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1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
2 OBJETIVO ...................................................................................................................................... 5
3 ALTERAÇÕES DESTA REVISÃO ................................................................................................. 5
4 RESPONSABILIDADES ................................................................................................................. 5
4.1 OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO – ONS................................................................... 5
4.2 AGENTES DE TRANSMISSÃO ......................................................................................................... 6
5 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS APLICÁVEIS .......................................................... 6
6 REQUISITOS GERAIS ................................................................................................................... 6
7 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT AÉREA ................................................................................... 6
7.1 CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES........................................................................... 6
7.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS E CADEIAS DE ISOLADORES DA LT-CA ........... 7
7.3 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA ........................................................................................................ 7
7.4 PERDA JOULE NOS CABOS ............................................................................................................ 7
7.5 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA ........................................................................................................ 8
7.6 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .................................................................................................. 8
7.7 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ....................................................................................................... 9
7.8 TRAVESSIA COM LT ................................................................................................................... 11
8 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT AÉREA ................................................................................ 11
8.1 CONFIABILIDADE........................................................................................................................ 11
8.2 PARÂMETROS DE VENTO ............................................................................................................ 11
8.3 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS....................................................................................... 12
8.4 CARGAS MECÂNICAS SOBRE AS ESTRUTURAS ............................................................................. 13
8.5 FADIGA MECÂNICA DOS CABOS ................................................................................................... 13
8.6 FUNDAÇÕES .............................................................................................................................. 13
9 REQUISITOS ELETROMECÂNICOS DE LT AÉREA ................................................................. 14
9.1 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ...................................................................................................... 14
9.2 CORROSÃO ELETROLÍTICA ......................................................................................................... 14
9.3 CORROSÃO AMBIENTAL.............................................................................................................. 14
10 REQUISITOS ELÉTRICOS DE LT SUBTERRÂNEA ................................................................ 14
10.1 CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES....................................................................... 14
10.2 CAPACIDADE DE CORRENTE DAS BLINDAGENS METÁLICAS ......................................................... 15
10.3 PERDAS NO CONDUTOR, NA BLINDAGEM E NO DIELÉTRICO ......................................................... 15
10.4 TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA .................................................................................................... 16
10.5 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO .............................................................................................. 16
10.6 EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA ................................................................................................... 17
10.7 DESEQUILÍBRIO ....................................................................................................................... 17
11 REQUISITOS MECÂNICOS DE LT SUBTERRÂNEA ............................................................... 17
11.1 CONFIABILIDADE...................................................................................................................... 17
11.2 CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS CABOS..................................................................................... 18
11.3 CARGAS MECÂNICAS NAS ESTRUTURAS DE SUPORTE DOS TERMINAIS, NOS DUTOS, NAS CAIXAS DE
PASSAGEM E NAS CAIXAS DE EMENDA ............................................................................................... 18
11.4 MATERIAL DE ENVOLTÓRIA DOS CABOS ..................................................................................... 18
1 INTRODUÇÃO
1.1 Os requisitos mínimos descritos neste submódulo devem ser atendidos por toda linha de
transmissão (LT) que integra, ou que venha a integrar, a Rede Básica ou as instalações de
transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica.
1.2 A LT que integra, ou que venha a integrar, as Demais Instalações de transmissão – DIT ou as
instalações de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração para conexão
compartilhada – ICG deve atender aos requisitos estabelecidos pela transmissora detentora da
sua concessão e compatibilizados com o ONS.
1.3 Caso critérios de operação e planejamento assim o determinem, requisitos específicos podem
ser incluídos nos documentos de licitação ou autorização de determinada Função Transmissão
Linha de Transmissão (FTLT), cuja LT é seu elemento principal.
1.4 O conjunto das LT a que este submódulo se refere é composto por:
(a) LT aérea em corrente alternada (LT-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 765 kV;
(b) LT aérea em corrente contínua (LT-CC) com classe de tensão entre ±500 kV e ±800 kV;
(c) LT subterrânea em corrente alternada (LTS-CA) com classe de tensão entre 230 kV e 525
kV; e
(d) LT composta por partes aérea e subterrânea em corrente alternada (LTAS-CA) com classe
de tensão entre 230 kV e 525 kV.
1.5 Os requisitos desse submódulo aplicam-se:
(a) à LT aérea que empregue tecnologias abrangidas pela ABNT NBR 5422:1985, ou sua
sucessora, bem como pelas normas técnicas referidas no item 5.1 deste submódulo;
(b) à LT subterrânea que empregue tecnologias abrangidas pelas normas da International
Electrothechnical Commission – IEC, bem como pelas normas técnicas referidas no item
5.1 deste submódulo, em especial por aquelas que tratam dos cabos isolados de potência;
(c) ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo, bem como às fases de construção,
manutenção e operação das LT;
(d) ao projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e
equipamentos utilizados nas LT; e
(e) a qualquer inserção ou alteração de um componente de uma LT com relação ao seu
projeto original, tais como: derivações; seccionamentos; troca de equipamentos;
reisolamento; recapacitação e/ou reformas; e conversão de um trecho de LT aérea em
subterrânea.
