cabine de medição em MT, abrigada possuindo


medidas internas de 4,10 m por 4,15 m. Conforme Desenho 14 da
NT.002.
As paredes devem ser de tijolos maciços com espessura de 15 cm,
teto de concreto armado, com 12 cm de espessura. A laje do piso deve
ter uma espessura mínima de 10 cm. As paredes devem ser rebocadas.
As paredes internas e o teto devem ser pintados de branco e o piso de
cimento com acabamento semi-alisado para prover atrito adequado.
Piso interno deve estar 20 cm acima do piso exterior. O piso da
subestação deve apresentar dreno, com declividade de 2% (dois por
cento).
Deve existir impermeabilidade total contra infiltração de água no
prédio da cabine de medição.
A sala deve possuir janela e porta metálica para ventilação e
expansão dos gases.

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As portas, janelas e todas as ferragens devem ter tratamento


anticorrosivo. As partes internas das portas e janelas bem como todas
as ferragens devem ser pintadas na cor cinza escuro.
As janelas devem possuir externamente tela metálica resistente com
malha de abertura 13 mm.
A porta deve abrir para fora, e ter dimensões de 1,20 m x 2,10 m
para acesso de pessoal e equipamentos, e possuir dispositivo para
cadeado ou fechadura padrão, apresentando facilidade de abertura
pelo lado interno. Deve ser metálica ou inteiramente revestida de
chapa metálica, com duas folhas abrindo para fora.
As janelas fixas na parede devem ter dimensões de 1,50 m x 0,60 m
Deve ser fixado na parede o diagrama unifilar da subestação.
Placas de aviso, deverão estar posicionadas na porta da cabine de
medição no lado externo com a indicação: “Perigo – Alta Tensão”,
conforme FIGURA 18 da NT.002.EQTL, bem como nas grades de
proteção do interior da subestação, não sendo permitido o uso de
adesivo.
A subestação deve possuir extintor de incêndio junto à porta de
acesso adequado para o uso em eletricidade (CO2)- 6kg.
A subestação deve possuir iluminação de emergência com
autonomia mínima de 2 horas.
Para separar as áreas de circulação das áreas com pontos
energizados em média tensão, deve-se colocar telas de proteção com
malha máxima de 25 mm de arame de aço zincado 12 BWG. Tais telas
devem ser instaladas a uma altura máxima de 0,10 m em relação ao
piso da cabine e ter a altura mínima de 2,00 m. No cubículo de
medição a tela deverá ir até o teto, com porta de acesso também
telada nas dimensões de 2,10 x 0,80 m. A porta de acesso ao cubículo
de medição deve possuir cadeado ou fechadura tipo mestra e
dispositivo para lacre localizado a 1,60 m do piso da subestação e abrir
para fora do compartimento. Esta porta será lacrada pela
CONCESSIONÁRIA.

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Memorial Descritivo

As grades de proteção das subestações devem ser construídas


conforme projeto. (detalhe especifico das grades de proteção -
Detalhe 07).

7.4.1. Cavalete para TC’s e TP’s de medição

Para a medição deverá ser construído um cavalete para instalação


de TC’s e TP’s, de medição. Os equipamentos TC’s e TP’s destinados à
medição para fins de faturamento são fornecidos pela
CONCESSIONÁRIA.
Para o secundário de medição indireta em MT, devem ser usado
eletroduto rígido em aço galvanizado 1.1/2”, desde os transformadores
de medida até a caixa de medição.
O circuito secundário de cada transformador de medida em MT
deve ser constituído de cabo bipolar, antichama, com seção
transversal de 2x4 mm² flexível (encordoamento classes 4 ou 5),
têmpera mole, isolação para 0,6/1 kV, suportar temperaturas de até
90º C. Não deve possuir réguas de conexão, nem emendas, desde o
secundário dos transformadores de medida até a caixa de medição.
Os eletrodutos em aço galvanizado devem ser todos instalados de
forma aparente. As dimensões do cavalete de medição seguem na
figura abaixo. (conforme Desenho 19 NT.002).

