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Norma de Projetos de Engenharia

NPE - 010

DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DE


ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO – EEE’s

Sumário

1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 3
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS .................................................................................................. 3
3. OBJETIVO ...................................................................................................................................... 4
4. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5
5. TERMOS E DEFINIÇÕES ............................................................................................................. 5
6. FATORES LIMITANTES PARA PERÍODO DE PROJETO ........................................................ 7
7. REQUISTOS PARA PROJETO ..................................................................................................... 7
8. CONCEPÇÃO ADOTADA ............................................................................................................ 9
9. CONDIÇÕES ESPECIFICAS ........................................................................................................ 9
10. CRITÉRIOS DE PROJETOS E DETALHES CONSTRUTIVOS ........................................... 9
11. MÓDULO 01 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS COM VAZÕES DE ATÉ 25L/S ................. 10
12. MÓDULO 02 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO COM VAZÕES ACIMA DE
25L/S E ATÉ 250 L/S ........................................................................................................................ 12
13. MÓDULO 03 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO COM VAZÕES ACIMA DE
250 L/S ............................................................................................................................................... 15
14. DEMAIS UNIDADES QUE COMPÕEM AS ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS ..................... 18
15. MOVIMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ......................................................................... 24
16. MEDIDAS DE SEGURANÇA ............................................................................................... 24
17. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................................ 26
18. URBANIZAÇÃO, PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM ...................................................... 26
19. GERADOR DE EMERGÊNCIA ............................................................................................ 27
20. PROJETOS COMPLEMENTARES....................................................................................... 27
21. HIDROSSANITÁRIO ............................................................................................................ 27
22. SONDAGEM E PROJETO GEOTÉCNICO .......................................................................... 27
23. PROJETO ESTRUTURAL..................................................................................................... 28
24. PROJETO ELÉTRICO ........................................................................................................... 29
25. ORÇAMENTO ....................................................................................................................... 29

COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento


DTE – Diretoria Técnica e de Engenharia
GPE – Gerência de Projetos de Engenharia

Avenida Cruz Cabugá, 1387, Santo Amaro


Recife – PE | CEP 50040-000
Fone (81) 34129570

Este documento, como qualquer outro, é um documento dinâmico, podendo ser revisado sempre que for necessário. Sugestões e
comentários devem ser enviados à GPE.
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26. DESENHOS ............................................................................................................................ 29


27. CRONOGRAMA DO PROJETO ........................................................................................... 29
28. APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS .................................................................................. 29
29. REVISÕES.............................................................................................................................. 30
30. DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 31
31. ....................................................................................................................................................... 31
32. VIGÊNCIA ............................................................................................................................. 31
33. DIVULGAÇÃO ...................................................................................................................... 31
34. ANEXO – PEÇAS GRÁFICAS ............................................................................................. 31

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1. APRESENTAÇÃO

1.1. A Companhia Pernambucana de Saneamento – COMPESA, ao publicar esta “Norma de Projetos de


Engenharia” visa padronizar as diretrizes e as especificações técnicas a serem adotadas e exigidas pela
COMPESA para Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de Esgoto – EEE.
1.2. A Gerência de Projetos de Engenharia (GPE), subordinada à Diretoria Técnica e de Engenharia, é a
autoridade funcional na COMPESA responsável pela elaboração deste documento.
1.3. Para elaboração deste documento tomou-se como base os critérios técnicos estabelecidos pela ABNT,
normas da COMPESA, demais normas virgentes e as recomendações técnicas da literatura relativa ao
assunto considerando os critérios técnicos estabelecidos pela ABNT, normas da COMPESA, demais
normas virgentes e as recomendações técnicas da literatura relativa ao assunto.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS

2.1. As leis e normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem
prescrições para esta norma. Nos casos de omissão, devem ser utilizadas as especificações presentes
nas últimas revisões das leis, normas, resoluções das principais organizações de normatização nacional
e internacional.
2.2. As seguintes leis, normas, resoluções mencionadas devem ser adotadas em sua última revisão
publicada:

2.2.1. NBR 5413/1992 – Iluminação de Interiores;


2.2.2. NBR-6118/2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;
2.2.3. NBR 7675/2005 – Conexões de Ferro Fundido Dúctil;
2.2.4. NBR 9649/1986 – Projetos Redes de Esgoto;
2.2.5. NBR 12207/1989 – Projeto de interceptores de esgoto sanitário
2.2.6. NBR 12208/1992 – Projeto de Estações Elevatorias de Esgoto Sanitário;
2.2.7. NBR 12209/2011 – Elaboração de Projetos Hidraulicos-Sanitarios de Estações Elevatórias de
Esgoto Sanitário;
2.2.8. NBR 14486 – Sistemas Enterrados para Condução de Esgoto Sanitário - Projeto de Redes
Coletoras com Tubos de PVC;
2.2.9. NBR 14968/2003 –Válvula Gaveta de Ferro Fundido Nodular com Cunha;
2.2.10. NBR 12430/1998 –Válvula Gaveta de Ferro Fundido Modular;
2.2.11. NBR 6023/02 – Referência e Elaboração
2.2.12. NBR 6484/1980 – Solo - Sondagens de Simples Reconhecimento com SPT - Método de
Ensaio;
2.2.13. NBR 6118/2014 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento;
2.2.14. NBR 8036/1983 – Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos Solos para
Fundações de Edifícios;
2.2.15. NBR 10.520/02 – Citações em Documentos – Apresentação
2.2.16. COMPESA – SOP 092;

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2.2.17. ET.ENG.007- R02 – Especificação Técnica – Elaboração de Projeto Hidráulico de Estações


Elevatórias de Esgoto Bruto;
2.2.18. PE 001 – Normas de Projetos de Engenharia (Critérios para elaboração de Projetos Elétricos);
2.2.19. NPE 003 – Normas de Projetos de Engenharia (Diretrizes e Padronização da Norma de
Projetos de Engenharia);
2.2.20. NPE 004 – Normas de Projetos de Engenharia (Diretrizes Gerais para elaboração de Projetos
de Terceiros);
2.2.21. Norma Técnica – NTC-010 – Motor elétrico de baixa tensão;
2.2.22. Norma Técnica – NTC-012 – Aquisição Bomba Centrífuga com Rotor em Balanço ou Bi-
Apoiado com Potência até 500CV;
2.2.23. Norma Técnica – NTC-013 – Aquisição Motobomba Centrífuga Submersível;
2.2.24. Norma Técnica – NTC-025 – Aquisição Bomba Centrífuga Reautoescorvante;
2.2.25. Norma Técnica – NTC-026 – Quadro Elétrico Abrigado Chave de Partida Suave (Soft-Starter
ou Inversor) para aplicação no acionamento de conjunto motor e bomba (MOTORES);
2.2.26. Norma Técnica – NTC 033 – Grupo Gerador Trifásico;
2.2.27. Norma Técnica – NTC-058 – Aquisição de Válvula Gaveta de Ferro Fundido Nodular com
Cunha Emborrachada;
2.2.28. Norma Técnica – NTC-102 – Aquisição Talha Elétrica;
2.2.29. Norma Técnica – NTC-146 – Aquisição e Fornecimento de Quadro Elétrico Abrigado para
Média Tensão Chave de Partida Suave (soft-starter ou Inversor) para aplicação no
acionamento de conjunto motor e bomba;
2.2.30. Norma Técnica – NTC-224 - Comporta de deslizamento tipo gaveta;
2.2.31. MN/OPE/0036 – 001 – Manual de Estação Elevatória de Esgoto de Pequeno Porte para
Empreendimentos Particulares da SANEPAR;
2.2.32. Diretrizes para Elaboração de Projetos de Sistemas de Esgotamento Sanitário Estação
Elevatória de Esgoto da SANEPAR;
2.2.33. NR 08 – Edificações;
2.2.34. NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
2.2.35. NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
2.2.36. NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;
2.2.37. JORDÂO e PESSOA, 2014 – Tratamento de Esgotos Domésticos;
2.2.38. TSUTIYA, 2011 – Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário.

3. OBJETIVO

3.1. Esta norma objetiva fixar os critérios técnicos e demais condições a serem adotadas e exigidas pela
COMPESA na Elaboração dos Projetos de Estações Elevatórias de Esgoto – EEE, visando sua
padronização e normatização das especificações técnicas estabelecendo as diretrizes para
apresentação de projetos de estações elevatórias de esgoto que serão submetidos à análise e à
aprovação da COMPESA.

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3.2. Esta Norma diz respeito exclusivamente a elaboração dos projetos das estações elevatórias de esgoto
considerando alguns fatores básicos, entre quais a localização, a capacidade da elevatória, o número,
tipo e o tamanho de bombas, as medidas de segurança, a movimentação dos equipamentos, a
infraestrutura, a urbanização e os projetos complementares (projetos estrutural, hidráulico, elétrico,
sondagem e geotécnico), e ainda das as particularidades em cada processo e as características de cada
estação projetada.

4. INTRODUÇÃO

4.1. A padronização das especificações técnicas para elaboração dos projetos apresenta 03 (três) módulos
de modelos de estações elevatórias diferenciados de acordo com as vazões de final plano. Os critérios
e detalhes construtivos deveram obedecer as normas virgentes. Outros critérios poderão ser adotados,
desde que justificados e aprovados e/ou solicitados pela COMPESA.
4.2. A descrição dos módulos seram apresentados em duas etapas, a primeira com a caracterização
particulares das unidades relacionadas com as vazões das elevatórias compreendidas: de até 25l/s, de
25l/s até 250l/s e acima de 250l/s e a generalidade das demais unidades.

