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FORMAS DE PRODUÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA E SEUS


IMPACTOS AMBIENTAIS

Brasília, 09 de março de 2024


Ana Luisa Pereira Naves de Souza Oliveira
RA: 2221121

Professor: Marcelo Monteiro

Resumo: O estudo em questão investiga os impactos ambientais associados à produção de energia


proveniente de recursos energéticos. Utilizando uma abordagem metodológica descritiva, a pesquisa
emprega diversas fontes de evidência, como documentos, textos, artigos e relatórios relacionados aos
impactos decorrentes da geração de energia elétrica.

A energia desempenha um papel crucial na sociedade atual, sendo essencial para o crescimento e
desenvolvimento. No entanto, a trajetória atual precisa ser revisada, e conceitos anteriormente intocáveis
devem ser reformulados em prol da sustentabilidade. Este paradigma destaca o domínio do
conhecimento na geração de energia como um dos maiores avanços da humanidade, possibilitando a
mecanização de tarefas antes manuais ou impossíveis de serem realizadas apenas pelo esforço humano.

O desenvolvimento histórico da humanidade está intrinsecamente ligado à disponibilidade e uso da


energia. Dessa forma, o artigo destaca a importância da eficiência energética, os desafios na
implementação de sistemas baseados em fontes renováveis e o papel crucial desses recursos como
alternativas ecologicamente corretas e financeiramente viáveis.

A análise aborda conceitos essenciais relacionados à distribuição elétrica on-grid e off-grid, explorando os
desafios associados à implementação desses sistemas. O foco recai sobre as principais fontes
renováveis na matriz elétrica brasileira: hidrelétrica, energia eólica, fotovoltaica, biomassa e biogás.

Os resultados da análise comparativa demonstram que, dentre as fontes renováveis examinadas, a


energia eólica se destaca ao apresentar o menor custo nivelado de eletricidade (LCOE) e o terceiro maior
retorno sobre o investimento em energia (EROI). Isso a posiciona como a fonte renovável mais promissora
em termos gerais, evidenciando sua notável viabilidade econômica e ambiental.

Palavras-chave: Energias renováveis, Enerrgia elétrica, Impactos ambientais, Análise energética, Matriz
energética
1 Introdução

A globalização acarretou em um contexto que cada vez mais depende de energia para atender às
demandas cotidianas e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico, tornando-se assim, ncontestável
a necessidade de priorizar a busca por fontes sustentáveis. Esse empenho ganha relevância diante das
ameaças ambientais, das mudanças climáticas e da crescente escassez de recursos naturais não
renováveis.

A situação energética global espelha essa urgência, apresentando desafios específicos que variam entre
os países. No Brasil, uma nação abundantemente provida de recursos naturais, a matriz energética
destaca singularidades e enfrenta desafios, sendo a energia hidrelétrica a principal fonte, o que levanta
preocupações quanto à sua sustentabilidade, aos impactos ambientais e às implicações decorrentes das
mudanças climáticas.

Este estudo visa realizar uma análise técnica, econômica e ambiental comparativa entre diversas fontes
de energia renovável, tais como hidrelétrica, solar, eólica e biomassa, em contraste com o atual sistema
brasileiro, predominantemente baseado em hidrelétricas. A compreensão dos impactos decorrentes
dessas mudanças permitirá a tomada de decisões informadas, contribuindo para moldar o futuro da
produção e distribuição global de energia. Além disso, este estudo promoverá uma discussão
aprofundada sobre a transição para uma matriz energética mais sustentável e eficiente, incentivando
reflexões sobre direcionamentos globais em busca da sustentabilidade, segurança energética e mitigação
dos impactos climáticos.

1.1 Justificativa

Baseando-se nos atuais debates acerca da degradação ambiental e da escassez de recursos naturais, o
setor de energia elétrica tem adquirido uma relevância cada vez maior em um âmbito global. Nesse
contexto, surge a indagação sobre os efetivos benefícios das fontes renováveis de energia, levando em
consideração suas condições ambientais, econômicas e energéticas.

Ao analisarmos a geração de energia por fontes renováveis, observa-se uma democratização ao acesso
à eletricidade, sendo crucial analisar, também, seus benefícios em diversos aspectos.

Logo, esta pesquisa se propõe a comparar e analisar os aspectos econômicos, ambientais e energéticos
dessas fontes.

1.2 Objetivos

Frente à ampliação constante da demanda por energia e à necessidade premente de diversificar as


matrizes energéticas em escala global, torna-se necessário examinar minuciosamente os aspectos
técnicos, os impactos ambientais e a viabilidade econômica e energética das tecnologias empregadas na
geração de energia elétrica.

Nesse contexto, as fontes de energia renovável desempenham um papel central e crucial na


concretização da diversificação das matrizes energéticas em âmbito mundial.
O principal objetivo deste estudo é realizar uma análise técnica comparativa, econômica, energética e
ambiental das fontes de energia renovável destinadas à geração de eletricidade,

Tais discussões ressaltam os desafios inerentes à tentativa de determinar uma fonte de energia renovável
como superior em relação às demais. Dessa forma, a conclusão não buscará ser rígida ou indicar uma
resposta única, mas sim contribuir para a contínua discussão desse tema.

1.2.1 Objetivos específicos

1. Realizar um estudo técnico comparativo, econômico, energético e ambiental sobre fontes de energia
renovável para a geração de energia elétrica.
2. Elucidar os conceitos fundamentais relacionados à distribuição elétrica on-grid e off-grid.
3. Apresentar as diferenças entre as diversas fontes de energia renovável, destacando suas
características distintivas.
4. Expor globalmente os dados econômico-financeiros relacionados às fontes de energia renovável.
5. Destacar as possíveis perdas e ganhos ambientais associados a cada forma de energia renovável
analisada.
6. Analisar comparativamente os dados energéticos provenientes das diferentes fontes renováveis.
7. Contribuir para uma análise profunda e reflexiva sobre a transição para uma matriz energética mais
limpa e eficiente.
8. Promover discussões acerca das direções globais a serem tomadas em prol da sustentabilidade,
segurança energética e mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
9. Fornecer uma base informacional que possibilite decisões mais embasadas no futuro da produção e
distribuição global de energia.

2 Referencial teórico
2.1 Evolução das fontes de energia

Desde os primevos tempos da existência humana, o homem tem buscado fontes de energia, uma busca
intrinsecamente ligada à sua evolução na Terra. A energia calorífica do sol, que originou todas as demais
fontes, foi a primeira reconhecida. Por volta de 10 mil anos a.C., o homem observou alterações na
vegetação e nos hábitos animais devido às mudanças climáticas. Nos três mil anos subsequentes, surgiu
a agricultura, utilizando como fontes de energia o calor solar e a energia mecânica da água (AEEB, 2010).

A origem energética abrange as fontes naturais de energia primária (a estrutura energética, que diz
respeito às fontes naturais ou energia primária disponíveis em um determinado país, região ou localidade)
e as fontes criadas artificialmente de energia secundária.

