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NOVAS REGRAS

MICRO E MINI
GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA

N O V A F O R M A D E
C O M P E N S A Ç Ã O
Conteúdo ENERGÊS

Produzido com imenso carinho e


dedicação para você Energista!!
10/2022

Arquivo Rastreável, proibida reprodução nos


termos da Lei nº 9610/98
NOVA FORMA DE
COMPENSAÇÃO DE ENERGIA

O Marco Legal da Geração Distribuída


trouxe um novo formato de compensação,
o que muitos chamam de “taxação do sol”,
e estabeleceu algumas regras de transição
para a sua aplicação.

Antes de explicarmos como fica esse novo


formato de compensação vamos
esclarecer alguns pontos.

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Entendendo a “taxação do sol”

Primeiramente, usar o termo “taxação do sol”


está errado, por isso está entre aspas. Isso
porque não estamos falando de tributos ou
taxas fixas e sim de componentes da tarifa de
energia elétrica, que ocorre antes mesmo de
incidir os tributos.

Hoje, o consumidor que gera sua própria


energia e injeta na rede da distribuidora,
compensa todas as componentes
(compensação de 1:1), ou seja, ele pode gerar a
energia e injetar na rede e receber de volta o
mesmo valor proporcional aos kWh que injetou.

Assim, supondo que essa


energia equivale a R$ 1,00
o kWh, ao injetar energia
na rede, ele recebe de
volta esse R$ 1,00.

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A rede da distribuidora funciona como
uma bateria, ela recebe a energia que os
sistemas estão produzindo e não estão
utilizando naquele momento e entrega a
energia quando a unidade consumidora
precisa.

Porém, nesse atual formato de


compensação, o uso do sistema de
distribuição não é remunerado.

Dessa forma, a mudança que acontecerá


a partir de 2023, trazida pela Lei
14.300/22, é o novo formato de
compensação, com o início da
remuneração pelo uso do sistema de
distribuição, somente sobre a energia
que será injetada na rede e não sobre
toda a energia produzida.

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No quadro ao lado,
podemos observar os
componentes da tarifa de
energia, o componente que
remunera a distribuidora é
o Fio B (transporte).

A cobrança pelo uso da


rede, ocorrerá,
prioritariamente na TUSD
Fio B, em regra, não será
total de maneira imediata.

Ela incidirá de forma gradual, ao longo dos


anos, iniciando com 15% no primeiro ano
(2023), aumentando 15% em cada ano até
chegar aos 90%.

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Aplicação e Prazos

As regras de transição terão um prazo de


duração, que será de acordo com a implantação
da usina ou o protocolo de Solicitação do
Orçamento de Conexão na distribuidora.

Com o objetivo de facilitar o entendimento


dessas regras, dividimos em 3 Grupos:

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Direito Adquirido

Os sistemas já existentes ou cuja Solicitação de


Orçamento de Conexão seja protocolada até
7/1/2023, terão a manutenção da regra de
compensação de todos os componentes
tarifários até o ano de 2045.

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Direito Adquirido
Os sistemas já existentes ou cuja Solicitação de
Orçamento de Conexão seja protocolada até
7/1/2023, terão a manutenção da regra de
compensação de todos os componentes
tarifários até o ano de 2045.

Obs.: Teremos um e-book para falar somente sobre Direito Adquirido.

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REGRA DE TRANSIÇÃO
(GRUPO 2 e 3

As novas unidades consumidoras, que


entrarem com pedido de solicitação de
orçamento de conexão após 07 de janeiro de
2023, terão um novo formato de compensação,
de maneira que não haverá mais a
compensação total e paritária da componente
TUSD Fio B
.
Isso quer dizer que essa componente vai
começar a incidir, de forma gradual,
observando as diretrizes do Art. 27 da Lei
14.300/22:

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Na prática:
Haverá cobrança do Fio B, de maneira
gradual, iniciando em 15%, até 90%,
conforme Art. 27 da Lei 14.300/22, veja um
exemplo fictício da cobrança:

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Nos casos de usinas maiores que 500kW em
Autoconsumo remoto ou Geração
Compartilhada, de fonte não despachável,
quando um titular tiver mais ou igual a 25%
do percentual do rateio de créditos, deve-se
considerar de imediato a cobrança dos
seguintes componentes:

100% da TUSD Fio B + 40% da


TUSD fio A + TFSEE + P&D + EE

Art. 27. (...)


