Você está na página 1de 52

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA-CT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

CIV0431 – SANEAMENTO AMBIENTAL


AULA 03 – NOÇÕES GERAIS SOBRE QUALIDADE DA
ÁGUA

PROF. PAULO EDUARDO VIEIRA CUNHA


SANEAMENTO – AULA 03
CICLO DA ÁGUA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NA TERRA

0,3 %

A água cobre cerca de


70% da superfície da
Terra e totaliza um
volume de 1.386
milhões de quilometros
cúbicos

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
QUALIDADE DA ÁGUA DOCE

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
QUALIDADE

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
USOS DA ÁGUA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
CICLO URBANO DA ÁGUA

Água Bruta

Água tratada

Água usada (Esgoto


Bruto)
Esgoto tratado
(Efluente)

Água pluvial

Corpo receptor

Reúso

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
CICLO URBANO DA ÁGUA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA

✓ Padrão de Potabilidade: Portaria N° 888/2021 do


Ministério da Saúde;

✓ Padrão de Classificação dos corpos d’água:


Resolução CONAMA 357/2005, do Ministério do Meio
Ambiente;

✓ Padrão de Lançamento de efluentes: Resolução


CONAMA 430/2011, do Ministério do Meio Ambiente.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

Como avaliar a qualidade de uma água?

Devo determinar os diversos componentes


presentes na água?

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
PARÂMETROS DE QUALIDADE

Químicos:
• pH;
Físicos: • Alcalinidade; Biológicas:
• Temperatura, • Acidez; • Coliformes
• Cor, • Dureza; Totais;
• Turbidez, • Ferro / Manganês; • Coliformes
• Sabor; • Cloretos; Termotolerantes;
• Odor; • Nitrogênio; • Escherichia Coli.
• Sólidos. • Fósforo;
• Material orgânico;
• Micropoluentes.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
PARÂMETROS DE QUALIDADE

Qual objetivo de conhecer os


parâmetros?

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
PARÂMETROS DE QUALIDADE

ETE

ETA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
PARÂMETROS DE QUALIDADE

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS PRESENTES NA ÁGUA

Todos os contaminastes da água, com exceção dos gases dissolvidos,


contribuem para a carga de sólidos.

Classificação pelas suas características Físicas


Sólidos em Suspensão
Sólidos Coloidais
Sólidos Dissolvidos

Classificação pelas suas características Químicas


Sólidos Orgânicos
Sólidos Inorgânicos
Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS PRESENTES NA ÁGUA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS PRESENTES NA ÁGUA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS PRESENTES NA ÁGUA

• Classificação pelas suas características físicas:

1,2 µm

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS PRESENTES NA ÁGUA

• Classificação pelas suas características físicas

Sólidos Suspensos

Sólidos Dissolvidos

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS PRESENTES NA ÁGUA

• Classificação pelas suas características químicas

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS PRESENTES NA ÁGUA

• Classificação pelas suas características de sedimentabilidade

Sólidos Dissolvidos

Sólidos Suspensos

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS

ST
SST SDT

SSF SSV SDF SDV


Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS TOTAIS E FRAÇÕES

❑ Conceito: Resíduos de material retido após evaporação de


amostra líquida.

❑ Unidade: mg/L

❑ Técnicas utilizadas: Gravimetria

• ST = Evaporação a 105°C;

• STF = Calcinação a 500± 50°C


• STV =

❑ Limites Permissíveis:
• ND nas legislações nacionais.
Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS SUSPENSOS

❑ Conceito: Porção dos ST retida no filtro, partículas maiores


que 1,2μm, resíduo não filtrável.

