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NOVAS REGRAS

MICRO E MINI
GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA

TU S D G
Conteúdo ENERGÊS

Produzido com imenso carinho e


dedicação para você Energista!!
11/2022

Arquivo Rastreável, proibida reprodução nos


termos da Lei nº 9610/98
DEMANDA CONTRATADA
- TUSDG
Com o marco legal da micro e minigeração distribuída
(Lei 14.300/22), tivemos mudanças significativas em
relação à cobrança pelo uso da rede, neste artigo
específico falaremos da TUSD G, ou demanda
contratada.

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3
A Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição - TUSD é o
Valor monetário unitário determinado pela ANEEL, em
R$/kW, utilizado para efetuar o faturamento mensal de
usuários do sistema de distribuição de energia elétrica
pelo uso do sistema.
Aqui estamos falando da TUSD fixa, também
chamada de DEMANDA CONTRATADA.
Então:

- Valor por kW (R$/kW)

Pago todos os meses por quem usa o sistema


da distribuidora
Beleza?

Com a Lei 14300/22, os consumidores passam a


pagar a TUSD G pelo uso da rede para injetar energia
proveniente de uma geração de energia via sistema
de compensação de energia.

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Com a cobrança da TUSD G para as usinas de
minigeração, a redução pode chegar em até 80%
dependendo a distribuidora.

Veja abaixo a diferença entre TUSD C (ou


TUSDdemanda) e TUSD G (ou TUSDinjeção) de
algumas distribuidoras:

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A Lei 14.300/22 modificou a maneira como as
usinas de minigeração devem remunerar a
distribuidora pelo uso da rede, de maneira que a
TUSD aplicada para estes casos, passa a ser a
TUSD G, no lugar da TUSD C, conforme o art. 18:

Pela aplicação da norma anterior (REN 482/2012),


as usinas de geração distribuída de média tensão
que fazem o uso da rede para injetar/gerar
energia, pagam pelo uso da rede como se fossem
consumir energia.

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Potência Usina x TUSD C

Essa aplicação onera o consumidor-gerador, pois


a cobrança pelo uso da rede para o consumidor
de energia é maior quando comparada ao caso
do gerador que somente injeta energia na rede.

Com a Lei 14.300/22, leva-se em conta a forma


como a unidade consumidora usa a rede
distribuidora: se para injetar/gerar (TUSG G) ou
consumir energia (TUSD C).

Potência Injetada x TUSD G

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Esses dados são encontrados no site da ANEEL, em
processos tarifários, veja o passo a passo a seguir:

01 Entre no site:
https://www2.aneel.gov.br/aplicacoes_liferay/tarifa/

Ex.: Celesc
TUSD C: R$15,64 TUSD G: R$ 3,46

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Conforme exemplo da CELESC,
distribuidora de energia em SC:

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Nesses casos, a contratação e o faturamento de
demanda devem observar as regras estabelecidas no
§2º do art. 127, no §3º do art. 149 e no inciso II do §1º
do art. 294 da REN n° 1.000/2021.

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Sendo assim, uma geração junto à carga
paga a Demanda Contratada referente ao
seu uso (TUSD C) e, caso a usina instalada
necessite de uma potência maior, essa
diferença será valorada com a TUSD G.

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Potência disponível para o consumidor x
TUSD C + [(Potência da Usina – Potência
disponível para o consumidor ) x TUSD G]

Potência da Usina – Potência


100 kW disponível para o consumidor
300 - 200 kW * TUSD G
100 * 3,46 = R$ 346,00

200 kW Potência disponível para o


consumidor ou Demanda
Contratada da UC
200 kW * TUSD C
200 * 15,64 = R$ 3.128,00
Ex.: UC com 200 kW
com Usina de 300 kW = R$ 3.474,00/mês

Trata-se de uma disposição da lei que já está


valendo, mas existe um marco definido para
iniciar a sua aplicação. Veja como vai ocorrer:

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1) As usinas que tiverem direito adquirido irão iniciar a
aplicação da TUSD G a partir da revisão tarifária da
distribuidora de energia após a publicação da lei (após o
dia 07/01/22), conforme art. 26 da Lei 14.300/22.

É importante diferenciar Revisão Tarifária de Reajuste


Tarifário.

2) As usinas que não tiverem direito adquirido


começam a ter a aplicação da TUSD G de forma
imediata, ou seja, as que protocolarem sua Solicitação
de Orçamento de Conexão a partir do dia 7/1/2023.

Em 2022 tivemos
9 revisões tarifárias em
diferentes distribuidoras
de energia elétrica:

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Você pode encontrar essa informação no site da ANEEL,
em processos tarifários, veja o passo a passo a seguir:

1° Passo: Clique aqui para entrar no site da


ANEEL;

2° Passo: Selecione a distribuidora;

3° Passo: Em “Tipo de processo” selecione


“Revisão”;

4° Passo: Verifique quando foram as últimas


revisões da sua distribuidora e assim no
mesmo intervalor haverá a próxima revisão.

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No caso do exemplo abaixo, houve uma revisão em 2016 e a última revisão foi
em 2021, um intervalor de 5 anos, portanto a próxima revisão será em 2026.

