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Submódulo 15.

Administração dos Contratos de


Uso do Sistema de Transmissão
Data e instrumento de
Rev. Nº. Motivo da revisão aprovação pela
ANEEL
15/09/10
1.1 Atendimento à Resolução Normativa ANEEL
Despacho SRT/ANEEL
nº 349, de 13 de janeiro de 2009.
nº 2744/10
16/12/16
Versão decorrente da Audiência Pública nº
2016.12 Resolução Normativa
020/2015.
nº 756/16
03/03/20
Versão decorrente da Consulta Pública nº
2020.03 Resolução Normativa
030/2019
nº 873/20

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Assunto Submódulo Revisão Data de Vigência

ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS DE USO DO 15. 4 2020.03 01/04/2020


SISTEMA DE TRANSMISSÃO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 4
3 PRODUTOS .................................................................................................................................... 4
4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 4
5 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 5
6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO ............................................................................... 6
6.1 ELABORAÇÃO DE MINUTAS E MODELOS DE CONTRATOS ................................................................. 6
6.2 REQUISITOS PARA CELEBRAÇÃO OU ADITAMENTO DE UM CUST, CCG OU CFB .............................. 6
6.3 DEFINIÇÃO DOS CONTRATOS A SEREM CELEBRADOS ..................................................................... 7
6.4 CONTRATAÇÃO DO MUST ........................................................................................................... 9
6.5 CRITÉRIOS PARA A CELEBRAÇÃO DE CUST ................................................................................ 13
6.6 PROCEDIMENTOS PARA CELEBRAÇÃO OU ADITAMENTO DOS CONTRATOS ...................................... 22
6.7 ADMINISTRAÇÃO DOS PARÂMETROS DOS CONTRATOS ................................................................. 23
7 HORIZONTE, PERIODICIDADE E PRAZOS ............................................................................... 24
7.1 PARA A ELABORAÇÃO DAS MINUTAS E DOS MODELOS DE CONTRATOS ........................................... 24
7.2 PARA A ALTERAÇÃO DE TEXTO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS ....................................................... 24
7.3 PARA A CELEBRAÇÃO DOS CUST, DOS CCG, RESPECTIVOS TERMOS ADITIVOS E APRESENTAÇÃO DE
CFB ............................................................................................................................................... 24
7.4 PARA RECONTRATAÇÃO ANUAL .................................................................................................. 25
8 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS ........................................................................................ 26
9 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 26
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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

1 INTRODUÇÃO
1.1 Entre suas atribuições como coordenador do acesso do sistema de transmissão, o Operador
Nacional do Sistema Elétrico – ONS administra os Contratos de Uso do Sistema de Transmissão –
CUST e os mecanismos de garantia financeira, quais sejam, os Contratos de Constituição de
Garantia – CCG e Cartas de Fiança Bancária – CFB; essa atividade abrange a elaboração de
minutas e modelos de contratos, a negociação e celebração, bem como a revisão de cláusulas
contratuais, a atualização dos anexos e, finalmente, a rescisão de contratos.
1.2 Por meio desses contratos, os usuários 1 assumem responsabilidades pelo cumprimento dos
Procedimentos de Rede e pelo custeio do sistema de transmissão e têm, como contrapartida, o
direito ao uso do sistema de transmissão, incluindo as instalações destinadas a Interligações
Internacionais. Esse direito é garantido pela:
(a) disponibilização das instalações integrantes da Rede Básica pelas concessionárias de
transmissão, por meio dos Contratos de Prestação de Serviços de Transmissão – CPST;
(b) disponibilização das instalações de energia elétrica destinadas a interligações internacionais
pelas concessionárias de transmissão ou pelas equiparadas à transmissoras 2, igualmente
por meio de CPST; e.
(c) coordenação dos serviços de transmissão de energia elétrica, exercida pelo ONS.
1.3 A Figura 1 ilustra as relações contratuais entre os agentes e o ONS, entre as quais está o
CUST.

CCI CCI

CONCESSIONÁRIAS CUST
CPST ONS USUÁRIOS
DE TRANSMISSÃO CCG

CCT __________
Partes
15.01 Relac Contrat.vsd CCT-TA ---------- Interveniente

Figura 1 – Relações Contratuais entre os agentes e o ONS


1.4 Para o entendimento global dos contratos firmados entre o ONS e os agentes, recomenda-se a
leitura dos itens 4 e 6 do Submódulo 15.1 Administração de serviços e encargos de transmissão:
visão geral.
1.5 Os módulos e submódulos aqui mencionados são:
(a) Módulo 3 Acesso às instalações de transmissão;
(b) Submódulo 3.3 Solicitação de acesso;
(c) Módulo 4 Ampliações e reforços;

1 Para fins deste Submódulo "Usuários: Todos os agentes conectados ao SISTEMA DE TRANSMISSÃO ou
que venham a fazer uso da REDE BÁSICA."
2 Art.17°, Parágrafos 6° e 7° da Lei n° 9.074, de 7 de julho de 1995, Portaria n° 1004, de 28 de dezembro de
2010 e Resolução Normativa n° 442, de 26 de julho de 2011

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(d) Submódulo 5.2 Consolidação da previsão de carga para estudos de ampliações e reforços
e do planejamento da operação elétrica;
(e) Módulo 6 Planejamento e programação da operação elétrica;
(f) Submódulo 15.1 Administração de serviços e encargos de transmissão: visão geral
(g) Submódulo 15.2 Disponibilização de dados para cálculo tarifário;
(h) Submódulos 15.7 Apuração dos Montantes de Uso do Sistema de Transmissão;
(i) Submódulo 15.8 Apuração mensal de serviços e encargos de transmissão associados à
TUST-RB e Interligações Internacionais
(j) Submódulo 15.9 Apuração mensal de serviços e encargos de transmissão – fronteira;
(k) Submódulo 18.2 Relação dos sistemas e modelos computacionais;
(l) Módulo 24 Processo de integração de instalações; e
(m) Módulo 26 Modalidade de operação de usinas.

2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é estabelecer as diretrizes e os procedimentos básicos para a
administração dos CUST, dos CCG e das CFB, e padronizar as práticas do ONS e dos usuários,
em conformidade com a regulamentação vigente.

3 PRODUTOS
3.1 Os produtos do processo descrito neste submódulo são:
(a) Minutas de CUST e modelos de CCG e CFB.
(b) Procedimentos para a celebração dos CUST entre os representantes dos usuários e o ONS.
(c) CCG e CFB atualizados e dimensionados para cobrir os pagamentos dos respectivos CUST.
(d) Relatório de compatibilização dos Montantes de Uso do Sistema de Transmissão – MUST
contratados nos CUST com as demandas representadas no Plano de Ampliações e
Reforços – PAR e no Plano de Operação Elétrica - PEL.
(e) Dados cadastrais de usuários, empreendimentos3, pontos de conexão, CUST, CCG e
MUST, a serem utilizados nos demais processos do ONS, concessionárias de transmissão
e usuários, Ministério de Minas e Energia – MME, Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica – CCEE e Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, de acordo com regras
vigentes de acesso aos dados.

4 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO


4.1 Alterações decorrentes da Consulta Pública ANEEL nº 030/2019.

3 Para fins deste Submódulo “empreendimento: Concessão de Transmissão, Concessão ou Permissão de


Distribuição, Concessão ou Autorização de Geração, Autorização para Importação e/ou Exportação,
Unidades Consumidoras sob responsabilidade de Consumidores Livres ou Potencialmente Livres.”