Entre as fontes de energia mais utilizadas pela humanidade, a água destaca-se como uma das mais
significativas, dada a sua abundância como recurso natural na Terra. Com um volume estimado de 1,36
bilhões de quilômetros cúbicos (km³), cobre dois terços da superfície terrestre, apresentando-se em
oceanos, calotas polares, rios e lagos, e podendo ser encontrada em aquíferos subterrâneos, como é o
caso do aquífero Guarani, localizado no sudeste do Brasil. Além disso, a água é uma das poucas fontes de
produção de energia que não contribui para o aquecimento global (AEEB, 2010).
2.2 Energia elétrica

A palavra "energia", originada do grego com o significado de "trabalho" (derivada de enérgeia no grego e
energia no latim), teve sua primeira introdução em 1807, sugerida pelo médico e físico inglês Thomas
Young, que escolheu o termo "energia" devido à sua concepção de que ela representa a capacidade de
um corpo realizar trabalho mecânico (Wilson, 1968).

A geração de energia elétrica ocorre principalmente por meio do movimento de uma turbina que aciona
um gerador. Esse processo é essencialmente observado em usinas hidrelétricas, termelétricas, nucleares,
eólicas e oceânicas. Para gerar essa energia, é necessário acionar a turbina por meio de água, vento ou
vapor.

Já a energia solar é produzida através do fenômeno físico conhecido como efeito fotovoltaico. Isso implica
o movimento de elétrons em células fotovoltaicas devido à presença de fótons na luz solar. No que diz
respeito às usinas de biomassa, elas utilizam resíduos vegetais e animais, explicados por uma combinação
de processos físicos e químicos, onde o gás resultante impulsiona o gerador elétrico.

2.3 Matriz energética

A situação global atual desperta uma crescente atenção para o futuro das matrizes climáticas,
especialmente no que concerne à produção de energia de maneira ambientalmente sustentável. Nesse
contexto, o setor de energia no Brasil está cada vez mais alinhado às novas diretrizes globais de geração
de energia, enfatizando a redução contínua de métodos de produção não renováveis em prol do incentivo
a fontes menos impactantes ao meio ambiente.

A distribuição efetiva do uso de recursos energéticos em um país ou região é retratada pela matriz
energética, englobando desde os combustíveis para veículos até o gás de cozinha. Em contrapartida, a
matriz elétrica focaliza na produção, consumo e demanda de energia elétrica, constituindo-se como uma
subdivisão da matriz energética. Globalmente, a matriz energética é predominantemente constituída por
fontes não renováveis.

Apesar disso, os combustíveis fósseis ainda predominam, representando a parcela majoritária das fontes
utilizadas na atualidade, enquanto as fontes de energia limpa compõem apenas aproximadamente 15% da
matriz energética mundial (EPE, 2022).
Gráfico 1 – Oferta de energia por fonte no mundo

Biocombustíveis Outras
9.8% 2.3%

Hidráulica Carvão mineral


2.6% 28.1%

Gás natural
24.3%

Petróleo
32.4%

Fonte: Adaptado de EPE (2022)


2.3.1 Matriz energética brasileira

O Brasil, atualmente, a principal fonte de geração de energia elétrica é hidráulica, entretanto, uma
considerável parcela de meios fósseis, como petróleo, carvão e gás natural, ainda desempenha um papel
significativo no cenário nacional.

O governo brasileiro está empenhado na diversificação da matriz energética, incentivando fontes mais
sustentáveis para cumprir os compromissos globais de redução de carbono na atmosfera e combate ao
efeito estufa.

Gráfico 2 – Oferta de energia por fonte no Brasil

Derivados da cana-de-açúcar Carvão mineral


16.3% 4.9%

Lenha e carvão vegetal


1%
Eólica e solar
3.7%

Petróleo
37.8%
Biocombustíveis
9.9%

Hidráulica
13.2%
Nuclear Gás natural
1.4% 11.1%

Fonte: Adaptado de EPE (2022)

2.4 Matriz elétrica

A geração de eletricidade global é predominantemente baseada em fontes não renováveis, destacando-


se o carvão mineral e o gás natural em termelétricas, que compõem mais da metade das fontes de
produção de energia elétrica. Esses dados revelam uma considerável dependência mundial de fontes
poluentes na matriz elétrica. Por outro lado, as atuais tendências e preocupações da sociedade global
destacam a crescente importância do incentivo a novas fontes de energia.

Dessa forma, a comunidade científica tem se empenhado na pesquisa e no desenvolvimento de


estratégias para promover o uso de alternativas energéticas mais sustentáveis, renováveis e com menor
impacto ambiental.

Essa direção se reflete no crescente papel das fontes renováveis na matriz energética global ao longo do
tempo. Um exemplo marcante é a expansão exponencial do mercado de energia solar desde 2012 (EPE,
2022). No ano de 2021, a capacidade instalada de energia fotovoltaica alcançou cerca de 942 GW,
indicando um aumento em comparação a 2020 (760 GW) e 2019 (623 GW) (EPE, 2022).
Gráfico 3 – Matriz Elétrica Mundial

Carvão mineral
Eólica 7.7%
13.9%

Solar térmica
0.2% Gás natural
4.9%
Solar fotovoltaica
7.7%

Biomassa
4.7%
Nuclear
21.1%

Hidráulica
33%

Fonte: Adaptado de IEA, 2021

2.4.1 Matriz elétrica brasileira

No contexto nacional, apresentam-se dados de um país privilegiado devido ao seu potencial energético
notavelmente limpo. Geograficamente favorecido, o Brasil conta com diversos recursos e uma extensão
territorial que abrange diversos biomas, potencializando o uso de energias consideradas limpas. Essa
realidade influencia diretamente o desenvolvimento de novas tecnologias na área de geração de energia,
evidenciando um cenário crescente de sistemas off-grid com energia solar. Esse crescimento impulsiona
a economia brasileira, contribuindo para a construção de uma matriz energética mais sustentável (EPE,
2022).

Conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil acumulou uma potência fiscalizada de
195.718,1 MW, conforme dados do Sistema de Informações de Geração da ANEEL (SIGA), que é
atualizado diariamente com informações de usinas em operação e empreendimentos autorizados em
fase de construção. Do total em operação, segundo o SIGA, 83,8% das usinas são consideradas fontes
renováveis (EPE, 2022).

Carvão Gás natural


Eólica 1.1% 5.8%
11.3%

Bagaço de cana
4.5%

Solar
4.2%

Biomassa
2.1%

Hidráulica
59.1%

Fonte: Adaptado de EPE, 2022


2.5 Energias renováveis

A global e pungente demanda por energia, impulsionada pelo avanço econômico e o aumento da
população, emergiu como uma necessidade crítica para nações em desenvolvimento e desenvolvidas. A
eficácia no uso de energia é amplamente reconhecida como uma prioridade crucial para estimular o
desenvolvimento socioeconômico e abordar os desafios ambientais, especialmente em um cenário de
contínuo aumento nos preços dos combustíveis fósseis e eletricidade.