5. TERMOS E DEFINIÇÕES

5.1. Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições:


5.1.1. Estação Elevatória de Esgoto Sanitário: Instalação que se destina ao transporte do esgoto
do nível do poço de sucção das bombas ao nível de descarga na saída do recalque,
acompanhando aproximadamente as variações da vazão afluente.
5.1.2. Casa de Bombas: Casa de bombas abriga os conjuntos de bombeamento, incluindo os
elementos hidráulicos complementares.
5.1.3. Conjunto Moto-Bombas: É a combinação de motor e bomba para a finalidade do
bombeamento.
5.1.4. Poço de Sucção: Estrutura de transição que recebe as contribuições dos esgotos afluentes
e as coloca à disposição das unidades de recalque.
5.1.5. Volume Útil do Poço de Sucção: Volume compreendido entre os níveis máximo e mínimo
de operação das bombas.
5.1.6. Volume Efetivo do Poço de Sucção: Volume compreendido entre o fundo do poço e o nível
médio de operação das bombas.
5.1.7. Tempo de Detenção Média: Relação entre o volume efetivo e a vazão media de inicio de
plano afluente ao poço de sucção.
5.1.8. Vazão de Início de Plano: Vazão afluente inicial (Qi), avaliada conforme critério da NBR 9649
ou NBR 12207 ou NBR 14486, conforme o caso, desprezada o coeficiente de máxima vazão
diária (k1), também chamada vazão horária do dia qualquer no início de plano. Expressa L/s.
5.1.9. Vazão Máxima Afluente (Qmáx): Avaliada conforme critério da NBR 9649 ou NBR 12207 ou
NBR 14486, expressa L/s, também chamada vazão final plano e/ou vazão máxima horária.
5.1.10. Vazão Média Afluente (Qmed): Avaliada conforme critério da NBR 9649 ou NBR 12207 ou
NBR 14486, expressa L/s, desprezada a variabilidade do fluxo (K1 e K2).
5.1.11. Faixa de Operação do Poço de Sucção: Distância vertical entre os níveis de máximo e
mínimo de operação das bombas.

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5.1.12. Curva Característica: Lugar geométrico dos pontos de correspondências biunívoca entre
altura manométrica e vazão.
5.1.13. Ponto de Operação: Intersecção das curvas características da bomba e do sistema.
5.1.14. Altura geométrica: É a grandeza métrica definida em função da diferença entre cotas
operacionas de jusante e montante considerando o perfil da linha (A linha piezométrica da
Linha de Recalque em regime permanente, deve situar-se em quaisquer condições de
operação, acima da geratriz superior do conduto).
5.1.15. Altura Manométrica: Diferença de pressão do liquido entre a entrada e a saída da bomba.
5.1.16. Diâmetro nominal (DN): Designação alfanumérica adimensional, comum a todos os
componentes de uma canalização. Trata-se de um número inteiro utilizado como referência,
que se relaciona somente de maneira aproximada às dimensões de fabricação. O diâmetro
nominal não deve ser utilizado para fins de cálculo.
5.1.17. Tubo (FoFo): Peça fundida de diâmetro uniforme e eixos retilíneos, com extremidade em
bolsa, ponta ou flange, com exceção das extremidades com flange e bolsa ou flange e ponta
que são consideradas como conexões.
5.1.18. Conexão: Peça fundida diferente de um tubo, que permite uma derivação, uma mudança de
direção ou de diâmetro. As extremidades com flange e bolsa, com flange e ponta e as luvas
são também classificadas como conexões.
5.1.19. Pressão nominal (PN): Designação alfanumérica expressa por um número arredondado,
utilizada para propósitos de referência. Todos os componentes de mesmo diâmetro nominal
DN, designados pelo mesmo PN, devem ter dimensões de montagem compatíveis.
5.1.20. Linha de Recalque (LR): Tubulação de saída da EEE, tendo inicio após a última interligação
do barrilete, opera em regime forçado.
5.1.21. Tubulações de Bombeamento: Classificam-se nas tubulações de sucção, barrilete e
tubulação de recalque.
5.1.22. Barrilete: Conjunto de tubulações, válvulas, acessórios e conexões que interligam as saídas
das bombas a linha de Recalque.
5.1.23. Bomba Centrifuga: São caracterizadas por possuírem um elementorotativo dotado de
pá(rotor), que fornece aoliquido o trbalho mecânico para vencer o desnível. Composta em
geral por quatro partes essenciais, são elas: carcaça, rotor ou punsionador, o eixo, a vedação
e mancal.
5.1.24. Cavitação: Ocorre quando as bombas operam em altas velocidades de rotação e capacidade
superior áquelas relativas ao ponto ótimo de funcionamento. Este fenômeno reduz a
capacidade de bombeamento e a eficiência da bomba, podendo danificá-la.
5.1.25. NPSHdisponível: É calculado a partir dos dados de instalaçãoda bomba, sendo que
projetista poderá variar NPSHdisponível modificado a cota do eixo da bomba ou elementos
de instalação, tais como, diamentro sucção, rugosidade e etc.
5.1.26. NPSHrequerida: Depende de elementos do projeto da bomba e da vazão, sendo geralmente
fornecido pelos fabrificantes da bombas. Entretando há casos em que desconhece a curva
em que a curva NPSHrequerida, calcula-se o coeficiente de cavitação, também denominado
de Thoma ().
5.1.27. Shut-off: Pressão máxima de descarga da bomba.Também é referido a pressão onde a
vazão da bomba se anula;
5.1.28. Válvulas

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5.1.28.1. Válvulas Gaveta: São utilizadas para isolar as linhas de suçcão e de recalque, nas
ocasiões de manutenção das tubulações e equipamentos eletro-mecanicos da elevatória.
Permitem boa vedação mesmo em altas pressoese, quando completamente abertas,
oderecem pouca resistência à passagem do líquido.
5.1.28.2. Vávulas de Retenção: Permitem apenas o escoamento do fluxo em uma direção e
destinam-se à proteção das instalações de recalque contra o fluxo liquido.
5.1.28.3. Válvulas Borboleta: Utilizadas para grandes diâmetros, as válvulas borboletas
geralmente são mais econômicas do que as válvulas gaveta e requerem espaço menor
instalação. Ocorre que sua vedação não é eficaz quanto válvula gaveta, especialmente
em altas pressões.
5.1.28.4. Vávula Flap: Utlizada em extrvasores por gravidade das elevatórias, a fim de evitar
o refluxo da água nas ocasiões do nível máximo do corpo receptor, tendo o
funcionamento semelhante ao da válvula de retenção.

6. FATORES LIMITANTES PARA PERÍODO DE PROJETO

6.1. As estações elevatória devem ser projetadas com a concepção adequada para cada caso, utilizando-se
convenientemente equipamentos e métodos construitivos para que seus custos sejam os mínimos
possíveis, sem perda de eficiência.
6.2. Segundo Tsutiya, (2011, p. 268): “os Fatores limitantes no período de projeto devem ser considerados”:
6.2.1. Vida útil das instalações e equipamentos, e rapidez com que se tornam obsoletos;
6.2.2. Maior ou menor dificuldade de ampliação das instalações;
6.2.3. População futura: características de crescimento;
6.2.4. Taxas de juros e amortização do financiamento
6.2.5. Nível econômico da população atendida;
6.2.6. Funcionamento da instalação nos primeiros anos, quando trabalha com folga;
6.2.7. A vida útil para tubulaçãoes 50 anos, equipamento de bombeamento 25 anos e edificações
50 anos.
6.3. Para o projeto da estações elevatórias é importante definir as etapas de implantação dos equipamentos
de bombeamento que, basicamente, dependem aspectos econômicos-financeiros relativos aos custos de
implantação dos equipamentos e dos custos de operação e manutenção, definir as características de
evolução da vazões, durante o período de alcance do projeto, características de segurança e
confiabilidade de opração dos equipamentos e da fonte de energia utilizada na estação de bombeamento,
as etapas de implantação da linha de recalque e vida útil dos equipamentos, comparativo com à vida útil
das tubulações.

7. REQUISTOS PARA PROJETO

7.1. De acordo com a ABNT (1992), os projetos devem conter os seguintes itens:
7.1.1.Memorial descritivo da instalação deverá conter no mínimo:
7.1.1.1.1. Área de abrangência;
7.1.1.1.2. Vazões (mínima, média e máxima) atuais e futuras;

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7.1.1.1.3. Justificativas das concepções adotadas;


7.1.1.1.4. Fórmulas, parâmetros e critérios adotados;
7.1.1.1.5. Considerações de projeto.
7.1.2.Memorial de cálculo hidráulico deverá apresentar as fórmulas e métodos utilizados para cálculos
de:
7.1.2.1.1. Cálculo de NPSH;
7.1.2.1.2. Cálculo da Linha de sução e recalque (perda de carga e diâmetros econômicos);
7.1.2.1.3. Cálculo do dimensionamento do CMB;
7.1.2.1.4. Cálculo da Altura Manométrica;
7.1.2.1.5. Apresentação da bomba de referencia, Curva Característica e Ponto de Operação;
7.1.2.1.6. Cálculo dos volumes do poço;
7.1.2.1.7. Tempo de detenção do esgoto e intermitência de partida das bombas;
7.1.2.1.8. Cálculo do gradeamento e caixa de areia;
7.1.2.1.9. Cálculo e estudo de transientes hidráulico.
7.1.3.Especificações especificações, indicando os fabricantes consultados e os modelos
selecionados para os equipamentos e dispositivos hidráulicos, mecânicos, elétricos e de
instrumentação;
7.1.4.Especificações dos servicos em materiais;
7.1.5.Lista de Especificação de Materiais e Equipamentos
7.1.6.Quantificação dos serviços, materiais e equipamentos;
7.1.7.Orçamento deverá elaborado seguindo as diretrizes e padronização da Norma de Projetos de
Engenharia NPE- 003/COMPESA, referente as diretrizes para elaboração, formatação e
apresentação de orçamentos de engenharia.
7.1.8.Peças gráficas;
7.1.8.1.1. Urbanização e infraestutura;
7.1.8.1.2. Pavimentação;
7.1.8.1.3. Fundação e estrutura;
7.1.8.1.4. Sondagem e Geotecnia
7.1.8.1.5. Hidrossanitário;
7.1.8.1.6. Tubulações;
7.1.8.1.7. Elétrica;
7.1.8.1.8. Perfil hidráulico para cada etapa de implantação;
7.1.8.1.9. Esquemas e diagramas complementares;
7.1.9. Manual de operação deverá ser apresentado em forma de anexo, considerando as
recomendaçãoes para funcionamento adequado das instalaçãoes, e
7.1.10. Demais itens necessários ao complemento dos projetos básicos e executivos hidráulicos.
(Linhas de recalque, interferências e Cálculos de transientes hidráulicos).

