Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Sumário Executivo
A matriz elétrica brasileira tem passado por transformações marcadas pela redução da
regularização dos reservatórios de usinas hidrelétricas e forte penetração de fontes renováveis com
geração intermitente concentradas em regiões geoelétricas específicas, especialmente na região
Nordeste. Esse movimento conduz à necessidade de prestação de serviços ancilares ao sistema elétrico
que venham a compensar as variações das grandezas elétricas, cujos padrões não sejam atendidos pela
produção energética programada. A prestação dos serviços ancilares naturalmente impõe custos aos
sistemas relativos a implantação de equipamentos adicionais, operação e manutenção, consumo de
combustível e custos de oportunidade.
Nos dias 31/07/2019 e 01/08/2019, o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS sediou
o Workshop de Serviços Ancilares – Aprimoramento da Prestação de Serviços Ancilares no Sistema
Interligado Nacional, com o objetivo de debater com agentes, entidades setoriais, associações,
consultorias, centros de pesquisa e universidades as oportunidades de implementação de novas
modalidades de prestação de Serviços Ancilares (SA) no Setor Elétrico Brasileiro. O evento foi organizado
em quatro painéis para discussão de questões afetas ao planejamento do sistema, à comercialização, à
operação do sistema com SA, à regulação e a tecnologias.
* O Relatório de AIR é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
P. 3 do RELATÓRIO DE AIR Nº 006/2019, de 27/12/2019.
Conteúdo
* O Relatório de AIR é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
P. 4 do RELATÓRIO DE AIR Nº 006/2019, de 27/12/2019.
1. Problema regulatório
1. A matriz elétrica brasileira tem passado por transformações marcadas pela redução da
regularização dos reservatórios de usinas hidrelétricas e forte penetração de fontes renováveis com
geração intermitente concentradas em regiões geoelétricas específicas, especialmente na região
Nordeste. Esse movimento conduz à necessidade de prestação de serviços ancilares ao sistema elétrico
que venham a compensar as variações das grandezas elétricas, cujos padrões não sejam atendidos pela
produção energética programada. A prestação dos serviços ancilares naturalmente impõe custos aos
sistemas relativos a implantação de equipamentos adicionais, operação e manutenção, consumo de
combustível e custos de oportunidade.
2. Para que o Sistema Interligado Nacional – SIN esteja provido de serviços ancilares
adequados à realidade da matriz elétrica nacional, à distribuição espacial e temporal dos recursos
energéticos e da carga e ao sistema de transmissão atual e planejado, é preciso ações do planejamento
setorial na indicação de tais necessidades do sistema, no dimensionamento dos requisitos, na localização
dos equipamentos de serviços ancilares e na contratação de longo prazo desses serviços em favor da
redução de custos.
3. O operador, por sua vez, é dependente do sistema (matriz elétrica, distribuição dos
recursos energéticos e da carga e sistema de transmissão) disponível a ele para operação. Ele busca
otimizar os recursos energéticos, com a segurança elétrica requerida, para atendimento da carga,
utilizando os recursos disponibilizados ao sistema pelo planejamento setorial.
5. Os grupos afetados por essa regulação são todos aqueles agentes conectados ao SIN e
instituições de planejamento, operação e comercialização de energia.
3. Base legal
* O Relatório de AIR é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
P. 5 do RELATÓRIO DE AIR Nº 006/2019, de 27/12/2019.
4. Necessidade de intervenção
7. A matriz elétrica brasileira tem passado por transformações marcadas pela redução da
regularização dos reservatórios de usinas hidrelétricas e forte penetração de fontes renováveis com
geração intermitente concentradas em regiões geoelétricas específicas, especialmente na região
Nordeste. Esse movimento conduz à necessidade de prestação de serviços ancilares ao sistema elétrico
que venham a compensar as variações das grandezas elétricas, cujos padrões não sejam atendidos pela
produção energética programada.
5. Objetivos
9. Muito embora o tema seja bastante amplo e existam diversos desenhos regulatórios, em
grande medida as experiências nacionais e internacionais foram expostas no Workshop de Serviços
Ancilares e encontram-se consolidados no Relatório elaborado pelo ONS.
7. Participação pública
10. Propõe-se a realização de Tomada de Subsídios pelo prazo de 60 dias para obter subsídios
para revisão da REN 697, que regulamenta a prestação e remuneração de serviços ancilares no SIN.
11. De posse das contribuições recebidas durante o Workshop de Serviços Ancilares, avalia-se
algumas alternativas para tratamento regulatório dos serviços ancilares, com algumas características e
perguntas, bem como apresenta-se algumas vantagens e desvantagem da aplicação de cada uma das
alternativas propostas:
* O Relatório de AIR é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
P. 8 do RELATÓRIO DE AIR Nº 006/2019, de 27/12/2019.
• Os custos das restrições operativas, como rampa e tempo mínimo de operação - ambos
fora do período estabelecido - ficam a cargo do agente, sendo titulado como
inflexibilidade. Os agentes devem considerar esse custo no valor da oferta.
Vantagem: pode reduzir as restrições operativas internas às usinas.
Desvantagem: pode aumentar o valor das ofertas de preço.
• Pagamento em função do número de partidas.
Vantagem: pode prover transparência ao custo de acionamento de cada usina
termelétrica.
Desvantagem: complexidade na identificação dos custos de partida.
7) Modulação da carga por agentes de distribuição pelo redespacho de usinas não operadas pelo
ONS conectadas na sua rede:
• Pagamento mediante comprovação da solicitação pelo ONS.
• Distribuidora deverá indicar o montante energético do serviço ancilar.
• Pagamento à distribuidora.
Vantagem (para os três pontos acima): criação de ferramenta adicional favorável
ao balanço de carga.
Desvantagem (para os três pontos acima): há assimetria de informação entre a
geração “debaixo da distribuidora” e o ONS.
* O Relatório de AIR é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
P. 9 do RELATÓRIO DE AIR Nº 006/2019, de 27/12/2019.
12. Neste momento, não se pretende comparar as alternativas, mas somente apresentá-las
para que o processo de Tomada de Subsídios oriente a escolha das alternativas.
9. Acompanhamento e fiscalização
13. Os resultados de eventual novo normativo que venha a alterar a REN 697 podem ser
acompanhados por relatórios do ONS que indiquem a qualidade da prestação dos serviços ancilares, bem
como por relatórios da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE que indiquem a evolução
do ESS por serviço ancilar prestado.
* O Relatório de AIR é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
P. 10 do RELATÓRIO DE AIR Nº 006/2019, de 27/12/2019.
11. Vigência
15. De acordo com a Agenda Regulatória ANEEL 2020/2021, a previsão é de que o tema seja
discutido até o segundo semestre de 2020, quando, então, se iniciaria a vigência do regulamento.
(Assinado digitalmente)
RAFAEL COSTA RIBEIRO FABIANA BASTOS DE FARIA
Especialista em Regulação Especialista em Regulação
De acordo:
(Assinado digitalmente)
CHRISTIANO VIEIRA DA SILVA
Superintendente de Regulação dos Serviços de Geração - SRG
* O Relatório de AIR é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.