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FACULDADE INTERNACIONAL DE SÃO LUÍS | WYDEN


CIÊNCIA DO AMBIENTE

ELIEZER SILVA DE OLIVEIRA


JOSÉ ROBERTO DA SILVA SANCHES
MARIANNE CAMILLE CARDOSO GOMES
PABLO MILLER DAMASCENO LIMA
YSADORA MARIA BORGES SÁ

REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
SOBRE PRODUÇÃO DE
ENERGIA EÓLICA

SÃO LUÍS
2021
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GRUPO 3: GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
SOBRE PRODUÇÃO DE
ENERGIA EÓLICA
Trabalho apresentado à disciplina de Ciências do
Ambiente do Curso de Engenharia Eletrica da
Faculdade Internacional de São Luís | WYDEN,
apresentado como requisito para obtenção de nota.

Prof.º Gabriel Nava

SÃO LUÍS
2021
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE PRODUÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

RESUMO

A matriz energética mundial é altamente concentrada nos combustíveis fósseis, uma das
principais fontes contribuintes ao aquecimento global. Isso provocou um aumentou a busca
por tecnologias alternativas e fontes de energia, incluindo a energia eólica, a fim de melhorar
a segurança do fornecimento de energia e reduzir as emissões de gases causadores do efeito
estufa. Portanto, por meio da pesquisa bibliográfica, o objetivo deste trabalho é se integrar à
matriz energética do Brasil pelo estudo da evolução, desafios e perspectivas, e no longo
prazo, ajudará a dispersar mais energia, viabilizando assim a energia eólica Sistematização
de potencial. A produção de energia e a dependência de fontes de energia não renováveis são
reduzidas. Nesse sentido, o Brasil tem se beneficiado de fatores naturais e do
desenvolvimento da indústria nacional, que possuindo condições favoráveis para o
desenvolvimento dessa forma de energia e tem experimentado um grande desenvolvimento,
nesse sentido a energia eólica está entre as que mais crescem no país, sendo a segunda maior
fonte mais competitiva na matriz Energética brasileira.

Palavras-Chave: Matriz energética; Energia renovável; Energia Eólica.