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Memorial Descritivo

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7.4.2. Caixa de Medição

Caixa para medição indireta, com o auxílio de transformadores


de corrente e de potencial em média tensão. Corpo da caixa em aço -
chapa nº 18.
Parafusos, Porcas e Arruelas: Para a Caixa de Medição metálica,
devem ter cabeça abaulada. Os parafusos, porcas, e arruelas devem
ser de latão ou aço inoxidável.
As dimensões da caixa de medição seguem na figura abaixo.
(conforme Desenho 23 NT.002).

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7.4.3. Chave

Chave Faca Tripolar Seca, 25 kV–630A Acionamento Simultâneo.

7.4.4.Disjuntores de Média Tensão

O disjuntor deverá ser construído de acordo a NBR IEC 62271-


100.

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Memorial Descritivo

O disjuntor deverá ser tripolar com isolamento a vácuo, devendo


atender à expectativa de 10.000 operações elétricas à corrente
nominal, sem manutenção nos pólos.
O disjuntor deve ser instalado no compartimento destinado a ele
na subestação, em cavalete. A grade de proteção deste
compartimento deve ter recorte para que a parte frontal do disjuntor
fique acessível.
O disjuntor de média tensão deve ser equipado com relés de
sobrecorrente de ação indireta (fase/terra) conforme DESENHO 25.

Não é permitido o uso de religamento automático no disjuntor


geral da subestação do consumidor.

Utilizar rele de proteção URPE 6100.

7.4.5. Aterramento e Proteção

A malha de aterramento da cabine de medição, deve ser feita ao


redor da cabine, com cabo de cobre nu 50mm² enterrado a no mínimo
50 cm de profundidade, com 5 (cinco) caixas de inspeção conforme
detalhe na prancha do projeto, em cada caixa de inspeção deve
possuir uma haste de cobre, com comprimento de 2400 mm e Ø16mm
(5/8”) de diâmetro. Executor deve fornecer laudo com a resistência de
aterramento, o valor obtido deve ser inferir a 10Ω.
Nos postes com transformador, prever aterramento com cinco
hastes, com comprimento de 2400 mm e Ø16mm (5/8”) de diâmetro,
dentro de caixa de inspeção, dispostas em linha espaçadas 2,4 m entre
si, e a 1 m do poste. Prever a instalação do aterramento formando a
linha passando em frente ao QGBT, conforme croqui.
A fixação do cabo de cobre nu com as hastes é feita
preferencialmente através de solda exotérmica ou grampo adequado
para haste cabo.

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Memorial Descritivo

Para aterramento das ferragens e massas da cabine de medição


e dos postes com transformador, deverá ser utilizado um condutor de
cobre nu de seção #25mm².
Para poste com Transformador de 112,5kVA prever aterramento do
transformador em cabo de cobre nu 25mm², para transformador de
150kVA prever aterramento de 50mm².

Na cabine de medição prever interligação do Barramento de


Equipotencialização Principal (BEP) a malha de aterramento em cabo
de cobre nu 50mm². Todos os equipamentos metálicos da subestação,
como portas, janelas, suportes, deverão ser conectados a este
barramento por cabo de cobre nú 25mm². Nas dobradiças de portas e
grades, prever fita flexível de diâmetro compatível com 25mm².

7.5. Estudo de Seletividade e Proteções em Média Tensão

O estudo de seletividade se dará no momento que a


concessionária informar os dados da rede no ponto de conexão.

7.5.1.1. Características TC de Proteção

Aguardando estudo.

7.6. Transformadores de potência – Rede interna.

Será instalado na rede interna aérea dois pontos de transformação


com transformadores em poste. Um ponto de transformação com
potência de 112,5kVA e outro de 150kVA. Os transformadores em poste
devem ser a óleo, tensão primária de 23,1 kV com ligação em delta e
tensão secundária de 380/220 V com ligação em estrela e neutro
aterrado, classe de isolamento Classe 25 kV.