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5 RESPONSABILIDADES
5.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
(a) Estabelecer minutas do CUST e modelos de CCG e CFB.
(b) Contratar e administrar os serviços de transmissão de energia elétrica e respectivas
condições de acesso4.
(c) Representar as concessionárias de transmissão na celebração dos CUST, bem como
administrar a cobrança e a liquidação dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão –
EUST e a execução de garantias financeiras, por conta e ordem dos agentes de
transmissão5.
(d) Administrar os CUST, CCG e as CFB.
(e) Obter, dos usuários do sistema de transmissão e das Interligações Internacionais, as
informações necessárias ao preenchimento e atualização dos anexos dos CUST, contendo
os MUST a serem contratados por esses usuários.
(f) Solicitar homologação das propostas de alterações de cláusulas do CUST que possam
interferir nas garantias e prazos de recebimento de receitas
(g) Obter, da ANEEL, as informações de competência dessa Agência necessárias ao
desenvolvimento dos processos relacionados neste submódulo, a saber:
(1) caracterização dos usuários da Rede Básica e das instalações destinadas a
interligações internacionais, definição das condições para uso do sistema de
transmissão, explicitadas por meio de contratos de concessão, autorizações,
permissões e demais documentos regulatórios; e
(2) condições gerais para a conexão e uso do sistema de transmissão.
(h) Obter internamente as informações e dados sob sua responsabilidade, a saber:
(1) versões anteriores de CUST, CCG e CFB; e
(2) data do início da operação em teste, declarações de atendimento aos requisitos dos
Procedimentos de Rede (Módulo 24) e pareceres de acesso (Módulo 3).
(i) Disponibilizar dados para os demais processos, em especial os relativos aos MUST
contratados pelos usuários, que devem ser consolidados com os valores de demanda
declarados pelos usuários quando da elaboração do PAR (Módulo 4), do Planejamento da
Operação Elétrica (Módulo 6) e da Consolidação da Previsão de Carga (Submódulo 5.2) de
acordo com os Procedimentos de Rede.
(j) Implementar e manter bases de dados e sistemas de informação necessários ao
desempenho desses serviços.
5.2 Usuários
(a) Fornecer, ao ONS, os dados e informações constantes nos anexos dos CUST, bem como
outros dados definidos pela regulamentação ou pelo próprio ONS, necessários à contratação
do uso do sistema de transmissão e das Interligações Internacionais.
(b) Celebrar os CUST com o ONS6.

4 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 9.648/98, Art. 13, parágrafo único, alínea (d)
5 ONS. CPST
6 ANEEL. Resolução n 281/99, Art 6o

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5.3 Concessionárias de Transmissão


(a) Disponibilizar eventuais dados e informações necessárias ao processo de estabelecimento
do CUST.

6 DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO

6.1 Elaboração de minutas e modelos de contratos


6.1.1 A elaboração de minutas dos CUST e de modelos dos CCG segue os seguintes princípios
básicos, definidos pela legislação:
(a) Assegurar tratamento não discriminatório a todos os usuários.
(b) Estabelecer as condições gerais do serviço a ser prestado, bem como as condições técnicas
e comerciais a serem observadas, dispondo, no mínimo, sobre:
(1) a obrigatoriedade da observância aos Procedimentos de Rede;
(2) a obrigatoriedade da observância à legislação específica e às normas e padrões
técnicos de caráter geral da concessionária proprietária das instalações acessadas;
(3) os MUST contratados, bem como as condições e antecedência mínima para a
solicitação de alteração desses MUST;
(4) a definição dos locais e dos procedimentos para medição e informação de dados;
(5) os índices de qualidade relativos aos serviços de transmissão a serem prestados; e
(6) as penalidades pelo não atendimento dos índices de qualidade relativos aos serviços
de transmissão a serem prestados.
(7) a administração, pelo ONS, da cobrança e liquidação dos Encargos de Uso da
Transmissão, e dos encargos setoriais previstos em lei.
(8) a execução do sistema de garantias por conta e ordem das transmissoras ou do ONS.
(9) as penalidades por atraso no pagamento de encargos.
(10) a sujeição a novos procedimentos de caráter geral estabelecidos em resolução da
ANEEL e aos Procedimentos de Rede.
6.1.2 Os contratos devem ter cláusulas iguais para todos os usuários de mesma categoria
(concessionárias de distribuição, concessionárias de geração, consumidores livres e potencialmente
livres, importadores e exportadores).
6.1.3 Seguindo essas diretrizes básicas, o ONS coordena a discussão das minutas e modelos de
contratos com as partes envolvidas.
6.1.4 Os casos incomuns, que não se enquadrarem na minuta proposta, serão analisados pela
ANEEL.
6.1.5 O resultado desse processo são as minutas de CUST e os modelos de CCG e CFB
disponibilizados no site do ONS.

6.2 Requisitos para celebração ou aditamento de um CUST, CCG ou CFB


6.2.1 Atividades básicas
6.2.1.1 A necessidade de celebração de novo CUST, CCG ou CFB ou de aditamento de contratos
já existentes é identificada a partir das seguintes atividades básicas:

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(a) acompanhamento da emissão de regulamentação que determina alterações nas regras de


contratação do uso do sistema de transmissão;
(b) acompanhamento de pareceres de acesso emitidos pelo ONS, e as revisões desses
pareceres;
(c) recebimento de pareceres de acesso emitidos pelas distribuidoras, referentes a geradores
conectados em seus sistemas e despachados centralizadamente pelo ONS; e
(d) criação ou alteração de empresas ou de agentes reconhecidos como usuários perante a
regulamentação de acesso ao sistema de transmissão.
6.2.1.2 Para a realização desse processo, é necessário que os dados e informações listados no
item 5 deste submódulo sejam fornecidos nos prazos estabelecidos no item 7 deste submódulo.

6.2.2 Usuários que devem celebrar ou aditar um CUST


6.2.2.1 Deverá haver um CUST para cada:
(a) agente de geração, com usina despachada centralizadamente conectada à Rede Básica;
(b) agente de geração com usina despachada centralizadamente e conectada a instalação sob
responsabilidade de distribuidora;
(c) agente de geração, com usina despachada centralizadamente e conectada às Demais
Instalações de Transmissão – DIT disponibilizadas às distribuidoras;
(d) agente de geração com usina que acessa a Rede Básica por meio de ICG;
(e) agente de distribuição com instalações conectadas à Rede Básica, ou que acessa a Rede
Básica por meio de conexão às DIT ou ICG;
(f) consumidores, autoprodutores e produtores independentes quando a geração for inferior à
máxima carga própria, com instalações conectadas à Rede Básica.
(g) agente autorizado a importar e/ou exportar energia.
(h) consumidores e autoprodutores com acesso à Rede Básica, em tensão igual ou superior à
230 kV, por meio de instalações da Distribuidora local.

6.2.3 Usuários que devem celebrar e/ou aditar um CCG ou CFB


6.2.3.1 Todos os usuários que celebram CUST devem apresentar ao ONS um mecanismo de
garantia financeira, CCG ou CFB, com os valores de cobertura dimensionados conforme critérios
estabelecidos nos CCG e CUST.
6.2.3.2 Usuários cujo MUST contratado é nulo estão dispensados da apresentação de garantias.

6.3 Definição dos contratos a serem celebrados


6.3.1 Tipos de contratos a serem assinados pelos usuários
Os CUST e os CCT devem ser celebrados de acordo com o tipo de usuário e sua localização
em relação ao sistema de transmissão, conforme expressa a

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6.3.1.1 Tabela 1 a seguir:

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Tabela 1 – Contratos de uso e conexão a serem assinados

Tipo e Localização do USUÁRIO CUST CCT CUSD CCD


Agente de geração com usina despachada
(i) SIM SIM NÃO NÃO
centralizadamente e conectada à Rede Básica.
Agente de geração com usina despachada
(ii) centralizadamente e conectada a instalação de SIM NÃO SIM SIM
distribuidora.
Agente de geração com usina despachada
(iii) centralizadamente e conectada a DIT disponibilizada a SIM SIM SIM NÃO
distribuidora.
Agente de geração não despachado centralizadamente e
(iv) NÃO NÃO SIM SIM
conectado a instalação de distribuidora.
Agente de geração não despachado centralizadamente e
(v) NÃO SIM SIM NÃO
conectado a DIT disponibilizada a distribuidora.
Agente de geração que acessa a Rede Básica por meio de
(vi) SIM SIM NÃO NÃO
ICG.
Agente de distribuição com instalações conectadas à Rede
(vii) Básica, ou que acessam a Rede Básica por meio de SIM SIM NÃO NÃO
conexão às DITC ou ICG.
Agente de distribuição e consumidor, conectados a
(viii) NÃO NÃO SIM SIM
instalações de distribuidora.
Consumidor, autoprodutor e produtor independente quando
(ix) a geração for inferior à máxima carga própria, com SIM SIM NÃO NÃO
instalações conectadas à Rede Básica
Consumidor e autoprodutor com acesso à Rede Básica, em
(x) tensão igual ou superior à 230 kV, por meio de instalações SIM NÃO NÃO SIM
da Distribuidora local
Consumidor, autoprodutor e produtor independente, com
(xi) instalações conectadas a DIT disponibilizada a NÃO SIM SIM NÃO
distribuidora.
(xii) Agente autorizado a importar e/ou exportar energia. SIM NÃO. NÃO NÃO

6.3.1.2 Cada caso da

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6.3.1.3 Tabela 1 está detalhado no item 6.5 deste submódulo.


