Você está na página 1de 37

Nota Técnica nº 15/2023–SGT/ANEEL

Em 26 de janeiro de 2023.

Processo nº: 48500.004390/2022-04

Assunto: Fechamento da Consulta Pública nº 050/2022


que altera os Procedimentos de Regulação Tarifária –
PRORET para contemplar a regulação dos aspectos
econômicos da Lei n. 14.300 de 2022.

I - DO OBJETIVO

1. Esta Nota Técnica tem por objetivo apresentar a proposta final para regulamentação dos
aspectos econômicos da Lei n. 14.300, de 2022, e dar publicidade à avaliação feita pela Superintendência de
Gestão Tarifária – SGT a respeito das contribuições trazidas no âmbito da Consulta Pública - CP n. 50/2022.

II - DOS FATOS

2. A Resolução Normativa – REN n. 482, de 17 de abril de 2012, criou o Sistema de Compensação


de Energia Elétrica (SCEE), aplicável às unidades consumidoras com micro ou minigeração distribuída. As
regras estabelecidas na ocasião permitiam a compensação da energia gerada por pequenas centrais de
geração em unidades consumidoras localmente ou em outras unidades sob a mesma titularidade e na
mesma área de concessão ou permissão.

3. A Lei n. 14.300, de 6 de janeiro de 2022, instituiu o marco legal da microgeração e minigeração


distribuída, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social
(PERS), além de outras providências.

4. Na 40ª Reunião Publica Ordinária da Diretoria, realizada em 25 de outubro de 2022, a


Diretoria da ANEEL decidiu instaurar a CP 50/2022, com o objetivo de discutir com a sociedade a proposta
de Resolução Normativa que altera os Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET para contemplar a
regulação dos aspectos econômicos da Lei n. 14.300, de 2022. O período de contribuições se estendeu entre
27 de outubro e 12 de dezembro de 2022.

5. Em 13 de janeiro de 2023, por orientação da Diretora-Relatora, o Memorando 3/2023-


SGT/ANEEL solicitou esclarecimentos à Procuradoria Federal na ANEEL sobre a aplicação dos parágrafos
P. 2 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

3º- D, 3º-E, 3º-F e 3º-G da Lei n. 10.438/2002 na definição da quota específica da CDE-GD1 e seus reflexos na
formação da tarifa dos consumidores de energia elétrica.

6. Em resposta ao supracitado Memorando a Procuradoria Federal Junto à ANEEL emitiu o


Parecer n. 00022/2023/PFANEEL/PGF/AGU (48516.000127/2023).

III. ANÁLISE

7. As contribuições, que somaram para o aprimoramento da minuta de regulamento


apresentado na CP 50/22, estão no Anexo sob a forma de extratos retirados dos textos integrais
apresentados na citada consulta pública com o objetivo de apresentar sucintamente a mensagem principal
da contribuição. Cabe ressaltar que as contribuições, em sua forma integral, podem ser acessadas no
endereço www.aneel.gov.br, no link Participação Social/Consultas Públicas/CP 050_2022/Lista de
Contribuições. As contribuições estão agregadas por tema. A manifestação da área técnica da ANEEL busca
contemplar todos os pontos abordados nas contribuições de forma direta ou indireta, explicitando, quando
for o caso, sobre sua incorporação ou não na decisão final.

8. Foram registradas 67 contribuições de 20 contribuintes, abaixo estratificados.

Gráfico 01 – Contribuintes da CP 50/2022

Tabela 01 – Contribuições recebidas na CP 50/2022


Contribuições
Aceita 24 36%
Parcialmente aceita 7 10%
Não aceita 15 22%
Fora de escopo 21 31%
Total 67 100%

1
Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, associada às obrigações trazidas pela Lei 14300/2022 para custeio do benefício
do Sistema de Compensação da Geração Distribuída - GD
P. 3 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

9. Os tópicos a seguir trazem, primeiramente, um resumo da metodologia e, na sequência, os


pontos de alteração na proposta de regulamento disponibilizada na CP 50/22, após a análise das
contribuições. Por fim, no Anexo, as contribuições e as respectivas análises.

III.1. Resumo da proposta

10. A Lei 14.300, nos artigos 22 e 25, definiu nova obrigação de custeio para a CDE, referente às
componentes tarifárias não associadas ao custo de energia e não remuneradas pelo consumidor-gerador,
incidentes sobre a energia compensada. Contudo, essa nova obrigação será custeada apenas pelo mercado
cativo, diferenciando assim o universo de pagantes das demais obrigações da CDE.

11. Assim, além de definir o valor a ser arcado pela CDE, deve-se criar mecanismos próprios de
controle e arrecadação, pois essa obrigação trazida pelo novo marco legal da microgeração e minigeração
distribuída a diferencia das demais obrigações da CDE.

12. Logo, a proposta pode ser dividida em duas partes: (i) a definição do valor a ser arcado pela
CDE e (ii) as particularidades da quota CDE GD para custeio dessa nova obrigação. Ademais, deve-se separar
os procedimentos referentes ao primeiro ano dos demais, pois o cálculo e aplicação inicial necessita de
considerações particulares.

13. Dessa forma, no tocante à definição do orçamento da CDE GD, considerando os ditames da
Lei 14.300/2022, deve-se ter conhecimento da energia compensada dos participantes do SCEE. Para o
primeiro cálculo não se dispõe de base histórica de faturamento dessa energia. Por essa razão se faz
necessário um cálculo de estimativa. Para os demais anos, será possível utilizar do histórico que se inicia no
ano de 2023.

14. Para a estimativa do cálculo da energia compensada utiliza-se metodologia detalhada na Nota
Técnica EPE DEA-SEE 009/20212, na qual o principal insumo são as informações de potência instalada de
cada instalação de mini e microgeração distribuída, informação essa gerenciada pela ANEEL, por meio do
Sistema de Registro de Geração Distribuída - SisGD. Os detalhes desse método constam na Nota Técnica nº
192/2022-SGT/ANEEL, parte integrante da CP nº 50/2022, com alterações absorvidas após a CP citadas no
próximo tópico desta Nota Técnica.

15. Com a informação da energia compensada, apura-se a receita que deveria ter sido recuperada
pelo consumidor-gerador, considerando: i) que sobre a energia compensada não ocorre a incidência das
componentes tarifárias da TE3 – Energia, TE – Transporte de Itaipu e TE – Rede Básica Itaipu, por serem
associadas ao custo de energia, conforme Lei 14.300/2022; ii) as regras de transição dispostas no artigo 27
da referida Lei e no §1º do mesmo artigo, onde se inicia o faturamento da energia compensada com parte
de algumas componentes tarifárias; iii) o alcance do custeio da CDE apenas para os sistemas novos (art. 26)
e existentes em distribuidoras com mercado próprio anual inferior a 700 GWh (art. 22). Assim, chega-se ao
valor de custeio para 2023 dessa nova obrigação que deverá ser considerado no estabelecimento do

2
https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-607/topico-
593/NT_Metodologia_4MD_PDE_2031.pdf, EPE – Empresa de Pesquisa Energética
3
TE – Tarifa de Energia
P. 4 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

orçamento da CDE, de R$ 1,4 Bilhão4.

16. Passo seguinte é a divisão desse valor entre as distribuidoras, de modo que elas contribuam
com o pagamento da sua participação para a quota CDE GD. Como consequência, essa nova obrigação de
custo é repassada para os consumidores, por meio da tarifa de energia elétrica.

17. Contudo, antes de tratar da parte de repasse para os consumidores, deve-se ressaltar que a
divisão do custo da atual cota da CDE entre as distribuidoras deve respeitar a diferenciação regional e entre
níveis de tensão, conforme define a Lei 10.438, de 26 de abril de 2002. Dessa forma, os consumidores de
baixa tensão das regiões sul, sudeste e centro-oeste inicialmente pagam, por kWh, mais do que os
consumidores de alta tensão das regiões norte e nordeste. Mesmo método de rateio será aplicado à CDE
GD, como será apresentado a seguir.

18. Definido o valor que cada distribuidora deve contribuir com a quota CDE GD, deve-se então
considerar esse valor nos processos tarifários das distribuidoras. Uma vez que a Lei 14.300/2022 não trouxe
nenhuma inovação nessa parte, adotou-se o mesmo procedimento da CDE ordinária, ou da CDE Uso. Ou
seja, além da consideração do valor da obrigação (chamado de custo econômico), adotar-se-ão
procedimentos de ajuste: entre o valor que a distribuidora desembolsa para com o fundo setorial CDE GD
em comparação com o valor considerado no processo tarifário (CVA); e entre o valor considerado no
processo tarifário e o valor faturado dos consumidores (Neutralidade). Esses dois últimos procedimentos
acontecerão nos próximos processos tarifários.

19. Etapa seguinte é a consideração desses custos na construção das tarifas a serem aplicadas aos
consumidores. Uma vez que a Lei nº 14.300 define que apenas o mercado cativo deve custear a CDE GD,
optou-se por colocar essa nova obrigação como uma nova componente tarifária da TE. Ademais, realizando-
se a leitura da Lei 10.438/2002, que é a regra geral a respeito da CDE, subsidiariamente àquilo em que a Lei
14.300/2022 (regra específica sobre GD na CDE) foi silente, isenta-se os consumidores baixa renda do
pagamento dessa nova componente, bem como aplica-se os fatores regionais e de nível de tensão. Esta
definição é sustentada pelo Parecer n. 22/2023 da Procuradoria Federal que esclarece ser a CDE GD parte
da mesma política tarifária da CDE disposta na Lei n. 10.438/2022 e, portanto, sujeita à reserva legal sem
possibilidade de alteração pela ANEEL.

20. Descreveu-se até o momento as alterações devido à nova obrigação de custeio da política
pública. Em paralelo, deve-se então considerar um novo mercado pagante no processo tarifário. Por
mercado pagante, entende-se o pagamento direto pelos consumidores, por meio de sua fatura, e também
o repasse da subvenção pela CDE para cobrir os benefícios tarifários concedidos.

21. A Lei 14.300/2022, ao definir uma obrigação de custeio da CDE, também define um rol de
acessantes com direito a benefícios tarifários: nesse caso, temporariamente, os consumidores participantes
do SCEE, na parcela associada a compensação da energia gerada.

4
Considerando que o repasse dos valores referentes ao subsídio para Micro e Mini Geração Distribuída - MMGD deve seguir a
mesma sistemática aplicada aos demais subsídios da distribuição, com homologação dos valores a serem repassados somente no
processo tarifário das distribuidoras, na abertura da Consulta Pública n. 63/2022, considerou-se a previsão em 2023 para R$ 702
milhões.
P. 5 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

22. Por último, outra decorrência da nova lei é a necessidade de alteração dos processos tarifários
para se considerar um novo mercado, o da energia compensada. Nesse novo mercado, deve-se observar a
diferenciação definida pela Lei, entre distribuidoras com mercado anual inferior a 700 GWh, daquelas com
mercado superior. Nas primeiras deve-se considerar o mercado de todos os participantes do SCEE, enquanto
nas demais, apenas o mercado dos novos acessos de geração distribuída.