Fontes renováveis de energia são recursos naturais que se regeneram, substituindo a dependência de
combustíveis fósseis. Essas opções são inesgotáveis e apresentam um impacto ambiental reduzido, pois
não produzem resíduos, como o dióxido de carbono. Exemplos de energias renováveis incluem solar,
eólica, hidrelétrica, geotérmica e biomassa.

Em 2022, o Brasil estabeleceu dois recordes na produção de energia solar, superando a marca de 19
gigawatts (GW) de potência instalada proveniente da fonte solar fotovoltaica. Essa marca inclui tanto as
usinas de grande porte quanto os sistemas de geração própria, abrangendo 13 GW de potência instalada
em telhados, áreas fechadas e pequenos terrenos.

A expectativa para a geração de energia por meio da fonte de biomassa indica um acréscimo de 2,3 GW
até 2026, capaz de atender a uma demanda adicional de 2,2 a 3,5 milhões de residências por ano.
Projetos futuros preveem uma expansão de 1,1 GW até 2030, conforme informações fornecidas pela
Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).

2.5.1 Energia hidrelétrica

A geração de energia hidrelétrica ocorre por meio da utilização do fluxo das águas em uma usina, sendo
as obras civis, que abrangem tanto a construção quanto o desvio do rio e a criação do reservatório, tão ou
mais cruciais que os equipamentos instalados. Ao contrário das usinas termelétricas, cujas instalações
são mais simples, a construção de uma hidrelétrica exige a contratação da indústria da construção
pesada.

A primeira hidrelétrica do mundo foi construída no final do século XIX, nas Cataratas do Niágara, quando o
carvão era o principal combustível e as pesquisas sobre petróleo ainda estavam em estágio inicial. Nessa
mesma época, durante o reinado de D. Pedro II, o Brasil construiu sua primeira hidrelétrica em Diamantina,
utilizando as águas do Ribeirão do Inferno, afluente do rio Jequitinhonha, com uma potência de 0,5 MW e
uma linha de transmissão de dois quilômetros (AEEB, 2010).

Em pouco mais de 100 anos, a potência instalada dessas unidades aumentou significativamente, atingindo
14 mil MW, como no caso da binacional Itaipu, construída em parceria entre Brasil e Paraguai, atualmente a
maior hidrelétrica do mundo.

A capacidade instalada é um critério para classificar se uma usina é de grande, médio ou pequeno porte,
sendo denominada como Pequena Central Hidrelétrica (PCH) quando aplicável. A Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL) utiliza três categorias: Centrais Geradoras Hidrelétricas (com até 1 MW de
capacidade instalada), Pequenas Centrais Hidrelétricas (entre 1,1 MW e 30 MW de capacidade instalada) e
Usina Hidrelétrica de Energia (UHE, com mais de 30 MW) (AEEB, 2010).
De acordo com o Plano Nacional de Energia 2030, com base em dados de 2004, a China é líder em
investimentos em energia hidrelétrica. Além da usina de Três Gargantas, naquele ano, estava construindo
um total de 50 mil MW de capacidade para dobrar a instalação no país. A China possui um dos maiores
potenciais tecnicamente exploráveis de energia hidráulica no mundo. O estudo também destaca uma
expansão significativa de hidrelétricas na Índia, com 10 mil MW em construção em 2004 e 28 mil MW
planejados para o médio prazo (AEEB, 2008).

2.5.1.1 Energia hidrelétrica no Brasil

O Brasil possui um extenso potencial hidráulico que pode ser aproveitado para a produção de energia
elétrica. Esse fato representa uma vantagem competitiva significativa, considerando a geração de energia
por meio dos recursos hídricos disponíveis em nosso país.

Em 2007, de acordo com os resultados preliminares do Balanço Energético Nacional (BEN) elaborado
pela Empresa de Pesquisa Energética, a energia proveniente de fontes hidráulicas, ou hidroeletricidade,
representou 14,7% da matriz energética brasileira, ficando atrás de derivados da cana-de-açúcar (16,0%) e
petróleo com seus derivados (36,7%). Na oferta interna de energia elétrica, que atingiu 482,6 TWh (um
aumento de 4,9% em relação a 2006), a energia hidráulica gerada no país respondeu por 85,6%, sendo,
de longe, a principal fonte de eletricidade em território nacional (ANEEL, 2008).

A concentração nas regiões Sul e Sudeste não está relacionada apenas à topografia do país, mas
também ao desenvolvimento do parque hidrelétrico. A primeira grande hidrelétrica, Paulo Afonso I, com
potência de 180 MW, foi construída no Nordeste pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf),
estatal criada em 1948. As demais, erguidas ao longo dos 60 anos seguintes, concentraram-se nas
regiões Sul, Sudeste e Nordeste, incluindo o aproveitamento total do rio São Francisco, conforme
mostrado na Tabela 3. No Norte, foram construídas Tucuruí, no Pará, e Balbina, no Amazonas. No entanto,
somente na década de 1990, a região Norte começou a ser explorada mais intensamente, com a
construção da Usina Serra da Mesa (GO), no rio Tocantins (ANEEL, 2008).

Figura 1 – Potencial Hidrelétrico do Brasil

Fonte: CATOLICO et al., (2021)


2.5.1.2 Pontos positivos

A hidroeletricidade desempenha um papel significativo na composição da matriz elétrica brasileira,


representando 60% da energia gerada no país. Sua influência é notável, apresentando um vasto potencial
ainda não totalmente explorado. Pode-se observar na Figura 1, um destaque para as usinas hidrelétricas
em operação e áreas propícias para a implementação de novos empreendimentos no mapa do Brasil.
(CATOLICO et al., 2021).

2.5.1.3 Pontos negativos

Considerando as desvantagens geralmente associadas à sua construção, a implementação de


hidrelétricas requer extenso espaço, resultando em modificações na fauna e flora locais. Essas alterações
envolvem transformações nos cursos dos rios e na paisagem vegetal na região da represa (CATOLICO et
al., 2021).

2.5.2 Energia fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é um método de produção de eletricidade que emprega células solares para
converter a luz solar diretamente em energia elétrica. Esse fenômeno, chamado de efeito fotovoltaico, tem
sido objeto de investigação e desenvolvimento desde o século XIX, com Alexandre Edmond Becquerel
realizando descobertas pioneiras em 1839. Desde então, avanços significativos possibilitaram a aplicação
comercial da energia fotovoltaica (SAMPAIO; GONZÁLEZ, 2017).

O funcionamento básico de um sistema fotovoltaico inclui a implementação de painéis solares contendo


células fotovoltaicas que absorvem a luz solar. Ao serem atingidas pelos fótons da luz solar, as células
liberam elétrons no material, gerando uma corrente elétrica contínua (CC). Essa corrente é posteriormente
transformada em corrente alternada (CA), compatível com a rede elétrica convencional, por meio de um
inversor (SAMPAIO; GONZÁLEZ, 2017).