6.3.1.4 A Figura 2 ilustra estas situações, representando os contratos a serem assinados por
flechas que partem dos usuários para as concessionárias de transmissão, para as concessionárias
de distribuição ou para o ONS.

Figura 2 – Ilustração de contratos a serem assinados

6.4 Contratação do MUST


6.4.1 Para a identificação de todos os pontos de conexão e respectivos valores de MUST a serem
contratados devem ser observados os seguintes princípios:
(a) O período de vigência e os prazos para atualização dos MUST estão definidos no item 7.4
deste submódulo.
(b) Os valores de MUST contratados por ponto de conexão devem ser considerados de acordo
com o tipo de agente (item 6.2.2 deste submódulo) e com a sua localização em relação à
Rede Básica, conforme critérios que seguem:
(1) Agente de geração, com usina despachada centralizadamente e conectada à Rede
Básica,
(i) o MUST contratado é o valor declarado pelo usuário da “máxima potência elétrica
injetável no sistema, que deverá ter valor no mínimo igual à potência instalada
subtraída da mínima carga própria7";
(ii) os MUST devem ser contratados de acordo com as datas de início da operação
em teste8 de cada unidade geradora, e não poderão ser posteriores àquelas
estabelecidas no ato de sua outorga, tendo como referência o parecer de acesso.

7 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º § 1º


8 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º § 3º

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No mês de início da operação em teste de nova unidade geradora, os EUST em


caráter permanente referentes aos MUST a ela associados serão devidos a partir
do dia contratado9. Para as demais unidades, os encargos serão calculados em
base mensal;
(iii) para cada valor de MUST contratado os geradores devem declarar os respectivos
valores de potência instalada e carga própria10, que integrarão os CUST.
(iv) o autoprodutor ou produtor independente de energia, cuja unidade produtora
atenda, total ou parcialmente consumidor diretamente conectado às suas
instalações de uso exclusivo, deve realizar a contratação de reserva de
capacidade, para atendimento à demanda dessa unidade consumidora por meio
da celebração de CUST em caráter de reserva de capacidade, caso a unidade
consumidora conectada às suas instalações tenha optado por declarar MUST nulo
em seu respectivo CUST;
(v) o CCT deve ser celebrado com a transmissora responsável pelas instalações de
Rede Básica, no ponto de conexão de acordo com o Submódulo 15.5; e
(2) Agente de geração com usina despachada centralizadamente e conectada à instalação
de distribuidora;
(i) os MUST são iguais a zero quando contratados pelos agentes de geração cujas
usinas estejam conectadas à instalação de distribuidora e sejam despachadas
centralizadamente pelo ONS. Nesses casos deverão ser especificadas no CUST
as máximas potências injetáveis no ponto de conexão do usuário com o sistema
da distribuidora, que deverá ter valor no mínimo igual à potência instalada
subtraída da mínima carga própria;
(ii) as máximas potências injetáveis e respectivas mínimas cargas próprias devem ser
especificadas no CUST, de acordo com as datas de início da operação em teste 11
de cada unidade geradora ou etapa, e não poderão ser posteriores àquelas
estabelecidas no ato de outorga, tendo como referência o parecer de acesso
emitido pela distribuidora;
(iii) complementarmente, o agente de geração deve celebrar contratos de uso e de
conexão ao sistema de distribuição, definidos nos Procedimentos de Distribuição;
e
(iv) o autoprodutor ou produtor independente que atenda a unidade consumidora,
diretamente conectada às suas instalações de uso exclusivo, deve celebrar CUSD,
com os encargos decorrentes, para o atendimento da carga quando de
indisponibilidade da geração.
(3) Agente de geração, com usina despachada centralizadamente e conectada às DIT
disponibilizadas para distribuidoras:
(i) os MUST são iguais a zero quando contratados pelos agentes de geração cujas
usinas estejam conectadas em pontos não pertencentes à Rede Básica e sejam
despachadas centralizadamente pelo ONS 12. Nesses casos deverão ser
especificadas no CUST as máximas potências injetáveis no ponto de conexão do
usuário com as DIT, que deverá ter valor no mínimo igual à potência instalada
subtraída da mínima carga própria;

9 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 11


10 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º
11 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º § 3º
12 ANEEL. Resolução Normativa nº 349/09, Art. 5º

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(ii) as máximas potências injetáveis e respectivas mínimas cargas próprias devem ser
especificadas no CUST, de acordo com as datas de início da operação em teste 13
de cada unidade geradora ou etapa, tendo como referência o parecer de acesso
emitido pelo ONS;
(iii) complementarmente, o agente de geração deve firmar um CUSD com o agente de
distribuição detentor da concessão de distribuição no local da conexão das
instalações do gerador com as DIT;
(iv) o agente de geração deve, também, assinar contrato de conexão com o agente de
transmissão responsável pelas DIT no ponto de conexão. Por meio desse contrato
o agente de geração deve remunerar a transmissora pelo uso de instalações de
conexão que sejam de responsabilidade da transmissora;
(v) o autoprodutor ou produtor independente que atenda a unidade consumidora,
diretamente ou através de instalações de uso exclusivo, deve celebrar CUSD, com
os encargos decorrentes, para o atendimento da carga quando de
indisponibilidade da geração; e
(4) Agente de geração que acessa a Rede Básica por meio de ICG:
(i) o MUST contratado no ponto de conexão da ICG com a Rede Básica é o valor
declarado pelo usuário da “máxima potência elétrica injetável no sistema, que
deverá ter valor no mínimo igual à potência instalada subtraída da mínima carga
própria"14.
(ii) os MUST devem ser declarados de acordo com as datas de início da operação em
teste de cada unidade geradora, e não poderão ser posteriores àquelas
estabelecidas no ato de outorga, tendo como referência o parecer de acesso. No
mês de início da operação em teste de nova unidade geradora, os EUST em
caráter permanente referentes aos MUST a ela associados serão devidos a partir
do dia contratado15. Para as demais unidades, os encargos serão calculados em
base mensal;
(iii) para cada valor de MUST contratado os geradores devem declarar os respectivos
valores de potência instalada e carga própria16, que integrarão os CUST;
(iv) o CCT deve ser celebrado com a transmissora detentora das ICG 17.
(5) Agente de distribuição com instalações conectadas a Rede Básica ou que acessa a
Rede Básica por meio de conexão às DIT ou ICG:
(i) os MUST contratados pela distribuidora por ponto de conexão com a Rede Básica,
com as DIT ou com as ICG, são os máximos valores anuais de potência
demandados nesses pontos de conexão, previstos para os quatro anos civis
subsequentes18 nos horários de ponta e fora de ponta – os mesmos estabelecidos
para a área de concessão da distribuidora local –, incluindo as cargas dos
consumidores livres, potencialmente livres e autoprodutores e produtores
independentes, conectadas nas DIT ou no sistema da distribuidora, bem como
cargas de outras distribuidoras conectadas no sistema da distribuidora 19;

13 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º § 3º


14 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º § 1º
15 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 11
16 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º
17 ANEEL. Resolução Normativa nº 320/08, Art. 4º § 1º
18 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 2º § 4º
19 ANEEL. Resolução n 666/15, Art. 2º § 6º

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(ii) é livre a declaração de MUST para o quarto ano a ser contratado20;