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8. CONCEPÇÃO ADOTADA

8.1. A concepção do projeto hidráulico deverá ser elaborada de forma completa.


8.2. Para escolha da concepção e local mais adequados à implantação das Estações Elevatórias de
Esgoto, devem ser levados em consideração os fatores abaixo, ponderando sua importância em
função das condições técnicas e econômicas de cada projeto.
8.2.1.1. Vazão afluente e suas variações;
8.2.1.2. Cota da rede afluente;
8.2.1.3. Desnível geométrico;
8.2.1.4. Traçado e perfil da tubulação de recalque;
8.2.1.5. Titularidade da área, necessidade de desapropriação;
8.2.1.6. Acessos para veículos e manutenção;
8.2.1.7. Condições de alagamento (cota de cheia);
8.2.1.8. Estabilidade contra erosão (geotecnia e topografia da área);
8.2.1.9. Segurança contra assoreamento (possibilidade de carreamentos de materiais para a
área da EEE);
8.2.1.10. Existência de interferências (redes de drenagem, gás, água, etc.);
8.2.1.11. Métodos construtivos para obras de implantação (profundidade, escadarias, nível do
lençol freático, etc);
8.2.1.12. Disponibilidade de energia elétrica;
8.2.1.13. Aspectos ambientais (área de APP, entre outros).

9. CONDIÇÕES ESPECIFICAS

9.1. De acordo com a ABNT (1992) as características operacionais dos conjuntos motor bomba:
9.1.1.Rotação
9.1.1.1. O limite superior recomendado é de 1,800 rpm.
9.1.2.Curva Características
9.1.2.1. As bombas selecionadas devem dispor de curvas características estáveis, cuja
composição com as curvas carcateristicas extremas do sistema resulte em
funcionamento adequado em todos os pontos de operação, conforme a associação de
bombas adotadas. As curvas características extremas do sistema são as determinadas
pelas alturas geométricas máximas e mínimas.
9.1.3.Potência
9.1.3.1. A potencia do motor de acionamento deve ser calculada a atender, com folga, a qualquer
ponto de operação da bomba respectiva.

10. CRITÉRIOS DE PROJETOS E DETALHES CONSTRUTIVOS

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10.1. Deverá se descritos e justificados o dimensionamento e detalhamento de todos os elementos.


As bombas devem recalcar pelo menos a vazão máxima horária afluente prevista. No
dimensionamento de poço de sucção considerar revezamento automático das bombas.
10.2. Para o conjunto moto-bomba apresentar o número e o tipo com suas respectivas características.
Apresentar a curva da bomba e o sistema até o ponto de interligação da ETE, a dimensão da casa
de bombas (se houver), os elementos de sucção e do recalque (barrilete), as dimensões e os
volumes do poço de sucção. Descrever os dispositivos de içamento de bomba. Deverá ainda
conter informações para subsidiar o projeto elétrico e de automação.
10.3. Detalhar o processo de retirada, manuseio e estocagem dos resíduos sólidos do gradeamento,
desarenador e poço de sucção.
10.4. Recomenda-se que nos projetos de caixa de entrada, de saída e de interligação e barriletes de
sucção e recalque deverá apresentar em planta, cortes, planta de cobertura e planta de
localização, com os detalhes que se façam necessários para o perfeito entendimento do projeto,
devendo ter tubulação ou poço de drenagem.
10.5. Indicadar as tubulações, válvulas, acoplamentos e peças especiais com o respectivo diâmetro e
o correspondente número de identificação, para a lista de materiais, que deve, obrigatoriamente,
fazer parte deste desenho. No caso de válvula borboleta deve ser indicado o lado destinado ao
operador.
10.6. Todas as cotas de linhas de centro das tubulações devem ser indicadas e devem estar coerentes
com as cotas das linhas de centro das tubulações mostradas no desenho do perfil. Da mesma
forma, devem ser indicadas as cotas da laje superior e do piso das caixas, assim como do nível
do terreno.
10.7. Devem ser indicadas as dimensões dos tubos, peças especiais, válvulas, etc. e sua distância
relativa às paredes da caixa, para permitir e orientar corretamente sua montagem, operação e
manutenção, além da indicação das dimensões da própria caixa, blocos de apoio e ancoragem
deverá ser indicados, e no refere-se as tubulações, apresentar o sentido do fluxo do líquido, tanto
em planta quanto em corte.

11. MÓDULO 01 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS COM VAZÕES DE ATÉ 25L/S

11.1. As elevatórias com vazões máximas horária e diária afluentes finais de até 25l/s, deverá conter
as seguintes unidades canal ou tubulação de entrada, cesto, poço de sucção, casa de bomba
(inclusive espaço para grupo gerador e sanitário) e emissário.
11.2. O Módulo 01 apresenta subdividido em 01A, 01B, 01C e 01D diferenciados no projeto
arquitetônico e com as seguintes particularidades nos Módulos:
11.2.1. Módulo 01A todo arranjo hidráulico, elétrico e o sanitário do operador encontram-se dentro de
estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto. Apresenta
monovias para inçamento do cesto e da bomba.
11.2.2. Módulo 01B apenas o sanitário do operador e o arranjo elétrica encontram-se dispostos na
estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto. A monovia
foi substituída por um guindaste giratório de coluna para inçamento do cesto e da bomba.
11.2.3. Módulo 01C todo arranjo hidráulico, elétrico e o sanitário do operador encontram-se dentro de
estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto. Apresenta o
sistema de içamento para cesto. Na área externa localizado um Gerador Cabinado.
11.2.4. Módulo 01D apenas o sanitário do operador e o arranjo elétrica (quadro de comando e QTA)
encontram-se dispostos na estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento

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sem amianto. Apresenta Guindaste giratório de coluna para içamento do cesto e da bomba. Na
área externa localizado um Gerador Cabinado.
11.3. As peças gráficas dos Módulos 01A, 01B, 01C e 01D encontram-se anexo a esta Norma,
compõem-se do detalhamento da planta baixa, detalhes de acessórios que compõem as EE’s,
Fachada do Prédio e Layout de Urbanização (Detalhes e Especificações).
11.4. Os layouts da estação elevatória seguem os desenhos representativos (sem escala), como
também a disposição das peças hidráulicas e elétricas.
11.5. Caso o layout dos Módulos 01A, 01B, 01C e 01D não se adequem aos terrenos diponíveis
apresentar soluções especificas para análise e aprovação da COMPESA.

11.6. Cesto
11.6.1. O tratamento preliminar consistirá, unicamente, de um cesto para remoção de materiais
grosseiros. A caixa do tratamento preliminar, cuja largura interna será de 0,80 m, deverá ser
justaposta ao poço de sucção, não ocorrendo separação estrutural entre ambos.
11.6.2. Na entrada dessa caixa estará instalado internamente um registro de gaveta com pedestal
para manobras. O pedestal só será necessário quando o cabeçote estiver com mais de 0.70m
profundidade da tampa.
11.6.3. O registro de gaveta ficará 15 cm acima do fundo da caixa em relação a sua geratriz inferior
e distante 50cm das paredes e tampas. Deverá ser apoiado em uma base em concreto.
11.6.4. A montante ao cesto deverá apresentar um paramento com inclinação mínima de 30°,
conforme o desenhos do Módulo 01 (A e B) anexo a esta Norma.
11.6.5. O cesto deverá ficar 5cm a jusante do registro de gaveta, e imediatamente a montante da
passagem para o poço de sucção, suprimindo, desse modo, a existência de canais, afluente e
efluente. A passagem para o poço de sucção será quadrada, com faces maiores ou iguais a
dimensão do diâmetro nominal da tubulação afluente.
11.6.6. O cesto deverá ser executado em aço inox, cuja a face efluente do mesmo é composta por
barras formando quadriculas através de dois sistemas de grades paralelas, uma na vertical e
outra na horizontal, que são encaixadas no cesto independentemente uma da outra.
11.6.7. Cada uma das grades é formada por vários módulos de "garfo removíveis", que por sua vez
é composto por um número variável de barras. Cada ”garfo" pode ser retirado
independentemente um do outro, facilitando a limpeza. O garfo é composto por uma cantoneira
e barras paralelas soldadas e uma de suas abas. As barras do garfo serão de 5/16” e
espaçadas em 25mm.
11.6.8. Tanto as laterais, quanto o fundo do cesto, serão totalmente vedados com chapas, bem como
a parte frontal de 0,10m de altura, de forma que somente a parte superior da face afluente e o
topo ficarão vazados.
11.6.9. As dimensões do cesto serão estas: 0,70 m de largura, 0,70 m de comprimento e 0,60 m de
altura.
11.6.10. Os detalhes construtivos do cesto encontram-se no desenho anexo a essa Norma;
11.6.11. Limpeza do cesto:
11.6.11.1. Frequência de enchimento

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Volume do cesto: Vc = 0,70 x 0,70 x 0,60 = 0,294 m³ = 294,00 L


Quantidade de sólidos grosseiros retidos*: 23 L/1000 m³ = 0,023 L/m³
*Referente às grades médias com espaçamento de 25 mm.

Vazão máxima: Qmáx = 25 L/s = 25,00 x 86,4 = 2.160,00 m³/dia


Volume de material retido: Vr = 0,023 x 2.160,00 = 49,68 L/dia ≈ 50 L/dia
Frequência de enchimento: f = Vc / Vr = 294,00 / 50 = 5,88 dias.

11.6.11.2. A limpeza deverá ser realizada a cada 5 (cinco) dias, de modo a se evitar o
afogamento da tubulação da rede coletora a montante do tratamento preliminar, isto
devido à obstrução da malha de barras, e também os maus odores em decorrência do
acumulo do material retido.
11.6.12. O içamento deverá ser realizado através de corrente de aço inox, presa na alça do
cesto dotada de anel que permita enganchá-la no sistema de içamento. Para retirada e
colocação do cesto para recolher o material nela retido e eventuais manutenções, a EE’s deverá
conter um dispositivo mecânico através de guindaste de coluna com lança giratória, com troler
e talha manual ou motorizada.
11.6.13. O sistema de içamento deverá permitir a retirada do cesto por completo e que mesmo
seja levado a uma área adjunta para que se proceda o processo de limpeza com retirada dos
garfos.