III.2. Alterações incorporadas ao Regulamento

23. Os tópicos a seguir destacam o que foi alterado na proposta que foi disponibilizada em
Consulta Pública.
Metodologia de estimativa do mercado de SCEE de 2022

24. A estimativa do mercado de SCEE para 2022, necessário para a construção do Orçamento da
CDE de 2023, utilizou metodologia de cálculo baseada naquela desenvolvida pela EPE, expressa na Nota
Técnica EPE DEA-SEE 009/2021. Como a estimativa será utilizada somente para o orçamento do primeiro
ano de aplicação da regra, 2023, e estimativas em processos tarifários possuem procedimentos de ajustes
no ano seguinte, foram usados parâmetros médios e simplificações, sem prejuízo aos resultados, como
forma de obter dinamicidade para o estabelecimento do cálculo. É importante destacar que o valor da
energia compensada calculada é deveras mais sensível às informações sobre potência instalada (afetada
pelo quantitativo de unidades declaradas e as potências associadas (inicial ou incremental) e data de
conexão declarados no SisGD. Portanto, é importante que os dados sejam fornecidos pelas distribuidoras de
maneira cuidadosa e atualizada. Para os orçamentos da CDE a partir de 2024, inclusive, o mercado de SCEE
será informado ordinariamente pelas distribuidoras no Sistema de Acompanhamento de Informações de
Mercado para Regulação Econômica - SAMP.

25. Nesse sentido, duas contribuições foram acatadas para a metodologia de cálculo. A primeira
alterou o fator de performance ratio para 0,75, pois, de fato, é maior a utilização de sistemas FV que não
ficam em solo e esse fator, portanto, é mais representativo. A segunda incorporou o fator de degradação
anual de 0,005 sobre a energia gerada.
Previsão de crescimento do mercado de energia compensada

26. Além de tais alterações, atualizaram-se também as informações sobre crescimento de


mercado, de acordo com informações atualizadas fornecidas pela EPE. O crescimento de mercado entre
2022 e 2023 informado foi de 37,2%5. Ademais, com essa nova base de informações, alterou-se o fator de
autoconsumo para 44%.

27. Na Tabela 02 apresentamos os parâmetros atualizados na definição do mercado de energia


compensado nas duas fases da CP nº 50/2022.
Tabela 02: Parâmetros utilizados na definição do mercado compensado

5
Dados disponíveis no Planejamento Anual da Operação Energética 2023-2027, disponível em
https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/revisoes-quadrimestrais-da-carga
P. 6 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Parâmetro Valor CP Valor Pós CP


Fator de capacidade PCH 0,5 0,5
Fator de capacidade EOL 0,3 0,3
Fator de capacidade UTE 0,7 0,7
Fator de capacidade CGH 0,5 0,5
Performance Ratio 0,8 0,75
Degradação UFV (% anual) 0 0,005
Taxa de crescimento 2022/2023 0,38 0,372
Fator de autoconsumo 0,45 0,44

Estimativa de impacto no Orçamento da CDE


28. Considerando as alterações acima, bem como o deslocamento para o período considerado
entre dezembro de 2021 a novembro de 2022, extração dos dados de consumidores participantes do SCEE
em 11 de janeiro de 2023, o valor atualizado para consideração no Orçamento da CDE 2023 é de R$ 1,4
Bilhões, mesmo valor considerado na abertura da CP.

29. Deve-se lembrar que na proposta constante na Nota Técnica nº 192/2022 – SGT/ANEEL,
disponibilizada na consulta pública, os valores de custeio foram majorados em 10% para contemplar o
crescimento da energia compensada até o fim do ano, uma vez que se tinha à época informação até
setembro de 2022. Essa consideração, somada a atualização dos parâmetros, em especial das tarifas dos
processos tarifários pós setembro de 2022, resultaram em valores finais muito semelhantes.

Tabela 03: Referências e Resultados

Referências e Resultados CP 50/2022 Pós CP 50/2022

Período de referência 01/09/2021 a 01/09/2022 01/12/2021 a 30/11/2022

Dados cadastrados no SisGD até 04/10/2022 11/01/2023

Energia Gerada 15,4 GWh 17,5 GWh

Existentes D < 700 R$ 0,1 Bilhão R$ 0,1 Bilhão

Entrante R$ 1,3 Bilhão R$ 1,3 Bilhão

Subsídio Implícito
R$ 4 Bilhões R$ 3,8 Bilhões
(Existentes D > 700)

Cobertura econômica para a CDE GD


30. Não houve alteração da proposta, sendo reconhecida cobertura econômica associada a nova
rubrica de custos da CDE. Ressalta-se que a definição dos valores da cota específica da CDE GD ocorrerá no
processo que trata do Orçamento da CDE 2023, objeto da Consulta Pública 63/2022, bem como os
procedimentos operacionais, modulação dos valores e eventual concatenação com os processos tarifários,
dado que esses temas estão ligados à disponibilidade orçamentária e ao fluxo de caixa do fundo setorial.
P. 7 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Homologação dos valores da subvenção da CDE


31. O mecanismo de homologação de valores nos processos tarifários associados à subvenção da
CDE para custeio dos benefícios tarifários do SCEE será o mesmo utilizado atualmente para os demais
benefícios tarifários custeados pela CDE: ajuste entre o benefício apurado e a reversão da previsão do
processo anterior e uma nova previsão, obtendo-se os valores de repasses mensais da CDE.

32. Em virtude de ainda não haver mercado compensado nos meses que se seguem à data de
07/01/2023, a previsão do benefício tarifário a ser considerado para os próximos 12 meses pode ser nula, a
depender da data do processo tarifário. Lembra-se que, por questões de prazo, as informações fornecidas
sobre mercado pelas distribuidoras têm um limite para consideração no processo tarifário. Logo, para evitar
custos financeiros futuros, será adotado procedimento extraordinário no primeiro momento, para os
processos tarifários de 2023, considerando-se os valores, por empresa, utilizados na definição do orçamento
da CDE.
Novas informações fornecidas pelas distribuidoras
33. Nos dados fornecidos pelo Sistema SAMP, módulo Fornecimento, serão criadas 4 Naturezas,
que são:
• Sistema de Compensação – GD II
• Sistema de Compensação – GD III
• Refaturamento – Sistema de Compensação GD II
• Refaturamento – Sistema de Compensação GD III

34. As atuais naturezas Sistema de Compensação e Refaturamento – Sistema de Compensação


serão editadas para representar o Sistema de Compensação GD I.

35. As definições de cada perfil de mercado associado às regras de transição do SCEE segue o já
apresentado na Nota Técnica n. 237/2022-SGT, que instruiu a Resolução Homologatória n. 3.169, de 29 de
dezembro de 2022:

• GD I: Conexões existentes ou solicitadas até 6 de janeiro de 2023. Regra aplicada até


2045;
• GD II: Conexões solicitadas a partir de 7 de janeiro de 2023, que não se enquadram
nas condições da GD III. Aplicável até 2028 (2030 caso a solicitação de conexão ocorra
até 18 meses da Lei);
• GD III: Conexões solicitadas a partir de 7 de janeiro de 2023, com potência instalada
acima de 500 kW, em fonte não despachável na modalidade autoconsumo remoto ou
na modalidade geração compartilhada, em que um único titular detenha 25% ou mais
de participação do excedente de energia.

36. Todas essas 6 naturezas possuirão os mesmos campos disponíveis atualmente na natureza
Sistema de Compensação, e serão acrescentados mais 3 campos: Energia Compensada (kWh), Receita
Energia Compensada (R$) e Desconto energia compensada (%).

37. Para comportar o faturamento da parte de geração do consumidor-gerador, em Receita de


Uso no Transporte de Energia Elétrica, será acrescentado o novo acessante: GD ao contrato 47 – TUSD (Uso-
gerador) – Dupla-Contratação, de forma a agregar não nominalmente esse mercado. As regras associadas a
P. 8 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

este faturamento serão definidas no âmbito da Consulta Pública – CP 51/2022.

38. As contribuições solicitaram prazo específico para adequação dos sistemas de modo a atender
as necessidades do SAMP. Em paralelo, na CP nº 051/2022, estão sendo discutidas regras de faturamento
devido à Lei nº 14.300/2022. Considerando que as informações a serem informados no SAMP dependem
das regras de faturamento e de eventual atualização dos sistemas, o prazo de envio das novas informações
depende de decisão vinculada à essa outra CP. Logo, o caminho mais adequado para definição de prazos é
o processo do CP nº 51/2022.

III.3. Demais Alterações nos Processos Tarifários

39. Definidas as alterações normativas, faz-se necessário a implementação dessas alterações nas
rotinas de cálculos dos processos tarifários. De modo a dar transparência a essas implementações serão
criados grupos de discussão em ambiente virtual envolvendo as distribuidoras e a SGT.

IV - DO FUNDAMENTO LEGAL

40. Esta Nota Técnica se fundamenta nos seguintes marcos legais e regulatórios:

• Lei n. 9.427, de 26 de dezembro de 1996;


• Lei n. 10.438, de 26 de abril de 2002;
• Lei n. 10.848 de 15 de março de 2004;
• Lei n. 14.300, de 6 de janeiro de 2022;
• Decreto n. 2.335, de 6 de outubro de 1997;
• Decreto n. 7.891, de 23 de janeiro de 2013;
• Resolução CNPE n. 15, de 9 de dezembro de 2020;
• Resolução Normativa ANEEL n. 482, de 17 de abril de 2012;
• Resolução Normativa ANEEL n. 687, de 24 de novembro de 2015;
• Resolução Normativa ANEEL n. 786, de 17 de outubro de 2017;
• Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET.

IV. CONCLUSÃO

41. Foram avaliadas, na presente Nota Técnica, as contribuições recebidas no âmbito da CP nº


50/2022 relativas às propostas de Resolução Normativa que altera os Procedimentos de Regulação Tarifária
– PRORET para contemplar a regulação dos aspectos econômicos da Lei n. 14.300 de 2022. A proposta de
normativo final e os procedimentos operacionais associados foram aperfeiçoados pelas contribuições
recebidas.

42. Ressalta-se que a definição dos valores da cota da CDE GD ocorrerá no processo que trata do
Orçamento da CDE 2023, objeto da Consulta Pública 63/2022, bem como os procedimentos operacionais,
modulação dos valores e eventual concatenação com os processos tarifários, dado que esses temas estão
ligados à disponibilidade orçamentária e ao fluxo de caixa do fundo setorial.
P. 9 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

IV. RECOMENDAÇÃO

43. Atendendo às normas organizacionais e com vistas a dar maior transparência ao processo de
regulamentação, recomenda-se a publicação desta Nota Técnica no site da ANEEL, no link da referida
Consulta Pública 50/2022, bem como submetê-la à apreciação da Diretora-Relatora, juntamente com a
minuta de Resolução Normativa.

(Assinado digitalmente) (Assinado digitalmente)


ANDRÉ VALTER FEIL DIEGO LUÍS BRANCHER
Especialista em Regulação Especialista em Regulação

(Assinado digitalmente)
FELIPE AUGUSTO CARDOSO MORAES FLÁVIA LIS PEDERNEIRAS
Especialista em Regulação Especialista em Regulação

(Assinado digitalmente)
ROBSON KUHN YATSU
Especialista em Regulação

De Acordo:

(Assinado digitalmente)
DAVI ANTUNES LIMA
Superintendente de Gestão Tarifária
P. 10 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Anexo I
Relatório da Análise de Contribuições – RAC

I. Abrangência ........................................................................................................................................... 11
II. Orçamento CDE...................................................................................................................................... 12
II.1. Nova rubrica de custo ............................................................................................................................ 12
II.2. Metodologia de estimativa do mercado de SCEE de 2022 .................................................................... 12
II.3. Definição da quota de CDE GD .............................................................................................................. 13
III. Processo tarifário ................................................................................................................................... 14
III.1. Cobertura econômica CDE GD (descasamento) .......................................................................... 14
III.2. Apuração do benefício tarifário concedido ................................................................................. 15
III.3. Novas informações fornecidas pelas distribuidoras .................................................................... 16
III.4. Benefícios tarifários ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
III.5. Apuração da receita verificada da distribuidora ......................................................................... 23
IV. Estrutura tarifária .................................................................................................................................. 25
IV.1. Componente tarifário .................................................................................................................. 25
IV.2. Adequação da Resolução Homologatória dos processos tarifários e demais informações a
serem publicadas .......................................................................................................................................... 28
V. Demais aspectos .................................................................................................................................... 32
V.1. Modicidade tarifária .............................................................................................................................. 32
VI. Cumulatividade de benefícios ............................................................................................................... 33
VII. Demais contribuições ............................................................................................................................ 33
P. 11 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Foram recebidas 67 contribuições de 20 pessoas físicas e jurídicas. As contribuições foram divididas em 14


temas, em linha com os tópicos elencados na Nota Técnica nº 192/2022-SGT/ANEEL, de 21/10/2022,
conforme discriminado na sequência. Em cada tema, são elencados trechos de cada contribuição dos
agentes, bem como a análise de tais contribuições.