❑ Unidade: mg/L

❑ Técnicas utilizadas: Gravimetria

• SST = Evaporação a 105°C;

• SSF = Calcinação a 500± 50°C


• SSV =

❑ Limites Permissíveis:
• CONAMA 430/2011: Virtualmente ausentes.
Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS

❑ Conceito: Porção dos ST NÃO retido em filtro, sólidos


filtráveis, menores que 1,2μm.
❑ Unidade: mg/L
❑ Técnicas utilizadas: Cálculos; Medidores multiparamétricos;
Gravimetria.
• STD = Evaporação a 105°C;
• SDF =
Calcinação a 500± 50°C
• SDV =
❑ Limites Permissíveis:
• CONAMA 430/2011: ND;
• CONAMA 357/2005: 500 mg/L;
• Portaria N° 888/2021: 500 mg/L.
Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS

❑ Unidade: mL/L

❑ Técnicas utilizadas: Sedimentação em cone Imhoff.

❑ Limites Permissíveis:
• CONAMA 430/2011: ≤ 1 mL/L;
• CONAMA 357/2005: virtualmente ausentes (classe 4 – Art. 17
água doce e salobra Art. 23);
• Portaria N° 888/2021: ND.

IVL (mL/g) = Ssed (mL/L) / SS (mg/L) * 1000

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SÓLIDOS SEDIMENTÁVEIS (IVL)

IVL (mL/g) = Ssed (mL/L) / SS (mg/L) * 1000

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DOS SÓLIDOS

Tratamento de Esgoto

Corpos Aquáticos

Tratamento de Água

Abastecimento Público de Água


Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 03
DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
COR

❑ Conceito: Grau da intensidade que a luz sofre ao atravessar a água,


devido aos sólidos coloidais e dissolvidos (responsável pela coloração da
água).
❑ Origem natural
• Decomposição da matéria orgânica;
• Ferro e manganês.
❑ Origem antropogênica:
• Resíduos industriais;
• Esgotos domésticos.
❑ Importância

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
COR

❑ Cor Verdadeira (CV) x Cor Aparente VMP

(CA) Padrão de Potabilidade –

• CA: Também inclui uma parcela da 15 mg pt-Co/L

turbidez (partículas >1,2μm). (cor aparente);

• CV: Causada por substâncias dissolvidas, CONAMA 357

coloídes. Classe 1 - cor verdadeira:


nível de cor natural do
❑ Unidade: mg pt-Co/L
corpo de água em mg
❑ Técnica utilizada: Espectrofotometria.
Pt/L;
❑ Limites Permissíveis:
Classe 2 e 3 – 75 mg Pt/L
• CONAMA 430/2011: ND;
Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 02
COR

Colorímetro

Aparelho comparador de cor

Espectrofotômetro

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
TURBIDEZ

❑ Conceito: Representa o grau de interferência com a passagem


da luz através da água, conferindo uma aparência turva à
mesma.
❑ Origem natural
• Partículas de rochas, argila e silte;
• Algas e outros microrganismos.
❑ Origem antropogênica:
• Esgotos domésticos e industriais;
• Microrganismos; Importância

• Erosão.
Paulo Eduardo Vieira Cunha
SANEAMENTO – AULA 03
TURBIDEZ

VMP -

Portaria 888/21 - MS

CONAMA 357 – Classe 1


turbidez até 40 unidades
nefelométrica de turbidez
(UNT)

CONAMA 357

Classe 2 – 100 UNT.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
TURBIDEZ

Padrões de Formazina (sulfato de hidrazina e


hexametilenotetramina)

• Nefelométricos (UNT – Unidades


Nefelométricas de Turbidez, medição da
luz dispersa em ângulo de 90°).

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
COR X TURBIDEZ

Qual a diferença
entre cor e
turbidez?

Cor Turbidez

Substâncias Partículas em
dissolvidas suspensão

Grau de
Aspecto turvo
coloração

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
COR APARENTE X COR VERDADEIRA

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
TEMPERATURA

❑ Conceito: Medição da quantidade de calor.