§ 1º Para as unidades de minigeração distribuída acima de 500 kW (quinhentos quilowatts) em fonte
não despachável na modalidade autoconsumo remoto ou na modalidade geração compartilhada em
que um único titular detenha 25% (vinte e cinco por cento) ou mais da participação do excedente de
energia elétrica, o faturamento de energia das unidades participantes do SCEE deve considerar, até
2028, a incidência:

I - de 100% (cem por cento) das componentes tarifárias relativas à remuneração dos ativos do serviço
de distribuição, à quota de reintegração regulatória (depreciação) dos ativos de distribuição e ao custo
de operação e manutenção do serviço de distribuição;

II - de 40% (quarenta por cento) das componentes tarifárias relativas ao uso dos sistemas de
transmissão da Rede Básica, ao uso dos transformadores de potência da Rede Básica com tensãro
inferior a 230 kV (duzentos e trinta quilovolts) e das Demais Instalações de Transmissão (DIT)
compartilhadas, ao uso dos sistemas de distribuição de outras distribuidoras e à conexão às instalações
de transmissão ou de distribuição;

III - de 100% (cem por cento) dos encargos Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética
(EE) e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE); e

IV - da regra disposta no art. 17 desta Lei a partir de 2029.

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Regra de Transição 1
Os projetos que enviarem o protocolo de
solicitação de orçamento de conexão entre o 13º e
o 18º mês contado da publicação da lei, ou seja,
entre janeiro e julho de 2023, continuam na regra
de transição até o 31/12/2030.

Isso quer dizer que terão um período de transição


de 8 anos para a aplicação do novo regime tarifário
da lei a ser definido pela ANEEL, com a publicação
do resultado do chamado Encontro de Contas – que
iremos entender melhor ao final desse artigo.

ART 27. § 2º Para as unidades que protocolarem


solicitação de acesso na distribuidora entre o
13º (décimo terceiro) e o 18º (décimo oitavo)
mês contados da data de publicação desta Lei, a
aplicação do art. 17 desta Lei dar-se-á a partir de
2031.

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Regra de Transição 2

Neste Grupo estão todos os sistemas que realizarem o


protocolo de solicitação do Orçamento de Conexão após
julho de 2023 estarão dentro das regras de transição com
a cobrança escalonada até 31/12/2028.

Após essa data, começará a incidir a cobrança das regras


tarifárias estabelecidas pela ANEEL de acordo com as
disposições trazidas no Encontro de Contas que será
publicado até o mês de julho de 2023 pela ANEEL,
conforme Art. 17 da Lei 14.300/22.

Esses sistemas terão um período de transição de 6 anos,


sendo menor que os demais grupos, devido ao fato de já
conhecerem o resultado do Encontro de Contas.

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ENCONTRO DE CONTAS

Após o 18º mês da publicação da lei, ou seja, em julho de


2023, ocorrerá o chamado Encontro de Contas, em que a
ANEEL vai estabelecer as regras tarifárias definitivas para
as unidades de geração distribuída após direito adquirido
e as regras de transição

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Cronograma da
Regra de Transição

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O que a NT n° 41 da ANEEL
fala sobre assunto ?

A Nota Técnica aborda o assunto no item III.18. “Sistema


de Compensação (arts. 9, 10, 11, 17, 20, 26 e 27 da Lei n°
14.300/2022)” mantendo e não adicionando nenhuma
informação em relação à Lei.

Leia o QR Code para acessar


a nota técnica completa
ou acesse o link abaixo:
https://drive.google.com/drive/folders/1xsz3F-
iUQzC-WCenGxEZ9Bh5A2i7u5uR?usp=sharing

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RESUMO DO NOVO FORMATO
DE COMPENSAÇÃO DE ENERGIA
E REGRA DE TRANSIÇÃO

% DE COBRANÇA COMPONENTES TARIFÁRIOS


DA TUSD FIO B COBRADOS
Geração Junto à Carga Autoconsumo Remoto maior 500 kW
Geração Compartilhada
Geração Compartilhada - Quando um consumidor tiver 25%
EMUC
ou mais dos créditos
Autoconsumo até 500 kW
Fontes Despacháveis – qualquer modalidade
100% da TUSD Fio B + 40% da
2023 a 2028 TUSD fio A + TFSEE + P&D
2023 15% do Fio B

2024 30% do Fio B 2029* A DEFINIR

2025 45% do Fio B


Projetos protocolados entre o 13º e o 18º
mês de publicação da Lei pagam 90% do
2026 60% do Fio B Fio B até 31/12/2030.

2027 75% do Fio B


Os benefícios da MMGeração
Distribuída deverão ser introduzidos
2028 90% do Fio B ao cálculo. Devem ser divulgados
após 18 meses da publicação da Lei.
2029* A DEFINIR

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Acompanhe os outros
materiais da série.

VAMOS PASSAR MAIS TEMPOS JUNTOS?

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