Parcialmente Fora de
Tema Aceita Não aceita Total Percentual
aceita escopo
Abrangência 1 1 1%
Orçamento CDE 0 0%
Nova rubrica de custo 1 1 1%
Metodologia de estimativa do mercado de SCEE de 2022 1 1 2 3%
Definição da cota de CDE GD 1 1 2 3%
Processo tarifário 0 0%
Cobertura econômica CDE GD (descasamento) 1 2 3 4%
Apuração do benefício tarifário concedido 3 3 4%
Novas informações fornecidas pelas distribuidoras 4 5 9 13%
Benefícios tarifários 1 1 1 3 4%
Apuração da receita verificada da distribuidora 5 5 7%
Estrutura tarifária 0 0%
Componente tarifário 1 8 9 13%
Construção das tarifas de aplicação ao mercado de energia
compensada no SCEE 0 0%
Adequação da Resolução Homologatória dos processos
tarifários e demais informações a serem publicadas. 5 3 2 4 14 21%
Demais aspectos 0 0%
Modicidade tarifária 1 1 1%
Cumulatividade de benefícios 1 1 1%
Demais contribuições 1 2 10 13 19%
Total 24 7 15 21 67
Total (%) 36% 10% 22% 31% 100%

I. Abrangência
Contribuição da Neoenergia:
“Nesse sentido, solicitamos que seja concedido também para a MMGD existente o custeio do benefício
através do encargo da CDE, ou que, alternativamente, os valores envolvidos sejam repassados por meio
componente financeiro nos processos tarifários. Adicionalmente, solicitamos que a medida considere os
valores de maneira retroativa à data de implementação do sistema de compensação, pela Resolução
Normativa 482/2012”
Resposta SGT/ANEEL:

Contribuição não aceita.


A Lei 14.300/2022 é clara nos critérios de abrangência do custeio pela CDE. Não havendo previsão legal,
não cabe à ANEEL extrapolar o que consta na referida política pública.
P. 12 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

II. Orçamento CDE


II.1. Nova rubrica de custo
Contribuição da Conselpa:
“O Conselpa reforça o posicionamento que tais custos (uso da energia compensada) deveriam ser arcados
pelo Orçamento Geral da União.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição fora do escopo.
II.2. Metodologia de estimativa do mercado de SCEE de 2022
Contribuição da CPFL:
“i) O Grupo CPFL entende que a utilização do FC por município seria uma premissa mais aderente do ponto
de vista técnico-científico, uma vez que, dentro de um mesmo Estado, há diferentes índices de irradiação que
são influenciados por clima, relevo e influência das ações humanas, principalmente, que podem alterar
significativamente o fator de capacidade de uma concessão para outra, mesmo dentro da mesma Unidade
Federativa. Com o intuito de contornar esse problema, o Grupo CPFL sugere que a mesma fonte de dados
apontada na Nota Técnica n° 67/2022-SRM/ANEEL seja utilizada para calcular a geração de energia gerada
pela MMGD para o cálculo das cotas da CDE. A referência citada é o Atlas Brasileiro de Energia Solar – 2ª
edição, que conta com os dados de irradiação por município e por mês. ii) Portanto, o Grupo CPFL propõe a
utilização dos FC mensais para apurar a geração de eletricidade em cada mês. Dessa forma, garante-se que
meses com menores índices de irradiação apresentem uma menor geração por unidade instalada, e meses
com índices mais altos terão mais eletricidade produzida, aumentado a assertividade do cálculo. iii) o Grupo
CPFL entende que a estimativa da energia gerada seria mais assertiva através do cálculo do FC por município,
levando em consideração a irradiação do município de instalação e de base mensal. iv) A CPFL solicita
maiores detalhamentos em relação a mudança dos valores de fator de capacidade (por fonte geradora) em
um intervalo curto de tempo e sugere que essa Agência utilize premissas únicas nos cálculos relativos à
MMGD. v) O Grupo CPFL defende que seja utilizado um performance ratio de 0,75, conforme a Nota Técnica
EPE DEA 005/2021, página 66, pois este índice também colaboraria para um cálculo mais preciso da geração
advinda da MMGD, dada a pequena participação do remoto grupo A diante do total da potência instalada.
vi) propomos a revisão da referência para citar a Nota Técnica EPE DEA-SEE 014/2022, de outubro de 2022
(página 17), onde constam os fatores de autoconsumo apurados pela Empresa de Pesquisa Energética por
classe. vii) o Grupo CPFL sugere a utilização do fator de degradação para os cálculos das concessionárias e
da ANEEL sejam efetuados de maneira uniforme, já que foi a própria Agência que sugeriu a aplicação do
fator de degradação na Nota Técnica n° 67/2022-SRM/ANEEL. viii) sugere-se também que para a definição
do total da cota sejam consideradas as participações dos subgrupos tarifários em que estão sendo
verificamos as compensações da energia”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição parcialmente aceita.
Contribuições associadas aos itens i) ii) e iii) não aceita. Optou-se por manter o FC médio por distribuidora,
por questões tempestivas de adequação do cálculo, frente ao pequeno ganho com o refinamento. Lembra-
se que se trata de estimativa a ser usada apenas no ano de 2023 e que as estimativas feitas em processos
P. 13 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

são ajustadas no ano seguinte com os mecanismos que os processos tarifários possuem. iv) contribuição
aceita: a base de dados e as premissas utilizadas são as mesmas utilizadas nos dois processos. v) contribuição
aceita. O grupo de BT, de fato, possui participação deveras superior ao de AT no sistema de compensação,
o que leva à adoção do seu performance ratio como balizador; vi) contribuição não aceita. Optou-se por
manter um único fator de autoconsumo, por questões tempestivas de adequação do cálculo. Lembre-se que
se trata de estimativa a ser usada apenas no ano de 2023 Vii) contribuição aceita: foi incorporado o fator de
degradação anual de 0,005 sobre a energia gerada. Ressalta-se que a base de dados e as premissas utilizadas
são as mesmas utilizadas nos dois processos; viii) contribuição não aceita. Não há dados sobre onde (em que
subgrupo) a energia é compensada .
Contribuição da Abrace:
“Diante do exposto, contribuímos para considerar, para o conjunto de unidades consumidoras caracterizadas
como “com micro e mini GD” que compensam créditos para apenas uma unidade consumidora e cuja unidade
cadastrada na base de dados pertence ao grupo A ou aos subgrupos B2 e B4, uma tarifa de impacto calculada
com referência no subgrupo da unidade consumidora com GD, não na tarifa B1.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
O banco contém informação de unidades cadastradas para compensação de energia elétrica de forma
estática, quando de fato a compensação pode se dar de forma dinâmica, com possibilidade de alteração dos
consumidores que recebem créditos. Foi adotada a referência como tarifa B1 residencial por simplificação e
devido ao fato de que será utilizado apenas no primeiro ano.
II.3. Definição da quota de CDE GD
Contribuição da EDP:
“Assim, a EDP sugere que para rateio das cotas CDE GD, seja utilizado como mercado de referência a energia
injetada no Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) de cada distribuidora, de forma a não
provocar assimetrias em sua alocação. (...) Ocorre que a distribuição do mercado de MMGD não é
proporcional ao mercado TE das distribuidoras. (...) Nesta tabela, podemos observar percentualmente que
no geral, as distribuidoras que possuem maior mercado cativo arcarão com uma parcela mais significativa
do subsídio da GD, representando por consequência maior impacto tarifário. (...) Caso a alocação dos custos
da CDE sejam rateados pelo mercado TE Energia, poderemos observar uma absorção de custos aos
consumidores da EDP SP e EDP ES, por exemplo, superior ao que efetivamente deram causa, ou seja, os
consumidores das demais áreas de concessão estariam arcando com os subsídios concedidos aos
prossumidores das distribuidoras que possuírem mais entrantes se beneficiando da energia injetada.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
A forma de rateio seguirá a operacionalização já utilizada no rateio da CDE. Isso já ocorre com todos os
demais subsídios custados pela CDE. Alocar para os consumidores de determinada distribuidora apenas o
montante de subsídio dos consumidores com direito a benefício tarifário nessa área de concessão ou
permissão contraria o pressuposto da política pública atual da CDE.
P. 14 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da CPFL:
“Dessa forma, buscando a atenuação desse efeito aos consumidores situado em concessões com mercado
superior a 700GWh, cujo subsídio de GD não será integralmente custeado pela CDE, propõe-se que no rateio
das cotas de GD entre as concessionárias sejam somados ao mercado cativo os montantes de energia
compensada pelos consumidores existentes situados nas concessões com mercado inferior a 700GWh e de
energia compensada por todos os consumidores entrantes. Além de garantir um tratamento mais equilibrado
entre as concessões, tal ajuste atende ao requisito apresentado no parágrafo 3º-H da Lei 10.438/22, de que
o encargo tarifário por megawatt-hora (MWh) das Cotas anuais da CDE deve ser igual para os agentes
localizados nos Estados de uma mesma região geográfica.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Para construção da quota da CDE GD, será utilizado o mercado cativo mais o mercado de energia
compensado.

III. Processo tarifário


III.1. Cobertura econômica CDE GD (descasamento)
Contribuição da Abradee:
“Assim, é necessário garantir que ocorra a neutralidade financeira dessa componente tarifária. Nesse
sentido, a ABRADEE propõe que: i) A cota referente a CDE-GD seja paga mensalmente, após o primeiro
processo tarifário subsequente a publicação da Resolução Homologatória que defina o valor da CDE_GD para
cada agente; ii) Concomitantemente ao pagamento das cotas de CDE-GD pela distribuidora, ocorra o repasse
da CDE às distribuidoras dos recursos associados à CDE-GD desde a constituição do Direito definido pela Lei,
ou seja, desde as solicitações de conexões após 07/01/2023; iii) Seja incluída no primeiro processo tarifários
posterior a publicação da REH referida no item i, a componente tarifária na TE para repasse do custo aos
consumidores regulados, conforme estabelece a Lei 14.300/2022; iv) que os descasamentos financeiros
sejam constituídos como componentes financeiros (CVA e neutralidade), garantindo o equilíbrio financeiro
das distribuidoras.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição parcialmente aceita.
Análise por ítem: i) parcialmente aceita. Será utilizado o mesmo tratamento da CDE uso, qual seja, havendo
disponibilidade financeira, há possibilidade de concatenação na definição das quotas do processo do
orçamento. ii) aceita. O direito é constituído com o marco de 07/01/23 e a contabilização do subsídio ocorre
a partir dessa data, mas o recebimento será com o processo tarifário. iii) aceita iv) aceita. O descasamento
financeiro da quota CDE GD já é tratamento ordinário.
Contribuição da CPFL:
“Diante do exposto, a fim de se evitar mais um descasamento de caixa às distribuidoras e consequente CVA
futura acrescida do custo da Selic, o que elevaria ainda mais as tarifas dos consumidores finais, solicita-se à
ANEEL promover a concatenação do pagamento do novo Encargo CDE GD com o processo tarifário no qual
ocorrerá a sua respectiva cobertura, bem como reflita tal fluxo no momento de definição do repasse deste
P. 15 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