1 INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios da sociedade atual é produzir energia para manter o
homem. Porém, sabe-se que o aproveitamento desta ainda não atingiu um nível
satisfatório, tendo em vista que a maior parte da energia utilizada no planeta é de origem
não renovável, entre elas a fóssil. Por essa razão tem-se buscado novas alternativas de se
produzi energia de formas renováveis e de baixo impacto ambiental.
O grande problema na produção de energia, está ligado no fato de que a matriz
energética mundial está concentrada na exploração e utilização de combustíveis fósseis,
caracteriza por serem recursos não renováveis e por serem responsáveis por grande parte
das contribuições de emissão de CO 2. O aproveitamento desse tipo de combustíveis para
se produzi energia, teve uma participação de 85% da matriz energética mundial nos anos
1980, valor esse reduzido para 80% na matriz energética mundial já primeira década do
século XXI (PINTO; SANTOS, 2019).
A redução da dependência desse tipo de matriz energética se deve às lições criadas
durante a crise do petróleo na década de 70, e o aumento da preocupação com meio
ambiente na década de 90. O que permitiu o aumento a pesquisas por novas tecnologias
que aumentassem a segurança no fornecimento energético e permitissem reduzir os
impactos ao meio ambientes, como os esforços para reduzir as emissões dos gases do
efeito estufa (PINTO; SANTOS, 2019).
O Brasil já possui na sua matriz energética, fontes renováveis de produção de
energia, a principal fonte de geração de energia elétrica, é a hidroelétrica, esse tipo de
geração de energia é responsável por 90% da energia elétrica produzida no país.
Entretanto esse tipo de produzir energia possui altos impactos ambientais, como a
necessidade de alagamento das várzeas, o aumento no nível dos rios e da temperatura
local. E a necessidade de chuvas constantes na região da represa. Devido à escassez de
chuvas, e os impactos ambientais causados pela produção de energia de hidroelétrica e a
necessidade de se produzir energia com menos impacto ambiental.
Uma das formas de se produzir energia de forma renovável, é a energia eólica, ou
seja, a produção de energia cinética contida nos ventos. As turbinas eólicas vêm ganhando
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cada vez mais espaço, são diversos os tipos e os tamanhos de aerogeradores que podem ser
encontrados, desde turbinas de pequeno porte utilizadas em sistemas isolados até as turbinas
industriais dotadas de alto poder tecnológico empregadas em parques eólicos.
2 METODOLOGIA
A presente trabalho foi desenvolvido a partir de uma revisão bibliográfica, em livros,
artigos e periódicos, sobre a produção eólica e seus benefícios a sociedade da produção
eólica.
Portanto, observe que este é trabalho é um estudo teórico, e que procurar explorar e
descrever um fenômeno, a fim de avaliar seu potencial a partir de uma perspectiva de longo
prazo (qualitativa, mas também quantitativamente comprovar o estado e a evolução do
problema através de gráficos e tabela a evolução do problema estudado), para tanto, esta
pesquisa pode ser classificada como pesquisa descritiva exploratória. Quanto ao método de
levantamento, o procedimento utilizado, por sua vez, é a pesquisa bibliográfica, como a
revisão sistemática da literatura.
3 RESULTADOS
3.1 FORMAÇÃO DOS VENTOS
O vento, é um dos principais agentes meteorológico, atua nas modificações das
condições do tempo, sendo responsável pelo transporte de umidade e de energia na
atmosfera. A energia dos ventos pode provocar grande destruição quando associado a
eventos como furacões e tornados.
O vento é causado pelo aquecimento desigual da superfície do sol pelo sol, o
aquecimento diferente das regiões (especialmente a atmosfera) causa o gradiente de pressão
responsável pelos movimentos de massa aérea. Além da diferença de pressão, o vento
também é afetado por mecanismos complexos, que envolvem a rotação da Terra (efeito
Coriolis), os efeitos físicos das montanhas e outros possíveis obstáculos e a rugosidade da
terra, são classificados como horizontais ou vertical (ascendentes ou descendentes).
Aproveitamento dos ventos para geração de energia pode ser considerada uma forma
de energia proveniente do Sol. De certa maneira, existem diversas formas de energia são
produzidas pela luz solar em processos físicos, químicos ou biológicos, exceto por algumas
exceções que vivem perto de cinturões vulcânicos submersos (RODRIGUES, 2011).
A diferença de temperatura, entre a superfície da terrestre quando aquecida pelos
raios solares e as camadas superiores da atmosfera cria um movimento de correntes
convectivas. Esse movimento é produzido pela radiação solar, essas correntes de ar
produzem um movimento circular que direciona as correntes de ar presentes na que sobem
em direção a linha do equador e descem sentido os polos, condensando vapores, precipitando
energia sob a forma de chuva (Figura 1). As correntes ascendentes do equador são mais
intensas do que as das outras zonas do planeta, produzindo assim ventos com velocidade
entre 30 a 50 km/h e a rotação da terra vai interferir na direção dos ventos, entre os polos e a
linha equador, provocando uma resultante inclinada em relação à perpendicular pelo
equador. (RODRIGUES, 2011)
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Figura 1: Circulação de vento na terra

Fonte: WIKIMEDIA (2017)


