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SUMÁRIO
Resoluções Normativas 2
Atos de caráter homologatório 3
Participação Social 7
Deliberações em temas de
Direito do Consumidor 10
Alerta Legislativo 15
2. Resolução Normativa nº 1.024/2022. Aprova os Submódulos 7.4, 9.4 e 10.5 dos Procedimentos
de Regulação Tarifária – PRORET, e revoga as Resoluções Normativas nº 349, de 13 de janeiro
de 2009 e nº 559, de 27 junho de 2013. Processos: 48500.001552/2018-68, 48500.005908/2020-
57, 48500.003882/2011-11.
Íntegra REN 1.024/2022
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Atos de caráter homologatório
1. Resolução Homologatória nº 3.041/2022. Homologa os fatores de garantia física da Usina
Hidrelétrica – UHE Paraibuna para o ano de 2022, a serem alocados aos agentes de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN. Processo: 48500.005472/2014-58.
REH nº 3.041/2022
4. Resolução Homologatória nº 3.044/2022. Prorroga, até 28 de junho de 2022 ou, caso ocorra
previamente, até deliberação da Diretoria da ANEEL quanto à homologação dos valores tarifários
estabelecidos em decorrência do Processo de Reajuste Anual de 2022, a vigência das tarifas de
aplicação, parâmetros e dispositivos associados das Tabelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11 e da
Resolução Homologatória nº 2.880/2021, quando ocorrerá a homologação das tarifas atinentes
ao processo tarifário de 2022 da Concessionária, devendo eventual diferença de receitas
decorrente dessa prorrogação ser corrigida pela Taxa Selic e compensada no evento tarifário de
2023. Processo: 48500.004962/2021-66.
REH nº 3.044/2022
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9. Resolução Homologatória nº 3.049/2022. Homologa o índice de Reajuste Tarifário Anual da Copel
Distribuição S.A. – Copel-DIS, a vigorar a partir de 24 de junho de 2022, que conduz ao efeito médio
a ser percebido pelos consumidores de 4,90%, sendo 9,32% para os consumidores em Alta Tensão
e 2,68% para os consumidores em Baixa Tensão; fixa as Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição
– TUSD e as Tarifas de Energia Elétrica – TE aplicáveis aos consumidores e usuários da Copel-DIS;
estabelece o valor da receita anual referente às instalações de transmissão classificadas como
Demais Instalações de Transmissão – DIT de uso exclusivo; e homologa o valor mensal de recursos
da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE a ser repassado pela Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica – CCEE à Copel-DIS, de modo a custear os descontos retirados da estrutura
tarifária. Processo: 48500.004903/2021-98.
REH nº 3.049/2022
13. Resolução Homologatória nº 3.053/2022. Homologa o índice de Reajuste Tarifário Anual da Enel
Distribuição São Paulo – Enel SP, a vigorar a partir de 4 de julho de 2022, que conduz ao efeito
médio a ser percebido pelos consumidores de 12,04%, sendo 18,03% para os consumidores em
Alta Tensão e 10,15% para os consumidores em Baixa Tensão, e demais encaminhamentos; fixa as
Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição – TUSD e as Tarifas de Energia Elétrica – TE aplicáveis
aos consumidores e usuários da Enel SP; estabelece os valores da receita anual referente às
instalações de transmissão classificadas como Demais Instalações de Transmissão – DIT de uso
exclusivo; e homologa o valor mensal de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE
a ser repassado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE à Enel SP, de modo a
custear os descontos retirados da estrutura tarifária. Processo: 48500.004948/2021-62.
REH nº 3.053/2022
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14. Resolução Homologatória nº 3.054/2022. Homologa o índice de Reajuste Tarifário Anual da
Energisa Tocantins – Distribuidora de Energia S.A. – ETO, a vigorar a partir de 4 de julho de 2022,
que conduz ao efeito médio a ser percebido pelos consumidores de 14,78%, sendo 15,85% para
os consumidores em Alta Tensão e 14,53% para os consumidores em Baixa Tensão; fixa as Tarifas
de Uso dos Sistemas de Distribuição – TUSD e as Tarifas de Energia Elétrica – TE aplicáveis aos
consumidores e usuários da ETO; e homologa o valor mensal de recursos da Conta de
Desenvolvimento Energético – CDE a ser repassado pela Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica – CCEE à ETO, de modo a custear os descontos retirados da estrutura tarifária. Processo:
48500.004958/2021-06.
