Disciplina: Estudo de Impacto Ambiental Prof.ª: Jamile Câmara de Aquino Componentes: Francisco Kleber Azevedo Junior Hugo Alexandre Ivan Brandão Lucas Santos Souza Michell Silva Introdução No contexto mundial, o processo de produção de energia pelo emprego de recursos renováveis tem crescido ano após ano, visto que as fontes não-renováveis têm sido substituídas em razão de liberarem grande quantidade de gases tóxicos na atmosfera.
Quanto ao histórico brasileiro de geração de energia,
pode-se dizer que ele está pautado no aproveitamento de recursos hídricos, porém, a energia gerada por meio das hidroelétricas, apesar de renovável e não emissora de Gases do Efeito Estufa – GEE, apresenta muitos impactos ao ambiente, a exemplo do aumento do número e da intensidade de inundações, além de ser responsável pela destruição de hábitats. Introdução No Brasil, dois programas de incentivo no uso de fontes alternativas de energia criados nas últimas décadas merecem destaque:
1º - Programa de Desenvolvimento Energético dos
Estados e Municípios – PRODEEM, fundado por meio de decreto presidencial para promover desenvolvimento social e econômico com viés sustentável em áreas isoladas não atendidas por linhas de transmissão convencionais, incentivando a geração de energia a partir de fontes renováveis para suprir a demanda local, a depender das particularidades de cada região.
2º - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de
Energia Elétrica – PROINFA, cujo propósito é corroborar para diversificação da matriz energética, de modo a descentralizar a produção de energia elétrica. Introdução A produção de energia limpa e renovável é um processo inovador, no qual novos conceitos, procedimentos e tecnologias aparecem com constância, em razão do desenvolvimento de estudos na busca por métodos e práticas para prevenir ou dirimir possíveis danos a serem causados ao meio ambiente, tanto em razão da instalação, quanto do funcionamento.
As metas de emissões somadas aos fatores econômicos
que são cada vez mais rigorosos, têm impulsionado um acelerado crescimento na geração de energia renovável. Dentre estas formas de energia, está inclusa a energia solar, que além de ser classificada como limpa, mostra-se também economicamente rentável. Introdução Todavia, analisar apenas os benefícios trazidos pela utilização das diversas fontes de energia disponíveis não é o bastante, sendo necessário também trazer à tona os impactos negativos que decorrem da utilização destes recursos, analisando cada um destes impactos, a fim de que possa estabelecer os meios necessários para mitigá- los.
No início do século XXI, eram poucos os estudos que
buscavam identificar e mensurar os impactos que a energia solar pode acarretar ao meio ambiente, entretanto, nos últimos anos, o número de pesquisas com este viés tem se intensificado, sendo possível elencar, inclusive, a classificação destes impactos por categorias. Introdução Tanto no Brasil, quanto a nível mundial, a geração de energia através de placas solares vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Para se ter dimensão do crescimento desta matriz energética, dados mostram que em 10 anos, houve no mundo um aumento na produção de energia por células fotovoltaicas de aproximadamente 1850%, passando de 39 GW para 760 GW.
No Brasil, a potência instalada passou de 7MW em 2012
para 13.000MW em 2021, o que representa uma produção de energia cerca de 1860 vezes maior que a quantidade produzida em todo ano de 2012. Impactos Ambientais Promovidos Pela Energia Solar Fotovoltaica.
Um dos conjuntos de impactos ambientais relacionados à instalação e
ao funcionamento de parques fotovoltaicos é aquele associado ao incremento dos valores da temperatura local; tal aumento decorre da intensificação da absorção dos raios solares pelas placas, bem como pela intensificação da reflexão difusa da superfície sobre a qual incide a radiação solar, também conhecida por albedo (medida de refletividade de uma superfície) que indica a capacidade de absorção dos raios solares pelo planeta Terra.
As alterações que acontecem no microclima local em decorrência da
troca da vegetação natural pelas placas de energia solar fotovoltaicas têm sido pesquisadas e comprovadas em diversos estudos, nos quais se mostra a intensificação do poder de radiação da superfície que provoca a elevação da temperatura na região, reduzindo a energia disponível para os processos biofísicos. Destaque dos Impactos Associados ao Problema da Poluição
Intrínseco à ocupação da região por placas solares de usinas
fotovoltaicas;
A poluição visual modifica os aspectos paisagísticos;
Alteração significativa na aparência natural do ambiente;
Poluição de solo, das águas e do ar;
Ocorre por grãos de poeira que se acumulam nas placas, quanto pela liberação de resíduos sólidos na montagem das placas fotovoltaicas. Elevação do brilho da superfície; Que causa incômodo a quem observa a área, além de confusão às aves que interpretam a região como sendo lagos, e acabam colidindo com os painéis, o que leva muitas destas aves à morte. Outros Impactos Mudanças no habitat, comprometendo a fauna;
Retirada da vegetação;
Remoção superficial do solo e ocupação do terreno
que acabam resultando em morte de algumas espécies;
Finalmente, destaca-se o impacto relacionado ao
desperdício de recursos naturais, a exemplo da água utilizada para limpeza dos painéis, o que demanda uma quantidade elevada deste recurso e grandes perdas do mesmo ; Outros Impactos Outra questão, diz respeito aos resíduos advindos das placas fotovoltaicas, advindos do processo de fabricação ou descarte;
Algumas destas placas, inclusive, chegam
a liberar materiais cancerígenos, a exemplo do chumbo, que apesar de vedado por vidro, quando esta, quebra, o chumbo extravasa, contaminando o ambiente. Biomas Afetados Um dos biomas mais afetados pela expansão das usinas solares no Brasil é a Caatinga, que reúne as melhores condições de radiação solar e baixa pluviosidade.