12. MÓDULO 02 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO COM VAZÕES ACIMA DE 25L/S


E ATÉ 250 L/S

12.1. As elevatórias com vazões máximas horária e diária afluentes finais acima de 25l/s e até 250l/s
deverão conter as seguintes unidades: canal ou tubulação de entrada, grade de barras (limpeza
manual), caixa de areia (limpeza manual), controlador de velocidade medidor de vazão, poço de
sucção, casa de bombas (inclusive espaço para grupo gerador, sala do operador e sanitário) e
emissário.
12.2. Na elaboração do projetos deverá ser ultilizadas as seguintes vazões:
12.2.1. Vazão máxima afluente em um dia qualquer no início de operação: Qi = Qiméd . K2
12.2.2. Onde: Qiméd é a vazão média afluente de início de plano.
12.2.3. Vazão máxima horária diária afluente final: Qfmáx
12.2.4. Vazão média afluente final: Qfméd
12.2.5. Vazão mínima afluente final: Qfmín

12.3. O Módulo 02 apresenta subdividido em 02A, 02B, 02C e 02D diferenciados no projeto
arquitetônico e com as seguintes particularidades nos Módulos:
12.3.1. Módulo 02A Módulo 01A todo arranjo hidráulico, elétrico e a sala/o sanitário do operador
encontram-se dentro de estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento
sem amianto. Apresenta monovias para inçamento do cesto e da bomba.

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12.3.2. Módulo 02B apenas a sala/ o sanitário do operador e o arranjo elétrica encontram-se dispostos
na estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto. A monovia
foi substituída por um guindaste giratório de coluna para inçamento da bomba.
12.3.3. Módulo 02C todo arranjo hidráulico e elétrico e o sanitário do operador encontram-se dentro de
estrutura em alvenaria e telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto. Apresenta o
monovias de içamento para bomba. Na área externa localizado um Gerador Cabinado.
12.3.4. Módulo 02D apenas a sala/ o sanitário do operador e o arranjo elétrica (quadro de comando e
QTA) encontram-se dispostos na estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas
fibrocimento sem amianto. Apresenta Guindaste giratório de coluna para içamento da bomba.
Na área externa localizado um Gerador Cabinado.
12.4. As peças gráficas dos Módulos 02A, 02B, 02C e 02D encontram-se anexo a esta Norma,
compõem-se do detalhamento da planta baixa, detalhes de acessórios que compõem as EE’s,
Fachada do Prédio e Layout de Urbanização (Detalhes e Especificações).
12.5. Os layouts da estação elevatória seguem os desenhos representativos (sem escala), como
também a disposição das peças hidráulicas e elétricas.
12.6. Caso o layout dos Módulos 02A, 02B, 02C e 02D não se adequem aos terrenos diponíveis
apresentar soluções especificas para análise e aprovação da COMPESA.
12.7. No tratamento preliminar os tipos de equipamentos a serem utilizados ficam a critério do
projetista segundo a avaliação dos técnicos da COMPESA.

12.8. Grade de Barrras


12.8.1. Nas estações elevatórias com vazões máximas horária diária afluentes finais acima de 25l/s
e até 250l/s deverá ser de limpeza manual com as seguintes recomendações para o
dimensionamento (ABNT, 1992. P.4):
12.8.2. A Eficiência (E) deverá ser calculada pela fórmula abaixo:

E
a  espaçamento  
BLG
12.8.2.1. a  espaçamento  b  espessura BC (Equação 01)

12.8.2.2. Onde:
12.8.2.3. a é a quantidade de aberturas;
12.8.2.4. b é a quantidade de barras;
12.8.2.5. (a . espaçamento) = BLG é a largura livre através da grade;
12.8.2.6. (a . espaçamento + b . espessura) = BC é a largura do canal, afluente e efluente.

12.8.3. Para vazão inicial, a velocidade mínima através das grades seja maior ou igual a 0,60m/s.
Para a vazão máxima afluente em um dia qualquer no início de operação (Qi) e grade limpa, os
canais afluentes e efluentes dos dispositivos de remoção de sólidos grosseiros devem garantir
uma velocidade igual ou superior a 0,40 m/s.
12.8.4. Para vazão máxima horária afluente final (Qfmáx) e grade limpa ou 50% obstruída, adota-se
a máxima velocidade através da grade deve ser de 1,20m/s;

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12.8.5. Para o estudo do perfil hidráulico deve-se aplicar a equação de conservação de energia
juntamente à fórmula de perda de carga, conforme demostradas abaixo:

2
VMONTANTE V2
YMONTANTE   YJUSANTE  JUSANTE  H G
12.8.5.1.
2g 2g (Equação 02)
12.8.5.2. Onde:
12.8.5.3. YMONTANTE é a altura da lâmina líquida a montante da grade (canal afluente), em
metros;
12.8.5.4. VMONTANTE é a velocidade a montante da grade (canal afluente), em m/s;
12.8.5.5. g é a aceleração da gravidade, em m/s²
12.8.5.6. YJUSANTE é a altura da lâmina líquida a jusante da grade (canal efluente), em metros;
12.8.5.7. VJUSANTE é a velocidade a jusante da grade (canal efluente), em m/s;
12.8.5.8. ΔHGrade é a perda de carga na grade, em metros.

H GRADE  1,426 
V2
GRADE  VMONTANTE
2

2g
12.8.5.9. (Equação 03)
12.8.5.10. Onde:
12.8.5.11. VGRADE é a velocidade através da grade, em m/s, computando-se a largura livre
(BLG).
12.8.5.12. Para vazão máxima horária afluente final (Qfmáx) e grade limpa, deverá ser
considerada uma perda de carga mínima de 0,15 m no cálculo (por conservação de
energia) do estudo das condições de escoamento de montante, de forma a suprimir o
afogamento da tubulação de chegada:

2
VMONTANTE VJ 2
YMONTANTE   YJ   0,15
12.8.5.13. 2g 2g (Equação 04)

12.8.6. Para valores de perda de carga superior a 0,15, adota-se a Equação 03.
12.8.7. Inclinação em relação a horizontal de 450 a 600.
12.8.8. De acordo com ABNT (2011) as grades de barras, peneiras e respectivos dipositivos e
limpeza e remoção dos sólidos retidos, devem ser constituídos de materiais resistentes à
corrosão e abrasão, tais como ligas de aço inox 304 ou superior e resinas plásticas.

12.9. Caixa de Areia


12.9.1. De acordo com ABNT (2011) as caixas de areia deve ser projetado para remoção mínima de
95% em massa das partículas com diâmetro equivalente igual ou superior a 0,2mm e densidade
de 2,65.

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12.9.2. As caixas de areia com limpeza manual deve ser de fluxo horizontal e seção retangular (tipo
canal de velocidade constante), segundo a norma recomenda-se projetar uma unidade reserva,
devendo ser considerado os seguintes critérios:
12.9.2.1. A velocidade de escoamento na seção transversal deve estar na faixa de 0,25 a 0,40
m/s
12.9.2.2. A jusante da caixa de areia deve ser prevista uma seção de controle, empregando-se
calha Parshall ou Vertedor Proporcional (tipo Sutro), com o objetivo de manter o mais
constante possível a velocidade de escoamento na seção transversal.
12.9.2.3. Em decorrência das alíneas anteriores, a caixa de areia deverá ficar disposta a jusante
da grade barras.
12.9.2.4. A largura do desarenador deverá ser dimensionada pela velocidade de 0,30 m/s,
adotando-se o valor construtivo imediatamente superior com casa decimal múltipla de 5;
12.9.2.5. O comprimento da caixa de areia deverá ser dimensionado para 22,5 vezes da lâmina
líquida máxima final na seção transversal, adotando-se o valor construtivo imediatamente
superior com casa decimal múltipla de 5;
12.9.2.6. Para a vazão máxima horária diária afluente final (Qfmáx) e vazão média afluente final
(Qfméd), a taxa de escoamento superficial deve ser compreendida entre 600 a
1300m3/m2.d
12.9.2.7. O intervalo de tempo entre manutenções de limpeza deverá ser no mínimo de 15 dias
12.9.2.8. O depósito inferior para acumulação do material sedimentado deverá ter profundidade
mínima de 0,20 m.
12.9.3. Casos especiais que podem justificar a ausência da caixa de areia de fluxo horizontal, se
existe a desvantagem técnica, operacional e econômica decorrente dos tais em comparação
com o desgaste dos rotores das bombas centrífugas (diminuição de vida útil) submetidos aos
efeitos abrasivos da fase sólida do esgoto:
12.9.3.1. Profundidade elevada da tubulação de chegada (rede coletora) e, consequentemente,
da elevatória;
12.9.3.2. Movimento de terra excessivo, conforme tipo de solo (material de 3ª categoria);
12.9.3.3. Grande dificuldade, devido à altura, para a remoção do material depositado no fundo
do desarenador;
12.9.3.4. Recalque, com a vazão máxima horária diária afluente final acima de 100 L/s,
diretamente para uma ETE composta por reator tipo UASB (este precedido de
desarenador mecanizado);
12.9.4. Os casos supracitados e os demais casos deverão ser definidos pela COMPESA.

13. MÓDULO 03 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO COM VAZÕES ACIMA DE 250


L/S

13.1. As elevatórias com vazões máximas horária diária afluentes finais acima de 250l/s deverá conter
as seguintes unidades canal ou tubulação de entrada, grade de barras (limpeza mecanizada),
caixa de areia (limpeza mecanizada), controlador de velocidade, poço de sucção, casa de bomba
(inclusive espaço para grupo gerador, sala do operador e sanitário) e emissário.
13.2. O Módulo 03 apresenta subdividido em 03A, 03B, 03C e 03D diferenciados no projeto
arquitetônico e com as seguintes particularidades nos Módulos:

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13.2.1. Módulo 03A todo arranjo hidráulico, elétrico e o sala/ o sanitário do operador encontram-se
dentro de estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto.
Apresenta monovias para içamento da bomba.
13.2.2. Módulo 03B apenas a sala/ o sanitário do operador e o arranjo elétrica encontram-se dispostos
na estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto. A monovia
foi substituída por um guindaste giratório de coluna para inçamento da bomba.
13.2.3. Módulo 03C todo arranjo hidráulico, elétrico e o sanitário do operador encontram-se dentro de
estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas fibrocimento sem amianto. Apresenta o
monovias de içamento para bomba. Na área externa localizado um Gerador Cabinado.
13.2.4. Módulo 03D apenas a sala/ o sanitário do operador e o arranjo elétrica (quadro de comando e
QTA) encontram-se dispostos na estrutura em alvenaria com telhado lajeado com telhas
fibrocimento sem amianto. Apresenta Guindaste giratório de coluna para içamento da bomba.
Na área externa localizado um Gerador Cabinado.
13.3. As peças gráficas dos Módulos 03A, 03B, 03C e 03D encontram-se anexo a esta Norma,
compõem-se do detalhamento da planta baixa, detalhes de acessórios que compõem as EE’s,
Fachada do Prédio e Layout de Urbanização (Detalhes e Especificações).
13.4. Os layouts da estação elevatória seguem os desenhos representativos (sem escala), como
também a disposição das peças hidráulicas e elétricas.
13.5. Caso o layout dos Módulos 03A, 03B, 03C e 03D não se adequem aos terrenos diponíveis
apresentar soluções especificas para análise e aprovação da COMPESA.
13.6. No tratamento preliminar os tipos de equipamentos a serem utilizados ficam a critério do
projetista segundo a avaliação dos técnicos da COMPESA.