recurso às distribuidoras beneficiárias. Alternativamente, caso não seja possível a concatenação, solicita-se
à Agência avaliar a oportunidade (contingencial) de não limitar o repasse da CVA CDE GD resultante dos
pagamentos realizados até 30 dias antes do processo tarifário e repassar toda a CVA CDE GD relativa ao
período janeiro e o mês anterior ao do processo tarifário de 2023.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição parcialmente aceita.
Utilizaremos o mesmo tratamento da CDE uso, qual seja, havendo disponibilidade financeira, há
possibilidade de concatenação na definição das quotas do processo do orçamento. Em relação à alteração
do marco temporal da CVA, manteremos o procedimento ordinário.
Contribuição da Infracoop:
“A INFRACOOP solicita que o recolhimento da cota CDE-GD das permissionárias seja concatenado aos seus
processos tarifários, assim como a CDE-Uso. Alternativamente, caso a concatenação não seja aprovada, que
haja definição de mecanismo financeiro para ajuste em função do descasamento entre pagamento e
faturamento, tal qual uma CVA.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
O tratamento será o mesmo que para a CDE Uso, que já é concatenado no caso das permissionárias.
III.2. Apuração do benefício tarifário concedido
Contribuição da CPFL:
“Reforça-se que no primeiro processo tarifário da concessionária, após 07/01/2023, já sejam consideradas
as previsões de subsídios tarifários que serão faturados nos próximos 12 meses, bem como os valores que
serão contabilizados entre essa data e o aniversário de cada concessão. Entende-se importante evidenciar
que a inclusão de uma nova linha com valores de subvenção referente a GD já no primeiro processo tarifário
após dia 07/01/2023 garante que a distribuidora receberá junto com o repasse mensal da CCEE os valores
referentes a Geração Distribuída para fazer frente a essa possível subvenção que se realizará nos próximos
12 meses, evitando maiores impactos no caixa.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Considerando que para várias empresas, em especial as com processo tarifário no primeiro semestre, não
haverá no mercado de referência consumidores com direito a esse benefício, aplicando a regra ordinária de
cálculo, a previsão desse subsídio seria nula. Logo, para evitar custos financeiros futuros, será adotado
procedimento extraordinário nesse primeiro momento, considerando-se os valores, por empresa, utilizados
na definição do orçamento da CDE. Os valores serão utilizados para os processos de 2023.
Contribuição da Enel:
“(Sugestão de texto): Módulo 7: Estrutura Tarifária das Concessionárias de Distribuição
Submódulo 7.1
4. Definições
P. 16 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

7. São adotados os seguintes termos e conceitos:


IV. Mercado de Referência: definido no PRORET, Submódulo 2.1;
V - Mercado de Referência para o primeiro ano de aplicação da CDE-GD: informações da base de dados do
SisGD realizada nos últimos doze meses com premissas baseadas na projeção de crescimento da energia
gerada divulgada pela EPE, a projeção do IPCA e as regras de transição dispostas na Lei 14.300/2022.
(...) Sendo assim, o Grupo Enel Brasil propõe que seja aplicada, inicialmente para o ano de 2023, a mesma
metodologia para estimativa do orçamento da CDE proposta na Nota Técnica Nº 192/2022, baseada em
projeção futura. Ou seja, para a distribuidora com processo tarifário, utiliza-se a base de dados do SisGD
realizada nos últimos 12 meses, aplicando-se as premissas:
i) 38% de crescimento sobre a base de dados de consumidores GD;
ii) 45% da Energia gerada será compensada;
A esse volume de mercado, aplica-se a tarifa B1 da concessionária com processo tarifário em questão
deduzida da TE Energia, da TE Transporte e de 15% da Tarifa Fio B.”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Considerando que para várias empresas, em especial as com processo tarifário no primeiro semestre, não
haverá no mercado de referência consumidores com direito a esse benefício, aplicando a regra ordinária de
cálculo, a previsão desse subsídio seria nula. Logo, para evitar custos financeiros futuros, será adotado
procedimento extraordinário nesse primeiro momento, considerando-se os valores, por empresa, utilizados
na definição do orçamento da CDE. Os valores serão utilizados para os processos de 2023.
Contribuição da Celesc:
“A CELESC D propõe que seja aplicada, inicialmente para o ano de 2023, a mesma metodologia para
estimativa do orçamento da CDE proposta na Nota Técnica Nº 192/2022, baseada em projeção futura. Ou
seja, para a distribuidora com processo tarifário, utiliza-se a base de dados do SisGD realizada nos últimos
12 meses, aplicando-se as premissas:
i) 38% de crescimento sobre a base de dados de consumidores GD;
ii) 45% da Energia gerada será compensada;
A esse volume de mercado, aplica-se a tarifa B1 da concessionária com processo tarifário em questão
deduzida da TE Energia, da TE Transporte e de 15% da Tarifa Fio B.”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Considerando que para várias empresas, em especial as com processo tarifário no primeiro semestre, não
haverá no mercado de referência consumidores com direito a esse benefício, aplicando a regra ordinária de
cálculo, a previsão desse subsídio seria nula. Logo, para evitar custos financeiros futuros, será adotado
procedimento extraordinário nesse primeiro momento, considerando-se os valores, por empresa, utilizados
na definição do orçamento da CDE. Os valores serão utilizados para os processos de 2023.

III.3. Novas informações fornecidas pelas distribuidoras


Contribuição da EDP:
P. 17 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

“Entendemos que, de forma a garantir a possibilidade de aferição da nova tarifa, é importante que a criação
de novas naturezas do SAMP contemple todos os campos de faturamento já existentes, inclusive aqueles
referentes ao refaturamento, além dos novos campos referidos. Apenas desta maneira, as informações
poderão ser disponibilizadas corretamente para utilização da ANEEL. Abaixo apresentamos proposta:
• Balanço de Energia Elétrica – Regular
• Fornecimento de Energia – Regular
• Fornecimento de Energia – RTE
• Fornecimento de Energia – Refaturamento Regular
• Fornecimento de Energia – Sistema de Compensação EXISTENTE
• Fornecimento de Energia – Sistema de Compensação ENTRANTES
• Fornecimento de Energia – Sistema de Compensação – Refaturamento
• Receita de Uso no Transporte de Energia Elétrica - Regular
• Receita de Uso no Transporte de Energia Elétrica – Refaturamento
A EDP entende que para as novas naturezas a serem criadas no SAMP, todos os campos de faturamento
existente devem ser replicados, de forma a possibilitar o correto envio de informações para a ANEEL.”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
No SAMP, para cada nova natureza criada, criara-se a respectiva natureza de refaturamento. Ademais, todos
os campos disponíveis na atual natureza Sistema de compensação serão reproduzidos nas novas naturezas,
e serão acrescentados mais 3 campos: Energia Compensada (kWh), Receita Energia Compensada (R$) e
Desconto energia compensada (%). Para a informação sobre demanda faturada do consumidor-gerador, o
contrato Uso – Gerador – Dupla-contratação passará a ter mais um acessante relacionado à MMDG.

Contribuição da CPFL:
“o Grupo CPFL entende que nas adequações dos manuais dos SAMP deverão ser apresentadas todas as regras
e particularidades de forma clara para cada uma das naturezas que serão consideradas para Sistema de
Compensação. (...) Dessa forma, é imprescindível que as novas regras a serem definidas para declaração das
energias e faturamentos por meio do SAMP, para o caso de identificação de irregularidades, sejam definidas
no âmbito desta Consulta Pública e em consonância com os critérios de irregularidade que estão sendo
melhor avaliados na CP 51/2022, uma vez que essas informações serão inputs para a definição dos
montantes a serem considerados na formação da nova cota da CDE GD e na definição das tarifas dos
consumidores. (...) entende-se ser importante que nessa suplementação do Manual também sejam
detalhados os tratamentos que deverão ser aplicados aos consumidores que forem excluídos do “rol de
unidades existentes”, conforme previsto para os casos de irregularidades, bem como o procedimento de
declaração para o caso de aumento de potência instalada (§ 2º do artigo 26), e além das definição das regras
de alocação do excedente de energia entre concessionária e permissionária, ambos temas em discussão na
Consulta Pública 51/22 (“CP51"). Por fim, solicita-se definição de prazo para que as distribuidoras possam
adequar os seus sistemas internos utilizados para declaração dos montantes de energia no SAMP”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Se faz necessária alteração dos manuais e orientações diante das novas exigências. Quanto ao prazo de
adequação, entende-se que se aplica o mesmo prazo para adequação do sistema de faturamento discutido
P. 18 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

na CP 51/2022.

Contribuição da COPEL:
“a) Que a carga de dados de MMGD possa ser efetuada “fora de interface gráfica”, em uma WEB SERVICE
ou API (Application Programming Interface), evitando assim a necessidade de criar e instalar diferentes
recursos para que sistemas e aplicativos diferentes “conversem” entre si, e
b) Alternativamente, que a carga dos dados possa ser efetuada por envio de pacotes de arquivos (como
é o processo do SAMP, por exemplo). Acreditamos que tais propostas possibilitam mais celeridade ao
cadastro dos dados, os quais são fundamentais para a correta definição da involuntariedade das
distribuidoras, no tocante à sobrecontratação, bem como para as estimativas e simulações que porventura
venham a ser realizadas pela agência reguladora”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição fora de escopo.
Alterações no sistema sobre consumidores com MMGD serão avaliados em momento posterior e oportuno.

Contribuição da Abradee:
“A respeito da criação de novos campos no SAMP para declaração das informações necessárias à definição
dos benefícios tarifários, entende-se que nas adequações dos manuais do SAMP deverão ser consideradas as
particularidades discutidas nas Consultas Públicas 50 e 51, de 2022, quando da declaração das informações
referentes aos participantes do SCEE. (...) É imprescindível que sejam detalhados os tratamentos que deverão
ser aplicados para os casos particulares, como por exemplo na identificação de irregularidades no Sistema
de Compensação”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Se faz necessária alteração dos manuais e orientações diante das novas exigências.

Contribuição da Celesc:
“(...) entende-se que nas adequações dos manuais do SAMP deverão ser consideradas as particularidades
quando da declaração das informações referentes aos participantes do SCEE (recebimento de benefício
irregular e irregularidade no sistema de medição) . Particularidades em discussão da CP 51/22 – como o
procedimento de mercado e faturamento refletido no SAMP – devem ser refletidas nas definições da receita
em discussão da CP 50/22, uma vez que essas informações serão inputs para a definição dos montantes a
serem considerados na formação da nova cota da CDE GD e na definição das tarifas de aplicação. Eventuais
incorreções podem ocasionar aumento de risco e prejuízos substanciais a receita regulada das distribuidoras”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Se faz necessária alteração dos manuais e orientações diante das novas exigências.
P. 19 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da CPFL:
“Em se tratando das necessidades de adequações pelas concessionárias de suas normas, procedimento e
sistemas, entende-se ser necessária a definição de prazo adicional de, pelo menos 180 dias a partir da
publicação da resolução, em linha com as diretrizes da 14.300/22, visto que as regras e definições
relacionadas aos aspectos econômicos da Lei estão sendo detalhadas apenas nesta Consulta Pública.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição Fora de escopo.
Este tema sobre faturamento está sendo tratado na CP 51/22.