Os ventos verticais ocorrem quando o ar rente ao solo se aquece, fica mais leve e sobe,
sendo substituído pela camada de cima. Já os ventos horizontais A massa de ar quente perto
do chão se eleva e é substituída pelas massas mais frias que se encontram ao lado.
Segundo Silva (2017), os ventos mais forte, constante e duradouro ocorrem a uma
distância de aproximadamente de 10 km da superfície da Terra. Entretanto, não é possível
instalar aerogeradores nessas áreas, o espaço de interesse é limitado a dezenas de metros na
atmosfera. Neste momento, o vento é diretamente afetado pelo atrito da superfície, resultando
em uma diminuição da velocidade do vento.
A energia disponível varia com a estação e a hora do dia. O relevo afeta a distribuição
e frequência do vento e a velocidade do vento em um determinado local, além de depender do
aproveitamento da energia eólica na área, das características de desempenho do sistema de
conversão, da altura de operação e do espaçamento horizontal. A avaliação das condições de
vento em uma área é a base e o primeiro passo na análise usando recursos eólicos (SILVA,
2017).
3.2 POTENCIAL EÓLICO
Para se identificar o potencial eólica de uma determinada região é necessário realizar
uma avaliação dos dados sobre as condições dos ventos da localidade. Nesse sentido, são
realizados levantamentos dados disponíveis em aeroportos, estações meteorológicas, entre
outras fontes, para assim se possa produzir um perfil básico do potencial disponível de
aproveitamento da energia eólica (MOREIRA JÚNIOR, 2009).
Em termos de geração de eletricidade, são de importante influência os ventos
regionais, caracterizados por brisas marítimos e terrestres, ventos de vale e montanhas,
nevoeiro, tempestades e tornados. Esses fenômenos caracterizam o vento em determinadas
áreas tanto por meio da velocidade e disponibilidade de recursos, e podendo fornecer
características muito particulares que tornam o uso dos recursos eólicos para fins de geração
elétrica com mais confiança e retorno. De um modo geral, verifica-se que as áreas onde a
disponibilidade e a qualidade dos recursos eólicos são maiores são as zonas costeiras e
montanhosas (SILVA, 2017).
Segundo Chaves Filho (2016), dentre as informações necessárias para se obter o perfil
da localidade, a existência de uma série temporal de observações da velocidade e direção do
vento a uma altura adequada. Para o aproveitamento da força do vento da localidade é
necessário que possua uma densidade maior ou igual a 500 W/m², a uma altura de 50 m, o que
remete a uma velocidade mínima de 7 a 8 m/s do vento Na região Nordeste, se tem registros
de velocidades, obtidas a 10 m de altura, em 77 estações climatológicas pertencentes ao
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INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).


O Brasil, possui um potencial eólico muito relevante que ainda pode ainda ser muito
explorado e expandido, entretanto segundo Moreira Júnior (2009), existe divergência de
dados entre especialista e instituições. Estudos realizados pela Eletrobras através da CEPEL
(Centro de Pesquisas de Energia Elétrica) possibilitou a produção do segundo Atlas do
Potencial Eólico Brasileiro, com simulações de 2013 e publicado em 2017, sendo esse mapa o
Brasil tem potencial de produção de 143 GW e a região nordeste 75 GW equivalente a
aproximadamente 4 Usina Hidroelétrica de Itaipu (MOREIRA JÚNIOR, 2009).

3.3 ENERGIA EÓLICA


As fontes de energia renováveis e limpas é uma das maneiras alternativas de
produzir eletricidade há anos e assumem, definitivamente, papel essencial nas matrizes
elétricas de diversos países por todo o mundo.
A energia eólica é um tipo de energia renovável que aproveita a energia cinética
contida em massas de ar em movimento (ventos) para fazer movimentar pás e dessa forma
gerar energia elétrica, denomina-se energia eólica a energia cinética contida nos
deslocamentos (movimento) de massas de ar, ou seja, o vento. O deslocamento de massas de
ar (vento) é causado pela diferença de temperatura na atmosfera terrestre, a qual se deve, entre
outros fatores, ao movimento da terra e à orientação dos raios solares (CRESESB, 2008).
A produção desse tipo de energia renovável, parte da conversão da energia cinética de
translação contida nas massas de ar em energia cinética de rotação fazendo que as turbinas
eólicas ou aero geradores são constituídos por um rotor, um multiplicador de velocidades e
um gerador elétrico, produzindo assim energia elétrica (ANDRADE, 2019).
Segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), a geração
de energia eólica no Brasil, cresceu 15,5% no primeiro semestre de 2019 (Figura 2), a região
nordeste tem o maior número de parques, o estado da Bahia possui o maior número de
parques eólicos, com 176 parques. Segundo a ABEEÓLICA (2020), até 2024 a capacidade
instalada de energia eólica chegara a 26.954 MW, contratos de geração já viabilizados através
de leilões e no mercado livre e existe previsão de mais leilões para aumentar a capacidade.
Figura 2: Evolução da capacidade instalada