(iii) os MUST nos pontos de conexão dependentes da entrada em operação comercial
das instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão serão
contratados condicionados à efetiva entrada em operação da obra.
(6) Consumidor conectado a DIT disponibilizada para distribuidora, diretamente ou por
meio de instalações de uso restrito:
(i) esses agentes assinam CUSD com a distribuidora local e contrato de conexão com
a concessionária responsável pelas instalações no ponto de conexão, e não
assinam CUST com o ONS.
(7) Consumidor, autoprodutor e produtor independente quando a geração for inferior à
máxima carga própria, com instalações conectadas à Rede Básica e consumidor e
autoprodutor com acesso à Rede Básica, em tensão igual ou superior à 230 kV, por
meio de instalações da Distribuidora local:
(i) os MUST contratados devem ser os máximos valores anuais de potência
demandados no(s) ponto(s) de conexão, previstos para os quatro anos civis
subsequentes21 nos horários de ponta e fora de ponta – os mesmos estabelecidos
para a área de concessão da distribuidora local22;
(ii) os MUST devem ser declarados de acordo com as etapas de implantação do
empreendimento, e serão contratados tendo como referência o parecer de acesso.
No mês de início de execução de cada ponto de contratação do CUST os EUST
em caráter permanente serão devidos a partir do dia contratado. Para as demais
etapas do empreendimento os encargos serão calculados em base mensal 23;
(iii) É livre a declaração de MUST para o quarto ano a ser contratado 24; e
(iv) o contrato de conexão deve ser celebrado com a transmissora responsável pelas
instalações de Rede Básica, no ponto de conexão, com exceção de consumidor e
autoprodutor com acesso à Rede Básica, em tensão igual ou superior à 230 kV,
por meio de instalações da Distribuidora local. Neste caso, o consumidor e o
autoprodutor deverão celebrar contrato de conexão com a distribuidora local que
por sua vez, deverá celebrar contrato de conexão com transmissora.
(8) Agente autorizado a importar e exportar energia:
(i) os MUST contratados são os valores a serem importados ou exportados,
determinados pela máxima potência anual injetável e pela máxima potência
demandada na Rede Básica no período do contrato, respectivamente25;
(ii) o período de contratação dos MUST é o constante no ato de outorga para
importação/exportação26;
(iii) Quando houver contratação de importação/exportação por meio das Interligações
Internacionais conectadas à Rede Básica, o CUST deverá ser celebrado
considerando o ponto de conexão entre essas instalações e a Rede Básica 27;

20 ANEEL. Resolução n 666/15, Art. 2º § 7º


21 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 2º § 4º
22 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 2º
23 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 11
24 ANEEL. Resolução n 666/15, Art. 2º § 7º
25 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 17.
26 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 17 § 1º
27 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 17 § 4º Inciso I

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

(iv) os EUST associados aos MUST contratados serão repassados às transmissoras


e ao ONS por meio do CUST;
(v) a contratação do uso do sistema de transmissão por importadores/exportadores
por meio das Interligações Internacionais conectadas à Rede Básica implica no
pagamento de encargos que consideram a sua utilização28.

6.5 Critérios para a celebração de CUST

6.5.1 Critérios para todos os usuários


6.5.1.1 Tendo identificado um novo usuário e/ou detectado a necessidade de celebração de um
novo contrato ou o aditamento de um contrato existente, o ONS deve coordenar as tratativas com o
agente, objetivando a negociação, assinatura e registro do contrato.
6.5.1.2 Para a realização desse processo, é necessário o fornecimento ao ONS das informações
referentes ao item 5.2 deste submódulo, nos prazos estipulados pelo item 7 deste submódulo,
atinentes às responsabilidades dos agentes e usuários.
6.5.1.3 Constituído como uma das partes desses contratos, ao mesmo tempo em que tem a
competência legal de coordenar o acesso, o ONS adotará os critérios básicos deste submódulo,
para a celebração de CUST, CCG e CFB.
6.5.1.4 Deve haver consistência entre os valores de MUST contratados por ponto de conexão e:
(a) a especificação das necessidades dos usuários na fronteira da Rede Básica, constantes
nas respectivas solicitações de acesso, de acordo com o Submódulo 3.3;
(b) as demandas declaradas pelos agentes para expansão do mercado de demanda, de acordo
com o Submódulo 5.2 e para os estudos do PAR que é encaminhado anualmente pelo ONS
ao Poder Concedente, de acordo com o Módulo 4;
(c) a simulação das TUST (Submódulo 15.2); e
(d) a apuração mensal de serviços e encargos de transmissão (Submódulos 15.7, 15.8 e 15.9).
6.5.1.5 Com estes objetivos, todos os usuários devem atender os seguintes critérios ao celebrarem
CUST com o ONS:
(a) A contratação de MUST em pontos de conexão novos, ou o incremento29 de MUST vigentes
no ano em curso, mesmo que já considerados no PAR, devem ser fundamentadas por um
parecer de acesso, em seu prazo de validade, informando os valores de MUST por ponto de
conexão, as datas de entrada em operação, para consequente contratação e pagamento de
encargos a partir dessas datas 30;
(b) No caso de serem realizadas e implantadas, no devido prazo, ampliações ou reforços de
Rede Básica em função de MUST contratados, o ONS procederá o incremento ou redução
dos MUST contratados, conforme explicitado neste submódulo e de acordo com a
regulamentação;
(c) Caso ocorra atraso na entrada em operação de instalações sob responsabilidade da
transmissora impedindo total ou parcialmente a prestação do serviço de transmissão na data
contratada, deverão ser observados os seguintes procedimentos:

28 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 17 § 4º Inciso II


29 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 3º
30 Ressalte-se que, para as contratações de caráter permanente, a cobrança de encargos de uso do Sistema

de Transmissão é realizada a partir da data de início da operação em teste;

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

(1) Em caso de restrição parcial serão considerados os MUST até à capacidade operativa
de longa duração disponível31;
(2) Em caso de restrição total serão mantidos os MUST contratados para o mês que
antecede a data prevista para a entrada da nova obra até a sua entrada em operação;
(3) Em caso de restrição total, caso tenha sido contratado aumento de MUST, serão
considerados nos antigos pontos de conexão os MUST até o limite da capacidade
existente; e
(4) caso o atraso de obras seja de responsabilidade do acessante, os MUST contratados
serão considerados na apuração na data da entrada em operação das instalações de
transmissão associadas, definidas nos termos de liberação correspondentes, o que
ocorrer primeiro;
(5) caso o ONS esteja dispensado de emitir o termo de liberação, a data de entrada de
operação deve tomar como base a data informada pela transmissora no portal do ONS,
conforme previsto na regulamentação aplicável.
(d) Os CCG e as CFB devem ser dimensionados conforme critérios estabelecidos nos
respectivos CUST;
(e) A antecipação da data de contratação do uso do sistema de transmissão na modalidade
permanente será aprovada diretamente pelo ONS, caso haja disponibilidade no SIN,
mediante emissão de parecer de acesso específico32 ou revisão de parecer existente, de
acordo com os prazos estabelecidos para emissão deste documento.
(f) A data de início de execução do CUST em caráter permanente poderá ser postergada
mediante solicitação ao ONS até o dia 31 de março anterior ao ciclo tarifário da data
originalmente contratada, com cópia à ANEEL, desde que não tenha havido investimentos
na rede associados ao acesso solicitado.
(1) é vedada a postergação de que trata o item 6.5.1.5 (f) deste submódulo para o CUST
em execução na data de solicitação; e
(2) a eventual postergação da data de contratação do uso do sistema que tenha sido
antecipada observará o disposto no item 6.5.1.5 (f) deste submódulo33.

6.5.2 Critérios para distribuidoras


6.5.2.1 Além dos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, na contratação do uso do
sistema de transmissão por parte de distribuidoras devem ser observados os seguintes pontos:
(a) os MUST a serem contratados deverão ser determinados pelos maiores valores anuais
previstos para cada ponto de conexão, para os períodos do Horário de Ponta e Fora de
Ponta, para os quatro anos civis subsequentes34;
(1) o horário de ponta, a ser declarado no CUST, é o estabelecido para a área de
concessão da distribuidora refletido ao horário de Brasília; e
(2) o encargo resultante será determinado considerando o maior valor entre o medido e o
contratado.