Conforme o relatório "Previsão da demanda fotovoltaica global para 2020" da IHS Markit, a indústria de
energia solar está prevista para adicionar 142 gigawatts (GW) de capacidade este ano, marcando um
aumento de 14% em comparação com a capacidade instalada em 2019. Este crescimento representa
uma significativa evolução desde o início da década, quando apenas 20 GW estavam instalados.

As projeções indicam que 43 países alcançarão capacidades instaladas superiores a 1 GW em 2020, em


comparação com apenas 7 países em 2010. No Brasil, a energia solar fotovoltaica, uma das fontes
renováveis mais expressivas, já conta com uma capacidade instalada de 4,4 GW, abrangendo tanto
geração centralizada quanto distribuída.

A China lidera como o maior mercado fotovoltaico global e continuará impulsionando a expansão da
energia solar em 2020. Nos Estados Unidos, a energia solar está prevista para crescer cerca de 20%,
consolidando-se como o segundo maior mercado mundial. Estados como Califórnia, Texas, Flórida,
Carolina do Norte e Nova York são destaque nesse cenário. Na Europa, a instalação de sistemas
fotovoltaicos deve aumentar em mais de 24 GW este ano, representando um aumento de 5% em relação
a 2019. Além disso, novos mercados estão emergindo na América Latina, Oriente Médio e Sudeste
Asiático ao longo desta década.
Figura 2 – Funcionamento da instalação do sistema fotovoltaico na residência.

Fonte: Luz Solar

2.5.2.1 Energia fotovoltaica no Brasil

A crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e a busca pela diversificação da matriz
elétrica, vem impulsionando a geração de energia elétrica global a partir de fontes renováveis, como a
energia solar.

As fontes renováveis, especialmente a solar, têm se destacado nos últimos anos com o crescimento da
geração distribuída, e sua competitividade aumentou devido aos avanços tecnológicos e à consequente
redução dos custos.

Segundo o INPE (2017), o Brasil é um país que possui um dos maiores potenciais para geração de energia
fotovoltaica no mundo, como mostrado na Figura 3, contando com níveis de irradiação solar
superioresaos de países onde projetos para aproveitamento de energia solar são muito mais
avançados,como Alemanha, França e Itália.

Figura 3 –Total diário da irradiação brasileira no plano inclinado na latitude.

Fonte: INPE, 2017


2.5.2.2 Pontos positivos

Renovabilidade: A energia solar é uma fonte inesgotável e renovável, pois o sol continuará a brilhar por
bilhões de anos (AL-SHAHRI et al., 2021).

Baixo Impacto Ambiental: A geração de energia fotovoltaica não emite poluentes atmosféricos nem gases
de efeito estufa, contribuindo para a redução das mudanças climáticas (AL-SHAHRI et al., 2021).

Independência Energética: Os sistemas fotovoltaicos podem fornecer eletricidade a áreas remotas sem
acesso à rede elétrica, promovendo a autonomia energética (AL-SHAHRI et al., 2021).

2.5.2.3 Pontos negativos

ustos Iniciais: A implementação de sistemas fotovoltaicos pode implicar custos iniciais consideráveis,
embora esses custos estejam em declínio ao longo do tempo (AL-SHAHRI et al., 2021).

Intensidade Solar Variável: A eficiência dos painéis solares pode ser impactada por condições climáticas e
geográficas, como dias nublados ou (AL-SHAHRI et al., 2021).

Armazenamento de Energia: Em sistemas desconectados da rede elétrica, a necessidade de armazenar


energia em baterias pode aumentar os custos e demandar manutenção técnica especializada (AL-
SHAHRI et al., 2021).

2.5.3 Energia eólica

A energia eólica tem raízes milenares, remontando a quando os seres humanos perceberam o potencial
do vento como fonte de energia. Os primeiros moinhos de vento foram empregados por volta de 2000
a.C. na Babilônia, para moer grãos e bombear água. Ao longo dos séculos, essa tecnologia se disseminou
pelo Oriente Médio e Ásia, desempenhando um papel crucial em atividades agrícolas e no bombeamento
de água (GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL-GWEC, 2019).

Contudo, a energia eólica, nos moldes que conhecemos atualmente, teve seu início no final do século XIX,
com o engenheiro dinamarquês Poul la Cour, que construiu um aerogerador capaz de gerar eletricidade,
marcando o início da produção elétrica a partir do vento. Em 1940, Palmer Putnam, um americano,
desenvolveu a primeira turbina eólica moderna para a geração de eletricidade, dando impulso ao
crescente interesse por essa forma de energia (GLOBAL WIND ENERGY COUNCIL-GWEC, 2019).

2.5.3.1 Energia eólica no Brasil

Atualmente, o Brasil possui uma capacidade de geração de energia eólica situada entre 22 e 25 mil
megawatts, sendo a região Nordeste responsável por 90% dessa produção nacional. A ampliação dessa
capacidade é viável por meio de pesquisas e estudos que envolvem colaborações entre a indústria e o
meio acadêmico, como destacado por Bruno Carmo, do Departamento de Engenharia Mecânica da
Escola Politécnica da USP e vice-diretor científico do RCGI (Research Centre for Greenhouse Gas
Innovation).
2.5.3.2 Pontos positivos

Uma tendência evidente é a expansão constante da capacidade de geração de energia eólica,


impulsionada pela crescente demanda por eletricidade sustentável e pela urgência em diminuir as
emissões de carbono. Além disso, o avanço contínuo das tecnologias aplicadas às turbinas eólicas resulta
em equipamentos mais eficientes, confiáveis e potentes, proporcionando um aumento significativo na
produção de eletricidade a partir da energia eólica (WISER et al., 2016).

O aproveitamento da energia eólica apresenta diversas vantagens em comparação com os métodos


tradicionais de geração de energia. A principal e mais destacada é sua fonte inesgotável, dependendo
exclusivamente do recurso natural do vento. Uma significativa vantagem é a ausência de emissões de
gases poluentes e a não geração de resíduos, contribuindo assim para a redução do impacto ambiental e
evitando danos relacionados ao aquecimento global.

Além disso, a produção de energia eólica é conhecida por sua redução nos custos de produção,
tornando-se uma das opções mais econômicas atualmente. Para que a produção de energia eólica seja
eficiente, a presença de uma concentração significativa de aerogeradores é necessária, o que pode
representar um investimento inicial relativamente alto. No entanto, esses aerogeradores têm a capacidade
de abastecer pequenas comunidades ou locais remotos, com baixos custos de manutenção e produção,
independentes da rede tradicional de transmissão de energia.

2.5.3.3 Pontos negativos

Apesar das vantagens, a energia eólica também apresenta desvantagens e impactos. Apesar de ser uma
fonte inesgotável, sua eficiência depende da força dos ventos, que nem sempre é suficiente para gerar
eletricidade. Apenas 10% da superfície terrestre possui ventos constantes. A necessidade de grandes
espaços para instalação das fazendas eólicas, especialmente em áreas costeiras, acarreta custos
elevados. O impacto visual nos arredores dos parques eólicos é uma desvantagem evidente, causando
modificações significativas na paisagem local. O impacto sonoro, gerado pelo vento batendo nas pás dos
aerogeradores, atinge até 43 decibéis e requer que residências fiquem a uma distância mínima de 200
metros para minimizar esse efeito.