REH nº 3.054/2022
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Participação Social
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13. Tomada de subsídios nº 11/2022 – 24 de junho de 2022 a 8 de agosto de 2022.
Tema: aprimoramento da nova versão dos Submódulos 2.3, 2.9, 2.10, 2.12, 2.14, 7.1, 7.2, 7.13, 8.1
e 8.3 dos Procedimentos de Rede, elaborada com base na proposição enviada pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico – ONS – e motivada pela publicação da Resolução Normativa nº 905,
de 8 de dezembro de 2020, da Resolução Normativa nº 954, de 30 de novembro de 2021, e da
Resolução Normativa nº 1.001, de 18 de janeiro de 2022. Processos: 48500.000893/2019-05,
48500.000983/2019-98, 48500.00984/2019-32, 48500.001027/2020-67 e 48500.005625/2018-
91.
Participe
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Deliberações em temas de Direito do Consumidor
(Seção acrescentada em homenagem à recente Resolução Normativa nº 1000/2021)
O Consumidor que solicitar alteração na classificação de sua unidade consumidora não passa,
automaticamente, a fazer jus ao recebimento em dobro de valores supostamente faturados a maior no
período em que perdurou a classificação anterior.
Não obstante, nos termos do art. 53-W, §8º, da Resolução Normativa nº 414/2010, o Consumidor
possuía um prazo decadencial de 90 dias para reclamar da classificação efetuada pela Distribuidora no
início da titularidade. Como não o fez, essa reclamação passa a ser considerada como nova solicitação,
sem direito à devolução de valores eventualmente faturados a maior, nos termos do então art. 53-W,
§2º da Resolução Normativa nº 414/2010, atual parágrafo único do art. 201 da Resolução nº 1.000/2021.
Pedido de devolução em dobro de valores faturados a maior por aplicação indevida cálculo de
recuperação de consumo. Ocorrência de preclusão lógica do direito do consumidor. Devolução
indevida.
O Consumidor que, em 2014, assinou Termo de Negociação com a Distribuidora, aceitando e pagando
dívida de faturamento que, em 2020, reclama ter sido irregular, perde seu direito a essa reclamação por
preclusão lógica, decorrente dos princípios da segurança jurídica e da estabilidade das relações jurídicas,
que proíbe que qualquer pessoa concorde tácita ou expressamente com um ato jurídico e,
posteriormente, venha a juízo pleitear a dissolução desse mesmo ato, nos termos do art. 1.000 do Código
de Processo Civil.
É interessante observar que, no presente caso, a Distribuidora havia realizado faturamento a maior de
forma indevida, quando realizou cálculo de recuperação de consumo não faturado com base no art. 115,
III, da Resolução Normativa nº 414/2010 por mais de 5 meses, período em que sabia que o equipamento
medidor da unidade consumidora se encontrava danificado por curto-circuito, sem culpa do
Consumidor, e não realizou a troca.
Isto porque, o art. 90, §2º da Resolução Normativa nº 414/2010 (atual art. 320, parágrafo único, da
Resolução Normativa nº 1.000/2021) garante que “nos casos em que a unidade consumidora
permanecer por mais de 30 (trinta) dias sem o medidor ou demais equipamentos de medição, por
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qualquer motivo de responsabilidade exclusiva da distribuidora, o faturamento subsequente deve ser
efetuado com base no custo de disponibilidade ou no valor da demanda contratada.”
Logo, o Consumidor teria direito à devolução em dobro, acrescida de juros e eventuais multas, em razão
da cobrança irregular, mas perdeu esse direito em razão do princípio constitucional da segurança
jurídica, que lhe é superior.
O destaque fica para a maior das penalidades, de pouco mais de R$ 9 milhões, em razão de se verificar
que, em cerca de 30% dos casos fiscalizados, a Distribuidora condicionou indiretamente o fornecimento
de energia elétrica, ou alteração de titularidade, ao pagamento de débito de terceiro.
