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NOVAS REGRAS

MICRO E MINI
GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA
P O N T O S
O U T R O S
T A N T E S
IMPO R
Conteúdo ENERGÊS

Produzido com imenso carinho e


dedicação para você Energista!!
12/2022

Arquivo Rastreável, proibida reprodução nos


termos da Lei nº 9610/98
OUTROS PONTOS
IMPORTANTES DA LEI 14.300

Estamos chegando ao final da nossa série sobre o


Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/22)
e resolvi reunir em um só artigo outros pontos
importantes da lei que merecem a nossa atenção.

Veja aqui 7 pontos, referentes aos artigos:

1.Art. 7º - Prorrogação do prazo para conclusão das


melhorias e dos reforços de rede;

2.Art. 8º § 6º - Custeio das obras para micro e minigeração


pela Lei 14.300;

3.Art, 19 - Incidência da bandeira tarifária;

4.Art. 20 - Iluminação pública pode ter geração distribuída;

5.Art. 23 – Serviços Ancilares;

6.Art 24 - Possibilidade de comercializar os excedentes de


energia;
7.Art. 28 - REIDI (Regime Especial de Incentivos para o
Desenvolvimento da Infraestrutura).

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Ponto 1:

A Lei 14.300/22 trouxe a possibilidade de prorrogação do


prazo de conclusão de obra e, por consequência, o início
do pagamento do valor de demanda contratada nos
casos em que o acessante comunicar e comprovar à
distribuidora de energia elétrica que os trâmites da obra
estão em evolução.

Sobre o tema, o voto do relator da Lei 14.300, referente


ao processo 48500.004924/2010-51, expõe que a
possibilidade de prorrogação do CUSD para centrais
geradoras, distribuidoras acessantes, agente exportador
ou agente importador nos casos previstos no art. 157 da
REN 1.000/2021. Vejamos:

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1. Acordo entre as partes,
2. Situações excludentes de
responsabilidade; ou
3. Quando da alteração de calendário
pela ANEEL.

Dessa forma, serão incluídos os minigeradores na


abrangência do art. 157 da REN 1.000/2021, com
previsão de postergação do CUSD também nos casos
previstos no art. 7º da Lei 14.300. Com isso, a regra
vigente no art. 157 da REN 1.000/2021 e a possibilidade
trazida na Lei estará devidamente regulamentada para
os minigeradores distribuídos.

Esse ponto da Lei 14.300, é uma


disposição autoaplicável da lei.

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Ponto 2:

O Art. 8 da Lei 14.300 fala que os casos de solicitações de


nova conexão ou que sejam necessárias alteração da
conexão, é necessário o cálculo da participação financeira da
distribuidora de energia e também do titular da unidade
consumidora caso necessário.

O cálculo consta no art. 109 da REN 1000/2021.


Art. 8º Para o atendimento às solicitações de nova conexão ou de
alteração da conexão existente para instalação de microgeração ou
minigeração distribuída, deve ser calculada a participação
financeira da concessionária ou permissionária de distribuição de
energia elétrica, bem como a eventual participação financeira do
consumidor-gerador titular da unidade consumidora onde a
microgeração ou minigeração distribuída será instalada, consideradas
as diretrizes e as condições determinadas pela Aneel.

Devo arcar com todo


o custo de conexão
do meu sistema?

Não, os custos serão rateados entre:

Distribuidora Consumidor
Mais informações: Art. 98 a 116 REN 1000/21

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Obras para Microgeração

Segundo o parágrafo sexto do art. 8 da Lei 14.300, sistemas


de microgeração não arcam com custos de obras no sistema
de distribuição, quando as obras forem exclusivamente da
conexão de microgeração distribuída.

Nesse caso, para saber se o consumidor terá ou não que


arcar com algum custo, é preciso verificar se a obra é um
função da geração e injeção de energia (como proteções de
rede), é obrigação da distribuidora arcar com esses custos.

Caso seja uma obra que seja em função do consumidor


(como aumento de potência disponibilizada) poderá haver
participação financeira do consumidor.

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Ponto 3:

AAs bandeiras tarifárias não são cobradas sobre a energia


produzida e injetada na rede por um consumidor com micro
ou minigeração distribuída, esse ponto foi trazido pela Lei
14.300, para não deixar dúvidas.

O consumidor que gera a sua própria energia pagará apenas


as bandeiras tarifárias sobre o que for consumido da
distribuidora, nos termos do art. 19 da lei:

d eiras
Ban rias

Tari

energia consumida energia injetada

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Ponto 4:

A Lei 14.300 em seu artigo 20, permite que as


instalações de iluminação pública façam parte do
Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) por
meio de uma unidade consumidora.