2.5.4 Energia de biomassa

Biomassa refere-se a qualquer recurso natural proveniente de matéria orgânica de origem animal ou
vegetal, existente na natureza ou gerada por animais. Nesse contexto, resíduos orgânicos provenientes de
atividades agrícolas, industriais e urbanas podem ser empregados como insumos na produção de energia
por meio da biomassa (FERREIRA et al., 2018).

A exploração da biomassa está vinculada a estágios avançados de produção, envolvendo técnicas


agrícolas sofisticadas e o processamento físico e químico dos insumos. Essa mudança de perspectiva
ocorre devido à crescente conscientização de que a utilização de combustíveis fósseis, e o consequente
aumento da temperatura média global devido ao efeito estufa, provocará perturbações climáticas
catastróficas a médio, se não a curto prazo (CORTEZ; LORA; GÓMEZ, 2008).

O emprego da biomassa para fins industriais e combustíveis domésticos contribuiu significativamente


para o desmatamento das florestas globais, e seu impacto também resultou em um aumento do dióxido
de carbono atmosférico, alimentando o efeito estufa e contribuindo com uma parcela significativa da
poluição do ar, especialmente proveniente de termoelétricas.
2.5.4.1 Energia de biomassa no Brasil

O Brasil se destaca como o principal produtor mundial de cana-de-açúcar, alcançando uma produção de
633 milhões de toneladas em uma área aproximada de 9 milhões de hectares, conforme dados da
CONAB em 2019 (LNBR, 2022). Segundo informações da Única - União da Indústria da Cana-de-Açúcar -,
no ano de 2021, 4% de toda a energia elétrica consumida no país teve origem na biomassa, sendo que
79,5% desse montante foi gerado pelas indústrias sucroenergéticas.

A biomassa utilizada nesse contexto é proveniente do bagaço da cana-de-açúcar, que surge como
subproduto do processo de moagem para extração do caldo (garapa), matéria-prima essencial na
produção de etanol e açúcar. O Gráfico 2 ilustra a contribuição da biomassa de cana-de-açúcar como
insumo energético na geração de energia elétrica no ano de 2018.

2.5.4.2 Pontos positivos

1. Fonte de Energia Renovável: Utilizar biomassa para geração de energia é uma maneira de obter uma
fonte limpa e renovável. É derivada de recursos naturais como madeira, plantas, resíduos agrícolas e
animais, todos passíveis de reciclagem.
2. Abundância: A biomassa está amplamente disponível globalmente. Por exemplo, a madeira, uma das
principais fontes de biomassa, requer o plantio controlado e específico de árvores para obtenção
dessa matéria-prima.
3. Relativamente Barata: Comparada a outras fontes de energia, como petróleo e gás natural, a
biomassa é consideravelmente mais acessível. Além disso, seu impacto ambiental é menor em
comparação às fontes de energia fósseis.
4. Eficiência: O processo de queima da biomassa é mais eficiente do que outras fontes de combustível,
resultando em menores emissões de gases de efeito estufa (REIS, 2022).

2.5.4.3 Pontos negativos

1. Baixa Eficiência: A biomassa possui baixa eficiência de conversão de energia quando comparada a
outras fontes, como o petróleo e a energia nuclear.
2. Impacto Ambiental: Se não for utilizada de forma adequada, a produção de energia a partir da
biomassa pode gerar gases de efeito estufa e outros poluentes, causando impacto negativo no meio
ambiente.
3. Baixa Densidade de Energia: A biomassa tem uma densidade de energia relativamente baixa, o que
significa que grandes quantidades precisam ser queimadas para produzir a mesma quantidade de
energia de outras fontes (REIS, 2022).

2.5.5. Energia de biogás

O biogás é originado por meio de processos biológicos em resíduos orgânicos (biomassa), resultando da
degradação anaeróbia da matéria orgânica conduzida por colônias de microrganismos. Esse processo
anaeróbio gera um fluído rico em nutrientes chamado digestato, além de um componente gasoso
conhecido como biogás. Segundo Magalhães (1986), uma maneira de se originar o biogás é com a
decomposição de resíduos orgânicos provenientes de culturas de animais, lodos de esgoto, resíduos
agrícolas, efluentes domésticos e industriais.
A produção de biogás ocorre por meio da fermentação dos resíduos orgânicos, os quais liberam gás
metano e dióxido de carbono durante o processo.

O biogás armazenado pode ser empregado como combustível para gerar energia elétrica, aquecer água
e ambientes, sendo utilizado industrialmente em caldeiras, máquinas, geradores de eletricidade e diversas
outras aplicações. Adicionalmente, o líquido resultante do processo de digestão pode ser aplicado como
fertilizante orgânico, contribuindo para a melhoria da fertilidade do solo.

O biogás, atualmente, é reconhecido como uma alternativa promissora para a produção de energia limpa
e renovável. Além de possibilitar que os produtores de biomassa obtenham energia a partir dos resíduos,
há também a viabilidade de utilizar o biogás como combustível em veículos, substituindo combustíveis
fósseis.

2.5.5.1 Energia de biogás no Brasil

O Brasil tem se destacado na produção de biogás, especialmente nos últimos anos. No entanto, ainda não
está claro quando o biogás conquistará uma participação significativa na matriz energética do país. De
acordo com o Ministério de Minas e Energia, a meta é que até 2030, o biogás represente 10% da matriz
energética brasileira. Para alcançar esse objetivo, são necessários investimentos em infraestrutura,
tecnologias, incentivos e capacitação.

A produção de biogás oferece a vantagem adicional de reduzir as emissões de gases de efeito estufa
associadas à queima de combustíveis fósseis. Além disso, o biogás pode ser utilizado para gerar
eletricidade, aquecer água, cozinhar alimentos e abastecer veículos.

No entanto, para explorar plenamente o potencial de geração de biogás, o país precisa investir em
infraestrutura para aumentar a capacidade de produção e processamento de resíduos. Além disso, é
essencial fomentar o desenvolvimento de novas tecnologias e implementar programas educacionais para
aumentar a conscientização da população.

2.5.5.2 Pontos positivos

1. Representa uma fonte de energia limpa que não prejudica o meio ambiente, uma vez que não emite
gases de efeito estufa.
2. Constitui uma fonte de energia renovável, pois pode ser gerado a partir de matéria orgânica.
3. A produção de biogás pode contribuir para a redução da poluição, uma vez que a matéria orgânica
responsável pela geração do gás pode ser reciclada.
4. Pode ser utilizado na produção de energia elétrica, aquecimento e como combustível.
5. Pode ser empregado como fertilizante orgânico na agricultura, uma vez que, ao ser queimado, produz
enxofre.