31 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 12


32 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 8º
33 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 9º
34 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 2º § 4º

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

(b) Os MUST contratados por distribuidoras deverão atender as máximas demandas de


unidades consumidoras, de autoprodutores, de produtores independentes e de outras
distribuidoras conectadas em seu sistema de distribuição.35
(c) deve ser exigido parecer de acesso ou estudo técnico contendo as análises necessárias
para viabilizar a contratação dos pedidos de aumento ou inclusão de MUST fora dos prazos
estabelecidos no item 7.4.2.2 deste submódulo (contratação pelo período de quatro anos),
bem como para a adoção de mais de um valor por ponto de conexão e num mesmo ano
civil, observando a antecedência mínima de 90 (noventa) dias em relação à data de aumento
pretendido. Caso o ONS verifique a impossibilidade de atender o pedido supracitado
formalizará ao usuário os motivos que deliberaram tal restrição, indicando, quando
necessário, os procedimentos a serem adotados para viabilizar a contratação;
(d) Se a entrada do(s) novo(s) ponto(s) de conexão provocar alteração de MUST em pontos de
conexão adjacentes, esses também devem ser relacionados no parecer de acesso, de
forma a subsidiar a alteração de valores de MUST nesses pontos;
(e) Os CUST deverão discriminar o MUST total contratado pelas distribuidoras. O ONS deverá
acompanhar as variações de MUST total para posterior informação à ANEEL.
(f) As distribuidoras poderão solicitar até quatro aumentos de MUST, por ponto de conexão e
período de contratação para o ano civil em curso36;
(g) As distribuidoras devem contratar os MUST nos novos pontos de conexão decorrentes de
novas obras. A não contratação não exime a distribuidora do pagamento dos encargos
pertinentes ao novo ponto;
(h) Quando forem iguais a zero os MUST contratados por concessionárias ou permissionárias
de distribuição em pontos de conexão compostos por instalações de Rede Básica
remuneradas por meio de TUSTFR, em caráter exclusivo ou compartilhado ou por DIT em
caráter compartilhado, o ONS cobrará diretamente por meio de encargos de uso, a
remuneração destas instalações de suas respectivas usuárias.
(i) Os MUST de contratos permanentes de distribuidoras poderão ser reduzidos observando,
por ponto de conexão, as seguintes condições37:
(1) Em até 10% (dez por cento) ao ano por ponto de conexão e por posto tarifário, de forma
não onerosa, tendo como base o montante previamente contratado para o mesmo ano
civil, até o fim do período contratado; e
(2) Em valores superiores a 10% (dez por cento) por ponto de conexão e por posto tarifário
em relação ao montante previamente contratado para o mesmo ano civil, de forma
onerosa, para todo o período contratado.
(i) As reduções de que tratam os itens 6.5.2.1(i) (1) e (2) deste submódulo não se
aplicam ao ciclo tarifário da transmissão vigente no momento da solicitação;
(ii) É livre a declaração de MUST para o quarto ano a ser contratado;
(iii) Fica permitida a realocação de MUST, dentro do ciclo tarifário, entre distribuidoras
e consumidores livres ou potencialmente livres e com CUST distintos contratados
em um mesmo ponto de conexão;
(iv) O critério de redução de que trata o item 6.5.2.1(i) deste submódulo aplica-se às
distribuidoras inclusive no caso de realocação de MUST entre pontos de conexão
novos ou existentes;

35 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 2º § 6º


36 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 3º § 1º
37 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 4º

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

(v) As distribuidoras poderão reduzir os MUST contratados de forma não onerosa em


valor superior a 10% por ponto de conexão quando da realocação de MUST entre
pontos de conexão novos ou existentes, desde que o ponto de conexão cujo MUST
se pretende reduzir não seja compartilhado com outra distribuidora.
(vi) As distribuidoras poderão reduzir o MUST de forma não onerosa em valor superior
10% nos casos de migração de unidades consumidoras do sistema de distribuição
para o de transmissão, de acordo com o Decreto 5.597/200538;
(vii) As distribuidoras poderão solicitar ao ONS reduções de MUST de forma não
onerosa em valor superior a 10% por ponto de conexão, desde que o ponto de
conexão não seja compartilhado com outra distribuidora, para refletir redução de
Montante de Uso do Sistema de Distribuição - MUSD de usuários da distribuidora,
observando o disposto no item 6.5.2.1(i) (2) (i) deste submódulo, desde que tais
usuários de distribuição estejam conectados de forma individual às DIT ou à Rede
Básica, mesmo que por meio de instalações sob responsabilidade do próprio
usuário ou da distribuidora39; e
(viii) Na hipótese de que trata o item 6.5.2.1 (i) (2) (vii) deste submódulo, as
distribuidoras fornecerão cópias dos aditivos ao CUSD de seus usuários que
justifiquem o valor a ser reduzido;
(ix) O Termo Aditivo ao CUST associado à qualquer redução de MUST deverá
especificar o dispositivo normativo que a justifica.

6.5.3 Critérios para agentes de geração


6.5.3.1 Além dos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, quando da contratação do
uso do sistema de transmissão por parte de agentes de geração, observe-se que:
(a) ao celebrar CUST com o ONS, os agentes responsáveis por unidades geradoras devem
contratar o uso do sistema por tempo indeterminado ou até a data de término de sua
concessão ou autorização;
(b) O MUST associado às centrais de geração, inclusive por produtores independentes ou
autoprodutores quando a geração for maior que a carga própria, é dado pelo valor declarado
pelo usuário da máxima potência elétrica injetável no sistema, que deverá ser no mínimo
igual à potência instalada subtraída da mínima carga própria 40.
(c) o MUST contratado das centrais de geração poderá ser aumentado ou reduzido em
decorrência de determinação regulamentar, ou, a qualquer tempo, mediante solicitação e
justificativa do agente, com base em análise técnica do ONS, consolidada em parecer de
acesso específico para este fim;
(d) as datas para contratação do uso que constarão dos CUST celebrados por centrais de
geração deverão compreender o período de testes do usuário e não poderão ser posteriores
àquelas estabelecidas no ato de sua outorga;
(e) para a celebração de CUST referentes a unidades geradoras despachadas
centralizadamente pelo ONS e conectadas a instalações de distribuidoras, ou conectadas
a DIT disponibilizadas a distribuidoras, são exigidos:
(1) o parecer de acesso emitido pela distribuidora, quando a conexão ocorre em instalações
de responsabilidade de distribuidora em nível de tensão superior a 69 KV, e

38 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 4º § 10


39 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 4º § 11
40 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º § 1º

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

encaminhado previamente ao ONS nos prazos estabelecidos pelo Módulo 3, para


avaliação do impacto da geração da usina sobre a Rede Básica;
(2) o parecer de acesso emitido pelo ONS, quando a conexão ocorre em DIT, nos prazos
estabelecidos pelo Módulo 3, para avaliação do impacto da geração da usina sobre a
Rede Básica; e
(3) o atendimento aos mesmos requisitos técnicos aplicáveis a unidades geradoras de igual
porte despachadas centralizadamente pelo ONS, conforme Módulo 3.
(f) Quando da implantação de instalações de centrais de geração, será permitida a substituição
do MUST contratado de forma permanente na modalidade consumo por aquele de caráter
permanente na modalidade geração41.

6.5.4 Critérios para unidades consumidoras


6.5.4.1 Além dos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, na contratação do uso do
sistema de transmissão por parte de consumidores devem ser observados os seguintes pontos:
(a) contratação do uso do sistema de transmissão para o período de quatro anos civis
subsequentes;
(b) os MUST a serem contratados deverão ser determinados pelos maiores valores anuais de
demanda de potência previstos para cada ponto de conexão, para os períodos do Horário
de Ponta e Fora de Ponta, em cada ano civil:
(1) o Horário de Ponta é o estabelecido para a área de concessão da distribuidora onde o
ponto de conexão está localizado; e
(2) o encargo resultante será determinado considerando o maior valor entre o medido e o
contratado.
(c) ficam sujeitas às condicionantes explicitadas no respectivo parecer de acesso, as alterações
de MUST já contratados, bem como a adoção de mais de um valor por ponto de conexão
em um mesmo ano civil, previamente estabelecida no parecer de acesso; e
(d) Os MUST de contratos permanentes de consumidores poderão ser reduzidos nas seguintes
condições42.
(1) Em até 10% (dez por cento) ao ano por ponto de conexão, de forma não onerosa, tendo
como base o montante previamente contratado para o mesmo ano civil, até o fim do
período contratado; e
(2) Em valores superiores a 10% (dez por cento) por ponto de conexão em relação ao
montante previamente contratado para o mesmo ano civil, de forma onerosa, para todo
o período contratado.
(i) As reduções de que tratam os itens 6.5.4.1. (d).(1) e (2) este submódulo não se
aplicam ao ciclo tarifário da transmissão vigente no momento da solicitação;
(ii) É livre a declaração de MUST para o quarto ano a ser contratado;
(iii) Fica permitida a realocação de MUST, dentro do ciclo tarifário, entre distribuidoras
e consumidores com CUST distintos contratados em um mesmo ponto de
conexão;
(iv) É vedada a redução do MUST por unidades consumidoras ou autoprodutores cujo
acesso tenha sido realizado de acordo com o Decreto 5.597, de 28 de novembro

41 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 7º


42 Ressalte-se que, para as contratações de caráter permanente, a cobrança de encargos de uso do Sistema
de Transmissão é realizada a partir da data de início da operação em teste.