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Ponto 5:

Primeiramente, os serviços ancilares são atividades necessárias


para que a geração e o consumo do sistema funcionem da
maneira adequada e compatível (como controles de frequência,
suporte de reativos, capacidade de entrada em operação rápida,
reserva de potência, etc.)

Com a Lei 14.300, a distribuidora de energia elétrica poderá


contratar esse tipo de serviço de microgeradores e
minigeradores distribuídos, para beneficiar suas redes de
distribuição através de chamadas públicas. A remuneração
dessa contratação deverá regulada pela ANEEL.

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Ponto 6:

De acordo com o artigo 24 da Lei 14.300, existe a


possibilidade de a distribuidora de energia elétrica
promover uma Chamada Pública para comprar energia
de consumidores interessados em vender os seus
excedentes de energia

Este é um ponto da Lei 14.300, está


em processo de regulamentação

Foi realizada a Consulta Pública 31, no período de 2 de


junho a 18 de julho de 2022, e no presente momento as
contribuições recebidas na Consulta Pública estão sendo
analisadas pela SEM (Superintendência de Regulação
Econômica e Estudos do Mercado).

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Ponto 7:

O REIDI (Regime Especial de Incentivos para o


Desenvolvimento da Infraestrutura) tem como finalidade
tornar menos onerosa a implantação de projetos de
infraestrutura, com a não incidência de PIS e COFINS.

Esse incentivo foi criado pela Lei 11.488/07 que


determina que a pessoa jurídica que tenha projeto
aprovado para implantação de obras de infraestrutura
nos setores de transportes, portos, energia, saneamento
básico e irrigação pode ser beneficiária do REIDI.

Em resumo, o regime consiste na suspensão da


incidência das contribuições para PIS (1,65%) e COFINS
(7,6%) sobre as receitas decorrentes de aquisições de
alguns itens relacionados e destinados à utilização ou
incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao
seu ativo imobilizado.

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Além do REIDI outros incentivos são citados neste artigo,
como Debêntures Incentivadas (mecanismo para
financiamento e benefícios no imposto de renda) e FIP IE
(possibilidade de fundos de investimentos), todos esses
são aplicáveis para minigeração distribuída.

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O que a NT n° 41 da ANEEL
fala sobre assunto ?

No Item III.9. Usina híbrida e serviços ancilares (arts. 2º e


23 da Lei nº 14.300/2022), no ponto 154, destaca-se que
referente aos serviços ancilares, para o atendimento do
comando do art. 23 da Lei, a ANEEL deverá estabelecer em
regulamento específico, a ser incluído na lista de ações
constantes da Agenda Regulatória da ANEEL.

Postergação de prazo para conclusão


das melhorias e dos reforços de rede

De acordo com o item III.10. Postergação de prazo para


conclusão das melhorias e dos reforços de rede (art. 7º da Lei
nº14.300/2022).

Primeiramente, a ANEEL destaca que a postergação de que


trata o art. 7º da Lei não se confunde com a postergação do
início do faturamento do CUSD. A Lei apenas, ser refere a
postergação das obras de conexão e, portanto, não abrange
os processos de acesso que não tenham obras, ou cujas
obras já tenham sido finalizadas.

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Ainda sobre esse assunto, é informado que A regulamentação
vigente já prevê, no art. 157 da REN nº 1.000/2021,
prorrogação do CUSD para centrais geradoras, distribuidoras
acessantes, agente exportador ou agente importador nas
situações de:

• acordo entre as partes,


• situações excludentes de responsabilidade ou
• quando da alteração de calendário pela ANEEL.

Assim sendo, sugere-se que, para regulamentar o art. 7º da


Lei, deve-se incluir os minigeradores na abrangência do art.
157 da REN nº 1.000/2021, com previsão de postergação do
CUSD também nos casos previstos no art. 7º da Lei para esses
agentes.

Possibilidade de comercializar
os excedentes de energia
No item III.21. Das alterações promovidas pelos art. 21 e
24 da Lei nº 14.300/2022 foi entendido mais adequado tratar
essas questões em um processo específico, conduzido pela
Superintendência de Regulação Econômica e Estudos de
Mercado – SRM, haja vista que possuem um escopo diferente
do tratado nesta Nota Técnica. Nesse contexto, a SRM
instaurou o Processo nº 48500.004292/2022-69, o qual foi
distribuído à relatoria do Diretor Hélvio Neves Guerra, em 2
de maio de 2022.

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Confira agora o resumo dos pontos importantes
sobre a Lei 14.300/22, tratamos neste artigo:

16
Acompanhe os outros
materiais da série.

VAMOS PASSAR MAIS TEMPOS JUNTOS?

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