13.7. Grade de Barrras


13.7.1. Nas estações elevatórias com vazões máximas horária diária afluentes finais acima de 250l/s
deverá ser de limpeza mecanizada com as seguintes recomendações para o dimensionamento:
13.7.1.1. A Eficiência (E) deverá ser calculada pela fórmula abaixo:

E
a  espaçamento  
BLG
13.7.1.2.
a  espaçamento  b  espessura BC (Equação 05)

13.7.1.3. Onde:
13.7.1.4. a é a quantidade de aberturas;
13.7.1.5. b é a quantidade de barras;
13.7.1.6. (a . espaçamento) = BLG é a largura livre através da grade;
13.7.1.7. (a . espaçamento + b . espessura) = BC é a largura do canal, afluente e efluente.

13.7.2. Para vazão inicial, a velocidade mínima através das grades seja maior ou igual a 0,60m/s.
Para a vazão máxima afluente em um dia qualquer no início de operação (Qi) e grade limpa, os
canais afluentes e efluentes dos dispositivos de remoção de sólidos grosseiros devem garantir
uma velocidade igual ou superior a 0,40 m/s.

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13.7.3. Para vazão máxima horária afluente final (Qfmáx) e grade limpa ou 50% obstruída, adota-se
a máxima velocidade através da grade deve ser de 1,20m/s;
13.7.4. Para o estudo do perfil hidráulico deve-se aplicar a equação de conservação de energia
juntamente à fórmula de perda de carga, conforme demostradas abaixo:
2
VMONTANTE V2
YMONTANTE   YJUSANTE  JUSANTE  H G
13.7.4.1.
2g 2g (Equação 06)

13.7.4.2. Onde:
13.7.4.3. YMONTANTE é a altura da lâmina líquida a montante da grade (canal afluente), em
metros;
13.7.4.4. VMONTANTE é a velocidade a montante da grade (canal afluente), em m/s;
g é a aceleração da gravidade, em m/s²
13.7.4.5. YJUSANTE é a altura da lâmina líquida a jusante da grade (canal efluente), em metros;
13.7.4.6. VJUSANTE é a velocidade a jusante da grade (canal efluente), em m/s;
13.7.4.7. ΔHGrade é a perda de carga na grade, em metros.

H GRADE  1,426 
V2
GRADE  VMONTANTE
2

2g
13.7.4.8. (Equação 07)

13.7.4.9. Onde:
13.7.4.10. VGRADE é a velocidade através da grade, em m/s, computando-se a largura livre
(BLG).
13.7.5. Para vazão máxima horária afluente final (Qfmáx) e grade limpa, deverá ser considerada uma
perda de carga mínima de 0,10 m no cálculo (por conservação de energia) do estudo das
condições de escoamento de montante, de forma a suprimir o afogamento da tubulação de
chegada:
2
VMONTANTE VJ 2
YMONTANTE   YJ   0,10
13.7.5.1.
2g 2g (Equação 08)
13.7.5.2. Para valores de perda de carga superior a 0,10, adota-se a Equação 07.
13.7.5.3. Inclinação em relação a horizontal de 600 a 900 (mais usual de 750 a 850).

13.7.6. De acordo com ABNT (2011) as grades de barras, peneiras e respectivos dipositivos e
limpeza e remoção dos sólidos retidos, devem ser constituídos de materiais resistentes à
corrosão e abrasão, tais como ligas de aço inox 304 ou superior e resinas plásticas.
13.7.7. E quando a limpeza for mecanizada, recomenda-se a instalação de uma unidade reserva com
capacidade para a vazão do afluente total. Esta unidade pode ser de limpeza manual.
13.7.8. A peneira deve ser precedida de grade grossa (ABNT, 2011).

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13.7.9. As grades ultrafinas também chamadas de peneiras como esta sendo caracterizado na atual
norma brasileira, sempre mecanizadas (JORDÂO e PESSOA, 2014).
13.7.10. Ressalva-se segundo os mesmo autores que as grades ultrafinas/peneiras sejam sempre
precedidas por uma grade grossa de preferência, com menor espaçamento permitido.

13.8. Caixa de Areia


13.8.1. A elaboração dos projetos devem atender a viabilidade técnica e econômica, e de operação
e manutenção da unidade. As caixas de areia usualmente estão localizadas a jusante das
grades de barra.
13.8.2. De acordo com ABNT (2011) as caixas de areia deve ser projetado para remoção mínima de
95% em massa das partículas com diâmetro equivalente igual ou superior a 0,2mm e densidade
de 2,65.
13.8.3. As caixas de areia com limpeza mecanizada, devem ser previstas pelo menos duas unidades
instaladas, caso uma delas for de reserva, pode considerar a unidade não mecanizada.
13.8.4. Nas caixas de areia mecanizadas apresentam os tipos e as recomendações para o
dimensionamento (ABNT, 2011. P.13):
13.8.4.1. De fluxo horizontal e seção retangular (tipo canal de velocidade constante), remoção
de areia retida por meio de bomba aspiradora, parafuso helicoidal, corrente e caçamba,
ou clamshell;
13.8.4.2. De fluxo horizontal e seção quadrada, com remoção de areia retida por meio de braços
raspadores e lavador de areia;
13.8.5. De fluxo em espiral, aerado, com remoção da areia retida por meio de bomba aspiradora,
parafuso helicoidal, corrente e caçamba, ou clamshell, atribuindo os seguintes critérios:
13.8.5.1. A seção transversal deve ser tal que a velocidade de escoamento longitudinal seja
inferior a 0,25 m/s para vazão máxima;
13.8.5.2. A quantidade de ar injetada deve ser regulável, entre 0,25 a 0,75 m3/min.m.
Recomenda-se que valor ótimo deve ser verificado ao longo da operação.
13.8.6. O tempo de detenção hidráulica para a vazão máxima deve ser igual ou superior a 3 mim.
13.8.7. De fluxo tangencial, com remoção da areia retida por meio de bomba aspiradora, ou air-lift,
atribuindo os seguintes critérios:
13.8.7.1. A velocidade de entrada deve ser de 0,75 a 1m/s, e de saída de, no máximo, 0,7 m/s;
13.8.7.2. O tempo de detenção hidráulico para a vazão máxima deve ser igual ou superior a 25s.
13.8.8. De fluxo em vórtice (tipo ciclone ou similar).
13.8.9. E ainda de acordo com ABNT, 2011 as caixas de areia mecanizadas devem ser dotadas de
um classificador e lavador da areia removida, podendo ser do tipo:
13.8.9.1. Parafuso helicoidal com inclinação máxima de 350 com a horizonal;
13.8.9.2. Rampa inclinada dotada de raspador de laminas paralelas;
13.8.9.3. Hidrociclone.

14. DEMAIS UNIDADES QUE COMPÕEM AS ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

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NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-010

14.1. As unidades descritas a seguir enquadram-se nos 03 (três) módulos propostos atendendo as
carcteristicas e critérios técnicos apresentados pelas normais virgentes.

14.2. Tubulação de Chegada


14.2.1. Na tubulação de chegada deverá ser adotado dispositivo de manobra, como comporta,
válvula guilhotina ou válvula de gaveta.
14.2.1.1. Na utilização de comportas, deverá ser seguido a NTC -224.
14.2.2. Na instalação das válvulas gavetas deverão ser considerados os critérios técnicos e os
padrões adotados pela NTC-058 e as normas brasileiras NBR 14968 e NBR 12430
apresentando o detalhamento da indicação de pintura epóxi e os detalhes de espessura,
camadas etc. Não deverá ser a utilizado a pintura betuminosa nas válvulas para esgoto.
14.2.3. Tubulação não deverá chegar esconsa na estrutura do tratamento preliminar e sim
perpendicurlamente.
14.2.4. A geratriz inferior da tubulação de entrada na Elevatória deve estar acima do nível de fundo
do canal da grade de barra, para evitar represamento da tubulação. Sua cota deverá ser, no
mínimo a cota do fundo do canal acrescida da profundidade da lâmina d`água, já considerada
a perda de carga na grade de barra suja.