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

de 2005, por período equivalente ao horizonte de planejamento que motivou a


emissão da Portaria do Ministério de Minas e Energia, a partir do início de
execução do CUST;
(v) É permitida a redução de MUST de que trata este item quando a incorporação de
instalações de transmissão à Rede Básica de que trata o art. 5º do Decreto nº
5.597/2005 implicar em alteração de ponto de conexão contratado junto ao sistema
de transmissão; e
(vi) O Termo Aditivo ao CUST associado a qualquer redução de MUST deverá
especificar o dispositivo normativo que a justifica.

6.5.5 Critérios para CUST de importação e de exportação


6.5.5.1 Além dos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, a contratação do uso do
sistema de transmissão na modalidade importação/exportação deve atender aos seguintes
quesitos:
(a) os CUST de importação/exportação contemplarão no mesmo contrato os montantes de uso
de importação e exportação, determinados pela máxima potência elétrica injetável e pela
máxima potência elétrica demandada na Rede Básica, respectivamente, no período do
contrato43;
(b) os encargos de uso do sistema de transmissão para fins de importação e exportação serão
apurados mensalmente e devidos a partir dos valores medidos de energia elétrica;
(c) para a celebração de CUST de importação/exportação, exige-se parecer de acesso do ONS
no qual são estabelecidas as condições de utilização do sistema e condicionantes de
atendimento;
(d) caso o importador/exportador seja usuário das Interligações Internacionais conectadas à
Rede Básica, o CUST deverá ser celebrado considerando o ponto de conexão entre essas
instalações e a Rede Básica.

6.5.6 Critérios para CUST em caráter temporário


6.5.6.1 A contratação do uso do sistema de transmissão em caráter temporário, restrita aos
geradores, caracteriza-se pela utilização provisória de capacidade remanescente da rede elétrica,
conforme regras estabelecidas por regulamentação da ANEEL 44.
6.5.6.2 Além dos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, a contratação do uso do
sistema de transmissão na modalidade temporária deve atender aos seguintes quesitos:
(a) somente podem celebrar CUST temporário os agentes de geração, incluindo produtores
independentes de energia ou autoprodutores, quando a geração for maior que a carga
própria45;
(b) é vedada a contratação de uso em caráter temporário quando necessária a implantação de
ampliações ou reforços nos sistemas de transmissão ou de distribuição 46;
(c) a contratação do uso do sistema de transmissão em caráter permanente será priorizada em
relação à temporária, mesmo que seja necessário rescindir a contratação temporária,

43 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 17


44 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 13 § 1º
45 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 13 § 1º
46 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 2º

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

situação na qual o ONS informará o usuário em caráter temporário da rescisão do contrato,


com antecedência mínima de 60 dias 47;
(d) a contratação de uso em caráter temporário ocorrerá após declaração do ONS da
importância sistêmica da permanência do gerador no SIN e enquanto inexistirem contratos
em execução de venda de energia elétrica junto à CCEE48;
(e) para a celebração de CUST temporário, exige-se parecer de acesso do ONS no qual são
estabelecidas as condições de utilização temporária, e condicionantes de atendimento 49;
(f) o prazo da contratação do acesso em caráter temporário será de até um ano50;
(g) o CUST em caráter temporário poderá ser renovado mediante solicitação do usuário, com a
emissão de novo parecer de acesso a cada renovação 51;
(h) os encargos de uso do sistema de transmissão em caráter temporário serão apurados
mensalmente e devidos a partir dos valores medidos de energia elétrica 52;
(i) O usuário cujo CUST em caráter temporário esteja em execução deverá imediatamente
informar ao ONS caso venha a celebrar contratos de venda de energia elétrica junto à CCEE
para que o CUST em caráter temporário seja convertido em CUST em caráter permanente 53.

6.5.7 Critérios para CUST em caráter flexível


6.5.7.1 A contratação do uso do sistema de transmissão em caráter flexível caracteriza-se pela
utilização provisória da capacidade remanescente da rede elétrica, para suprimento de montante
adicional ao contratado em caráter permanente conforme regras estabelecidas por regulamentação
da ANEEL54.
6.5.7.2 Além dos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, a contratação do uso do
sistema de transmissão na modalidade flexível deve atender aos seguintes quesitos:
(a) somente podem celebrar CUST flexível:
(1) consumidores diretamente conectados à Rede Básica55 e consumidor e autoprodutor
quando a geração for inferior à máxima carga própria, com acesso à Rede Básica, em
tensão igual ou superior à 230 kV, por meio de instalações da Distribuidora local 55;
(2) autoprodutores e produtores independentes com instalações conectadas à Rede
Básica, quando a geração for inferior à máxima carga própria56;
(3) as distribuidoras para refletir contratos de reserva de capacidade e contratos
temporários realizados por seus usuários em âmbito de distribuição, desde que tais
usuários de distribuição estejam conectados de forma individual às DIT ou à Rede
Básica, e com medição que permita ao ONS identificar o uso da capacidade utilizada
em caráter flexível pela distribuidora associado ao uso em caráter temporário e/ou de
reserva de capacidade pelo usuário57.

47 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 3º


48 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 13 § 1º
49 ANEEL, Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14
50 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, inciso I
51 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 1º
52 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, Inciso VIII
53 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, §4º
54 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 13 § 2º
55 ANEEL. Resolução Normativa nº 722/16, Art. 1° e Art. 9º
56 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 13 § 2º
57 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 14 § 6º

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

(b) é vedada a contratação de uso em caráter flexível quando necessária a implantação de


ampliações ou reforços nos sistemas de transmissão ou de distribuição 58;
(c) a contratação do uso do sistema de transmissão em caráter permanente será priorizada em
relação à flexível, mesmo que seja necessário rescindir a contratação flexível, situação na
qual o ONS informará o usuário em caráter flexível da rescisão do contrato, com
antecedência mínima de 60 dias59;
(d) é vedada a contratação de uso em caráter flexível em montante superior aos MUST
contratados em caráter permanente60 exceto quando refletir contratos de reserva de
capacidade e contratos temporários realizados por usuários em âmbito de distribuição;
(e) para a celebração de CUST flexível, exige-se parecer de acesso do ONS no qual são
estabelecidas as condições de utilização flexível, e condicionantes de atendimento61;
(f) o prazo da contratação do acesso flexível será de até, no máximo, o fim do ano civil de
contratação62;
(g) o CUST em caráter flexível poderá ser renovado mediante solicitação do usuário, com a
emissão de novo parecer de acesso a cada renovação63;
(h) os encargos de uso do sistema de transmissão referentes às contratações em caráter
flexível por distribuidores serão devidos apenas nos dias em que ocorrer o uso, por horário
de contratação, e sobre o MUST total contratado em caráter flexível64;
(i) os encargos de uso do sistema de transmissão referentes às contratações em caráter
flexível por unidades consumidoras ou por autoprodutores e produtores independentes
quando a geração for inferior à máxima carga própria serão devidos em base mensal e nos
meses em que ocorrer o uso, por horário de contratação, e sobre o MUST total contratado
em caráter flexível65;
(j) os contratos de uso em caráter flexível firmados por distribuidoras só poderão ser
executados quando forem utilizados os contratos de reserva de capacidade ou contratos
temporários de usuários da distribuidora que motivaram a contratação de uso em caráter
flexível66, não se aplicando neste caso o disposto item 6.5.7.2(d) deste submódulo, sendo
que quando os MUST flexíveis forem superiores àqueles contratados de forma permanente,
a TUST flexível incidente será igual a duas vezes aquela aplicável ao ponto de conexão para
o segmento consumo67; e
(k) Os encargos de uso relativos aos CUST celebrados em caráter flexível por distribuidoras
serão identificados à parte dos encargos de uso referentes aos CUST celebrados em caráter
permanente68.