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Memorial Descritivo

Os cabos conectados ao transformador não deverão exercer


qualquer esforço sobre este. O terminal de neutro do transformador
deverá ser interligado diretamente à malha de terra, através de cabo
de cobre eletrolítico nu de seção 50 mm² no Transformador de 150kVA
e de 25mm² no de 112,5KVA.

Especificação Transformador de Potência – TR1


 Potência: 112,5kVA
 Nível de Isolamento: Classe 24,2kV
 Tipo de Isolamento: óleo
 Tap's de Tensão Alta: 23,1/22,0/20,9kV – triângulo
 Tensão de Baixa: 220/380V – estrela aterrada
 Frequência: 60Hz.
 Nível Proteção IP-54

Especificação Transformador de Potência – TR2

 Potência: 150kVA
 Nível de Isolamento: Classe 24,2kV
 Tipo de Isolamento: óleo
 Tap's de Tensão Alta: 23,1/22,0/20,9kV – triângulo
 Tensão de Baixa: 220/380V – estrela aterrada
 Frequência: 60Hz.
 Nível Proteção IP-54

7.6.1. Fusível para proteção do Transformador

Nos postes de transformação prever chave fusível 300A, Base C.


Com elo fusível 3H para transformadores 112,5kVA e elos 5H para
transformadores 150kVA.

8. Abrigo e Quadros de Baixa Tensão

8.1.1. Abrigo para quadros elétricos.

Será construído abrigo em alvenaria para abrigar os quadros


elétricos de baixa tensão e quadro lógico. O abrigo tera medidas

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Memorial Descritivo

internas de 2,5m de largura por 1,8m de altura com profundidade de


0,5m. Dotado de portas metálicas venezianadas. Com reboco e pintura
interna, piso 10cm acima do piso externo com desnível para fora para
evitar acumulo de água. Prever pingaderia para proteger as portas da
chuva.
As portas e todos componentes metálicos devem ser aterrados.

8.1.2. Quadro Geral de baixa tensão – QGBT

Tamanho proposto de 100cmx80cm.


Devera possuir disjuntor geral, e disjuntor específico de cada lote,
ainda deve possuir trilho dim separado com 6 espaços dim para
circuitos condominiais.
No QGBT cada unidade/Lote deve possuir um medidor de energia,
não é necessário medir a energia condominial. O fabricante do quadro
deve propor o medidor a ser utilizado no quadro, o medidor deve
possuir interface Ethernet ou wifi para acesso dos dados de medição
via rede. Não deve ser utilizado medidor com necessidade de
licenciamento de software.
Deverão ser construídos em chapa de aço, bitola mínima # 14 MSG,
com tratamento por processo de fosfatização ou equivalente. As
portas deverão ser munidas de trinco com chave. Deverão possuir
grau de proteção IP-40. De dimensões suficientes para abrigar todos
circuitos mais espaçamento reserva.
Quando necessário deverão possuir canaletas para organização
da fiação instalada.
Os quadros deverão ser munidos de espelho interno frontal, em
policarbonato ou chapa metálica para proteção das partes vivas.
Prever porta-documentos com respectivo diagrama unifilar e
identificação dos circuitos, impresso e atualizado.

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Memorial Descritivo

Devem ser providos de sistema de engate padrão DIN para


instalação dos disjuntores de proteção dos circuitos e subtampa
interna, com rasgo suficiente para acesso à alavanca de manobra dos
disjuntores e com etiquetas de acrílico para identificação dos circuitos
através de nome (do lote, ou equipamento) e respectivo número
conforme projeto.
Os barramentos de neutro deverão ser isolados da carcaça e o
de terra, conectados à mesma. Os barramentos deverão ser de cobre
eletrolítico, com seção compatível com as correntes dos disjuntores de
alimentação.
As conexões internas dos barramentos com os disjuntores
devem obedecer ao projeto, para se obter a distribuição equilibrada
de cargas nas três fases.
A versão executiva do projeto construtivo do quadro deverá ser
realizado e entregue pela empresa executora, o projeto consta uma
sugestão de layout de montagem.