A empresa, em seu Recurso, alegou ter comprovado que a assunção da dívida pelo novo titular da
Unidade Consumidora teria ocorrido por sua livre e espontânea vontade. Constata-se, no entanto, que
na maioria das vezes em que houve a apresentação da declaração de aceitação de débitos de terceiros,
foi possível verificar que a data desse documento coincidiu com a data da mudança de titularidade,
reforçando a constatação de que os débitos de terceiros assumidos pelas novas unidades consumidoras
eram relacionados ao processo de alteração de titularidade.
A opção de pagamento do débito pelo solicitante da alteração de titularidade, por vontade própria, não
pode decorrer do fato de a Concessionária estar condicionando a transferência de titularidade ao
pagamento, mesmo que o valor do débito pretérito seja mínimo, pois estará fazendo uma exigência
ilegal.
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Não Conformidade constatada pela fiscalização Norma violada Penalidade
Não aplicar corretamente a legislação do setor Art. nº 128, §1º,
elétrico ao fazer cobranças indevidas quando da da Resolução
R$9.501.965,77
alteração de titularidade em 28 casos de uma Normativa nº
amostra de 96 casos. 414/2010.
Para 53 casos (56,84%), a Distribuidora descumpriu
Art. 32 da
o prazo para elaborar os estudos, orçamentos e
Resolução
projetos e informar ao interessado, por escrito, Advertência
Normativa nº
quando da necessidade de realização de obras para
414/2010.
viabilização do fornecimento.
A Distribuidora descumpriu o prazo de conclusão das Art. 34 da
obras para 16 casos (16,84%) de pedidos de ligação; Resolução
R$98.343,95
e, para 43 pedidos (45,26%), as obras nem foram Normativa nº
iniciadas. 414/2010.
Art. 31 da
Descumprir o prazo de ligação para a unidade Resolução
R$2.341,52
consumidora nº 10029130024. Normativa nº
414/2010.
Art. 11 da
Deixar de ressarcir os aportes de recursos para
Resolução
antecipação do pedido de ligação no âmbito do
Normativa nº
Programa de Universalização no prazo previsto;
223/2003 e art. R$5.853.806,60
além de estabelecer regras para o ressarcimento do
9º da Resolução
aporte sem previsão normativa, impondo ônus ao
Normativa nº
solicitante.
365/2009.
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Artigos 192 e 196
Criar dificuldades nos canais de atendimento de
da Resolução
primeiro e segundo nível para registro do protocolo R$7.777.200,20
Normativa nº
de atendimento com a tipologia “Reclamação”.
414/2010.
Dentre os vários argumentos apresentados pela empresa em seu Recurso, citam-se: (i) o de que seria da
Diretoria Colegiada da ANEEL a competência para fiscalização do cumprimento ao Plano de Resultados;
(ii) de que realizou investimentos significativos em sua área de concessão; e (iii) de falta de previsão
normativa de multa por infração aos limites de continuidade de fornecimento de energia elétrica e de
bis in idem dessa multa com a obrigatoriedade de compensação dos consumidores afetados.
Quanto ao primeiro item, a Diretoria explica que o Plano de Resultados “não definirá regime excepcional
regulatório e fiscalizatório, mas servirá para explicitar as ações adotadas para adequar a prestação do
serviço à regulamentação setorial e ao estabelecido no Contrato de Concessão”. Assim, a Distribuidora
não estava isenta de suas obrigações contratuais e regulatórias durante a vigência do Plano de
Resultados, as quais poderiam ser avaliadas por ações fiscalizatórias. Logo, quaisquer ações de
fiscalização instauradas não possuirão relação exclusiva com o cumprimento ou não cumprimento do
Plano de Resultados, já que esse serve apenas como subsídio técnico. Em mesmo sentido, eventuais
penalidades imputadas à Distribuidora em ações de fiscalização não serão pautadas por eventual
descumprimento de itens do Plano de Resultados, mas pela inobservância de obrigações estabelecidas
no contrato de concessão e nas normas aplicáveis.