Contribuição da Copel:
“(...) apoiamos a manutenção do início da regra de transição conforme as datas estabelecidas na Lei nº
14.300/2022, porém, flexibilizando à distribuidora a possibilidade de efetuar eventuais refaturamentos,
especificamente para estes casos de geração distribuída. A proposta de flexibilização envolve um prazo de
180 dias após a data da regulamentação da Lei por parte da Aneel, coerente com o prazo inicialmente
previsto para a adequação dos sistemas comerciais por parte das distribuidoras caso a regulamentação
tivesse ocorrido até a data estabelecida na Lei nº 14.300/2022, ou seja, 05/07/2022, porém, sem prejudicar
a aplicação imediata do que está disposto no texto da Lei. Adicionalmente, propõe-se considerar, a partir de
então, um prazo de 3 meses para refaturamento de todo este período, também coerente com o prazo já
estabelecido na Resolução Normativa n° 1.000/2021.
(Sugestão de texto): Art. 323. A distribuidora, no caso de faturar valores incorretos, não apresentar fatura
ou faturar sem utilizar a leitura do sistema de medição nos casos em que não haja previsão nesta Resolução,
sem prejuízo das penalidades cabíveis, deve observar os seguintes procedimentos:
I - faturamento a menor ou ausência de faturamento: cobrar do consumidor e demais usuários as quantias
não recebidas, limitando-se aos últimos 3 ciclos de faturamento imediatamente anteriores ao ciclo vigente;
(...)
Desta forma, considerando o início da regra de transição em 07/01/2023, concede-se às distribuidoras a
possibilidade de adequar seus sistemas de faturamento até 06/07/2023, com possibilidade de eventuais
refaturamentos, envolvendo todo este período, até 06/10/2023.”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição Fora de escopo.
Este tema sobre faturamento está sendo tratado na CP 51/22.

Contribuição da Equatorial:
“(...) em virtude da necessidade do aperfeiçoamento do SAMP, da adequação dos sistemas de faturamento
das distribuidoras e da construção dos relatórios de dados para inserção no SAMP, a Equatorial propõe um
prazo de 180 dias para adequação e no caso das distribuidoras que passarem por reajustes tarifários nesse
período, haveria a recomposição dos montantes nos processos tarifários subsequentes”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição Fora de escopo.
P. 20 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Este tema sobre faturamento está sendo tratado na CP 51/22.

Contribuição da Equatorial:
“a Equatorial propõe uma excepcionalidade na aplicação do artigo 323 da Resolução Normativa 1.000/2022,
possibilitando que distribuidora, no caso de faturar valores a menor, poderá cobrar do consumidor e demais
usuários as quantias não recebidas, limitando-se aos últimos 6 ciclos de faturamento imediatamente
posteriores à vigência do art. 27 da Lei nº 14.300 de 6 de janeiro de 2022. (Sugestão de texto): Art. 655-L.
Deve-se considerar as regras dispostas nesse artigo no faturamento da energia elétrica ativa compensada
que seja oriunda de unidade consumidora com microgeração ou minigeração que:
I - não esteja enquadrada no art. 655-K;
II - tenha potência instalada de geração acima de 500 kW;
III - não seja enquadrada como central geradora de fonte despachável; e
IV - seja enquadrada na modalidade:
a) autoconsumo remoto; ou
b) geração compartilhada em que haja um titular ou um mesmo grupo econômico com percentual igual ou
maior a 25% de participação no excedente de energia. §1º Para o faturamento da unidade consumidora
citada no caput, deve-se considerar exclusivamente o pagamento dos percentuais abaixo dos seguintes
componentes tarifários e funções de custo, nos termos do Submódulo 7.1 dos Procedimentos de Regulação
Tarifária – PRORET, sobre a energia elétrica ativa compensada:
I - 100% do componente tarifário TUSD Fio B, até 2028;
II - 40% do componente tarifário TUSD Fio A, até 2028; e
III - 100% dos componentes tarifários TUSD P&D_EE, TUSD-TFSEE e TE-P&D_EE, até 2028;
§2º Aplica-se a regra disposta no § 12 do art. 655-G:
I - a partir de 2031 para as unidades participantes do SCEE que sejam beneficiadas pela energia gerada por
unidade com microgeração ou minigeração distribuída cujo protocolo da solicitação de orçamento de
conexão, nos termos da Seção IX do Capítulo II do Título I, ocorra entre 8 de janeiro de 2023 e 7 de julho de
2023; ou II - a partir de 2029 para as demais unidades.
§3º A distribuidora, no caso de faturar valores a menor, poderá cobrar do consumidor e demais usuários as
quantias não recebidas, limitando-se aos últimos 6 ciclos de faturamento imediatamente posteriores à
vigência do art. 27 da Lei nº 14.300 de 6 de janeiro de 2022. Art. 655-M. No faturamento da energia elétrica
ativa compensada que seja oriunda de unidade consumidora com microgeração ou minigeração não
abrangida pelos arts. 655-K e 655-L, devese considerar exclusivamente o pagamento dos seguintes
percentuais do componente tarifário TUSD Fio B, nos termos do Submódulo 7.1 dos Procedimentos de
Regulação Tarifária – PRORET:
I - a partir de 2023: 15%; II - a partir de 2024: 30%;
III - a partir de 2026: 60%;
IV - a partir de 2027: 75%; e
V - a partir de 2028: 90%;
§1º Aplica-se a regra disposta no § 12 do art. 655-G a partir de:
P. 21 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

I - 2031, para as unidades participantes do SCEE que sejam beneficiadas pela energia gerada por unidade
com microgeração ou minigeração distribuída cujo protocolo da solicitação de orçamento de conexão, nos
termos da Seção IX do Capítulo II do Título I, ocorra entre 8 de janeiro de 2023 e 7 de julho de 2023; ou
II - 2029, para as demais unidades
§2º A distribuidora, no caso de faturar valores a menor, poderá cobrar do consumidor e demais usuários as
quantias não recebidas, limitando-se aos últimos 6 ciclos de faturamento imediatamente posteriores à
vigência do art. 27 da Lei nº 14.300 de 6 de janeiro de 2022.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição Fora de escopo.
Este tema sobre faturamento está sendo tratado na CP 51/22.

III.4. Benefícios tarifários


Contribuição da CPFL:
“Dessa forma, propõe se que o anexo referente ao submódulo 7.1 seja ajustado de forma a considerar,
conforme artigo 27º. da Lei 14.300/22, que o faturamento das unidades participantes do SCEE deve
considerar apenas a incidência do percentual de transição da componente TUSD Fio B sobre a parcela da
energia compensada, tendo como exceção os minigeradores acima de 500 kW em fonte não despachável na
modalidade autoconsumo remoto ou na modalidade geração compartilhada em que um único titular
detenha 25% (vinte e cinco por cento) ou mais da participação do excedente de energia elétrica. A proposta
abaixo de cálculo da TE sem as componentes de Energia e de Transporte servirá apenas para aplicação após
o período de transição definido para consumidores existentes e entrantes. Abaixo, segue proposta de texto
para adequação do submódulo 7.1:
9. INCIDÊNCIA DA TE

23.Para o mercado de referência da TE, definido no parágrafo 7 deste Submódulo, aplicam-se todos os
componentes tarifários, exceto:
II. Para a subclasse baixa renda, o item e (CDE GD) do inciso II do parágrafo 21 deste Submódulo;
III. Na parcela da energia compensada no âmbito do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), as
funções de custos da TE Energia (inciso I, §21) e Transporte (inciso III, §21), após transcorrido o período de
transição, sendo:
- até 2045 para os consumidores denominados como existentes;
- até 2030 para os consumidores entrantes que protocolarem solicitação de acesso na distribuidora entre o
13º (décimo terceiro) e o 18º (décimo oitavo) mês contados da data de publicação desta Lei;
- até 2028 para os consumidores entrantes não abrangidos pela regra acima”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição parcialmente aceita.
O texto do PRORET será adequado para contemplar a visão de desconto definida pela REH 3.169/2022,
observando o período. Contudo, a manutenção da isenção disposta no art. 17 prevalece independente da
transição, uma vez que a CDE não deve arcar com custos de geração de energia elétrica (funções TE – Energia
P. 22 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

e TE – Transporte) de uma energia compensada.

Contribuição da Absolar:
“A ABSOLAR, em reposta a esse questionamento, considera acertada a interpretação adotada pela
Superintendência de Gestão Tarifária (SGT) que considerou que o benefício tarifário abrange todas as demais
componentes (conforme art. 28 da Lei nº 14.300/2022) com exceção dos percentuais da TUSD Fio B listados
no art. 27 da Lei nº 14.300/2022”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.

Contribuição da Abradee:
“(Sugestão de texto): Módulo 7: Estrutura Tarifária das Concessionárias de Distribuição
Submódulo 7.3
TARIFAS DE APLICAÇÃO
5.3. COBERTURA DOS SUBSÍDIOS TARIFÁRIOS
33. Serão homologados no processo tarifário ou em processo específico, os valores previstos referentes aos
benefícios tarifários de que trata o item 5.1 deste Submódulo, a serem custeados com recursos da CDE,
conforme Lei nº 10.438 de 26 de abril de 2002, Lei nº 14.300 de 6 de janeiro de 2022 e Decreto nº 7.891 de
23 de janeiro de 2013, observando:
(...)
III- A CDE custeará temporariamente as componentes tarifárias não associadas ao custo da energia e não
remuneradas pelo consumidor-gerador.
(...) Não obstante o encaminhamento da norma legal, tramita no congresso o Projeto de Lei n° 2.703/2022
(...) ABRADEE manifesta sua preocupação de que a regulamentação dos aspectos econômicos da Lei n°
14.300/22 possam sofrer atrasos e (...) Nesse sentido, caso tal atraso ocorra, a ABRADEE requer que se
estabeleça a neutralidade dos impactos da MMGD sobre a receita nos termos estabelecidos na Lei n°
14.300/22.”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição fora de escopo.
Há necessidade de haver materialização de alterações legais para que haja análise da contribuição. O Projeto
de Lei citado não foi votado até o momento.
P. 23 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