2.5.5.3 Pontos negativos

A implementação de uma instalação de biogás envolve diversos custos, incluindo a construção de


tanques de armazenamento, equipamentos de processamento e sistemas de distribuição. Além disso, são
necessários recursos adicionais para a manutenção e operação da instalação. (REIS, 2016)
2.6 Geração de energia solar on grid e off grid

O processo de transformação da luz solar em energia elétrica foi inicialmente observado em 1839 por um
físico francês. Desde então, diversos países têm explorado essa forma de energia para estudos científicos
ou consumo próprio. No entanto, somente nos últimos anos, o Brasil tem direcionado sua atenção para
essa tecnologia, dada sua vasta capacidade solar.

Após a geração de energia por meio das células fotovoltaicas, é necessário escolher como ela será
utilizada. O sistema fotovoltaico pode ser categorizado em dois métodos de geração e consumo: on grid e
off grid. No método on grid, a energia excedente não consumida é direcionada para as linhas de
transmissão, resultando em uma redução correspondente na conta de energia, monitorada por um
wattímetro bidirecional. Por outro lado, no método off grid, a energia é armazenada em baterias CC,
convertida em CA e, posteriormente, consumida.

2.6.1 Sistemas fotovoltaicos conectados a rede – on grid

O funcionamento do sistema on-grid, também conhecido como sistema conectado à rede elétrica
convencional, representa a forma mais comum de distribuição de eletricidade. Sua operação é
relativamente simples: as usinas de geração de energia, sejam termelétricas, hidrelétricas ou renováveis,
produzem eletricidade. Essa eletricidade é então injetada na rede elétrica, uma estrutura complexa de
transmissão e distribuição composta por linhas de alta tensão, subestações e linhas de distribuição de
baixa tensão (SANTOS; SOUSA, 2022).
Esse sistema é prevalente em países industrializados e altamente urbanizados. Na Europa, nações como
Alemanha, França e Reino Unido dependem amplamente desse sistema. Nos Estados Unidos, a maior
parte da eletricidade é gerada e distribuída por meio de redes on-grid (SANTOS; SOUSA, 2022).

Figura 4 - Sistema on grid

Fonte: Ecomais

2.6.2 Sistemas fotovoltaicos conectados a rede – off grid

Um sistema off-grid depende exclusivamente da radiação solar para gerar energia elétrica por meio de
painéis fotovoltaicos. Geralmente, esse tipo de sistema inclui um sistema de armazenamento de energia
composto por um banco de baterias, além de requerer, em algumas aplicações, controladores de carga e
inversores CC/CA.
O sistema off-grid para geração de energia é caracterizado por não se conectar à rede elétrica
convencional. Dessa forma, ele fornece diretamente energia aos dispositivos que a utilizarão, sendo
geralmente construído com um propósito local e específico.

Esse tipo de sistema é amplamente empregado em áreas rurais, fazendas e regiões desprovidas de
acesso à rede elétrica. No entanto, o sistema off-grid está ganhando espaço também em residências
urbanas, incluindo casas em condomínios que buscam atender a um consumo específico.

Utilizado para finalidades específicas e locais, como bombeamento de água, eletrificação de cercas e
iluminação de postes, os sistemas de pequeno porte possuem uma capacidade energética que varia
entre 1,5 kWp e 20 kWp, enquanto os de grande porte, vão de 20 kWp a 1 MWp.

Figura 5 - Sistema off grid

Fonte: Ecomais

2.6.3 Diferenças entre sistemas on e off grid

Na seleção entre os sistemas on grid ou off grid para residências ou empresas, é crucial avaliar
determinados fatores que orientarão uma decisão mais informada. Aspectos como a disponibilidade de
rede no local de instalação do sistema solar desaconselham a opção por um sistema off grid, tornando o
sistema on grid a escolha mais apropriada. Se a demanda incluir cargas robustas, como motores de
bomba d'água e equipamentos agrícolas, um sistema off grid de alta potência será necessário. No entanto,
é essencial considerar que tais sistemas, com elevada potência, tendem a ser financeiramente custosos.

O Quadro 1 detalha algumas vantagens e desvantagens do sistema on grid. Enquanto um sistema on grid
oferece um retorno de investimento mais favorável, um sistema off grid pode não alcançar esse retorno,
especialmente ao comparar os custos com a energia da rede pública. Além disso, é crucial destacar que a
instalação de um banco de baterias, característico de um sistema off grid, deve ocorrer em um local
abrigado e preferencialmente inacessível a indivíduos desavisados, especialmente crianças.
O Quadro 2 fornece uma análise das vantagens e desvantagens do sistema off grid. A escolha de um local
de instalação deve contemplar um espaço adequado para o banco de baterias, preferencialmente em um
ambiente separado, de acesso restrito a pessoas capacitadas. É importante observar que um sistema off
grid não é ambientalmente sustentável, pois as baterias, compostas de materiais poluentes como chumbo
e lítio, degradam-se rapidamente. Diversos aspectos devem ser considerados antes de optar por um
sistema on grid ou off grid, garantindo que a decisão seja informada, visando eficiência operacional e
custo-benefício ótimos no investimento.

Quadro 1 - Sistema on grid

Vantagens Desvantagens

Dispensa a utilização de baterias e Necessita do acesso à rede de


controladores de cargas distribuição

Possibilita ao consumidor adquirir créditos de Não existe sistema de armazenamento de


energia energia.

Necessidade de pagar conta de luz


Créditos odem ser utilizados em outras
quando a demanda for maior que a
unidades consumidoras do mesmo
podução e não houver créditos
proprietário
disponíveis

Quadro 2- Sistema off grid

Vantagens Desvantagens

Pode ser utilizado em regiões remotas por ser


Necessidade da utilizaçaõ de baterias e
independente da rede de distribuição de
controladores de cargas
energia

Não há necessidade de pagar conta de luz Custos mais elevados

O sistema de forma geral apresenta-se


Possui sistema de armazenamento de energia
menos eficiente
3 Impactos ambientais

Cada forma de geração de energia, seja renovável ou não, implica em um impacto ambiental para a
natureza. Diante disso, a presente análise ambiental visa comparar as fontes de energia fotovoltaica,
hidráulica, eólica e biomassa, considerando uma variedade de aspectos, tais como emissões de gases de
efeito estufa, impactos na biodiversidade e utilização dos recursos naturais.

Os impactos ambientais decorrentes da geração de energia no Brasil, respaldados por diversas fontes de
evidências como documentos, textos, artigos e relatórios, indicam que a obtenção de energia
inevitavelmente acarreta algum nível de impacto ambiental, variando em extensão.

O Brasil dispõe de todas as condições para estabelecer a matriz elétrica mais confiável e limpa
globalmente, bastando optar por investir em fontes alternativas com reduzidos impactos ambientais. Para
alcançar esse objetivo, é essencial analisar a viabilidade de implementação de projetos, mitigar os
impactos ambientais associados à geração de energia elétrica e fomentar o desenvolvimento sustentável.

