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Manual de Procedimentos da Operação

Módulo 10 - Submódulo 10.22

Rotina Operacional

Apuração de Eventos em Instalações do Sistema de Transmissão

Código Revisão Item Vigência

RO-AO.BR.05 18 4.3.2. 01/01/2020

MOTIVO DA REVISÃO

 Citação da regulamentação utilizada nesta Rotina mantida apenas no item 2.


 Citação do Manual de Classificação de Eventos SATRA realocada para o item 3.6.
 Esclarecimentos a respeito dos eventos com duração igual ou superior a um minuto mantidos nos
itens 4.2 e 5.1.
 Detalhamentos e esclarecimentos dos critérios associados à forma de apuração das FT exceto
conversora realocados para o item 4 e seus subitens.
 Detalhamentos e esclarecimentos dos critérios associados à forma de apuração das
indisponibilidades da FT Conversora, em atendimento à REN 853/2019, através da inclusão do item
5 e seus subitens.
 Atualização na forma de credenciamento de agentes para o sistema de apuração com uso do Portal
de Relacionamentos SINtegre, através da alteração do item 3.16.
 Melhoria de textos dos subitens 3.2, 3.5, 3.7, 3.9, 3.12, 3.15, 6.2, 6.3, 6.4, 8.1, 8.2, 8.5 e 8.6.

LISTA DE DISTRIBUIÇÃO

Agentes de
CNOS COSR-NCO COSR-NE COSR-S COSR-SE
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ÍNDICE
1. OBJETIVO.........................................................................................................................................3

2. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................3

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................................................3

4. CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A APURAÇÃO DE FT DA REDE BÁSICA E DE INTERLIGAÇÕES


INTERNACIONAIS, EXCETO FT CONVERSORA ....................................................................................5

5. CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A APURAÇÃO DE FT CONVERSORA ..........................................7

6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO ...............................................................................................................7

7. ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES E DO ONS ............................................................................................8

7.1. Equipe de Apuração da Operação do ONS ....................................................................................8

7.2. Agentes de Transmissão................................................................................................................8

7.3. Demais Agentes envolvidos...........................................................................................................9

8. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS COMPLEMENTARES ..................................................................................9

8.1. Apuração dos desligamentos ........................................................................................................9

8.2. Apuração das Restrições da Capacidade Operativa de FT da Rede Básica e das Interligações
Internacionais, Exceto FT Conversora .........................................................................................12

8.3. Apuração das indisponibilidades no módulo de controle das FT Controle de Reativo


(Compensação Série)...................................................................................................................14

8.4. Apuração das indisponibilidades de equipamentos reserva remunerados e períodos de operação


com equipamentos reserva.........................................................................................................15

8.5. Apuração dos períodos de utilização parcial de uma FT, exceto FT conversora .........................16

8.6. Apuração dos cancelamentos pelo agente com antecedência inferior a 5 dias .........................19

Referência: REN ANEEL 853/2019 2/19


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1. OBJETIVO

Operacionalizar os procedimentos para apuração dos eventos no sistema de transmissão, para subsidiar
as seguintes atividades:

 Acompanhamento da Operação, Acompanhamento da Manutenção e Estatística de Desempenho do


Sistema: Apuração das indisponibilidades e restrições da capacidade operativa nas Funções Transmissão
- FT, da Rede Básica, das Interligações Internacionais e da Rede Complementar de propriedade de
concessionárias de transmissão de energia elétrica, para possibilitar o acompanhamento da operação e
da manutenção e a estatística de desempenho do sistema, conforme Módulo 16 – Acompanhamento de
manutenção e Módulo 25 – Apuração de dados, relatórios da operação do Sistema Interligado Nacional
e indicadores de desempenho dos Procedimentos de Rede.

 Apuração Mensal dos Serviços e Encargos do Sistema de Transmissão: Apuração das


indisponibilidades, das restrições da capacidade operativa, dos cancelamentos de intervenções e das
indisponibilidades de equipamentos reserva remunerados nas instalações da Rede Básica e das
Interligações Internacionais, para cálculo das durações das indisponibilidades e restrições da capacidade
operativa, conforme descrito no Submódulo 15.6 – Apuração das indisponibilidades, restrições da
capacidade operativa e sobrecargas em Instalações da Rede Básica e das Interligações Internacionais.