III.5. Apuração da receita verificada da distribuidora


Contribuição da Energisa:
“Embora haja tal concordância para o cálculo do RA0 (RA0 seja definido pelo mercado recomposto
considerando a energia compensada junto à energia faturada), é preciso que haja uma convergência nos
demais itens em que o cálculo dependa das informações de mercado da distribuidora, principalmente nos
componentes financeiros, uma vez que este mercado “ajustado” possa afetar o cálculo destes itens onerando
ainda mais os consumidores. Na leitura da NT 192/2022 a ANEEL não deixa claro se este mercado afetará,
principalmente o cálculo da Glosa/Perdas na CVA – Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens
da Parcela “A" e da Sobrecontratação das distribuidoras.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Serão realizadas discussões específicas sobre as alterações nas planilhas de cálculo, de forma a mapear,
avaliar e tratar os impactos da consideração do mercado de energia compensada.
Contribuição da Celesc:
“entende-se necessária a análise minuciosa do seu impacto sobre os demais itens do processo tarifário,
apurados em função do mercado, tanto da base econômica (encargos, energia requerida e montante de
perdas regulatórias, por exemplo), quanto da base financeira (CVA, Sobrecontratação, Neutralidade, Glosa
Perdas, por exemplo), ou mesmo alguns itens de Parcela B nos processos de revisão tarifária (OPEX do ano
teste, por exemplo), de modo a evitar que esse mercado de energia compensada possa impactar de forma
equivocada os cálculos realizados nos processos tarifári s, onerando o consumidor ou as distribuidoras.
propõe-se que a ANEEL promova uma discussão específica sobre o assunto, dando publicidade aos montantes
de subsídios pagos, antes da realização do primeiro processo tarifário de 2023.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Serão realizadas discussões específicas sobre as alterações nas planilhas de cálculo, de forma a mapear,
avaliar e tratar os impactos da consideração do mercado de energia compensada.
Contribuição da CPFL:
“entende-se necessária a análise minuciosa do seu impacto sobre os demais itens do processo tarifário,
apurados em função do mercado, tanto da base econômica (encargos, energia requerida e montante de
perdas regulatórias, por exemplo), quanto da base financeira (CVA, Sobrecontratação, Neutralidade, Glosa
Perdas, por exemplo), ou mesmo alguns itens de Parcela B nos processos de revisão tarifária (OPEX do ano
teste, por exemplo), de modo a evitar que esse mercado de energia compensada possa impactar de forma
equivocada os cálculos realizados nos processos tarifários, onerando o consumidor ou as distribuidoras.
propõe-se que a ANEEL promova uma discussão específica sobre o assunto, dando publicidade aos montantes
de subsídios pagos, antes da realização do primeiro processo tarifário de 2023.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
P. 24 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Serão realizadas discussões específicas sobre as alterações nas planilhas de cálculo, de forma a mapear,
avaliar e tratar os impactos da consideração do mercado de energia compensada.
Contribuição da Equatorial:
“(...) Equatorial propõe a abertura de novos fóruns para melhor avaliação dos impactos gerados na apuração
das perdas regulatórias, perdas técnicas, perdas não técnicas, dos encargos, da energia requerida, da CVA,
da neutralidade, da glosa perdas, sobrecontratação e na estrutura tarifária, assim como os efeitos para os
consumidores e distribuidoras de energia elétrica. Destacamos que a realização de tais discussões ocorra em
momento oportuno e ocorra de forma complementar a esta consulta pública, e não constituem óbice a plena
regulamentação do tema na brevidade que requer.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Serão realizadas discussões específicas sobre as alterações nas planilhas de cálculo, de forma a mapear,
avaliar e tratar os impactos da consideração do mercado de energia compensada.
Contribuição da Abradee:
“A respeito da consideração da energia compensada dos consumidores MMGD nos processos tarifários das
concessionárias de energia, entende-se ser correta a sua utilização para a definição do RA0, visto que os
componentes não remunerados pelo consumidor serão custeados pela CDE. Nesse sentido, entendemos que
o tratamento na tarifa deve ser similar ao conferido aos demais subsídios (ex: o de fontes incentivadas), em
que para o cálculo do RA0 é utilizada a tarifa plena, ou seja, sem a aplicação dos descontos. No entanto,
entende-se necessária a análise minuciosa do seu impacto sobre os demais itens do processo tarifário,
apurados em função do mercado, tanto da base econômica (encargos, energia requerida e montante de
perdas regulatórias, por exemplo), quanto da base financeira (CVA, Sobrecontratação, Neutralidade, Glosa
Perdas, por exemplo), ou mesmo alguns itens de Parcela B nos processos de revisão tarifária (OPEX do ano
teste, por exemplo), de modo a evitar que esse mercado de energia compensada possa impactar de forma
equivocada os cálculos realizados nos processos tarifários, onerando o consumidor ou as distribuidoras.
Ademais, para que todas as distribuidoras e a sociedade possam avaliar como essa informação será aplicada
nos arquivos de cálculo, propõe-se que a ANEEL promova uma discussão específica sobre o assunto, dando
publicidade aos montantes de subsídios pagos, antes da realização do primeiro processo tarifário de 2023,
para garantir sua aplicação de forma uniforme e correta.
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Serão realizadas discussões específicas sobre as alterações nas planilhas de cálculo, de forma a mapear,
avaliar e tratar os impactos da consideração do mercado de energia compensada.
P. 25 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

IV. Estrutura tarifária


IV.1. Componente tarifário
Contribuição da Energisa:
“Grupo Energisa propõe que seja considerada a mesma tarifa de referência para todos os níveis de tensão,
mitigando assim esse impacto para os consumidores de baixa tensão, já tão onerados por todos os subsídios
do setor elétrico. (...) entende-se que o rateio por igual a todos os níveis de consumidores possa minimizar o
efeito que há ao considerar apenas o mercado cativo das distribuidoras para o cálculo da cota da CDE GD.
(...) Não foi identificado motivação que corrobore com o entendimento de manutenção de rateio
diferenciado, beneficiando clientes de média e alta tensão, especialmente tratando-se de recuperação
financeira relacionada ao sistema de compensação, no qual clientes de média tensão também fazem parte,
em alguns casos, de forma ainda mais representativa que clientes de baixa tensão”.
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
De acordo com o Parecer da PGE n.000222/2023/PFANEEL/PGF/AGU, a Lei 14.300 apenas altera o universo
de pagantes dessa nova rubrica de subsídio. As demais definições da Lei 10.438/2022 não foram afastadas
pelo Marco Legal da MMGD, pelo contrário, em dois momentos a Lei 14.300 remete à Lei 10.438.
Contribuição da EDP:
“Quanto a aplicação das disposições dos parágrafos 3ºB ao 3ºH do artigo 13º da Lei nº 10.438/2002,
entendemos que podem ser mantidas conforme proposta elaborada pela ANEEL.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Contribuição da Abrademp:
“A ABRADEMP entende que a estrutura tarifária deve ser selo, ou seja, tarifa igual para todos os
consumidores. A REN482/2012, origem do subsídio para GD, não apresenta diferenciação regional e a MMGD
é submetida as mesmas regras em todo país, logo não há motivo lógico para aplicação de estrutura tarifária
com diferença regional para cobertura da CDE-GD.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita
De acordo com o Parecer da PGE nº n.000222/2023/PFANEEL/PGF/AGU, a Lei 14.300 apenas altera o
universo de pagantes dessa nova rubrica de subsídio. As demais definições da Lei 10.438/2022 não foram
afastadas pelo Marco Legal da MMGD, pelo contrário, em dois momentos a Lei 14.300 remete à Lei 10.438.
P. 26 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da Cemig:
“(Sugestão de texto): 53. Para o componente TE CDE GD as Tarifas de Referência não obedecerão a trajetória
definida na Tabela 2 deste Submódulo, tendo as tarifas de referência valor unitário em qualquer subgrupo e
posto tarifário. A Lei n. 14.300/22 define que a nova componente tarifária CDE GD será alocada às unidades
do ambiente regulado, não especificando demais critérios que nortearão a construção da nova componente
tarifária. Sugere-se então que não seja adotada a transição associada ao fator regional e de nível de tensão,
disposta na Tabela 2 do PRORET 7.2, e que as Tarifas de Referência da nova componente tarifária TE-CDE-
GD possuam valor unitário, em R$/MWh, em qualquer subgrupo e posto tarifário.
Essa medida irá mitigar o impacto para o cliente de baixa tensão, consequentemente alocando mais custos
de subsídios para a alta tensão. A distribuição igual do custo deste subsídio deve trazer, também, uma maior
atenção de todos os segmentos da sociedade e do setor elétrico para o controle e fiscalização desta conta.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
De acordo com o Parecer da PGE nº n.000222/2023/PFANEEL/PGF/AGU, a Lei 14.300 apenas altera o
universo de pagantes dessa nova rubrica de subsídio. As demais definições da Lei 10.438/2022 não foram
afastadas pelo Marco Legal da MMGD, pelo contrário, em dois momentos a Lei 14.300 remete à Lei 10.438.
Contribuição da Neoenergia:
“Sendo assim, propõe-se que haja previsão regulamentar para que os consumidores que migrarem para o
ACL carreguem também sua parcela referente a CDE-GD de forma garantir o equilíbrio e sustentabilidade do
ACR, evitando que os custos do subsídio à MMGD cobertos pela CDE recaiam apenas sobre os consumidores
que permaneçam nesse mercado, analogamente aquilo que ocorre com a CDE-COVID. (...) Os consumidores
optantes pela migração ao mercado livre após a regulamentação dos aspectos econômicos da Lei
14.300/2022 devem carregar a parcela da CDE_GD ao ACL, de forma a não violar o art. 15, § 5°, da Lei n°
9.074, de 07 de julho de 1995.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
A Lei 14.300/2022 não define encargo de migração ou outra forma de manutenção da obrigação de
pagamento dessa rubrica de custos. Mesmo sendo uma contribuição meritória, a definição de tais
obrigações deve contar em Lei ou Medida Provisória como nos casos das obrigações da Conta Covid (MP
950/2020) e Conta Escassez Hídrica (MP 1078/2021), por exemplo.
Contribuição da CPFL:
“o Grupo CPFL reforça seu pleito já apresentado nas consultas públicas do Ministério de Minas e Energia, de
que considera imprescindível que os consumidores que migrarem ao mercado livre tenham o pagamento
mediante repasse tarifário, cobrado na proporção do consumo de energia elétrica, dos custos remanescentes
das operações financeiras contratadas para atender à finalidade de modicidade tarifária e dos encargos
tarifários que restariam exclusivamente sobre os consumidores do mercado regulado.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
P. 27 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

A Lei 14.300/2022 não define encargo de migração ou outra forma de manutenção da obrigação de
pagamento dessa rubrica de custos. Mesmo sendo uma contribuição meritória, a definição de tais
obrigações deve contar em Lei ou Medida Provisória como nos casos das obrigações da Conta Covid (MP
950/2020) e Conta Escassez Hídrica (MP 1078/2021), por exemplo.
Contribuição da COPEL:
“Dessa forma, considerando a limitação imposta pela Lei, propomos, ao menos, que os consumidores que
solicitarem a migração após a data de regulamentação por parte da Aneel, permaneçam com a obrigação
de pagamento da cota CDE GD, assim como foi feito com a CDE TE Covid.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
A Lei 14.300/2022 não define encargo de migração ou outra forma de manutenção da obrigação de
pagamento dessa rubrica de custos. Mesmo sendo uma contribuição meritória, a definição de tais
obrigações deve contar em Lei ou Medida Provisória como nos casos das obrigações da Conta Covid (MP
950/2020) e Conta Escassez Hídrica (MP 1078/2021), por exemplo.
Contribuição da Abradee:
“a ABRADEE entende que, diante da iminência da abertura total do mercado livre, os consumidores optantes
pela migração ao mercado livre após a regulamentação dos aspectos econômicos da Lei 14.300/2022 devem
carregar a parcela da CDE_GD ao ACL, de forma a não violar o art. 15, § 5°, da Lei n° 9.074, de 07 de julho de
1995. Sendo assim, propõe-se que haja previsão regulamentar para que os consumidores que migrarem para
o ACL carreguem também sua parcela referente a CDE-GD de forma garantir o equilíbrio e sustentabilidade
do ACR, evitando que os custos do subsídio à MMGD cobertos pela CDE recaiam apenas sobre os
consumidores que permaneçam nesse mercado, analogamente aquilo que ocorre com a CDE-COVID.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
A Lei 14.300/2022 não define encargo de migração ou outra forma de manutenção da obrigação de
pagamento dessa rubrica de custos. Mesmo sendo uma contribuição meritória, a definição de tais
obrigações deve contar em Lei ou Medida Provisória como nos casos das obrigações da Conta Covid (MP
950/2020) e Conta Escassez Hídrica (MP 1078/2021), por exemplo.
Contribuição da Celesc:
“Propõe-se que haja previsão regulamentar para que os consumidores que migrarem para o ACL carreguem
também sua parcela referente a CDE-GD de forma a deixar o mercado mais equilibrado e que os custos não
recaiam apenas sobre os consumidores que permaneçam no mercado cativo, da mesma forma como é feito
para a CDE-COVID e previsto no PL 414/2021.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
A Lei 14.300/2022 não define encargo de migração ou outra forma de manutenção da obrigação de
pagamento dessa rubrica de custos. Mesmo sendo uma contribuição meritória, a definição de tais
P. 28 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