Fonte: ABEEÓLICA (2020)


A energia eólica é especialmente útil para atender a necessidades específicas,
principalmente em áreas remotas, onde o seu fornecimento oferece boa relação custo
benefício para uma extensa faixa de aplicações (SILVA, 2017).
A produção de energia está passando por muitas mudanças devido à degradação do
meio ambiente e ao alto índice de poluição decorrentes de combustíveis fósseis, busca-se uma
alternativa de produzir energia de forma sustentável, segura e eficiente já que há um
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crescimento na demanda por energia elétrica no mundo moderno. Para suprir essa necessidade
as fontes de energia renováveis surgem como tendência para aumentar a matriz energética.
A energia produzida a partir da força dos ventos, sendo uma alternativa importante
para reduzira dependência do uso das fontes energéticas baseadas na queima dos combustíveis
fósseis que emitem gases de efeito estufa na atmosfera e contribuem para o aquecimento
global. Entretanto, o fato de ser uma fonte de energia limpa por não emitir poluentes e ser
renovável não significa que o impacto ambiental desse tipo geração de energia seja nulo.
3.4 SISTEMAS EÓLICOS
O aproveitamento das forças dos ventos para produção de energia elétrica, existem
hoje três sistemas de geração distintos: sistemas isolados, sistemas híbridos e sistemas
interligados à rede. Esses sistemas obedecem a uma configuração básica, necessitando de uma
unidade de controle de potência e, em determinados casos, de uma unidade de
armazenamento (baterias) (CRESESB, 2015).
3.4.1 Sistemas Isolados
Os sistemas isolados são todos os sistemas que se encontram privados da distribuição
de energia elétrica proveniente da concessionária de energia, em geral, necessita de alguma
forma de armazenamento de energia, pode ser feito através de baterias, com o objetivo de
utilizar aparelhos elétricos.
Além de necessitar de baterias para armazenar a energia produzida, esse tipo de
sistema necessita de um dispositivo para controlar a carga e a descarga da bateria. Esse
controlador de carga tem função evitar danos à bateria por sobrecarga ou descarga profunda.
Para alimentação de equipamentos que operam com corrente alternada (CA) é
necessário a utilização de um inversor. Este dispositivo geralmente incorpora um seguidor do
ponto de máxima potência necessário para otimização da potência produzida. Este sistema é
usado quando se deseja utilizar eletrodomésticos convencionais. Como apresentado no
esquema da figura 3.
Figura 3: Configuração de um sistema eólico isolado

Fonte: CRESESB, (2015)


3.4.2 Sistemas Híbridos
Os sistemas híbridos ainda estão desconectados da rede de distribuição de energia,
entretanto apresentam outras fontes de energia como exemplos, turbinas eólicas, geração
diesel, painéis fotovoltaicos, entre outras. A utilização de várias formas de geração de energia
elétrica aumenta a complexidade do sistema e exige a otimização do uso de cada uma das
fontes. Nesses casos, é necessário realizar um controle de todas as fontes para que haja
máxima eficiência na entrega da energia para o usuário.
3.4.3 Sistemas Interligados à Rede
São todos os sistemas que inserem a energia produzida por eles mesmos na rede
elétrica pública. Neste caso, a maioria dos aerogeradores são os de alta tensão. Esse tipo de
sistemas utiliza um maior número de turbinas eólicas (Figura 4) e não necessitam de sistemas
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de armazenamento de energia, pois toda a geração é entregue diretamente ao sistema elétrico