2. REFERÊNCIAS

 Procedimentos de Rede - Submódulo 15.6 – Apuração das indisponibilidades, restrições da


capacidade operativa e sobrecargas em instalações da Rede Básica e das Interligações Internacionais.

 Procedimentos de Rede - Submódulo 15.12 – Apuração mensal das parcelas variáveis referentes à
disponibilidade de instalações da Rede Básica e das Interligações Internacionais.

 Procedimentos de Rede - Módulo 16 – Acompanhamento de manutenção.

 Procedimentos de Rede - Módulo 25 – Apuração de dados, relatórios da operação do Sistema


Interligado Nacional e indicadores de desempenho.

 Resolução Normativa ANEEL n° 191/2005.

 Resolução Normativa ANEEL n° 669/2015.

 Resolução Normativa ANEEL n° 729/2016.

 Resolução Normativa ANEEL n° 853/2019.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

3.1. São consideradas as FT da Rede Básica e das Interligações Internacionais, conforme regulação vigente,
sendo o conceito estendido também para a Rede Complementar de propriedade de concessionárias
de transmissão de energia elétrica.

3.2. O cadastramento das FT da Rede Básica e das Interligações Internacionais, na Base de Dados do ONS,
é feito com base nos Anexos dos Contratos de Prestação de Serviços de Transmissão – CPST e seus
aditivos, ou em regulamentação específica da ANEEL.

Referência: REN ANEEL 853/2019 3/19


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3.3. O cadastramento dos equipamentos da Rede Complementar de propriedade de concessionárias de


transmissão de energia elétrica, na Base de Dados do ONS, é feito considerando os critérios definidos
no Submódulo 23.2 – Critérios para definição das Redes do Sistema Interligado Nacional. O
desligamento da FT para sua retirada de operação e consequente desativação é registrado com
classificação específica, conforme Manual de Classificação de eventos do SATRA.

3.4. Os eventos considerados nas apurações de que trata essa rotina operacional estão associados a
períodos de indisponibilidade, períodos de restrição de capacidade operativa e cancelamentos de
intervenções nas instalações da Rede Básica, das Interligações Internacionais e da Rede Complementar
de propriedade de concessionárias de transmissão de energia elétrica.

3.5. As atividades de apuração dos eventos são realizadas com a utilização do Sistema de Apuração de
Dados da Transmissão (SATRA).

3.6. Cada alteração de estado ou condição operativa das FT da Rede Básica, das Interligações Internacionais
e das demais instalações de transmissão da Rede Complementar de propriedade de concessionárias
de transmissão de energia elétrica, é classificado conforme definido no Manual de Classificação de
Eventos do SATRA, disponível para consulta, no próprio sistema de apuração.

3.7. No que diz respeito à Rede Básica e às Interligações Internacionais, todos os eventos que atenderem
o requisito do item 3.4 desta rotina operacional são passíveis de aplicação das parcelas variáveis, salvo
aqueles decorrentes das situações de exceção explicitadas na regulação vigente.

3.8. Para os períodos de indisponibilidade e restrições da capacidade operativa das instalações da Rede
Básica e das Interligações Internacionais, são efetuados cálculos de dois tipos de durações, uma delas,
a duração real, corresponde ao período verificado de indisponibilidade, utilizada para efeitos
estatísticos, e a outra, a duração ajustada, utilizada para efeito de cálculo das parcelas variáveis.

3.9. Os desligamentos por conveniência operativa são aqueles solicitados pelo ONS para uma FT que se
encontre plenamente disponível para a operação, em atendimento a necessidade do sistema.
Eventuais restrições operativas ou reduções da capacidade de transmissão de FT Conversora
existentes permanecerão sendo apuradas mesmo nesse estado operativo.

3.10. A classificação das indisponibilidades ocorridas nas instalações da Rede Básica, das Interligações
Internacionais e da Rede Complementar de propriedade de concessionárias de transmissão de energia
elétrica considera as tratativas efetuadas nas fases de programação e tempo real, estando sujeita às
análises da apuração.

3.11. As consultas formais que, porventura, o agente envie ao ONS, para esclarecimentos a respeito de
situações específicas de apuração, devem ser encaminhadas ao Gerente Executivo de Apuração,
Análise e Custos da Operação do ONS, definido na Rotina de Operação RO-RO.BR.02.