obrigações deve constar em Lei ou Medida Provisória como nos casos das obrigações da Conta Covid (MP
950/2020) e Conta Escassez Hídrica (MP 1078/2021), por exemplo.
IV.2. Adequação da Resolução Homologatória dos processos tarifários e demais informações a
serem publicadas
Contribuição da Engie:
“sugerimos que seja avaliada uma forma de disponibilizar aos consumidores o valor correspondente à soma
das parcelas implícitas e explícitas do subsídio como exemplo do que é feito para as bandeiras tarifárias na
fatura de energia.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Em 29 de novembro de 2022, foi publicado o Subsidiômetro, uma ferramenta que detalha os subsídios pagos
pelo consumidor na tarifa de energia. O relatório digital, disponível no portal da ANEEL, conjuga dados
fornecidos pelas distribuidoras de energia e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Contribuição da Abraceel:
“sugerimos que seja avaliada uma forma de disponibilizar aos consumidores o valor correspondente à soma
das parcelas implícitas e explícitas do subsídio como exemplo do que é feito para as bandeiras tarifárias na
fatura de energia.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Em 29 de novembro de 2022, foi publicado o Subsidiômetro, uma ferramenta que detalha os subsídios pagos
pelo consumidor na tarifa de energia. O relatório digital, disponível no portal da ANEEL, conjuga dados
fornecidos pelas distribuidoras de energia e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Contribuição da Equatorial:
“a Equatorial propõe que a memória de cálculo (Planilha PCAT, aba TA-Aplicação) seja mais uma alternativa,
e não a única, de consulta e propõe que seja publicada a atualização das Resoluções Homologatórias dos
processos tarifários das distribuidoras, a partir de 07/01/2023, de modo a gerar transparência e clareza ao
consumidor sobre os valores de desconto, da componente Fio B, da função TUSD Transporte Fio A e dos
encargos P&D e TFSEE, aplicados no faturamento periódico.
(Sugestão de texto): ANEEL deve disponibilizar a resolução homologatória do processo tarifário de cada
distribuidora contendo as seguintes informações:
I- Tabela com as tarifas em vigor de TUSD (kW), TUSD (MWh), TE (MWh), TUSD FIO B (MWh), TUSD FIA
(MWh), P&D (MWh) e TFSEE (MWh);
II- Tabela com os percentuais de descontos tarifários em vigor.”
P. 29 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição Parcialmente aceita.
A Resolução Homologatória n. 3.169, de 29 de dezembro de 2022, homologou os percentuais de redução
para aplicação da regra de transição disposta no art. 27 da Lei n. 14.300/2022 sobre a energia do Sistema de
Compensação de Energia Elétrica – SCEE. Além disso, em 29 de novembro de 2022, foi publicado o
Subsidiômetro, uma ferramenta que detalha os subsídios pagos pelo consumidor na tarifa de energia. O
relatório digital, disponível no portal da ANEEL, conjuga dados fornecidos pelas distribuidoras de energia e
pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Contribuição da Abradee:
“(...) Publicação das Resoluções Homologatórias com a abertura das informações tarifárias necessárias ao
cálculo da tarifa a ser aplicada sobre a energia compensada dos clientes do Sistema de compensação de
Energia Elétrica – SCEE a partir de 07 de janeiro de 2023, sem prejuízo da divulgação da memória de cálculo
(Planilha PCAT, aba TA-Aplicação) como meio adicional de consulta aos valores da componente Fio B, a
função TUSD Transporte Fio A e os encargos P&D e TFSEE, bem como dos percentuais de desconto a ser
aplicado sobre a Parcela B..”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
A Resolução Homologatória n. 3.169, de 29 de dezembro de 2022, homologou os percentuais de redução
para aplicação da regra de transição disposta no art. 27 da Lei n. 14.300/2022 sobre a energia do Sistema de
Compensação de Energia Elétrica – SCEE.

Contribuição da Infracoop:
“A INFRACOOP sugere que o regulamento resultado desta consulta pública explicite que o benefício que será
coberto pela CDE, não condiz com a definição do art.17º e que o custo da MMGD para o sistema deve ser
calculado em processo regulatório futuro.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição fora de escopo.
O regulamento referente a esta Consulta Pública fala em benefício tarifário como o desconto instituído pela
Lei 14300/22, a que o consumidor com MMGD faz jus. O artigo 17 da referida lei não é alvo deste
regulamento.

Contribuição da Abrademp:
“O §2º do art. 17º da Lei 14.300, estabelece que os custos e benefícios sistêmicos da MMGD devem ser
calculados e devem ser adicionados e abatidos, respectivamente, do faturamento da MMGD quando da
aplicação da regra definitiva. A ABRADEMP sugere que o regulamento resultado desta consulta pública
explicite que o benefício que será coberto pela CDE não refere-se a definição do art.17º e que o custo da
MMGD para o sistema deve ser calculado em processo regulatório futuro.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição fora de escopo.
P. 30 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

O regulamento referente a esta Consulta Pública fala em benefício tarifário como o desconto instituído pela
Lei 14300/22, a que o consumidor com MMGD faz jus. O artigo 17 da referida lei não é alvo deste
regulamento.

Contribuição da Infracoop:
“A INFRACOOP solicita que a regulamentação resultante deste processo de consulta pública deixe explícito a
forma de apuração dos subsídios de consumidores-geradores que façam jus tanto ao benefício da MMGD
quanto algum outro benefício (irrigante, tarifa social), com o objetivo de garantir a correta alocação para
cobertura da CDE.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
No art. 3º da Resolução Homologatória n. 3.169, de 29 de dezembro de 2022, define o tratamento dos
consumidores com direito mais de um benefício tarifário.

Contribuição da Conselpa:
“O Conselpa é favorável que o consumidor seja munido de informaçãoes claras, objetivas e diretas destes
custos que integram a CDE, devendo ser destacada na fatura do consumidor cativo para que ele saiba o que
está pagando.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição aceita.
Em 29 de novembro de 2022, foi publicado o Subsidiômetro, uma ferramenta que detalha os subsídios pagos
pelo consumidor na tarifa de energia. O relatório digital, disponível no portal da ANEEL, conjuga dados
fornecidos pelas distribuidoras de energia e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). As
informações que devem constar na fatura de energia constam do Módulo 11 dos Procedimentos de
Distribuição de Energia Elétrica – PRODIST.

Contribuição da Energisa:
“Para isso se faz necessário que a ANEEL conclua e homologue o resultado desta consulta pública até 07 de
janeiro de 2023, data esta que marca a alteração nas regras de faturamento para os clientes entrantes e dos
clientes existentes distribuidoras com mercado até 700GW/ano onde terá o faturamento considerando as
normativas indicadas na Lei 14.300/2022. Ademais, as alterações nos submódulos do PRORET, manual do
SAMP e o envio das informações via SAMP também devem ser concluídos para que não haja perdas nas
adequações dos processos envolvidos.”
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
A instrução e deliberação do respectivo processo não altera os direitos e deveres que constam na Lei
14.300/2022. Eventuais tratamentos diferentes serão oportunamente avaliados.
P. 31 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da Abradee:
“(Sugestão de texto): Módulo 7: Estrutura Tarifária das Concessionárias de Distribuição
Submódulo 7.3
TARIFAS DE APLICAÇÃO
5.3. COBERTURA DOS SUBSÍDIOS TARIFÁRIOS
III- A CDE custeará temporariamente as componentes tarifárias não associadas ao custo da energia e não
remuneradas pelo consumidor-gerador.

A ABRADEE requer que se estabeleça a neutralidade dos impactos da MMGD sobre a receita nos termos
estabelecidos na Lei n° 14.300/22. 1. Que a ANEEL conclua as deliberações acerca do Processo n°
48500.004390/2022-04 e faça as publicações e ajustes normativos necessárias ao cumprimento e
regulamentação dos artigos 22 e 27 antes de 07/01/2023. 2. Na impossibilidade, subsidiariamente, caso a
regulamentação não ocorra no prazo necessário, que os regulamentos prevejam que a CDE ofereça cobertura
integral da receita não recuperada pela distribuidora, nos termos dos artigos 22 e 27, desde 07/01/2023 e,
se cabível, com a devida correção monetária.”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição parcialmente aceita.
O direito ao recebimento é garantido desde 08/01/2023 e os pagamentos da CDE seguem o rito ordinário.

Contribuição da Celesc:
“1. Que a ANEEL conclua as deliberações acerca do Processo n° 48500.004390/2022-04 antes de 07/01/2023,
promovendo os ajustes devidos nos regulamentos existentes, além da emissão de Resolução Normativa sobre
o tema.
2. Caso a regulamentação não ocorra no prazo necessário, que a CDE ofereça cobertura integral da receita
não recuperada pela distribuidora em razão da redução de mercado provocada pelo SCEE para os novos
entrantes, ou seja, aqueles que ingressarem com pedido de conexão após 07 de janeiro de 2023.”

Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição parcialmente aceita.
O direito ao recebimento é garantido desde 08/01/2023 e os pagamentos da CDE seguem o rito ordinário.

Contribuição da Infracoop:
“A INFRACOOP requer que o art.22 da Lei que define o custeio dos subsídios pela CDE da MMGD seja
observado na aprovação da regulamentação ora discutida. Então, mesmo que haja algum movimento para
postergação legislativa para aplicação do início do período de transição estabelecidos no art. 26 e 27 da Lei
14.300, a INFRACOOP entende e sugere que a definição dada pelo Art.22 da referida Lei”.
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição fora de escopo.
Há necessidade de haver materialização de alterações legais para que haja análise da contribuição. O Projeto
de Lei citado não foi votado até o momento.
P. 32 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da Abrademp:
“Necessidade de regulamentação imediata: a ABRADEMP entende e sugere que a definição dada pelo Art.22
da referida Lei e transcrito abaixo seja aplicada imediatamente. ABRADEMP requer que o art.22 da Lei que
define o custeio dos subsídios pela CDE da MMGD seja observado na aprovação da regulamentação ora
discutida”.
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição fora de escopo.
Há necessidade de haver materialização de alterações legais para que haja análise da contribuição. O Projeto
de Lei citado não foi votado até o momento.

Contribuição da Enel:
“Sendo assim, o Grupo Enel Brasil pleiteia a neutralidade para as distribuidoras a partir do dia sete de janeiro
de 2023. Essa neutralidade pode ser concebida das seguintes formas:
1. Que a ANEEL julgue o Processo n° 48500.004390/2022-04 antes do fim de janeiro de 2023 e emita
Resolução Normativa sobre o tema.
2. Que a CDE ofereça cobertura integral do que o consumidor entrante de GD a partir de sete de janeiro de
2023 viria a pagar, até o fim da instrução processual. A partir deste momento, inicia-se a cobrança de parcela
do consumidor. O ressarcimento por meio da CDE é possível já que, de acordo com o art. 27, a CDE “custeará
temporariamente as componentes tarifárias não associadas ao custo da energia e não remuneradas pelo
consumidor-gerador”, o que de fato pode acontecer em caso de a instrução processual ultrapassar o início
do faturamento destes novos consumidores;
3. Por fim, caso a ANEEL não opte pelo item 2 acima, que a distribuidora possa refaturar os consumidores
entrantes de GD a partir de 7 de janeiro de acordo com as normas publicadas pela Agência.”.
Resposta SGT/ANEEL:
Contribuição não aceita.
Este tema sobre faturamento está sendo tratado na CP 51/22.