8.1.3. Quadro lógico

Deve ser instalado quadro de comando 60x60 para alocar


equipamentos lógicos . Prever trilho dim e suportes necessários para
os equipamentos; Prever tomada nesse quadro.
No quadro lógico devera existir, um conversor de fibra, um
swicth lan, um switch com no mínimo 3 portas POE, para cameras.

8.1.4. Condutores Elétricos de Baixa Tensão

A alimentação em baixa tensão sairá dos bornes do secundário


dos transformadores com um cabo unipolar por fase e neutro de
95mm² para transformador de 150kVA, e 70mm² para transformadores
de 112,5kVA, com isolamento 0,6/1kV, classe de encordoamento 2.
Fazendo a descida na lateral do poste até o QGBT com eletroduto de

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Memorial Descritivo

2.1/2” em PVC entrando na lateral do QGBT. O eletroduto deve estar a


uma altura de 5 m do solo, preso ao poste no mínimo em 3 pontos e
com massa de calafetar na extremidade para evitar a entrada de água.

Os condutores de baixa tensão devem estar devidamente


identificados, pelas cores: vermelho (fase A), branca (fase B) e
marrom/preto (fase C), o neutro deve ser azul-claro e o condutor terra
de proteção deve ser verde.
Os condutores podem ser identificados com fita isolante
coloridas com as cores ou anilhas apropriadas.
Os condutores deverão ser instalados de forma que não atue
sobre eles nenhum tipo de esforço mecânico que seja incompatível
com sua resistência, com o isolamento e com o seu revestimento.
Os cabos não deverão ser seccionados. Em cada circuito, os
cabos deverão ser contínuos desde o transformador até o disjuntor de
proteção de Baixa Tensão.

8.1.5. Aterramento e Proteção do QGBT – Baixa tensão

No QGBT será instalado um barramento de cobre para o


aterramento geral, barramento sem pintura 25,4 x 3,18mm (1" X 1/8")
interligada a malha de aterramento através de cabo de cobre 50mm²
com isolação HEPR 90º, para o QGBT do TR de 150kVA, e com cabo
de cobre 35mm² com isolação HEPR 90º para QGBT com TR de
112kVA.

Todos os equipamentos metálicos do QGBT, como portas


metálicas, carcaça dos quadros, aterramento do quadro de
comunicação, suportes metálicos, deverão ser conectados a este
barramento por cabo de cobre 16mm² com isolação em PVC 70º.

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Memorial Descritivo

8.1.6. Disjuntor Geral de baixa tensão

Abaixo cálculo de corrente do disjuntor geral em baixa tensão.


TR 112,5kVA:
In = 112,5kVA / (1,73*380) = 170,93A
TR 150KVA:
In = 150kVA / (1,73*380) = 227,9A

Conforme demanda máxima admissível pelo transformador,


temos a corrente de curto-circuito (impedância no enrolamento do
transformador):
TR 112,5kVA:
𝐼𝑐𝑐 = (𝐼𝑛 ∗ 100) / 3 = ±6𝑘𝐴
TR 150KVA:
𝐼𝑐𝑐 = (𝐼𝑛 ∗ 100) / 3 = ±8𝑘𝐴
Para proteção geral contra sobrecarga, curto-circuito e
manobra em baixa tensão, a entrada de energia do QGBT deverá ser
provida de Disjuntor tripolar de 175A para TR de 112,5kVA e de 250A
para TR de 150kVA, do tipo caixa moldada, Icu ≥ 10 kA em Ue 380
VCA 50/60 Hz.