14.3. Poço de Sucção


14.3.1. Os critérios técnicos para o dimensionamentos do poço de sucção, apresenta:
14.3.1.1. Definir, além do tempo de detenção, as cotas e níveis do poço de sucção, em função
da lógica operacional, considerando-se os limites de segurança operacional dos
equipamentos (nº de partidas por hora, cavitação, entre outros);
14.3.1.2. Definir a submergência mínima seguindo os critérios da NTC 13 e recomendações do
fabricante.
14.3.1.3. Projetar tampa/grade de proteção no local de passagem para inspeção, com
dimensões mínimas de 0,80 x 0,80m, com dobradiça e porta cadeado;
14.3.1.4. Em caso de bombas submersíveis, prever tampa/grade de proteção removível no local
de passagem para remoção e instalação da bomba.
14.3.1.5. Não deve ser projetado tampas em concreto;
14.3.1.6. A entrada do esgoto no poço de sucção deverá ser projetada de modo que ocorra
quebra de velocidade e que permita uma distribuição equitativa da vazão para as bombas
evitando vórtices, sedimentação e caminhos preferenciais;
14.3.1.7. Prever cinta de vedação no barrilete, para facilitar manutenção nos registros e válvulas
de retenção, ainda nos sistemas de ancoragem para o barrilete. O barrilete deverá ser
em ferro dúctil;
14.3.1.8. O nível de esgoto máximo do poço de sucção deve ser fixado 10 centímetros abaixo
da cota da soleira do coletor afluente;
14.3.1.9. O fundo do poço de sucção deve ter caimento no sentido da boca de sucção do
conjunto moto bomba para evitar depósito de sedimentos;
14.3.1.10. Instalar registro geral e válvula de retenção na saída do barrilete de cada bomba;
14.3.1.11. Utilizar junções em ‘Y’, evitar o uso de ‘T’;

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14.3.1.12. A estrutura do poço deve ser estanque;


14.3.1.13. Deverá prever a ventilação para minimizar a entrada de gases oriundos do poço de
sucção;
14.3.1.14. Considerar no mínimo 0,10 m diferença entre a cota do terreno e a cota de tampa do
poço de sucção;
14.3.1.15. Dimensionamento do diamentro do poço suçcao será dado pelo Vu (volume útil
mínimo) será obtido pela equação:

T
VU  Q MÁX 
14.3.1.16. 4 (Equação 09)

14.3.1.17. Onde:
14.3.1.18. Qmáx = vazão máxima horaria, m3/min
14.3.1.19. T = tempo ciclo indicado pelo fabricante, min

14.4. Conjunto Motor-Bomba


14.4.1. Na seleção do conjunto motor-bomba para projetos das estações elevatórias deve-se prever
bombas submersíveis com altura manométrica total de até 40mca, fora deste deverá consultar
a COMPESA.
14.4.2. Recomenda-se que a pressão de shut-off esteja na faixa de 15 a 20 % acima da pressão da
bomba no ponto de operação. Em casos especiais ou dúvidas, o fabricante deve ser consultado.
14.4.3. Os critérios técnicos adotados:
14.4.3.1. NA seleção da bomba manter folga mínima de 15% entre a pressão de serviço e a shut
– off;
14.4.3.2. O afastamento entre bombas e paredes, bem como entre as bombas, devem seguir as
recomendações dos fabricantes;
14.4.3.3. A altura útil ou a faixa de operação superior a 0,60 m;
14.4.3.4. As conexões das bombas devem ser flageladas;
14.4.3.5. A velocidade mínima de recalque deve ser de 0,6 m/s, para tal deverá considerar
tubulações metálicas de DN mínimo 80mm para o barrilete, enquanto restante da linha
de recalque adotar diâmetros internos comerciais superiores a 75mm;
14.4.3.6. No dimensionamento do barrilete e da linha de recalque não devem ser considerados
tubos de PVC DeFoFo, PBA E RPVC;
14.4.3.7. Na associação de conjuntos em paralelo para motor-bomba, observar a capacidade e
a condição operacional para início e final de plano. Atentar para o preenchimento da
especificação com as condições operacionais operando sozinha e em paralelo;
14.4.3.8. As elevatórias, preferencialmente, devem ser projetadas utilizando bombas
submersíveis instaladas em poços úmidos por questãoes operacionais da COMPESA.
Quando as características da área ou da rede não propiciarem esta concepção, outra
alternativa deverá ser proposta com os critérios técnicos das NTC-025, NTC-012 e NTC
10;
14.4.3.9. Toda bomba submersível deve ser previsto o dispositivo de engate rápido;

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14.4.3.10. Prever a instalação das bombas a uma distância mínima de 20 cm em relação ao


fundo do poço de sucção, quando possível com pedestal de engate rápido e guia de
descida;
14.4.3.11. Prever bomba com tubo guia, preferencialmente tubos duplos;
14.4.3.12. Na caixa de saída do barrilete, prever a instalação de colar de tomada com adaptador
para dispositivo de leitura de pressão;
14.4.3.13. O nível mínimo de operação deverá atender a submergência observada na NTC 13.

14.4.4. Instalação
14.4.4.1. A instalação do conjunto motor-bomba deve ser mantida a distância mínima de 1,0 m
entre a entrada de ar do motor e a parede ou qualquer outro obstáculo.
14.4.4.2. A distância livre entre as bases das bombas horizontais deve ficar entre 1,0 a 1,5 m. O
arranjo dos conjuntos moto-bombas deve permitir facilidade de operação e manutenção,
obedecendo às recomendações do fabricante.
14.4.4.3. A base metálica deve ser assentada em bloco de fundação em concreto armado
através de chumbadores para permitir a retirada da base para manutenção.
14.4.4.4. Os flanges das tubulações de sucção e recalque devem conectar-se aos respectivos
flanges da bomba, ficando totalmente livre de tensões, sem transmitir quaisquer esforços
à carcaça da bomba.
14.4.4.5. Os barriletes de sucção e recalque, devem propriciar livre acesso para operação e
manutenção dos equipamentos. Sempre que possível manter a instalação da tubulação
de recalque e sucção do mesmo lado, deixando o lado oposto livre.
14.4.4.6. Os conjuntos motobombas vêm com cabos de 10m de comprimento. Caso seja
necessário uma emenda para que os mesmos alcancem os quadros, deve ser prevista
uma caixa de inspeção para abrigo das emendas (as emendas não podem ficar em
eletrodutos).

14.4.5. Tubulações, Conexões, Válvulas e Acessórios


14.4.5.1. Recomenda-se:
14.4.5.1.1. Todas as tubulações, válvulas e conexões devem ser apropriadas para uso em
esgoto e com conexões flangeadas, até a conexão com a Linha de Recalque;
14.4.5.1.2. A geratriz inferior das flanges de qualquer peça (tubos, válvulas, reduções e
conexões) da sucção, devem ter uma distância mínima de 30 cm livre em relação ao
nível do piso, paredes, tetos/tampas, tubulações, etc.
14.4.5.1.3. As flanges devem preferencialmente seguir a NBR 7675, com a indicação da
Pressão Nominal (PN). Quando diferente desta norma, devem ser justificadas e
acordadas o uso destas;
14.4.5.1.4. As válvulas de bloqueio devem ser do tipo vedação estanque (não utilizar gaxeta),
com cunha de borracha (para os diâmetros comerciais disponíveis) e pintura epóxi.
14.4.5.1.5. Indicar que as válvulas de retenções especificadas atendem ao sentido de posição
de instalação, horizontal ou vertical;

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14.4.5.1.6. O dimensionamento do diâmetro das tubulações deve ser calculado em função


das velocidades máximas e mínimas recomendadas, das perdas de carga e de
critérios econômicos;
14.4.5.1.7. Para definição da classe de pressão dos tubos deve ser verificada sua resistência
aos esforços devidos ao fluido bombeado, pressão de trabalho, sub e sobre pressão,
bem como o material da rede adotado, etc.
14.4.5.1.8. As tubulações do barrilete e válvulas não podem ser apoiadas nas bombas. Prever
blocos de ancoragem e/ou outro tipo de apoio;
14.4.5.1.9. Preferencialmente as tubulações do barrilete em Ferro Fundido deverão ter os
tamanhos padronizados: 0,50m, 0,75m, 1,00m, 2,00m e 3,00m.
14.4.5.1.10. Indicar que todos os parafusos sujeitos as condições de ambientes adversas
devem ser de aço inoxidável;
14.4.5.1.11. Deve-se prever proteção contra ocorrência de corrosão galvânica, sempre que
aplicável.
14.4.5.2. As Válvulas devem apresentar as seguintes caracarteristicas:
14.4.5.2.1. Pressões de serviço compatíveis com as máximas pressões previstas;
14.4.5.2.2. Possuir indicação clara de posição aberta ou fechada das válvulas;
14.4.5.2.3. Os componentes integrantes estejam sujeitos a desgastes devem ser de bronze
ou aço inoxidável;
14.4.5.2.4. Para o acionamento manual deve-se considerar o esforço tangencial a ser
aplicado ao volante ou acionador deve ser inferior ou igual a 200N. Caso não seja
atendida esta conição deve ser previsto acionamento motorizado, hidropneumático ou
redutor mecânico.
14.4.5.2.5. Não devem ser usadas válvulas borboleta, válvula de retenção do tipo “dupla
portinhola” ou retenção rápida no fluxo de esgoto;
14.4.5.2.6. Recomenda-se que as válvulas estejam localizadas em pontos acessíveis ao
operador, caso isso seja inviável, deverão ser previstos acessos através de piso,
escadas ou acionamentos por corrente, ou ainda mecanizados, qualquer seja seu
diâmentro.

14.4.6. Tubulação de Sucção


14.4.6.1. Em instalações com poços secos e bombas afogadas, utilizar válvula de bloqueio no
mesmo diâmetro da maior tubulação, sendo que o peso desta não deve ser suportado
pelo engaste da tubulação na parede.
14.4.6.2. Utilizar, quando necessário, junta de expansão flangeada de inox ou borracha, entre a
bomba e a válvula de bloqueio.
14.4.6.3. A velocidade na tubulação de sucção deve estar compreendida entre 0,60 a 1,5 m/s.
Em bombas que possuam outras recomendações, deve-se apresentar o parecer do
fabricante e o dimensionamento destas tubulações, conforme a recomendação.
14.4.6.4. A redução da tubulação de sucção para o flange da bomba deve ser sempre excêntrica,
quando a mesma for horizontal. Quando for vertical é concêntrica.