6.5.8 Critérios para CUST em caráter de reserva de capacidade


6.5.8.1 A contratação do uso do sistema de transmissão em caráter de reserva de capacidade
caracteriza-se pela utilização provisória da capacidade remanescente da rede elétrica, para

58 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 2º


59 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 3º
60 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 §§ 5º e 7º
61 ANEEL, Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14
62 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, inciso II
63 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 1º
64 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, Inciso X
65 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, Inciso IX
66 ANEEL, Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 7º
67 ANEEL, Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 8º
68 ANEEL, Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 9º

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

suprimento a uma ou mais unidades consumidoras diretamente conectadas às instalações de uso


exclusivo de centrais geradoras, autoprodutores e produtores independentes, quando da ocorrência
de interrupções ou reduções temporárias na geração de energia elétrica, conforme regras
estabelecidas por regulamentação da ANEEL69.
6.5.8.2 Além dos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, a contratação do uso do
sistema de transmissão na modalidade reserva de capacidade deve atender aos seguintes quesitos:
(a) somente podem celebrar CUST reserva de capacidade:
(1) geradores, autoprodutores e produtores independentes com instalações conectadas à
Rede Básica, quando a geração for maior que a carga própria70;
(2) autoprodutores e produtores independentes com instalações conectadas à Rede
Básica, quando a máxima carga própria for maior que a geração71.
(b) é vedada a contratação de uso em caráter de reserva de capacidade quando necessária a
implantação de ampliações ou reforços nos sistemas de transmissão ou de distribuição 72;
(c) a contratação do uso do sistema de transmissão em caráter permanente será priorizada em
relação à reserva de capacidade, mesmo que seja necessário rescindir a contratação
flexível, situação na qual o ONS informará o usuário em caráter de reserva de capacidade
da rescisão do contrato, com antecedência mínima de 60 dias73
(d) os MUST contratados em caráter de reserva de capacidade estão limitados à potência
instalada da central de geração74;
(e) para a celebração de CUST reserva de capacidade, exige-se parecer de acesso do ONS no
qual são estabelecidas as condições de utilização da reserva de capacidade, e
condicionantes de atendimento75;
(f) o prazo da contratação da reserva de capacidade será de até um ano 76;
(g) o CUST em caráter de reserva de capacidade poderá ser renovado mediante solicitação do
usuário, com a emissão de novo parecer de acesso a cada renovação77;
(h) os encargos de uso do sistema de transmissão referentes às contratações em caráter de
reserva de capacidade serão devidos apenas nos dias em que ocorrer o uso, por horário de
contratação, e sobre o MUST total contratado em caráter de reserva de capacidade78.

6.5.9 Critérios para CUST com valores de TUST reduzidos


6.5.9.1 A regulamentação define critérios para a “redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos
de transmissão e de distribuição, aplicáveis aos empreendimentos de geração de fonte alternativa
como PCH e àqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada,
conforme dispositivo legal79, incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos
aproveitamentos”.

69 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 13 § 3º


70 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 13 § 3º
71 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 13 § 3º
72 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 2º
73 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 3º
74 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 12
75 ANEEL, Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14
76 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, inciso III
77 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14 § 1º
78 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 14, Inciso X
79 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei nº 9427/1996 art. 26, §§ 1º, 1º-A,1º-B

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

6.5.9.2 Conforme estabelece a regulamentação, a contratação de energia oriunda dos


empreendimentos supracitados obriga a celebração de contrato de uso e de conexão, específico
para a transação, com a respectiva transmissora ou distribuidora, respeitando as condições do
contrato vigente.
6.5.9.3 Além de atender aos critérios estabelecidos no item 6.5.1 deste submódulo, para os casos
em que o uso do sistema é contratado mediante a celebração de CUST com TUST reduzidas, os
usuários devem apresentar os seguintes documentos e informações, a serem anexados aos
respectivos CUST ou termos aditivos:
(a) geradores: contrato de concessão, autorização ou ato autorizativo, com os valores de
potência instalada e percentual de redução sobre as TUST explicitados, bem como a
declaração dos valores de MUST referentes à potência injetada por esses empreendimentos
em cada ponto de conexão;
(b) usuários compradores dessa energia: declaração dos MUST por ponto de conexão,
identificando o empreendimento de geração supridor da demanda e seu percentual de
redução de TUST autorizado pela ANEEL; e
(c) geradores e usuários: se, num mesmo ponto de conexão, estiverem sendo injetadas
potências ou retiradas demandas referentes a mais de um empreendimento de geração com
descontos diferenciados ou sem desconto, tanto os geradores quanto os consumidores
devem declarar MUST em separado para cada empreendimento, identificando, em cada
MUST, o respectivo empreendimento de geração e percentual de redução de TUST
autorizado pela ANEEL.

6.5.10 Critérios para a usina de Itaipu


6.5.10.1 Com base nas disposições regulamentares, estão vigentes as seguintes determinações
quanto às regras de conexão e de uso do sistema de transmissão a serem aplicadas à usina Itaipu:
(a) as linhas de transmissão de 750 kV Foz do Iguaçu / Ivaiporã, o elo de corrente contínua e a
subestação Foz do Iguaçu 750 kV são classificadas como DIT de uso exclusivo da Itaipu
Binacional remuneradas por meio de tarifa de transporte específica, definida pela ANEEL e
aplicada aos contratantes da energia gerada pela usina; e
(b) os pontos de conexão com a Rede Básica estão localizados nas subestações Ibiúna
(chegada das linhas de transmissão em corrente contínua) e Ivaiporã (chegada das linhas
de transmissão de 750kV Foz do Iguaçu), ponto para o qual são estabelecidas as TUST,
contratados os MUST e calculado os EUST, referentes à injeção de potência da usina na
Rede Básica.

6.5.11 Critérios para rescisão do CUST


6.5.11.1 Em caso de rescisão de CUST celebrados em caráter permanente por unidades
consumidoras e por distribuidoras, os EUST devidos serão calculados, por ponto de conexão,
multiplicando-se a TUST vigente no mês subsequente à rescisão e os MUST rescindidos, por horário
de contratação, até o fim do período de contratação de que trata o CUST80.
6.5.11.2 Em caso de rescisão do CUST, antes do fim da outorga de centrais de geração, produtores
independentes ou autoprodutores quando a geração for maior que a carga própria, serão devidos
os EUST referentes aos 3 (três) anos subsequentes à data da rescisão ou do início de execução do
CUST, caso o contrato ainda não esteja em execução 81.

80 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 2º § 13


81 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 5º § 6º

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6.5.11.3 A liquidação dos encargos ocorrerá na primeira apuração mensal de serviços e encargos
subsequente à descontratação ou rescisão do CUST 82.

6.6 Procedimentos para celebração ou aditamento dos contratos


6.6.1 Com os critérios estabelecidos no item 6.5 deste submódulo, o ONS encaminha as seguintes
providências para a celebração ou aditamento de contratos:
(a) apresenta ao usuário a/o minuta/modelo do contrato, no caso de celebração de um novo
contrato;
(b) negocia com o usuário as cláusulas específicas a serem inseridas ou modificadas no
contrato, atendendo aos princípios definidos no item 6.1 deste submódulo. Os casos
incomuns, que não se enquadrarem na minuta proposta, deverão ser encaminhados para
análise da ANEEL;
(c) solicita que o usuário apresente os documentos complementares definidos em cláusula
contratual como peças integrantes do contrato, sendo, portanto, tais documentos pré-
requisitos para a assinatura do contrato;
(d) define com o usuário, conforme a regulamentação, os parâmetros explicitados no contrato,
detalhados no item 6.7.3 deste submódulo;
(e) esclarece para o usuário quais parâmetros, detalhados no item 6.7.3 deste submódulo, têm
reflexos no contrato;
(f) prepara os CUST e os CCG, recolhe as assinaturas pelo ONS e os envia ao usuário, para
assinatura;
(g) controla o retorno dos CUST, CCG ou CFB, devidamente assinados;
(h) faz microfilmagem dos CUST, CCG, CFB, cadastra-os no SACT e mantém os originais sob
sua guarda; e
(i) envia uma cópia dos CUST, CCG e CFB para conhecimento da ANEEL83.
6.6.2 Esse processo tem como resultado os originais dos contratos ou aditamentos, devidamente
atualizados e assinados.
6.6.3 O uso de meio eletrônico na assinatura dos contratos será admitido desde que seja utilizada
assinatura digital baseada em certificado digital registrado no ICP-Brasil.