1.6 Os requisitos para elementos de compensação reativa e equipamentos de conexão da LT
aérea ou subterrânea, em corrente alternada, às subestações terminais são abordados no
Submódulo 2.3 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos.
1.7 As perturbações produzidas pela LT-CC sobre instalações de terceiros, como por exemplo,
em sistemas de comunicação, são de responsabilidade do agente de transmissão responsável
pela LT-CC, que deve atender às normas pertinentes e prover solução para as perturbações
identificadas.
1.8 As principais características que se aplicam a uma FTLT são:
2 OBJETIVO
2.1 O objetivo deste submódulo é atribuir responsabilidades e estabelecer os requisitos mínimos
para linhas de transmissão aérea, em corrente alternada ou corrente contínua, e para linhas de
transmissão subterrânea, em corrente alternada, integrantes da Rede Básica ou das instalações
de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais conectadas à Rede
Básica, e ainda das linhas de transmissão integrantes das DIT ou das ICG.
4 RESPONSABILIDADES
4.1 Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS
(a) Propor ao poder concedente os requisitos mínimos a serem atendidos por cada FTLT.
6 REQUISITOS GERAIS
6.1 Os requisitos a serem atendidos por uma FTLT dizem respeito prioritariamente a seu
desempenho sob um ponto de vista sistêmico, cuja quantificação é possível por meio dos
indicadores de desempenho apresentados no Submódulo 2.8. Por sua vez, os requisitos a que
uma LT deve atender refletem mais especificamente as diretrizes adotadas nos projetos básico e
executivo. O Submódulo 25.8 apresenta indicadores que quantificam o desempenho de uma LT.
6.2 A LT aérea deve ter pelo menos um cabo para-raios do tipo Optical Ground Wire – OPGW.
6.3 A LT subterrânea deve ter pelo menos um cabo de fibra ótica instalado ao longo da rota dos
cabos condutores.
7.4.4 A perda joule nos cabos para-raios da LT-CA deve ser inferior a 5% (cinco por cento) das
perdas no cabo condutor para qualquer condição de operação.
7.5 Tensão máxima operativa
7.5.1 A tensão máxima operativa das LT aéreas está limitada aos valores descritos na Tabela 1.
Tabela 1 – Tensão máxima operativa das LT aéreas
Tipo da linha de
Classe de tensão [kV] Tensão máxima operativa [kV]
transmissão
230 242
345 362
LT-CA 440 460
500 e 525 550
765 800
500 525
LT-CC 600 636
800 840
7.7.2 Radiointerferência
7.7.2.1 A mediana da distribuição da relação sinal/ruído no limite da faixa de segurança da LT
aérea deve ser igual ou superior a 24 dB, para o período de um ano. O ruído deve ser calculado
para a tensão máxima operativa da LT aérea. O sinal adotado para o cálculo deve ser o nível
mínimo de sinal na região atravessada pela linha, conforme resolução DENTEL ou sua sucessora,
desde que não superior a 66 dB acima de 1 µV/metro a 1 MHz.
ou zero superiores a 1,5% nas barras das subestações nova e existentes, para a LT-CA em vazio
e a plena carga, o projeto básico deve propor solução de adequação da instalação. Nos casos de
seccionamento de LT-CA existente de circuito duplo ou contendo mais de um circuito de LT-CA na
mesma faixa ou em faixas contíguas, a simulação dos desequilíbrios de tensão deve considerar a
influência de todos os circuitos acoplados.
7.8 Travessia com LT
7.8.1 Deve-se evitar o cruzamento com LT. Caso o cruzamento seja inevitável, o agente de
transmissão deve identificar esses casos, tanto nas entradas/saídas das subestações quanto ao
longo do traçado da LT, e informar no projeto básico as providências que serão tomadas no
sentido de minimizar os riscos inerentes a esses cruzamentos, ficando a critério da ANEEL a
aprovação dessas providências.
7.8.2 O agente de transmissão deve relacionar no projeto básico os cruzamentos da LT em
projeto com outras LT. Seguem, abaixo, as informações mínimas das LT em cruzamento a serem
prestadas pelo agente:
(a) identificação com as subestações terminais do trecho em questão;
(b) tipo da linha de transmissão (LT-CA ou LT-CC);
(c) tensão nominal;
(d) número de circuitos; e
(e) disposição das fases (horizontal, vertical, triangular, etc).
7.8.3 Nos casos relacionados a seguir, o cruzamento da LT em projeto com outra existente (em
operação) ou projetada (em fase de implantação com processo de outorga mais antigo e projeto
executivo concluído) deverá ocorrer sob a LT existente ou projetada, quando:
(a) um circuito simples (em projeto) cruzar, num mesmo vão de travessia, mais de um circuito
de LT existente ou projetada de classe de tensão igual ou superior à de projeto; ou
(b) a tensão nominal da LT em projeto for menor que a da LT existente ou projetada.
1
International Electrotechnical Commission: Loading and Strength of Overhead Transmission Lines.