14.4.7. Tubulação de Recalque

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14.4.7.1. Cada tubulação de saída de bomba deve ser independente até a as conexões da linha
principal de recalque, possuindo no mínimo, válvula de retenção e válvula de bloqueio,
além de redução e junta de desmontagem ou junta de expansão em inox ou borracha,
quando necessárias. Estas tubulações, válvulas, acessórios e conexões na saídas das
bombas até a linha de recalque, formam o barrilete.
14.4.7.2. Deve-se prever também válvula de bloqueio para a linha de recalque, instalada logo
após o barrilete ou By-pass. Quando necessário deve ser instalada tubulação de retorno
para o poço de sução para permitir esvaziamento deste para manutenção.
14.4.7.3. Na linha de recalque, a velocidade deve estar compreendida entre 0,60 a 3,0m/s,
levando em consideração a extensão e desnível da rede;
14.4.7.4. É necessário estudo de transientes hidráulicos, para verificar a necessidade de
instalação de dispositivos de proteção (tanque hidropneumáticos, ventosas, chaminé de
equilíbrio, etc.).
14.4.7.5. Projetar os barriletes sempre com a condição de instalação de equipamentos de
emergência (conexão de espera no barrilete para instalação de bomba emergencial), ex:
instalação de Junção com 1 flange cego, no lugar de curva na primeira bomba do barrilete;
14.4.7.6. As tubulações de saída das bombas devem ser conectadas a linha principal de
recalque preferencialmente por junções em “Y” e curvas;
14.4.7.7. O ponto de descarga da linha de recalque, se for em PV para posterior escoamento por
gravidade, deve possuir tubo de queda, seguindo a recomendação da NBR 14486 para
degrau. Este lançamento não deve propiciar o afogamento da rede.
14.4.7.8. Para tubulações de recalque deverá ser apresentado os blocos de ancoragem com
descrições a seguir:
14.4.7.9. Para curvas horizontais, poderá ser dispensada a utilização de blocos de ancoragem,
caso a pressão máxima de projeto de tubulação de recalque, na conexão em estudo, não
ultrapasse o valor limite, ilustrado na Tabela 01, de acordo com a angulação da curva e
o diâmetro da tubulação, onde, σ representa a tensão horizontal resistente máxima do
terreno [kg/cm²]. Caso esse parâmetro não tenha sido determinado em ensaios do solo,
o mesmo deve ser limitado a 0,4 kg/cm².
14.4.7.10. Para as situações onde as pressões na tubulação, nas conexões, ultrapassem os
limites informados, é necessário o desenvolvimento de projeto estrutural de bloco de
ancoragem, avaliando sua segurança quanto ao tombamento, deslizamento, pressões
exercidas ao terreno e durabilidade, este último conforme a NBR 6118/2014 vigente.
14.4.7.11. Para todos os blocos de ancoragem dimensionados o fck mínimo a ser adotado é
de 20 MPa, conforme NBR 6118/2014.

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14.4.7.12. Tabela 01. Pressões de Projetos Máximas em Conexões (m.c.a) onde a Execução
de Blocos de Ancoragem pode ser Dispensada

15. MOVIMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

15.1. A capacidade de carga dos equipamentos de movimentação deve ser superior ao elemento de
maior massa da Estação Elevatória de Esgoto, passível de transporte por esta estrutura.
15.2. O curso na horizontal e vertical destes equipamentos devem permitir a retirada, movimentação
e reposição das peças e equipamentos constituintes da estação elevatória.
15.3. A altura livre para movimentação deve ser suficiente para carga e descarga dos equipamentos
em caminhão tipo toco. Deve ser considerado a altura dos equipamentos a serem içados e do
conjunto troller e talha.
15.4. Para o dimensionamento da Talha (manual e/ou elétrica) é definida de acordo com peso da
bomba e o engate rápido acrescida com 10% de folga. Para uso da talha elétrica deverá ser
considerado os critérios técnicos da NTC-102.
15.5. Para a instalação dos equipamentos de movimentação, devem ser previstas vigas e aberturas
para livre movimentação e manutenção dos equipamentos instalados.
15.6. Quando a estrutura possuir monovia, esta deve ser posicionada com o seu eixo longitudinal sobre
todos os olhais de içamento dos motores elétricos, com a extremidade livre o suficiente para
descarga em veículos.

16. MEDIDAS DE SEGURANÇA

16.1. Deverá ser estabelecidas os critérios de higiene e segurançado trabalho estabelecidos em leis
ou em Portarias do Ministério do Trabalho e nas normas virgentes considerados a estes itens:
16.2. Edificações

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16.2.1. A norma regulamentadora – NR 08, estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser
observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.
16.3. Circulação
16.3.1. Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões que
prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais. (Alterado pela Portaria
SIT n.º 12, de 06 de outubro de 1983);
16.3.2. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda
de pessoas ou objetos. (Alterado pela Portaria SIT n.º 12, de 06 de outubro de 1983);
16.3.3. Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as cargas
móveis e fixas, para as quais a edificação se destina. (Alterado pela Portaria SIT n.º 12, de 06
de outubro de 1983);
16.3.4. As rampas e as escadas fixas de qualquer tipo devem ser construídas de acordo com as
normas técnicas oficiais e mantidas em perfeito estado de conservação. (Alterado pela Portaria
SIT n.º 12, de 06 de outubro de 1983);
16.3.5. As escadas e os acessos necessários ao pessoal de operação devem ser cômodos e
seguros, protegidos com guarda-corpo, corrimão e piso antiderrapante de material resistente à
corrosão; não deve ser admitida escada tipo “marinheiro”.(NR 18)
16.3.6. Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde houver
perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos antiderrapantes;
16.3.7. Os andares acima do solo devem dispor de proteção adequada contra quedas, de acordo
com as normas técnicas e legislações municipais, atendidas as condições de segurança e
conforto. (Alterado pela Portaria SIT n.º 222, de 06 de maio de 2011).
16.4. Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
16.4.1. A norma reguladora- NR 24, estabelece as condições sanitárias e de conforto nos locais de
trabalho por meio do dimensionamento das instalações sanitárias, vestiários, refeitórios,
cozinhas, alojamento e condições de higiene e conforto durante as refeições
16.5. Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
16.5.1. A norma regulamentadora NR 33, estabelecer os requisitos mínimos para identificação de
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e a saúde dos trabalhadores que
interagem direta ou indiretamente nestes espaços confinados.
16.6. Controle e Alarme
16.6.1. Recomenda-se quando é necessária a instalação de dispositivo de segurança na elevatória,
com a indicação da condição potencial de perigo através de sinal sonoro e visual, bem como
interromper o funcionamento dos conjuntos antes da ocorrência de danos.
16.7. Suspensão e Movimentação
16.7.1. Recomenda-se nos projetos sejam previstos dispositivo ou equipamento, bem como abertura
nos pisos e paredes, para permitir a colocação e retirada dos equipamentos elétricos e
mecânicos. As cargas e os apoios necessários devem ser considerados na estrutura do edifício
da elevatória.
16.8. Ventilação
16.8.1. No projeto deve ser previstos a construção de janelas, portas, exaustores ou outros meios
que permita a ventilação do edifício da elevatória. Devem ser previstos condições ou dispositivos

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de segurança de modo a evitar a concentração de gases que possam causar explosão,


intoxicação ou desconforto.
16.9. Iluminação
16.9.1. O edifício da elevatória deve ser iluminado naturalmente por meio de janelas ou outras
aberturas. Para a iluminação artificial, deverá ser considerada todas as recomendações da
NPE-001 e em conformidade com as prescrições da ABNT NBR 5413.

17. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

17.1. No projeto deverá ser considerado o projeto hidráulico de abastecimento de água para atender
o edifício da elevatória e caso seja necessário a reposição de água em dispositivos de proteção
contra transientes hidráulicos, lubrificação de gaxetas ou selos hidráulicos, deverá ser previsto
sistema de água de serviço, não se recomendando a utilização de esgoto.
17.2. Prever a instalação de um ponto de água na área externa da casa de maquina para limpeza da
unidades da EEE.

18. URBANIZAÇÃO, PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM

18.1. A urbanização das EEE’s será composta por pavimento em paralelepípedo granítico com linha
dágua e meio fio em pedra granítica. A drenagem superficial evitando o acúmulo de água de chuva
no terreno da estação.
18.2. No entorno das unidades calçadas em concreto, o acesso de veículos e transiuntes através de
um portão tubular, conforme padrão COMPESA, em ferro galvanizado de 1 1/2", com
contraventamento em tubo de ferro galvanizado de 1" e com tela aramada # 1" com fio nº 10 .
18.3. Deverá ser apresentado o projeto geométrico com posicionamento adequado dos veículos com
condições de visibilidade e possibilitar que as manobras sejam realizadas segundo ângulos e
velocidade de aproximação.
18.4. Todas as vias deverão ser projetadas de forma, eliminação do maior número possível de
movimentos conflitantes.
18.5. O fechamento da unidade com muro em alvenaria de tijolos furados de 1 vez, com 2,80 metros
de altura, com pilar a cada 3 metros com o assentamento concertinas de aço galvanizado na parte
superior do muro.
18.6. Na fachada principal abertura de letreiro com logotipo da COMPESA e a identificação da estação
elevatória de esgoto. A cores da pintura serão de acordo com os padrões da COMPESA.
18.7. Coberta em laje de concreto armado com telha de fibrocimento sem amianto. A coberta deve
cumprir a sua função de escoar devidamente as águas fluviais de forma estanque e as
direcionando para o sistema de drenagem, que garanta a vedação do ambiente.
18.8. A área do perímetro da EEE deverá ser plantada vegetação (cinturão verde) com espécies
florestais arbóreas, com objetivo de minimizar os efeitos decorrentes dos odores gerados na
operação e evitar possível impacto visual.
18.9. As condições de ocupação, afastamento e urbanização das edificações deverá atender as
legislações municipais de cada Municipio a ser implantado o Projeto. Caso o Munícipio não
apresente legislação deverá ser comunicado a COMPESA para adotar outro critério técnico.

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18.10. As peças gráficas encontram-se anexo a esta Norma, compõem-se do detalhamento da planta
baixa, detalhes de acessórios que compõem as EE’s, Fachada do Prédio e Layout de Urbanização
(Detalhes e Especificações).
18.11. Os layouts da estação elevatória seguem os desenhos representativos, como também a
disposição das peças hidráulicas e elétricas.

19. GERADOR DE EMERGÊNCIA

19.1. No ponto de entrada de energia elétrica, deve ser previsto dispositivo que permita a ligação de
gerador de emergência.
19.2. O gerador deve seguir a NTC-033, com autonomia minima de 6h, com instalação abrigada ou ao
tempo, conforme definição do projeto.

20. PROJETOS COMPLEMENTARES

21. HIDROSSANITÁRIO

21.1. Para elaboração dos projetos hidráulico-sanitário deve-se partir do projeto de urbanização, onde
estão locados elementos, tais como: reservatório, caixas de entrada e de saída, portaria, estação
elevatória, vias de acesso, etc.
21.2. Caso seja proposta o ambiente de vivência para o operador, deve ser previsto o fornecimento de
água potável e de coleta de esgotos a ser encaminhado para poço de sucção desta Elevatória.
21.3. Todas as peças e tubos devem ter número de identificação para fins de elaboração da lista de
materiais, que deve constar, obrigatoriamente, deste desenho. A lista de materiais deve apresentar
descrição sucinta de todos os itens, assim como relacionar diâmetro, comprimento, espessura,
materiais e especificações ou normas COMPESA, quando existirem.