6.7 Administração dos parâmetros dos contratos


6.7.1 Esse processo estabelece a forma com que o ONS coordena a alteração dos parâmetros dos
CUST.
6.7.2 Caracterizam-se como parâmetros as variáveis identificadas nos contratos, com a
especificação e quantificação do serviço prestado e da receita permitida, o MUST contratado e o
encargo devido.
6.7.3 São parâmetros dos CUST:
(a) MUST contratado por ponto de conexão para o período definido por resolução da ANEEL, a
serem considerados no cálculo dos EUST e demais encargos referidos no CUST, de acordo
com o usuário; e
(b) valores de cobertura pelos mecanismos de garantia financeira;

82 ANEEL. Resolução Normativa nº 666/15, Art. 2º § 14; Art. 5º § 7º


83 ANEEL. Resolução nº 281/99, Art. 3o, inciso VI redação dada pela Resolução Normativa ANEEL nº 399/10

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6.7.4 Todos esses parâmetros devem ser gerenciados pelo administrador dos contratos no ONS,
pois influenciam em cláusulas contratuais e a apuração mensal de serviços e encargos de
transmissão.
6.7.5 O gerenciamento desses parâmetros deve seguir a regulamentação pertinente, as cláusulas
contratuais e as disposições deste submódulo, em especial:
(a) item 6.4 deste submódulo, para a definição dos MUST; e
(b) item 7.4 deste submódulo, para os prazos de atualização dos MUST.
6.7.6 Para a atualização dos parâmetros dos contratos, é necessária a manutenção de regularidade
do fluxo de informações conforme itens 5 e 7 deste submódulo.

7 HORIZONTE, PERIODICIDADE E PRAZOS

7.1 Para a elaboração das minutas e dos modelos de contratos


7.1.1 As minutas de CUST devem estar permanentemente disponíveis para os usuários, conforme
detalhado no item 6.1 deste submódulo.

7.2 Para a alteração de texto de cláusulas contratuais


7.2.1 Após considerar as sugestões dos usuários na fase inicial de negociação e celebração dos
contratos (item 6.5 deste submódulo), o ONS aceitará a revisão de texto em cláusulas contratuais,
a qualquer tempo, desde que as alterações:
(a) sejam relativas a questões específicas do contrato e negociadas entre as partes, não ferindo
a isonomia de tratamento com outros usuários que assinaram contratos similares; e
(b) estejam em conformidade com a regulamentação pertinente.

7.3 Para a celebração dos CUST, dos CCG, respectivos Termos Aditivos e apresentação de
CFB
7.3.1 A celebração de CUST deve ocorrer no prazo que atenda a todas estas condicionantes:
(a) “as providências para implantação das obras e o próprio acesso aos sistemas de
transmissão só poderão ser efetivadas após a assinatura dos respectivos contratos 84” ou
aditivos contratuais, incluindo-se entre eles os CUST;
(b) a contratação de MUST em novos pontos de conexão ou alteração de MUST contratados
em pontos de conexão existentes deve ocorrer até 90 (noventa) dias após a emissão do
parecer de acesso85. Se o usuário não celebrar o contrato dentro desse prazo, estará sujeito
a novas condições de acesso e, consequentemente, a novos prazos de atendimento,
conforme estabelece o Submódulo 3.3;
(c) a apresentação de CUST assinado é condição necessária para a liberação de entrada em
operação de novos usuários;
(d) a assinatura do CCG ou a apresentação de CFB deve atender aos prazos definidos no
próprio CCG ou CUST;

84 ANEEL. Resolução n° 281/99, art. 9o, redação dada pela REN ANEEL n° 507/12
85 ONS. Procedimentos de Rede –Submódulo 3.3

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(e) os mecanismos de garantia financeira devem ser renovados sempre que os valores de
cobertura não estiverem dimensionados conforme os critérios estabelecidos nos CCG e
CUST; e
(f) o CUST relativo a conexão de central de geração a ICG deve ser firmado em até 60 dias
após a outorga da concessão de transmissão referente às ICG 86.
7.3.2 Após o envio pelo ONS dos CUST, e respectivos Termos Aditivos para assinatura dos
usuários, estes deverão ser devolvidos ao ONS, devidamente assinados, em até 45 (quarenta e
cinco) dias. Caso contrário, o ONS poderá invalidar o processo, ficando os CUST e respectivos
Termos Aditivos condicionados a emissão de novo Parecer de Acesso, que poderá conter novas
condições e prazos de atendimento, nos termos do Submódulo 3.3.

7.4 Para recontratação anual

7.4.1 Geral
7.4.1.1 Até o dia 30º (último) do mês de novembro o ONS analisará os MUST declarados pelas
empresas em cada ponto de conexão, compatibilizando-os com os valores contratados no ciclo
anterior, com as demandas indicadas no PAR para o período de contratação, e com os Pareceres
de Acesso, esclarecendo junto aos agentes eventuais divergências;
7.4.1.2 Inclusões exclusões ou alterações de MUST dentro do ano em curso deverão estar
fundamentadas por um Parecer de Acesso, ou documento técnico equivalente, e os Termos Aditivos
aos CUST associados à reduções de MUST deverá especificar o dispositivo normativo que as
justifica.

7.4.2 Pelas distribuidoras, consumidores diretamente conectados à Rede Básica e


consumidores e autoprodutores com acesso à Rede Básica, em tensão igual ou superior à
230 kV, por meio de instalações da Distribuidora local
7.4.2.1 A contratação do uso do sistema de transmissão em caráter permanente deverá contemplar
quatro anos civis subsequentes87, de forma a comprometer os usuários com a expansão do sistema.
7.4.2.2 Os MUST têm validade anual e são atualizados conforme o seguinte cronograma:
(a) até o dia 1o (primeiro) do mês de setembro de cada ano, o ONS deve solicitar para cada
distribuidora, consumidor livre ou potencialmente livre, autoprodutor e produtor
independente quando a geração for inferior à máxima carga própria, a relação de pontos de
conexão e respectivos MUST para os períodos do Horário de Ponta e Fora de Ponta, que
representem a demanda máxima total prevista em cada ponto de conexão a serem
contratados em cada um dos 4 (quatro) anos civis subsequentes, para aplicação a partir de
1º de janeiro do ano subsequente;
(b) As distribuidoras podem informar os pontos de conexão que possuem a finalidade de
garantir confiabilidade ao atendimento dos usuários para o ano civil, discriminando os
montantes para a utilização do ONS na apuração da sobrecontratação, não sendo
necessário que os mesmos constem no CUST;
(c) até o dia 31o (último) do mês de outubro, as distribuidoras, consumidores livres e
potencialmente livres, autoprodutores e produtores independentes quando a geração for
inferior à máxima carga própria, devem devolver ao ONS a relação do item anterior
preenchida88;

86 ANEEL. Resolução Normativa nº 320/08, Art. 4º § 1º


87 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 2º
88 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 2º § 8º

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SISTEMA DE TRANSMISSÃO

(1) caso os MUST não sejam informados até 31 de outubro, para todos os efeitos, serão
considerados os valores constantes do CUST vigente, bem como será considerado o
valor contratado para o terceiro ano como o de contratação para o quarto ano 89; e
(2) os CUST das distribuidoras, consumidores, autoprodutores e produtores
independentes quando a geração for inferior à máxima carga própria, contêm cláusula
com a previsão do mecanismo de renovação automática de que trata o item 7.4.2.2 (b)
(1) 90 deste submódulo.
(d) Os MUST informados até 31 de outubro de cada ano, poderão estar sujeitos a restrições do
sistema de transmissão em regime normal de operação nos três anos subsequentes à
contratação, sendo que as limitações, quando houver, deverão estar indicadas no respectivo
Parecer de Acesso a ser emitido pelo ONS91, ou documento técnico equivalente;
(e) até o dia 31 de dezembro de cada ano deverão ser celebrados os Termos Aditivos aos
CUST, com aplicabilidade dos novos valores de MUST a partir do primeiro dia do ano
seguinte;
(1) se um determinado termo aditivo de CUST não for devidamente assinado e devolvido
ao ONS até o dia 31 (trinta e um) de dezembro, o ONS deve considerar, a partir de 1º
(primeiro) de janeiro, os valores de MUST já contratados no ciclo anterior, tanto para a
apuração de encargos de uso do sistema, quanto para a avaliação da eficiência da
contratação dos usuários;
(f) devem ser consideradas as alterações de MUST referentes a pareceres de acesso dentro
do prazo de validade definido no Módulo 3; e

8 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS
8.1 Para a operacionalização do que está disposto neste submódulo foi desenvolvido pelo ONS um
sistema de administração dos contratos de transmissão, descrito sucintamente no Submódulo 18.2.

9 REFERÊNCIAS
9.1 Considerando a estreita subordinação deste submódulo com a regulamentação da ANEEL e
com os contratos de transmissão, a consideração desses documentos está apontada em notas de
rodapé, para pronta referência.

89 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 2º § 9º


90 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 2º § 10º
91 ANEEL. Resolução Normativa n 666/15, Art. 2º § 11

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