O condutor neutro não deve conter nenhum dispositivo de


proteção capaz de causar sua interrupção, assegurando-se assim sua
continuidade. Para a proteção da edificação contra surtos
atmosféricos oriundos da rede elétrica, deverá ser instalado
Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS), no QGBT. Um único
conjunto de Dispositivo de Proteção contra sobre tensões (DPS)
instaladas na origem da instalação pode proteger vários circuitos a
jusante. O DPS deve ser do tipo classe I ou I/II, frequência 60 Hz,
corrente nominal de descarga In = 20kA, corrente máxima Imáx =
40kA e classe de tensão 275 V, supressor de surto deve possuir
dispositivo interruptor automático e não explosivo e indicador de

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Memorial Descritivo

estado de funcionamento. Aconselha-se a instalação de DPS classe 2


nos quadros internos da edificação.

8.2. Banco de Capacitores

Deve ser instalado um quadro automático de correção de fator


de potência de 20kVAR. Com controlador de fator de potência
automatizado.

9. Documentação Técnica

Os fornecedores dos equipamentos deverão fornecer


documentação técnica de montagem, funcionamento, manutenção e
proteção dos equipamentos, além das potências elétricas consumidas
pelos mesmos.
Toda a parte que trata de instalações elétricas deverá estar de
acordo com a NBR-5410. O sistema de proteção e bloqueios para
manutenção deverá estar de acordo com a NR-10.

Antes da fabricação deverão ser apresentados ao cliente para


aprovação:
 Desenho as-built: Fornecido com a identificação de todos os
componentes utilizados;
 Catálogo de componentes: Via impressa dos componentes
diferenciados;
 Instruções Técnicas: Pontos de transporte, segurança,
manutenção;
 Testes: Em fábrica de isolamento, continuidade e da lógica de
operação;

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Memorial Descritivo

 Documentação: Diagramas unifilares de força e funcionais de


sinalização e proteção;
 Desenho dimensional;
 Relação de materiais;
 Lista de etiquetas, para identificação dos quadros e circuitos.
 Memória de cálculos dos esforços térmicos e mecânicos dos
barramentos

10. Responsabilidades do (Pós-Entrega) conforme NR-10

10.1. Prontuário das Instalações Elétricas

Como a edificação tem carga instalada superior a 75 kW, este


deve constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas,
contendo:
a) Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e
administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a
esta NR e descrição das medidas de controle existentes
b) Documentação das inspeções e medições do sistema de
proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos
c) Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e
individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina a NR-10
d) Documentação comprobatória da qualificação, habilitação,
capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos
realizados
e) Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em
equipamentos de proteção individual e coletiva
f) Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em
áreas classificadas
g) Relatório técnico das inspeções atualizadas com
recomendações, cronogramas de adequações (quando for o caso),
contemplando as alíneas de “a” a “f”

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Memorial Descritivo

O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e


mantido atualizado pelo Condomínio, devendo permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em
eletricidade.

10.2. Procedimentos de trabalho

Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e


realizados em conformidade com procedimentos de trabalho
específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa,
passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que
estabelece o item 10.8 da NR-10.

10.3. Segurança na construção, montagem, operação e manutenção

As instalações elétricas devem ser construídas, montadas,


operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma
a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e
serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe a
NR-10.
Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas
medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais,
especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e
magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros
agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.
Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos,
dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação
elétrica existente, preservando-se as características de proteção,
respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas.
Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam
isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e

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Memorial Descritivo

serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações


existentes ou recomendações dos fabricantes.
As instalações elétricas devem ser mantidas em condições
seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser
inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as
regulamentações existentes e definições de projetos.
Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de
equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa
finalidade, sendo proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda
de quaisquer objetos.
Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao
trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura,
de acordo com a NR 17 – Ergonomia, de forma a permitir que ele
disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas.

10.4. Responsabilidades

As responsabilidades quanto ao cumprimento da NR-10 são


solidárias aos contratantes e contratados envolvidos.
É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores
informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto
aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a
serem adotados.
Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho
envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar
medidas preventivas e corretivas.
Cabe aos trabalhadores:
a) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas
que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho
b) Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento
das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos
procedimentos internos de segurança e saúde

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Memorial Descritivo

c) Comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do


serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e
saúde e a de outras pessoas

11. Assistência pós-venda

Durante a montagem do painel na obra, a contratada deverá


estar apta a suprir todas as dúvidas quanto a perfeita montagem e
instalação do produto, devendo listar os responsáveis pelo contato
com a contratante. A contratada deverá incluir em sua proposta os
custos para eventuais visitas à obra em caso de alteração/adequação
(solicitadas pela contratante) dos equipamentos. O valor deverá ser
fornecido em homem-hora.