22. SONDAGEM E PROJETO GEOTÉCNICO

22.1. As sondagens de investigação devem ser à percussão e executadas de acordo com as normas
NBR-6484/1980 – (Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos (SPT)) e NBR
8036/1983 – (Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações
de edifícios).
22.2. O relatório a ser entreguem deverá conter os requisitos abaixo:
22.2.1. Planta de locação das sondagens que deverá ser apresentada cotada e amarrada a elemen
tos fixos e bem definidas no terreno;
22.2.2. O boletim de sondagem deve apresentar o desenho do perfil individual de cada sondagem
e/ou seções do subsolo.
22.3. O Serviço de Sondagem deverá ser apresentado em forma de relatório, numerado, datado e
assinado por responsável técnico pelo trabalho perante o Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia – CREA, com recolhimento da ART.
22.4. Os procedimentos para elaboração do projeto geotécnico devem abranger o conjunto de todos
os elementos que fixam e definem claramente os diversos componentes da obra, incluindo
memoriais descritivos, cálculos estruturais e de estabilidade, desenhos, especificações técnicas,

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quantificações (utilizando o padrão MOS) e outros documentos necessários à execução das obras,
abrangendo os seguintes itens:
22.4.1. Escavações a Céu Aberto;
22.4.2. Fundações de Estruturas;
22.4.3. Escoramentos e Arrimos;
22.4.4. Drenagem, Esgotamento e Rebaixamento;
22.4.5. Aterros;
22.4.6. Estruturas Enterradas;
22.4.7. Barragens e Estruturas Anexas;
22.4.8. Estabilização de Taludes Naturais.

23. PROJETO ESTRUTURAL

23.1. As estruturas de concreto, durante sua construção e ao longo de toda a vida útil prevista, devem
comportar-se adequadamente, com nível apropriado de qualidade: quanto a todas influências
ambientais e ações que produzam efeitos significativos na construção, em circunstâncias
excepcionais, não apresentando ruptura frágil, ou falso alarme, ou ainda danos desproporcionais
às causas de origem, bem como atender aos requisitos de qualidade da estrutura.
23.2. É imprescindível que o projeto estrutural seja realizado por profissionais capacitados
tecnicamente para essa função, contribuindo, assim, para a qualificação da construção.
23.3. A avaliação da estrutura deve seguir rigorosamente as recomendações das normas técnicas da
ABNT, em especial a NBR-6118/2014 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento, tendo-
se como base: a capacidade resistente da construção (segurança quanto a ruptura dos
elementos), desempenho em serviço (fissuração excessiva, deformações inconvenientes,
vibrações indesejáveis, entre outras inconformidades) e durabilidade da construção.
23.4. A seguir são listados os elementos mínimos, contidos na memória de cálculo, a serem entregues
para análise:
23.4.1. Cálculo e definição dos carregamentos aplicados a estrutura;
23.4.2. Análise estrutural de cada elemento (vigas, cintas, pilares, sapatas, escadas, blocos, etc),
com os esforços máximos de projeto (de preferência, ilustração dos diagramas dos esforços
internos); Para análise do ELU (Estados Limites Últimos);
23.4.3. Cálculo das deformações máximas nos elementos; Para análise do ELS (Estados Limites de
Serviço);
23.4.4. Dimensionamento estrutural de cada elemento (vigas, cintas, pilares, sapatas, escadas,
blocos, etc), com as propriedades dos materiais admitidas, cálculos das armações, etc,
relacionando essa etapa com os esforços máximos de projeto obtidos na análise estrutural.
23.5. Além da memória de cálculo, é necessária a apresentação de pranchas de detalhamento
contendo cortes e desenhos em planta da forma da edificação, e desenhos de armação dos
elementos estruturais (concordando com as armações determinadas na memória de cálculo, na
etapa de dimensionamento estrutural).
23.6. Deverá ser apresentado a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do projetista
responsável pelo projeto.

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NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-010

24. PROJETO ELÉTRICO

24.1. Os requisitos básicos necessários e demais condições a serem adotadas e exigidas pela
COMPESA na elaboração dos projetos das instalações elétricas, visando padronizar e normatizá-
los, deverão seguir os critérios da Norma de Projetos de Engenharia – NPE 001;
24.2. Para padronização, a aquisição e o fornecimento dos equipamentos deverá atender a Normas
Técnicas da COMPESA: NTC 026, NTC 033 e NTC 146.

25. ORÇAMENTO

25.1. A planilha de custos deverá ser elaborada conforme Norma NPE – 003 – Diretrizes para
elaboração, formatação e apresentação de orçamentos de Engenharia – cujas planilhas-padrão
da COMPESA, contêm os códigos do sistema Alpha e os itens e subitens separados na ordem de
construção;
25.2. Na elaboração do orçamento deverá ser utilizado o preço da tabela da COMPESA ou SINAPI,
conforme Norma específica de Diretrizes de Orçamento;
25.3. Na ausência do item, o projetista deverá realizar a composição de custos de equipamentos e
serviços, conforme orientação dos órgãos de controle, apresentando inclusive as cotações oficiais
realizadas.

26. DESENHOS

26.1. Os desenhos deverão ser apresentados impressos e em meio digital editável, adotando os
modelos apresentados no Anexo - Peças Gráficas, desta Norma.

27. CRONOGRAMA DO PROJETO

27.1. Deve ser apresentado um planejamento para a elaboração do projeto com prazo a ser
estabelecido e suas respectivas atividades associado ao cronograma de desembolso referente às
etapas dos projetos.

28. APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS

28.1. O Projeto deverá ser apresentado em folhas A4 (210 x 297mm), páginas numeradas e impressão
em frente verso, sempre que isto não prejudicar a leitura e compreensão clara do conteúdo.
28.2. As fotografias deverão ser originais em todas as vias, legendadas e datadas. As tabelas,
quadros, figuras e ilustrações deverão ser legíveis, com textos e legendas, utilizando técnicas que
facilitem a sua análise, além de conter a fonte de dados apresentados.
28.3. A entrega dos produtos deverá ser determinado de acordo com as orientações do contrato e os
projetos de terceiros atenderá NPE 004 – Diretrizes Gerais para elaboração de Projetos de
Terceiros.
28.4. Deverá ser citado a fonte de consulta de acordo com a NBR 10.520/02 – Citações em
Documentos – Apresentação e no final do volume apresentados as referências bibliográficas de
acordo com NBR 6023/02 –Referência e Elaboração.

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NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-010

29. REVISÕES

Nº Data Objetivo da Revisão Nome Setor


Simone Karine Silva da Paixão CPE
Luciana Maria Oliveira de Assis CPE
Flávio Coutinho Cavalcante GPE
Graciano Fernandes de Mendonça CPE
Leonardo Henrique Andrade Veras CPE
Kleber Rocha Ferreira Santos CPE
Haroldo Torquato Jùnior CPE
Elaboração do Luiz Pereira Júnior CPE
00 30/06/2017
documento
Carlos Eduardo Luna CPA
José Robson Oliveira da Veiga CPA
Júlio Tenório de Oliveira CPA
Jordlly Reydson de Barros Silva GPE
Arthur Dantas Pereira GPE
Milton Tavares de Melo Neto GLD
Andre Luiz de Oliveira e Silva GMM
Revisão do item 11 e o Simone Karine Silva da Paixão CPE
Anexo- Peças Gráficas
Luciana Maria Oliveira de Assis CPE
01 27/09/2017 Flávio Coutinho Cavalcante GPE
Leonardo Henrique Andrade Veras CPE
Kleber Rocha Ferreira Santos CPE
Luiz Pereira Júnior CPE
Carlos Eduardo Luna CPA
Revisão nas seguintes Simone Karine Silva da Paixão CPE
considerações do Texto da
Norma nos itens: 11.5.1 Luciana Maria Oliveira de Assis CPE
substituído por 11.6.2,
Flávio Coutinho Cavalcante GPE
11.5.2 substituído 11.6.3,
11.5.6 substituído por Leonardo Henrique Andrade Veras CPE
11.6.8 e 11.5.7 substituído
por 11.6.8. Alterado: Kleber Rocha Ferreira Santos CPE
14.3.1.2, 14.3.1.13, 14.4.1, Graciano Fernandes de Mendonça CPE
02 24/11/2017 14.4.2, 14.4.2.5, 14.4.4.12,
14.4.2.14 e 14.4.5.1.2. Luiz Pereira Júnior CPE
Acresenntado os itens Alana Raissa Crasto Martins Costa CPE
5.1.27 e 14.4.2, 14.4.3.5
Correção no item 5.1.8 Arthur Dantas Pereira GPE
A numeração e formatação
da Norma de alguns itens
Milton Tavares de Melo Neto GLD
foram alterados mudando a José Fernandes Vieira DNN
numeração anterior.
03 08/12/2017 Revisão nas seguintes Simone Karine Silva da Paixão CPE
considerações do Texto da
Norma nos itens: 11(11.1 a Luciana Maria Oliveira de Assis CPE

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NORMA DE PROJETOS DE ENGENHARIA DA COMPESA NPE-010

11.5), 12 (123 a 12.7) e 13 Flávio Coutinho Cavalcante GPE


(13.2 a 13.6) e o Anexo
com as peças gráficas dos Luiz Pereira Júnior CPE
Módulos (A, B, C e D)
Alana Raissa Crasto Martins Costa CPE
Arthur Dantas Pereira GPE
Kleber Rocha Ferreira Santos CPE

30. DISPOSIÇÕES GERAIS

Os casos omissos referentes ao teor desta Norma Interna, serão resolvidos pela Diretoria Técnica e de
Engenharia.

31.

32. VIGÊNCIA

Esta Norma Interna entra em vigor na data de sua assinatura, revogando disposições em contrário e as
prescrições das SOP-092.

33. DIVULGAÇÃO

A divulgação desta Norma deverá ser efetuada através da Internet em local específico.

34. ANEXO – PEÇAS GRÁFICAS

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