O que a NT n° 41 da ANEEL
fala sobre assunto ?

A NT aborda o assunto no item “III.15. Custo de


Transporte” propondo que a TUSD G prevista para
usinas de geração distribuída seja paga por todos os
sistemas com geração distribuída, ou seja, tanto
micro como minigeração deveriam pagar a TUSD.

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Esse ponto foi trazido pela ANEEL tendo em vista a
disposição do parágrafo único do art. 18 da Lei 14.300/21,
que estabelece que deve ser aplicado a tarifa do custo de
transporte para unidades do micro e minigeração
distribuída, se para injetar ou consumir energia.

Assim, a ANEEL sugere que para as usinas inferiores a 30


kW o pagamento seria realizado conforme a exportação de
energia para a rede (estimada), através da seguinte
fórmula

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Para unidades com potência instalada de até 30 kW:

Em que:

Injeção: valor de energia ativa injetada na rede apurada pelo medidor no ciclo de
faturamento, em kWh;
Consumo: o maior valor entre a energia ativa consumida da rede apurada pelo
medidor no ciclo de faturamento e os valores estabelecidos no art. 291, em kWh,
limitado ao valor da Injeção.
FC: Fator de capacidade da fonte, definido em ato da ANEEL;
TUSDg: Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição aplicável a centrais geradoras

Exemplo:
Um consumidor com consumo médio mensal de 400 kWh e
uma injeção média mensal de 500 kWh tem uma exportação
líquida de 100 kWh. Assumindo-se um fator de capacidade
de 15%, TUSD G de 4,8/kW, a demanda estimada associada à
essa exportação líquida de energia é de 0,93 kW, resultando
no pagamento de R$ 4,46 no ciclo de faturamento em
questão.

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Para unidades com potência instalada acima 30 kW:

Em que:

Demanda Injeção: maior valor entre a demanda contratada da central


geradora e a demanda medida de injeção, em kW e;

Demanda Consumo: demanda medida requerida do sistema, em kW,


limitado ao valor da Injeção;

TUSDg: Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição aplicável a centrais


geradoras

Exemplo:

Ao consumidor com demanda de injeção líquida de 75 kW,


por sua vez (que representaria uma microgeração remota
de 75 kW de capacidade instalada), TUSD G de 4,8/kW,
haveria uma cobrança mensal de R$ 360 referente ao uso
da rede para fins de injeção de energia.

Leia o QR Code para acessar


a nota técnica completa
ou acesse o link abaixo:
https://drive.google.com/drive/folders/1xsz3F-
iUQzC-WCenGxEZ9Bh5A2i7u5uR?usp=sharing

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186. (...)
o fato de a segunda parte do caput do art. 18 não ter mencionado
a microgeração distribuída não significa que tais unidades
tenham sido isentas do custo de transporte. Pelo contrário, uma
leitura harmônica de toda a Lei n° 14.300/2022, incluindo as
cobranças sobre a parcela de energia compensada previstas no
art. 17 e nas disposições transitórias dos arts. 26 e 27 (que não
distinguem a cobrança de encargos da microgeração e
minigeração), levam à interpretação de que o art. 18 também se
estende à microgeração.

196. Para aplicação desse conceito, é preciso emular uma


demanda (em kW) que representa o excesso de energia injetado
na rede, sobre a qual incidirá a TUSDg (em R$/kW), ou,
alternativamente, utilizar um medidor que seja capaz de registrar
a demanda de consumo e de injeção, possibilitando a apuração
direta do excesso de injeção, em kW. A primeira opção, embora
simples e menos onerosa, tem a desvantagem da imprecisão
(trata-se de uma estimativa de demanda), enquanto a segunda
opção retrata de forma mais precisa o uso feito da rede para fins
de injeção, mas implica no uso de medidor com requisitos
adicionais.

197. Assim, mediante os prós e contras de ambas as alternativas,


entende-se oportuno que o medidor com registro de demanda
seja exigido para sistemas maiores, com potência instalada
superior a 30 kW. Para unidades consumidoras com
microgeração de até 30kW, seria aplicada a estimativa de
demanda a partir do excedente de energia injetado na rede.

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18
Pela REN 482/2012 o prossumidor do Grupo A com
minigeração distribuída paga a TUSD C, com a potência
associada à unidade consumidora. Com a Lei 14.300/22, as
usinas devem pagar a TUSD G relativa à potência injetada na
rede distribuidora.

1) As usinas com direito adquirido começam a


aplicação da TUSD G a partir da revisão tarifária da
distribuidora após a publicação da lei.

2) As usinas sem direito adquirido começam a


aplicação da TUSD G de forma imediata, ou seja, a
partir do primeiro ciclo de faturamento em 2023.

3) A NT 41 propõe que a TUSD G seja paga por todos os


sistemas com geração distribuída, ou seja, tanto micro
como minigeração.

Deste modo, é importante que todos enviem suas


contribuições na Consulta Pública nº 51/22, sobre sua
opinião a respeito das possíveis formas de regulação
desse ponto. A CP fica aberta para contribuições até o
dia 19/12/2022.

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Acompanhe os outros
materiais da série.

VAMOS PASSAR MAIS TEMPOS JUNTOS?

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