CRESESB, (2015).
Figura 4: Parque eolico de Paulino Neves

Fonte: O Imparcial (2018)

Configuração de um sistema eólico de injeção na rede. Esse sistema possui uma


economicidade de energia, uma vez que o produtor lanças na rede o excedente, ou seja, o que
não foi consumido, isso traduz em uma alta eficiência energética.
3.5 PARQUES EÓLICOS
Os parques eólicos também conhecidas como usina eólica, são um conjunto de vários
aerogeradores, um edifício de comando (inclui geralmente uma sala de comando, um
gabinete, um armazém e instalações sanitárias) uma subestação, aos quais todos os
aerogeradores estão ligados através de uma rede de cabos enterrados, e caminhos de acesso a
cada aerogerador (MARTINS; GUARNIERI; PEREIRA, 2007).
Os parques eólicos ocupam menos espaço em relação às outras formas de gerar
energia, as turbinas eólicas necessitam de apenas alguns metros quadrados para a base, “o
terreno em torno da turbina pode ser utilizado para outras finalidades” (Andrade, 2019), não
havendo assim necessidade de desapropriações, indenização e não gera conflitos com a
população local.
Podem ser instalados na terra (onshore) ou no mar (offshore), geralmente são
instalados em áreas rurais despovoadas, longe de núcleos populacionais. A instalação de um
parque eólico devem consideradas diversos fatores, principalmente em relação a sua
localização.
Segundo Pinto e Santos (2019), no Brasil os parques são administrados por empresas
privadas, vencedoras de leiloes da ANEEL e possuem concessão para exploração e produção
de energia, de acordo com o estabelecido em contrato para o mercado regulado, por períodos
de 20 a 35 anos.
Os parques eólicos presentes na região Nordeste se destacam das demais regiões do
país, possuindo o maior potencial eólico devido ao seu extenso litoral que começa no estado
da Bahia até o Maranhão, são favorecidos pela combinação de ventos do Leste com brisas
marítimas e terrestres. Essa combinação fez que a região atualmente é responsável pela
geração de cerca de 94,40%, e gerando 9.255,73 MWmed. O estado da Bahia (Figura 5)
possui o maior número de parques com 176 parques em operação gerando 4.504,4 MW
(ABEEÓLICA, 2020).
Segundo dados da ABEEÓLICA em 2020 o estado do Maranhão possui 15 parques
com uma potência instalada de 426 MW entre os parques estão os Parques Eólicos do Delta
administrado pela empresa Omega Energia localizado na cidade de Paulinho Neves
(ABEEÓLICA, 2020).
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Figura 5: Parque Eolico em Brotas de Macaúbas

Fonte: A Tarde (2018)

3.6 IMPACTOS AMBIENTAIS DOS PARQUES EÓLICOS


Os mecanismos de aproveitamento para a produção de energia eólica, se dá por meio
de aerogeradores, esses equipamentos tem como objetivo principal aproveitar a máxima
energia cinética presente na força dos ventos para a produção de energia, “respeitando os
seguintes fatores como locais com muito e pouco vento, conexão aos sistemas elétricos locais,
integração com o meio ambiente e impacto visual” (NASCIMENTO; AZEVEDO; SCHRAM,
2017). Hoje em dia existem as mais diversas estruturas de turbinas eólicas, entretanto com o
passar dos anos devido ao avanço de novas tecnologias constituiu-se a estruturação com os
seguintes parâmetros: eixo de rotação horizontal, três pás, alinhamento ativo, gerador de
indução e estrutura não flexível. E referente a suas propriedades externas como altura e
capacidade de geração, as turbinas são classificas como pequenas, médias e grandes
(GONTIJO, 2013; MACHADO, 2015). Na Figura 2, apresenta a evolução das turbinas
eólicas.
Figura 6: Evolução das turbinas eolicas