3.1 Fontes de energia renováveis e seus impactos

As usinas hidroelétricas enfrentam desafios primordialmente relacionados aos reservatórios,


desconsiderando os impactos na fase de construção, notoriamente significativos para empreendimentos
de grande porte. A inundação de vastas áreas, muitas vezes cobertas por florestas, resulta na perda
inerente de habitats, culminando em uma considerável diminuição da biodiversidade, tanto em fauna
quanto em flora. Além disso, tais usinas provocam alterações locais no clima e hidrologia.

Atualmente, a construção de grandes hidroelétricas, responsáveis por 60% de nossa matriz energética, é
cada vez mais improvável devido à magnitude dos impactos ambientais associados a esses
empreendimentos. De acordo com Hafner (2017), em função do consumo de água por esse tipo de
empreendimento, outros impactos aparecem nos estudos ambientais referentes ao processo de
licenciamento das UTEs, como a redução da disponibilidade hídrica e os impactos nos corpos hídricos,
com elevação da temperatura e alteração na qualidade da água em função do efluente das águas de
resfriamento.

As eólicas não geram emissões de GEE, não consomem água e não geram efluentes. A principal questão
ambiental das eólicas é o impacto sobre aves migratórias e precisam de estudos prévios à decisão de
implantação do empreendimento, no âmbito do licenciamento ambiental. Outros impactos como ruídos,
sombras e interferência eletromagnéticas podem e devem ser gerenciados e minimizados (até
eliminados) no planejamento do projeto. Os impactos positivos são importantes também, principalmente
no âmbito socioeconômico, com a dinamização da economia local, com o aumento de renda para o
proprietário de terra e a fixação do homem no campo, além do incremento na arrecadação do Município
onde estão instalados os Parques Eólicos.

Quanto às térmicas, segundo Inatomi & Udaeta (2005), o impacto preponderante concentra-se nas
emissões atmosféricas, que constituem fontes significativas de dióxido de carbono e óxidos de nitrogênio
e enxofre. Esses poluentes acentuam o efeito estufa e contribuem para a ocorrência de chuvas ácidas. A
quantidade de gases de efeito estufa (GEE) emitidos depende principalmente do tipo de combustível
utilizado, como carvão, óleo combustível, gás natural ou biomassa (que possui emissões neutras de GEE),
sendo sensível à tecnologia adotada nos sistemas de controle.
Diferentemente, as usinas eólicas não geram emissões de GEE, consomem pouca água e não produzem
efluentes. O principal desafio ambiental das eólicas está relacionado ao impacto sobre aves migratórias,
exigindo estudos prévios ao processo de licenciamento ambiental. Outros impactos, como ruídos,
sombras e interferências eletromagnéticas, podem e devem ser gerenciados e minimizados (ou
eliminados) durante o planejamento do projeto. Os impactos positivos, sobretudo no âmbito
socioeconômico, incluem a dinamização da economia local, aumento de renda para os proprietários de
terra e fixação de comunidades rurais, além do incremento na arrecadação municipal nas regiões onde os
Parques Eólicos são instalados.

Recentemente a ABEEÓLICA publicou um estudo demonstrando a evolução de indicadores


socioeconômicos e sociais locais em Municípios que tiveram parques eólicos instalados em comparação
com municípios vizinhos. De acordo com este estudo, (GO Associados, 2020), a instalação de parques
eólicos aumenta tanto o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), quanto o PIB (Real e per
capita) em cerca de 20%. O estudo também observou redução do índice de desigualdade o aumento do
índice de atendimento total de água, quando comparado a municípios do mesmo estado que não tiveram
parques eólicos instalados.

Assim como as eólicas, as usinas fotovoltaicas não geram emissões de GEE, tem baixo consumo de água
e não geram efluentes. Seu principal impacto ambiental reside na ocupação de área para o
empreendimento e possível perda de habitat. Há também o impacto potencial, no risco de acidentes, em
função de elevadas distâncias de cabos com energia em corrente contínua... E há que se dispor
corretamente e reciclar os materiais tóxicos contidos nos módulos fotovoltaicos e demais componentes
elétricos e eletrônicos no descomissionamento, sendo a vida útil média dos componentes estimada entre
20 e 30 anos (Tolmasquim, et al., 2004).

3.2 Fontes de energia renováveis e seus impactos

Carvão, petróleo e gás natural são reconhecidos como fontes não renováveis de energia, uma vez que
existem em quantidades limitadas na natureza. Em outras palavras, eles derivam de recursos finitos ou
demandam um período extremamente longo para se regenerar.

A energia nuclear também se classifica como uma fonte de energia não renovável, pois o urânio utilizado
como combustível não se regenera por si só. Contudo, ela contribui para combater as mudanças
climáticas, pois não emite CO² nem gases de efeito estufa.

Esses recursos, presentes na natureza, desaparecem à medida que são explorados. Segundo um estudo
recente publicado na revista científica Nature, estima-se que as reservas de petróleo se esgotarão até
2043. O mesmo cenário se aplica ao carvão e ao gás natural, indicando a iminência do esgotamento
desses combustíveis fósseis. No entanto, a urgência em buscar novas fontes de energia não reside
apenas no esgotamento iminente desses recursos, mas também nos graves impactos ambientais das
energias não renováveis em nosso planeta.

Os combustíveis fósseis representam 80% da demanda global atual de energia primária, sendo
responsáveis por cerca de dois terços das emissões globais de CO2. Tanto o CO2 quanto outros gases
de efeito estufa têm a capacidade de acumular e emitir calor. Especialistas demonstram que um aumento
na concentração de CO2 na atmosfera resulta em significativo aumento da temperatura terrestre.
Atualmente, a temperatura já aumentou mais de 1 °C desde a era pré-industrial. Se as tendências atuais
persistirem, estaremos longe de manter o aumento da temperatura global em 2 °C, o que teria
consequências desastrosas para o planeta e seu clima.
3.2.1 Manchas e Derramamentos de Óleo

As manchas de óleo figuram entre os desastres ambientais mais graves e comuns, causados pela atividade
humana. A Amazônia, impactada por frequentes derramamentos de óleo desde 2014, enfrenta sérias
consequências. Quase 400 comunidades na Amazônia peruana enfrentam contaminação por chumbo,
cádmio, mercúrio e outros metais pesados devido a esses incidentes. A província de Sucumbíos, parte da
Amazônia equatoriana, sofre com a poluição por óleo, afetando alimentos, água e ar.

3.2.2 Lixo Radioativo

No contexto da energia nuclear, a gestão adequada de resíduos radioativos é essencial. Esses resíduos,
não passíveis de reciclagem, precisam ser armazenados com extrema segurança, pois podem gerar
radioatividade por séculos ou até milênios. Os resíduos nucleares devem ser manuseados com máxima
segurança, pois a radioatividade é prejudicial à saúde humana e ambiental. Liberações significativas de
radioatividade são letais e podem causar deformidades e doenças nas gerações futuras, como
evidenciado nos impactos contínuos do acidente nuclear de Chernobyl.