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, que
abriga uma rica diversidade de espécies endêmicas e adaptadas às condições áridas e semiáridas.
No entanto, a Caatinga também é um bioma ameaçado
por processos de desertificação, queimadas, desmatamento e exploração agropecuária. Maior Parque instalado da América Latina O maior parque solar fotovoltaico da América Latina foi inaugurado na Bahia. Com capacidade instalada total de 158 MW, oficialmente entrou em funcionamento em junho de 2017, pela italiana Enel Green Power.
A saber, o complexo possui duas usinas, sendo a de Bom
Jesus da Lapa (80 MW) e Lapa (78 MW). Surpreendentemente, o empreendimento conta com mais de 500 mil painéis solares
Bom Jesus da Lapa hoje se insere entre as cidades
brasileiras e latino-americanas que mais produz esse energia sustentável.
Além disso, a Prefeitura Municipal não mede esforços para
que mais empresas venham se instalar na região. O trabalho da Secretaria do Meio Ambiente é também de suma importância, para que assim as áreas destinadas para as usinas possam funcionar na perfeita legalidade ambiental. Impactos Positivos Parque Bom Jesus da Lapa É o maior parque solar fotovoltaico da américa latina que mais produz energia sustentável;
Geração de emprego;
Crescimento da economia local;
Haverá um aproveitamento de potencial de uma fonte limpa
e gratuita, disponível na natureza, extraindo-se de sua análise de viabilidade econômico-financeira os custos de obtenção de combustível de geração convencional. Impacto Ambiental – Curto Prazo
Terraplanagem: Alteração do terreno para instalação dos módulos solares;
Sombreamento: Efeito dos módulos solares na área, afetando a iluminação e
temperatura local;
Modificações paisagísticas;
Movimentação de recursos humanos, maquinário, equipamentos e materiais
que não compõem o meio onde o empreendimento será alocado;
Pode-se visualizar resíduos sólidos provenientes de atividades humanas, que
podem acarretar numa contaminação do solo;
Circulação de veículos. Impacto Ambiental – Longo Prazo
Vegetação Comprometida: Danos à vegetação devido à construção e
operação dos locais de geração de energia;
Alteração no Curso do Rio: Mudança no fluxo do rio devido à ocupação do
local, causando impactos nos ecossistemas aquáticos;
Impacto na Fauna: Efeitos sobre os animais locais devido às mudanças na
vegetação e curso do rio. Impactos Reversíveis e Irreversíveis O impacto para o ambiente é negativo e tem incidência direta, ocorrendo à curto prazo;
Devido ao diagnóstico da área, vemos que a probabilidade é
certa, visto que já foram identificadas as comunidades em que o impacto vai ocorrer, se estendendo por abrangência local;
Além disso, as intervenções são permanentes, apesar de
reversíveis, compondo um quadro de grande significância e alta magnitude. Para a composição da grande importância, o impacto apresenta-se como cumulativo, por se intensificar com o aumento da circulação de pessoas, veículos e outros fatores de geração, sendo indutor de outros impactos e possuindo sinergia ;
O irreversível seria degradação da paisagem cênica, que
mesmo o empreendimento fosse retirado do local, o ambiente não voltaria as características anterior a instalação do parque. Conclusões: Os impactos ambientais gerados em empreendimentos de aproveitamento solar fotovoltaico estão estreitamente relacionados à sua localização, às características físico climáticas e às características dos ecossistemas locais.
O impacto ambiental mais significante do sistema
fotovoltaico é provocado durante sua fabricação e montagem.
Contudo, os impactos negativos são bastante reduzidos
quando comparados com as vantagens de sua implantação.
Os sistemas fotovoltaicos não emitem poluentes durante
sua operação e são muito promissores como uma alternativa energética sustentável. Referências bibliográficas http://www.sbpcnet.org.br/livro/69ra/resumos/resumos/2 608_199140748742a42cd628b6754e94d7c26.pdf https://www.nhssolar.com.br/bom-jesus-da-lapa-recebe- maior-parque-solar-da-america-latina//