11.1. Garantias

Todos os componentes e o conjunto completo de equipamentos


fornecidos, deverão ser garantidos pelo fabricante durante o prazo
mínimo de 12 (doze) meses, a partir do seu início de funcionamento, ou
de 18 (dezoito) meses, a partir da data de recebimento por parte da
compradora. A garantia se estende para qualquer defeito de
fabricação ou funcionamento.

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Memorial Descritivo

12. Recomendações Gerais

Os critérios de execução de serviço quando não forem


mencionados deverão seguir rigorosamente as normas técnicas da
Concessionária e, em especial, as recomendações da NBR5410 e NBR
14039.
Todo e qualquer serviço de execução deste projeto, deverá ser
realizado por mão de obra qualificada, com todos os EPIs necessários
e respeitar os itens das NRs 10, 12 e 35.
Não poderão existir curvas em eletrodutos com raio inferior a
seis vezes o diâmetro do mesmo. Na execução dos serviços deverá ser
rigorosamente observado e cumprido o projeto aprovado.
A empresa fornecedora dos quadros deverá fornecer o esquema
definitivo de montagem, deverá ser prevista ventilação forçada em
todos quadros.
Os quadros já existentes deverão ser revisados para que fiquem
com as conexões conforme o novo projeto, as fiações que não
estiverem sendo utilizadas deverão ser removidas.
Deverá ser realizada manutenção preventiva geral na cabine de
medição anualmente com limpeza e reaperto das conexões.
Caso durante a execução dos serviços, por qualquer razão,
tornar-se necessário à modificação do projeto, o proprietário deverá
consultar o responsável técnico que examinará as alterações
propostas. Em todos os casos, qualquer alteração só poderá ser feita
mediante projeto, o qual deverá ser submetido a nova análise do Eng.
Eletricista Responsável e da concessionária de energia.
O prazo máximo de validade do projeto é de 2 (anos) anos, a
partir da data de entrega. Caso nesse intervalo de tempo haja
modificações das normas, o projeto deverá ser adaptado as novas
normas.

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Memorial Descritivo

Este memorial deve ser lido pelo executor (responsável) dos


serviços elétricos, bem como seguir rigorosamente o projeto elétrico
durante a execução dos serviços.
IMPORTANTE: Quando houver divergência entre a quantidade
de materiais relacionada e a necessidade de materiais para a execução
da obra prevalecerá à quantidade necessária para executar a obra.
Ainda deverá ser previsto material ou equipamento não especificado
claramente no projeto ou na lista de materiais que venha ser requerido
para liberação da obra pela concessionária.

13. Materiais empregados

Somente serão admitidos materiais que respeitem as


especificações e forma construtivas especificadas pelos padrões das
normas brasileiras e da concessionária.

14. Alterações de Projeto

Toda e qualquer alteração do projeto deverá ser expressamente


comunicada ao projetista, o qual deverá estudar a proposta do caso e
emitir seu parecer técnico dentro de um prazo previamente acertado
entre as partes. Em caso de dúvidas sobre algum detalhe do projeto
durante a execução, o projetista deverá ser consultado sobre qual
solução adotar. Os direitos autorais são de propriedade do projetista.

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Memorial Descritivo

15. Responsável Técnico

Spengel Engenharia, CREA-RS 232418, sob Responsável Técnico


Engenheiro Eletricista Rafael de Vasconcelos, portador do CREA-RS
215533. Este projeto está sobre a Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART) que segue em anexo.

_______________________________
Resp. Técnico Rafael de Vasconcelos
Eng. Eletricista CREA RS 215533

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