3.2.3 Chuva Ácida


A chuva ácida, resultante da poluição do ar, ocorre quando emissões poluentes de fábricas, veículos ou
aquecedores centrais entram em contato com a umidade atmosférica. Originada pela queima de
combustíveis fósseis, ela leva à acidificação de solos, lagos e mares, causando danos à flora e fauna
terrestres e marinhas.

3.2.4 Efeitos na Saúde Humana


Todas as consequências mencionadas acima têm impacto na saúde humana, seja de forma direta ou
indireta. A poluição do ar decorrente da queima de combustíveis fósseis, por exemplo, é responsável por
aproximadamente 4,5 milhões de mortes anuais em todo o mundo, segundo estudo do Greenpeace e do
Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (Crea). Sem falar que, segundo estimativas da OMS, cerca de
4,2 milhões de mortes prematuras ocorrem anualmente por exposição a partículas metálicas ligadas à
queima de combustíveis fósseis.

4 Conclusões

A matriz energética do Brasil é constituída por fontes de energia renováveis e não-renováveis. Fontes
renováveis são aquelas cuja reposição pela natureza ocorre em consonância com o ritmo de utilização,
como hidráulica, cana-de-açúcar e seus derivados, lenha e carvão vegetal, solar e eólica. Já as fontes não-
renováveis dependem de um período muito mais extenso para sua reposição, necessitando de milhares de
anos para sua formação. O petróleo e seus derivados, gás natural, carvão mineral e nuclear são formas de
energia não renováveis.

O Brasil destaca-se por possuir uma matriz energética considerada uma das mais limpas globalmente,
mantendo sua intensidade energética estável desde a década de 90. Apesar desse feito, mais de 50% de
sua matriz energética ainda é composta por combustíveis fósseis, e as projeções indicam uma modesta
redução de apenas 4% até 2050. O país tem sido um dos principais investidores em energias renováveis
no G20 ao longo da última década.
Diversos programas foram implementados no Brasil para diversificar sua matriz energética, sendo
notáveis o Proalcool, surgido durante a crise do petróleo nos anos 70, e o Proinfa, que incentivou energias
alternativas após o racionamento de energia em 2001. Tais iniciativas impulsionaram o desenvolvimento
bem-sucedido dos setores de biocombustíveis e energia eólica no país.

Para fortalecer ainda mais o uso de biocombustíveis, incentivar investimentos e aprimorar programas de
Eficiência Energética (EE), são cruciais programas como o PROCEL, conduzido pela Eletrobrás. Essas
medidas tornam-se necessárias diante do baixo investimento observado em Eficiência Energética nos
últimos anos.

Iniciativas de pesquisa e ajustes nas políticas de planejamento energético estão contribuindo para uma
maior transparência no setor energético brasileiro. Em última análise, as energias renováveis no Brasil
avançam rapidamente, e a transição energética caminha lado a lado com o progresso tecnológico e
econômico do país. A expectativa é que essa transição ocorra o mais brevemente possível.

O conceito de transição energética está comumente associado a alterações significativas na estrutura da


matriz energética primária mundial. Essas transições são processos complexos, caracterizados pela
coexistência prolongada entre as fontes que definem as indústrias existentes e aquelas que gradualmente
substituem as fontes tradicionais. Por sua natureza, não seguem um curso linear.

A atual transição energética em curso globalmente é um processo abrangente, impactante e de alcance


global, afetando diversos setores, países, sociedades e suas interações com o meio ambiente. Essa
mudança é impulsionada principalmente pela ambição global de combater as mudanças climáticas e
descarbonizar as economias, alinhando-se ao desenvolvimento sustentável, às mudanças climáticas e às
inovações tecnológicas associadas à eletrônica e à era digital.

Embora a energia não seja responsável integralmente pelas emissões globais, ela representa uma parcela
significativa desse cenário, sendo os usos energéticos responsáveis por quase um terço das emissões de
gases de efeito estufa. Diante disso, há um impulso para o uso mais eficiente dos recursos energéticos, a
redução do carvão mineral e do petróleo na matriz energética global em prol de fontes renováveis e
eletrificação dos conversores, associados à automação e digitalização crescentes de processos,
controles e serviços.

O mercado de tecnologias limpas tem experimentado crescimento global, impulsionado pelos


aprofundamentos nos acordos climáticos e desdobramentos de conflitos geopolíticos recentes. Prevê-se
uma pressão para expandir o mercado de produtos industriais verdes nos próximos anos. A
descarbonização da economia em uma era de digitalização, onde dados e energia estão entrelaçados,
transformará não apenas o setor de energia, mas toda a indústria. Posicionar-se estrategicamente nesse
cenário é fundamental para participar das cadeias de valor regionais e globais.

A transição energética não é apenas essencial para atingir as metas do Acordo de Paris, mas também
representa uma oportunidade estratégica para países com matrizes relativamente limpas, como o Brasil.

A intensidade de emissões do setor energético brasileiro está em torno de 40% da média mundial, o que
configura uma oportunidade única para explorar conhecimentos existentes em tecnologias limpas de
geração de energia e liderar o desenvolvimento de produtos industriais com baixas ou zero emissões de
gases de efeito estufa.
4.1 Considerações finais

A discussão sobre a transição energética abrange o entorno regional, demandando uma promoção da
cooperação entre os países sul-americanos. A criação de um mercado regional de energia foi parte da
agenda da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), buscando
estimular investimentos na geração e distribuição de energia entre os países. Atualmente, esse tema
enfrenta desafios na região, devido à precariedade da infraestrutura em alguns estados, à crise hídrica
que afeta a geração de energia pela Itaipu Binacional, ao ABC (Argentina, Bolívia e Chile) do lítio e à
fragmentação das instâncias regionais na América do Sul.

Em última análise, as mudanças na matriz energética primária são apenas uma parte visível dessas
transições. Elas impactam produtores, consumidores, cadeias tecnológicas e trabalhadores, trazendo
profundas alterações nos padrões de consumo e nas relações socioeconômicas e ambientais. Essa
transformação influencia a capacidade de pagamento das famílias e a competitividade do sistema
produtivo, sendo aspectos cruciais para garantir o acesso aos serviços de energia.

Além disso, a transição energética implica redistribuição de riqueza, valorizando recursos ambientais,
tecnológicos, empresariais e humanos.

Portanto, é fundamental considerar a alocação de custos e benefícios dessa transição em níveis nacional
e internacional, levando em conta o Acordo de Paris, fundos climáticos, financiamento, internalização de
externalidades, preços e tarifas.

A discussão sobre uma transição energética justa envolve temas que vão além do serviço de energia,
incorporando a realocação de conhecimento, capital e força de trabalho associados às novas tecnologias
limpas.

A transição energética é uma oportunidade para fortalecer a integração regional, demandando um marco
amplo que vincule as políticas de transição energética ao desenvolvimento de maneira transversal,
contemplando questões como trabalho de qualidade, maior diversidade de gênero e desenvolvimento das
cadeias de valor da indústria.
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