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SCE - Sistema de Certificação Energética dos Edifícios

Avaliação energética para obtenção de Certificado Energético (CE)


O Decreto-Lei n.º 101-D/2020, de 7 de dezembro, na sua atual redação, estabelece os requisitos aplicáveis a edifícios
para a melhoria do seu desempenho energético e regula o Sistema de Certificação Energética de Edifícios (SCE).

A avaliação energética detalha as condições de exploração de energia de um edifício ou fração, com vista a identificar
os diferentes vetores energéticos e a caracterizar os consumos, podendo incluir o levantamento das características da
envolvente e dos sistemas técnicos, a caracterização dos perfis de utilização e a quantificação, monitorização e a
simulação dinâmica dos consumos energéticos.

Técnicos do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios

O Decreto-Lei n.º 102/2021, de 19 de novembro, que veio estabelecer os requisitos de acesso e de exercício da
atividade dos técnicos do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios e procede à 1ª alteração ao Decreto-Lei n.º
101-D/2020, de 7 de dezembro, determina no seu artigo 7.º as respetivas competências e reservas de atividade.

Perito Qualificado (PQ)

Ao PQ-I ou PQ-II compete:

a) Avaliar o desempenho energético dos edifícios abrangidos pelo SCE, mediante a emissão dos pré-certificados e
certificados energéticos;
b) Identificar e avaliar as oportunidades e recomendações de melhoria de desempenho energético dos edifícios;
c) Apoiar os proprietários dos edifícios na implementação das oportunidades e recomendações de melhoria referidas
na subalínea anterior;

Ao PQ-II compete:

a) Realizar as avaliações periódicas dos Grandes Edifícios de Comércio e Serviços (GES);


b) Recolher e submeter, no Portal -SCE, a informação sobre os consumos de energia anuais dos GES;
c) Elaborar e submeter, no Portal -SCE, dos planos de melhoria do desempenho energético dos edifícios dos GES.

Técnico responsável pela instalação e manutenção de sistemas técnicos (TRM)

Ao TRM compete acompanhar a instalação, substituição ou atualização de sistemas técnicos nos termos dos artigos
10.º, 12.º e 16.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020, de 7 de dezembro, na sua atual redação.

Técnico de gestão de energia (TGE)

Ao TGE compete elaborar o plano de manutenção dos sistemas técnicos e a gestão de energia dos edifícios nos
termos dos artigos 10.º, 11.º e 12.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020, de 7 de dezembro, na sua atual redação.

Técnico de inspeção de sistemas técnicos (TIS)

Ao TIS compete realizar as inspeções aos sistemas técnicos nos termos do artigo 15.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020,
de 7 de dezembro, na sua atual redação.

Avaliaçã
o Energética nos Grandes Edifícios de Serviços (GES)
Plano de Melhoria do Desempenho Energético dos Edifícios (PDEE)
Nos termos do número 5 do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 101-D/2020, de 7 de dezembro, na sua atual redação, os
GES são obrigados a manter um nível mínimo de desempenho energético sob pena de ficarem sujeitos à elaboração,
submissão no Portal SCE e implementação, num prazo razoável, de um Plano de Melhoria do Desempenho
Energético dos Edifícios (PDEE), nos termos definidos no Despacho 6476-D/2021, de 1 de julho.

Estão sujeitos à submissão de um PDEE num prazo máximo de 180 dias após 1 de julho de 2021:

a) os GES em funcionamento cuja classe de desempenho energético seja inferior a C;


b) os GES em funcionamento que registem, no ano civil imediatamente anterior (ano base), um consumo energético
igual ou superior a 5,5 GWh (índice EP), com exceção dos consumos de energias renováveis com emissões nulas de
gases com efeito de estufa ou endógenas não adquiridas.

Salvo exceções legalmente determinadas, os GES sujeitos a PDEE devem garantir, cumulativamente, o cumprimento
das seguintes metas:

a) Classe energética do edifício igual ou superior a C;


b) Redução de, pelo menos, 4 % do consumo de energia primária real, relativamente ao ano base; e
c) Manutenção ou redução das emissões de gases com efeito de estufa reais, relativamente ao ano base.
Devem constar no PDEE medidas sem constrangimentos técnicos ou funcionais e com um período de retorno simples
igual ou inferior a oito anos, sendo estas de implementação obrigatória.
Aquando da sua conclusão, deve ser avaliada a obrigação da implementação de um novo PDEE que deverá ser
submetido, se aplicável, num prazo máximo de 180 dias.

Relatórios de Implementação e Acompanhamento (RIA)

Os RIA devem ser elaborados por um PQ-II e submetidos anualmente com o objetivo de monitorizar a execução dos
PDEE, devendo o primeiro ser submetido num prazo máximo de 90 dias.

O último relatório deve incluir o balanço global da implementação das medidas e das metas alcançadas, atestando-se
a classe energética através da atualização ou renovação do certificado energético.

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