Fonte: ICMBIO (2016)

Diversos estudos demonstram que os parques eólicos podem afetar o clima local.
Segundo Zhou et al. (2012) apud Nascimento; Azevedo; Schram (2017) estudou dados de
satélite por oito anos de parques eólicos com 2.358 turbinas eólicas localizados nos Estados
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Unidos, relatou um aumento de temperatura de 0.724 ºC na região. O estudo também


mostrou que, à noite, o aumento de temperatura foi ainda mais evidente. Ainda existem
estudos que defendem que se a energia eólica suprir a demanda de 10% de energia global em
2100, a temperatura global aumentaria em 1 ° C.
Os parques eólicos podem alterar a distribuição geral de precipitação das chuvas e
nuvens. No entanto, os impactos causados pelo e aquecimento causado por turbinas eólicas
ainda é muito mais fraco associado às emissões de gases de efeito estufa em escala global.
Embora a energia eólica é geralmente considerada mais limpa, o desenvolvimento da
energia eólica tem sido associado com a morte de aves migratórias que colidem com turbinas
e outras estruturas que geram vento. Devido à falta de compreensão da precisão dos pássaros
em áreas, algumas das primeiras turbinas eólicas nos Estados Unidos causaram um risco
relativamente elevado de riscos de colisão, uma vez que essas instalações estavam em
regiões, onde as aves são abundantes.
Um outro impacto causado pelos parques eólicos é a poluição sonora, esses impactos
devem avaliados de forma adequada e eficiente. Nos parques eólicos, a rotação das pás gera
ruídos constantes de aproximadamente 43 dB, o torna necessário que as vilas e povoados
estejam distantes no mínimo a 200 metros de distância. Na fauna devido também ao ruído
atrapalha a reprodução de tartarugas marinhas e devido ao movimento das enormes hélices, as
aves têm dificuldades em visualiza-las o que provoca acidente de colisões nas torres eólicas
provocando aumento da mortalidade destes animais.
4 CONCLUSÕES
A energia renovável é uma solução para o problema energético global. A energia é
definitivamente uma das características mais importantes para o desenvolvimento de uma
nação, garantindo a qualidade de vida das pessoas. Através disso, o ser humano pode atender
às suas necessidades e países mais diversificados e que os países podem nutrir seus sistemas
comerciais, industriais e de serviços, geram renda e crescimento econômico.
No entanto, devido à concentração excessiva da matriz de energia nacional que gera
altos impactos ambientais, como na exploração de combustíveis fósseis, através de plantas
termelétricas e geração de energia hidrelétrica, é essencial encontrar fontes de energia que
têm menos impacto ambiental.
Em relação à viabilidade técnica, por sua vez, é destacada, possuindo o maior fator de
capacidade do mundo, bem como o crescimento de uma indústria nacional que resulta no
desenvolvimento de tecnologias fundamentais para explorar a energia dos ventos.
Em termos de custos financeiros para instalação e manutenção, com o apoio de um
desenvolvimento industrial e tecnológico experiente, políticas e legislação de incentivos
financeiros e fiscais, o custo da energia eólica em todo o país tem vindo a reduzir ano a após
ano, a ponto de ser considerada uma fonte de energia mais competitiva na Matriz Energética
nacional.
Além do mais, esse tipo de energia possui impactos ambientais que podem ser
compensados pela possibilidade de promover melhores condições ao desenvolvimento
sustentável e socioeconômico do país, como geração de emprego e renda, ampliação na
distribuição de energia elétrica nas residências por meio de uma energia renovável, redução
das emissões de dióxido de carbono na geração de energia. E por fim uma eventual redução
dos custos no atendimento da demanda energética em momentos de crise das hídricas.
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REFERÊNCIAS

ABEEÓLICA – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENERGIA EÓLICA. Infovento 18. 22 out. 2020.


1 Cartaz. Disponível em: http://abeeolica.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Infovento-18.pdf.
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