V. Demais aspectos
V.1. Modicidade tarifária
Contribuição da CPFL:
“Quanto a este item, o Grupo CPFL corrobora com o entendimento dessa Agência de que os créditos de GD
não compensados no prazo previsto na legislação não devem ser revertidos à modicidade tarifária, uma vez
que os créditos gerados pelos consumidores MMGD devem ser tratados como energia e não se materializam
em montante financeiro, além dos demais motivos amplamente expostos na Nota Técnica submetida a esta
Consulta Pública.”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição aceita.
P. 33 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

VI. Cumulatividade de benefícios


Contribuição da Abrademp:
“Cumulatividade de benefícios: A ABRADEMP solicita que a regulamentação resultante deste processo de
consulta pública deixe explícito a forma de apuração dos subsídios de consumidores-geradores que façam
jus tanto ao benefício da MMGD quanto algum outro benefício (irrigante, tarifa social), com o objetivo de
garantir a correta alocação para cobertura da CDE.”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição aceita.
No art. 3º da Resolução Homologatória n. 3.169, de 29 de dezembro de 2022, define o tratamento dos
consumidores com direito mais de um benefício tarifário.

VII. Demais contribuições


Contribuição da Equatorial:
“O crescimento da Geração Distribuída – GD acarreta a redução do mercado e consequentemente promove
uma redução dos custos operacionais reconhecidos na revisão tarifária. Nesse sentido, a Equatorial propõe
adequação do PRORET - submódulo 2.2 de modo a rever o normativo existente e definir novas regras que
garantam a neutralidade da Parcela B na revisão tarifária.
(Sugestão de texto): Módulo 2.2 do PRORET:
“ 14. Nos casos em que houve trajetória de redução via componente T do Fator X na revisão anterior, deve
se apurar a nova proporção considerando tal efeito, conforme equação abaixo.
𝐶𝑂𝐴𝑡=𝐶𝑂𝑅𝑒𝑣−𝑉𝑃𝐵𝑅𝑒𝑣(1−(1−𝑇𝑅𝑒𝑣)𝑁−1)𝑉𝑃𝐵𝑅𝑒𝑣(1−𝑇𝑅𝑒𝑣)𝑁−1(𝑉𝑃𝐵𝐴𝑡+𝐶𝐷𝐸(𝐺𝐷_𝑉𝑃𝐵)𝐴𝑡)
Onde:
CDE(GD_VPB)At: 100% da receita oriunda do ajuste do encargo de GD na apuração da recita de parcela B do
ano teste.
COAt: receita de custos operacionais no Ano Teste;
CORev: valor dos custos operacionais aprovado na última revisão tarifária com ajustes;
VPBRev: valor da parcela B na última revisão tarifária;
TRev: componente T do Fator X definido na última revisão tarifária;
VPBAt: receita de parcela B no Ano Teste; e
N: número de anos do ciclo tarifário da concessionária.”

Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e os impactos
associados à MMGD no processo tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno.
P. 34 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da Abrademp:
“Assim, a ABRADEMP sugere que a cobertura dos benefícios tarifários pela CDE considere a correção da
parcela B incorpore os efeitos retroativos da redução artificial do mercado de BT, para isso deve-se somar ao
mercado faturado de cada processo tarifário o mercado compensado, apurando novamente a receita de
faturamento de fio B e consequentemente a parcela regulatória. Com base no que define o art. 22 da Lei
14.300/2022 de que a CDE custeará as componentes tarifárias não remuneradas pelo consumidor, a
ABRADEMP solicita que o custeio da diferença entre a Parcela B homologa nos processos tarifários e a Parcela
B ajustada conforme item “i” tenha cobertura financeira dada pela CDE.”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição não aceita.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e não há
previsão legal para consideração na CDE de custos retroativos. Os impactos associados à MMGD no processo
tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno.
Contribuição da Cemig:
“é importante que ocorra um aprimoramento na fórmula de cálculo da receita de custos operacionais no ano
teste de forma a considerar a perda de parcela B causada pela queda de mercado devido ao sistema de
compensação de energia, mesmo para a energia gerada pelos consumidores geradores que terão seus
benefícios mantidos pela lei nº 14.300. A receita verificada no Ano Teste é prejudicada pela inserção da GD,
o que afeta o cálculo do Custo Operacional verificado, podendo impactar a nova cobertura regulatória
calculada na revisão.”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e os impactos
associados à MMGD no processo tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno.
Contribuição da Infracoop:
“Assim, a INFRACOOP sugere que: (i) a correção da parcela B teto incorpore os efeitos retroativos da redução
artificial do mercado de BT, para isso deve-se somar ao mercado faturado de cada processo tarifário o
mercado compensado, apurando o real crescimento do mercado de BT, e (ii) como base no que define o art.
22 da Lei 14.300/2022, de que a CDE custeará as componentes tarifárias não remuneradas pelo consumidor,
a INFRACOOP solicita que o custeio da diferença entre a Parcela B teto homologada e a Parcela B teto
ajustada conforme item “i” seja coberta pela CDE.”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição não aceita.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e não há
previsão legal para consideração na CDE de custos retroativos. Os impactos associados à MMGD no processo
tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno.
P. 35 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da Celesc:
“a CELESC D pleiteia que a metodologia de cálculos das perdas seja revisada, de forma a considerar a
neutralidade de mercado sobre os percentuais regulatórios, ajustando-os conforme a redução de mercado
afete:
1. A diferença entre o mercado medido e faturado para cálculo das perdas não técnicas 2. A aplicação do
modelo de benchmarking de perdas não técnicas. 3. A mudança nos percentuais regulatórios estabelecidos
em revisão tarifária a serem aplicados nos reajustes tarifários, derivados das mudanças no denominador da
energia faturada, para perdas técnicas e não técnicas (correção de neutralidade do percentual).”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e os impactos
associados à MMGD no processo tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno.
Contribuição da Energisa:
“(...) o cálculo da parcela da perda regulatória é feito com base no mercado faturado, que vem sendo
impactado pela geração distribuída. Isso implica que, ao serem convertidos em receita, os indicadores de
perdas definidos na revisão tarifária das distribuidoras são aplicados a um mercado cada vez menor – ou que
cresce cada vez menos. Dessa forma, os custos das perdas geradas pela energia injetada via SCEE acabam
sendo alocados para as distribuidoras. (...) Portanto, entende-se que o reconhecimento da perda regulatória
não deveria ser afetado pelo impacto no mercado faturado decorrente do SCEE. Desse modo, a proposta
apresentada nesse processo de consulta pública não resolve o problema das perdas regulatórias, que
deveriam ser corrigidas somando a energia compensada de todos os consumidores-geradores do SCEE no
mercado faturado utilizado para o cálculo da energia requerida, não só os entrantes a partir da data
estipulada”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e os impactos
associados à MMGD no processo tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno
Contribuição da Cemig:
“(...) iii) Os valores que deixam de ser faturados dos consumidores com Geração Distribuída relativos às
componentes tarifárias associadas com as perdas de energia, técnicas e não técnicas, não são objeto de
nenhuma forma de neutralidade, constituindo-se em perdas financeiras ilegítimas para as distribuidoras. (...)
a CEMIG propõe que seja adotado um componente financeiro específico para assegurar a neutralidade dos
valores relativos às perdas de energia, tanto as perdas técnicas quanto às perdas não técnicas, causadas pela
queda de mercado devido à inserção da GD”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e os impactos
associados à MMGD no processo tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno.
P. 36 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

Contribuição da Abrademp:
“Decoupling – Desacoplamento da parcela B: A ABRADEMP entende que a evolução da parcela B não deve
estar relacionada somente a evolução do mercado, pela lógica expressada de que eventuais reduções ou
estagnação de mercado não implica em redução de custo. A ABRADEMP sugere que a regulamentação de
atualização da parcela B teto seja reavaliada.”
Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Os efeitos abordados na contribuição não foram provocados pela publicação da Lei 14300/22 e os impactos
associados à MMGD no processo tarifário serão avaliados em momento posterior e oportuno .
Contribuição da Thaís Dutra:
“Me posiciono contrária em gerar uma tarifa para os que investem em geração de energia limpa em suas
residências ou indústrias. Na minha opinião deveria haver incentivos para isso e não cobrança. Vivemos em
um país de tantos impostos e taxas e ao meu ver, cobrar pela geração de energia solar é o mesmo que multar
alguém por plantar uma árvore. Tenho consciência que a máquina pública vive dos impostos, mas não
justifica a visão focada somente em aumentar os custos da população que é quem mais sofre.
O governo em todas as suas esferas deveria focar em economizar e incentivar boas ações. Diminuir cobrança
de impostos, dar um fôlego para que possamos sobreviver com mais dignidade.
Talvez de nada adiante essa minha fala, que aliás não se trata de lamentação e sim uma constatação da
triste realidade do povo brasileiro.
Entretanto, foi dada a oportunidade de posicionamento e faço uso dela com essas palavras a fim de deixar
registrado minha insatisfação com mais uma ar decisão aprovada que não ajuda em nada a população.
Sejamos diretos, quem vai querer ou poder investir na instalação de sistema de geração de energia solar em
sua residência sabendo que será cobrado por isso? O que sairá mais barato? Certamente que a opção será
usar a energia das fontes comuns.”

Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
O benefício tarifário aos consumidores com MMGD foi estabelecido pela Lei 14.300/22, cabendo à ANEEL a
regulamentação do tema.

Contribuição da Renato Schuler:


“Não possuo energia solar, portanto sou contra eu pagar parte dos custos de geração de energia para os
consumidores que as possuem.
Pago o que consumo e os custos da Aneel utilizados para a minha casa.
Quem pode adquirir energia própria, que arque com despesas de geração desta energia fornecida pela Aneel.
Pago as minhas contas e não aceito pagar contas de outros, o consumidor que produz energia própria, que
pague a conta do governo para geração e distribuição.”

Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
P. 37 da Nota Técnica n. 15/2023-SGT/ANEEL, de 26/01/2023

O benefício tarifário aos consumidores com MMGD foi estabelecido pela Lei 14.300/22, cabendo à ANEEL a
regulamentação do tema.

Contribuição da Absolar:
“158.A subvenção aos benefícios tarifários dos consumidores com instalação de MMGD, dispostos no item
3.2.6, é temporária, de acordo com o disposto nos art. 17, 22, 25, 26 e 27 da Lei nº 14.300/2022.

Resposta SGT/ANEEL
Parcialmente aceita.
Devem ser citados os art. 22, 25, 26 e 27 da Lei 14300/2022, que tratam das obrigações da CDE e do
faturamento dos consumidores durante os períodos de transição.

Contribuição da Infracoop:
“A INFRACOOP sugere a aplicação obrigatória da modalidade branca para MMGD conectada na baixa
tensão, tanto para o faturamento definido para o período de transição quanto para a apuração de cobertura
pela CDE. E ainda, na condição de microgeração remota deve-se apurar o subsídio considerando uma tarifa
para o gerador, em R$, e a tarifa branca para toda energia consumida pela unidade consumidora vinculada.”

Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Contribuição da Abrademp:
“A ABRADEMP sugere a aplicação compulsória da modalidade branca para MMGD conectada na baixa
tensão, tanto para o faturamento definido para o período de transição quanto para a apuração de cobertura
pela CDE. E ainda, na condição de microgeração remota deve-se apurar o subsídio considerando uma tarifa
para o gerador, em R$, e a tarifa branca para toda energia consumida pela unidade consumidora vinculada.”

Resposta SGT/ANEEL
Contribuição fora do escopo.
Sobre a obrigatoriedade de aplicação de determinada modalidade tarifária, entendemos que por mais
meritória que seja a tarifa branca na adequada sinalização de custos, a ANEEL optou pela opcionalidade de
entrada por parte dos consumidores. Em relação ao segundo ponto, a Lei 14.300 é clara ao citar apenas a
parcela de consumo como objeto de custeio da CDE “incidentes sobre a energia elétrica compensada pelas
unidades consumidoras participantes do SCEE”.

Você também pode gostar