❑ Importância: Aumento ou diminuição das taxas das reações químicas e
bioquímicas, assim como aumento ou diminuição das concentrações de
saturação (solubilidade de gases e sólidos).
❑ Aplicação: Lançamento de efluentes em corpos aquáticos.
❑ Unidade: °C.
❑ Limites Permissíveis: Atenção!!
Temperatura real é a
• CONAMA 430/2011: ≤ 40°C;
medida in loco, no
• CONAMA 357/2005: NI
momento da coleta.
• Portaria N° 888/2021: NI

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
SABOR E ODOR

❑ Conceito: O sabor é a interação entre o gosto (salgado, doce, azedo, amargo) e o


odor (sensação olfativa).
❑ Origem natural
• Matéria orgânica em decomposição;
• Microrganismos (p.e. Algas);
• Gases dissolvidos (p.e. gás sulfídrico H2S)
❑ Origem antropogênica:
• Esgotos domésticos e industriais;
• Microrganismos;
• Gases dissolvidos (p.e. gás sulfídrico H2S).

❑ Importância
• Os consumidores podem questionar a confiabilidade da água;
• Pode indicar a presença de substâncias tóxicas;
• Em casos de ETE, a emanação de odores é o principal responsável pela rejeição da
vizinhança.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
ODOR

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
ODOR

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 03
ODOR

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 02
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1) São importantes fontes de odor nas águas naturais ou


para abastecimento público:

a) Decomposição anaeróbia de matéria orgânica sulfatada, algas azuis,


compostos fenólicos.
b) Decomposição aeróbia de matéria orgânica nitrogenada, detergentes,
algas azuis.
c) Algas azuis, compostos fenólicos, nitrato.
d) Decomposição aeróbia de matéria orgânica nitrogenada, óleos, gás
carbônico.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 02
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

2) Assinale a alternativa correta:

a) As partículas que produzem cor nas águas influenciam na passagem da


luz, as que provocam turbidez, não.
b) A cor é produzida por sólidos dissolvidos na água, principalmente em
estado coloidal, a turbidez é provocada por sólidos em suspensão.
c) As partículas que produzem cor nas águas causam absorção e
espalhamento da luz; as partículas que provocam turbidez só provocam
absorção da luz.
d) As partículas em suspensão desviam o feixe de luz incidente apenas
segundo um ângulo de 90°, as dissolvidas desviam a luz em várias
direções diferentes.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 02
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

3) Assinale a alternativa correta:

a) A cor real é provocada por sólidos dissolvidos, enquanto que a cor


aparente é influenciada pela presença de sólidos em suspensão na
água.
b) A cor real é sempre maior que a cor aparente.
c) A cor não constitui parâmetro no padrão de potabilidade.
d) Cor real e a cor aparente são parâmetros independentes, não se
relacionando entre si.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 02
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

4) Os parâmetros cor e turbidez possuem maior utilidade


nos controles de:

a) Estações de tratamento de água para abastecimento e estações de


tratamento de esgotos.
b) Poluição das águas naturais e estações de tratamento de água para
abastecimento.
c) Poluição das águas naturais e estações de tratamento de esgoto.
d) Estações de tratamento de esgotos e estações de tratamento de
efluentes industriais.

Paulo Eduardo Vieira Cunha


SANEAMENTO – AULA 02
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

5) Assinale a alternativa em que há coerência entre os resultados das


análises:
a) ST = 1500 mg/L, STF = 500 mg/L, STV = 500 mg/L.
b) ST = 2000 mg/L, SST = 900 mg/L, SDT = 1000 mg/L.
c) SDT = 150 mg/L, SDF = 100 mg/L, SDV = 50 mg/L.
d) STV = 600 mg/L, SSV = 200 mg/L, SDV = 300 mg/L.

ST: sólidos totais


STF: sólidos totais fixos
STV: sólidos totais voláteis
SST: sólidos em suspensão totais
SSF: sólidos em suspensão fixos
SSV: sólidos em suspensão voláteis
SDT: sólidos dissolvidos totais
SDF: sólidos dissolvidos fixos
SDV: sólidos dissolvidos voláteis

Paulo Eduardo Vieira Cunha

Você também pode gostar