8.2.2 Os parâmetros explicitados a seguir devem ser obtidos a partir de dados fornecidos por
estações anemométricas selecionadas adequadamente para caracterizar a região atravessada
pela LT aérea:
(a) média e coeficiente de variação (em porcentagem) das séries de velocidades máximas
anuais de vento a 10 m de altura, com tempos de integração da média de 3 (três)
segundos (rajada) e 10 (dez) minutos (vento médio);
(b) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno
correspondente ao vento extremo, como definido no item 8.1.2 deste submódulo, e
tempos de integração para o cálculo da média de 3 (três) segundos e 10 (dez) minutos. Se
o número de anos da série de dados de velocidade for pequeno, na estimativa da
velocidade máxima anual deve ser adotado, no mínimo, um coeficiente de variação
compatível com as séries mais longas de dados de velocidades de ventos medidas na
região;
(c) coeficiente de rajada para a velocidade do vento a 10 m de altura, referenciado ao tempo
de integração da média de 10 (dez) minutos;
(d) velocidade máxima anual de vento a 10 m de altura, com período de retorno de 50 anos e
tempo de integração para o cálculo da média de 10 (dez) minutos; e
(e) categoria do terreno adotada para o local das medições.
8.2.3 No tratamento das velocidades de vento, para fins de dimensionamento, deve ser
considerada a categoria de terreno, conforme definida na IEC 60826, que melhor se ajuste à
topologia do corredor da LT aérea.
8.3 Cargas mecânicas sobre os cabos
8.3.1 O cabo deve ser dimensionado para suportar três estados de tracionamento – básico, de
tração normal e de referência – definidos a partir da combinação de condições climáticas e de
envelhecimento do cabo.
8.3.1.1 Estado básico
(a) Para condições de temperatura mínima, a tração axial máxima deve ser limitada a 33% da
tração de ruptura do cabo.
(b) Para condições de vento com período de retorno de 50 (cinquenta) anos, a tração axial
máxima deve ser limitada a 50% da tração de ruptura do cabo.
(c) Para condições de vento extremo, como estabelecido no item 8.1.2 deste submódulo, a
tração axial máxima deve ser limitada a 70% da tração de ruptura do cabo.
2
8.3.1.2 Estado de tração normal (EDS )
(a) No assentamento final, à temperatura média, sem vento, o nível de tracionamento médio
dos cabos deve atender ao indicado na norma ABNT NBR 5422:1985, ou sua sucessora,
bem como atender aos limites estabelecidos no item 8.3.1.1 deste submódulo. Além disso,
o tracionamento médio dos cabos deve ser compatível com o desempenho mecânico no
que diz respeito à fadiga ao longo da vida útil da LT aérea.
8.3.1.3 Estado de referência
(a) A distância de segurança do condutor ao solo (clearance) deve ser verificada sem
considerar a pressão de vento atuante.
2
Everyday stress.
Tabela 6 – Níveis máximos das sobretensões atmosféricas e de manobra para teste de cabos
isolados CA, conforme IEC 62067
Sobretensões máximas (kV)
Classe de
descargas
Tensão (kV) manobra
atmosféricas
230 1.050 NE
345 1.175 950
500 1.550 1.175
NE – não especificado.
10.5.3.2 O agente de transmissão deve verificar a necessidade da instalação de dispositivo para-
raios nas extremidades da LTS-CA para proteção dos cabos contra sobretensões devido às
descargas atmosféricas e às manobras.
10.5.3.3 Não é recomendado o religamento de LTS-CA uma vez que as falhas nesse tipo de
instalação são, em geral, permanentes. Em LTAS, o religamento deve ser mantido se o trecho
aéreo for predominante em extensão, no caso de novo empreendimento, ou se esse recurso
operativo já for previsto na LTA-CA a ser convertida em LTAS.
10.5.3.4 No caso de se permitir o religamento em LTAS, deve ser avaliado o tempo de retardo do
religamento.
10.6 Emissão eletromagnética
10.6.1 Campo magnético
10.6.1.1 Na avaliação do campo magnético de uma LTS, devem ser atendidas as determinações
da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março de 2010, para o público em geral.
10.7 Desequilíbrio
10.7.1 A LTS-CA de circuito simples, com disposição de cabos diferente do trifólio e comprimento
superior a 1.000m deve conter um ciclo completo de transposição de fases.
10.7.2 Caso os desequilíbrios de tensão de sequência negativa ou zero sejam superiores a 1,5%,
em vazio e a plena carga, a LTS-CA de circuito simples, com disposição de cabos diferente do
trifólio e comprimento igual ou inferior a 1.000m deve conter um ciclo completo de transposição de
fases.
10.7.3 Nos casos de LTS-CA envolvendo mais de um circuito paralelo, na mesma rota, deve-se
considerar na simulação dos desequilíbrios de tensão a influência mútua entre circuitos.
10.7.4 Os desequilíbrios de tensão de sequências negativa e zero da LTAS devem estar limitados
a 1,5%, em vazio e a plena carga.
10.7.5 Os requisitos dos itens 10.7.1 e 10.7.2 deste submódulo devem ser atendidos também nas
instalações de LTS-CA que preveem cabo reserva.