Em relação à alegação de ter realizado investimentos significativos em sua área de concessão, a ANEEL
esclarece que não avalia o mérito desses investimentos, que é de responsabilidade exclusiva da
Distribuidora, mas sim, o reflexo deles no serviço prestado.
Por fim, quanto ao terceiro ponto, já é amplamente consolidado na ANEEL o entendimento de que as
compensações devidas aos consumidores por transgressão aos limites dos indicadores de continuidade
e as penalidades por descumprimento dos indicadores constituem institutos jurídicos e regulatórios
distintos e que não representam bis in idem, sendo esta última uma penalidade por infração
administrativa prevista no art. 6º, I, da Resolução Normativa nº 63/2004; enquanto a primeira é um
mecanismo regulatório de incentivo à busca de maior eficiência pelos concessionários de distribuição e,
portanto, mecanismo de estímulo à melhoria dos padrões técnicos de distribuição, um
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estímulo financeiro à melhoria do serviço público concedido, com respaldo a regulação por incentivos e
no princípio contratual da exceção ao contrato não cumprido (“exceptio non adimpleti contractus”).
Afinal, se a prestação de serviço por parte do concessionário foi cumprida de forma parcial, naturalmente
a remuneração que ele recebe não pode ser integral.
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Alerta Legislativo
2. Decreto nº 11.111/2022. Altera o Decreto 7.520, de 8 de julho de 2011, que institui o Programa
Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica - "LUZ PARA TODOS", e o Decreto
10.221, de 5 de fevereiro de 2020, que institui o Programa Nacional de Universalização do Acesso
e Uso da Energia Elétrica na Amazônia Legal - Mais Luz para a Amazônia.
Consulte em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/decreto/D11111.htm
3. Portaria Normativa nº 46/2022 – MME. Estabelece as Diretrizes para a realização do Leilão para
Contratação de Energia de Reserva proveniente de empreendimentos de geração termelétrica a
partir de gás natural, nos termos do art. 20 da Lei nº 14.182, de 12 de julho de 2021, denominado
"Leilão de Reserva de Capacidade na forma de Energia, de 2022" - LRCE, de 2022.
Consulte em: https://www2.aneel.gov.br/cedoc/prt2022046mme.pdf
5. Portaria nº 655/2022 – MME. Divulga, para Consulta Pública, a "Proposta Conceitual das Diretrizes
para Valoração dos Custos e Benefícios da Microgeração e da Minigeração Distribuída". Consulte
em: https://www2.aneel.gov.br/cedoc/prt2022655mme.pdf
6. Portaria nº 657/2022 – MME. Autoriza à Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel que proceda
a incorporação dos bens e instalações que compõem o Sistema de Transmissão de Energia Elétrica
- de que trata a Resolução ANEEL 153, de 23 de maio de 2000, que chegou ao seu fim - ao Contrato
de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica ANEEL 057 de 2001, de
titularidade da Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil -
Eletrobras CGT Eletrosul.
Consulte em: https://www2.aneel.gov.br/cedoc/prt2022657mme.pdf
7. Portaria nº 658/2022 – MME. Divulga, para Consulta Pública, a minuta de Portaria contendo
proposta para alteração da Portaria MME 029, de 28 de janeiro de 2011.
Consulte em: https://www2.aneel.gov.br/cedoc/prt2022658mme.pdf
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8. Resolução nº 239/2022 – CPPI. Opina favoravelmente e submete à deliberação do Presidente da
República para qualificação, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos - PPI, os
projetos e empreendimentos públicos federais do setor de energia elétrica relacionados ao Leilão
de Energia Nova "A-5" e "A-6", Leilão de Reserva de Capacidade (na forma de energia de reserva)
e Leilão de Reserva de Capacidade (na forma de potência), a serem realizados no ano de 2022.
Consulte em: https://www2.aneel.gov.br/cedoc/res2022239cppi.pdf
9. Resolução nº 241/2022 – CPPI. Fixa o preço mínimo da ação na Oferta Pública Global, nos termos
do disposto no art. 12 da Resolução nº 203, de 19 de outubro de 2021, do Conselho do Programa
de Parcerias de Investimentos.
Consulte em: https://www2.aneel.gov.br/cedoc/res2022241cppi.pdf
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