3.12. O registro das restrições e reduções da capacidade operativa considera as capacidades contratadas de
longa e de curta duração constantes nos Anexos dos CPST, de acordo com os critérios estabelecidos
na regulamentação vigente para cada tipo de FT.

3.13. Os relatórios técnicos que o Agente elabore e que julgue ser necessário enviar ao ONS, para os
esclarecimentos adicionais a respeito de eventos específicos, devem ser incluídos no sistema utilizado

Referência: REN ANEEL 853/2019 4/19


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nas atividades de apuração de dados, durante o processo de apuração, conforme prazos estabelecidos
nos Procedimentos de Rede, devendo ser respeitado o limite, por evento, de um arquivo no formato
.pdf ou .docx.

3.14. Para as FT identificadas na Base de Dados do ONS como de propriedade de mais de uma concessão de
transmissão, deve(m) ser, obrigatoriamente, identificado(s) o(s) responsável(is) pelos eventos
apurados.

3.15. O relacionamento para as apurações de que trata esta Rotina Operacional deve ser efetuado pela
Gerência de Apuração da Operação do ONS com o Agente proprietário da FT ou com o Agente
designado por este, de acordo com a RO-RO.BR.02.

3.16. O credenciamento/ descredenciamento dos representantes dos Agentes, responsáveis pelo processo
de consistência dos eventos de que trata esta Rotina Operacional, bem como os representantes para
os quais é dada permissão de consulta aos eventos, deve ser formalizado pelos Agentes através do
Portal de Relacionamento SINtegre.

3.17. Para controle do processo de consistência dos eventos, efetuado pelas equipes de Apuração da
Operação do ONS, os eventos armazenados possuem indicadores que identificam o nível de
consistência em que os mesmos se encontram, conforme a seguir:

3.17.1. Evento em análise: evento obtido do processo de operação em tempo real, que ainda não passou pelo
processo de consistência;

3.17.2. Evento consistido pelo ONS: evento que passou pela fase de consistência no ONS, consideradas as
informações disponíveis. Observação: Cumpre destacar que a consistência do ONS pode sofrer revisão
em consequência da fase de consistência com os Agentes;

3.17.3. Evento consistido pelo agente: evento que passou pelo processo de consistência dos agentes.

3.18. Adicionalmente, os eventos armazenados possuem indicadores quanto à consistência dos agentes,
conforme a seguir:

3.18.1. Consistido: não se verifica divergência em relação às informações obtidas pelo ONS;

3.18.2. Não acordado: verifica-se divergência em relação às informações obtidas pelo ONS;

3.18.3. Não consistido no prazo: não houve consistência pelo Agente nos prazos definidos nesta Rotina
Operacional, sendo o evento considerado consistido por decurso de prazo.

3.19. Para o registro das horas consideradas na apuração dos eventos é utilizado o horário oficial de Brasília.

4. CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A APURAÇÃO DE FT DA REDE BÁSICA E DE INTERLIGAÇÕES


INTERNACIONAIS, EXCETO FT CONVERSORA

4.1. Os equipamentos reservas contratados compõem as FT – Reserva, às quais se aplica a regulação


vigente para as demais FT.

Referência: REN ANEEL 853/2019 5/19


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4.2. Para as apurações relacionadas às FT da Rede Básica e das Interligações Internacionais são
considerados todos os eventos, com duração igual ou superior a 1 (um) minuto, que afete a
disponibilidade ou capacidade operativa das instalações de transmissão, não sendo consideradas as
frações de minuto no registro de eventos.

4.3. Para indisponibilidade de equipamento pertencente à FT - Módulo Geral, exceto disjuntor, que cause
indisponibilidade de outras FT conectadas na mesma subestação, deve ser informada,
obrigatoriamente, a relação de outras FT indisponíveis em decorrência da indisponibilidade do
equipamento da FT - Módulo Geral.

4.4. Para as indisponibilidades de disjuntores que compõem a FT - Módulo Geral, nas subestações com
arranjo barra dupla com disjuntor e meio, independentemente da indisponibilidade de outras FT,
deverá, obrigatoriamente, ser informada a quantidade de disjuntores indisponíveis que pertencerem
à mesma FT - Módulo Geral.

4.5. A isenção do período programado das indisponibilidades para implantação de Ampliações, Melhorias
e Reforços, para implantação de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D, por solicitação do
ONS ou por segurança de terceiros, conforme regulação vigente, está condicionada ao cadastro de
intervenção exclusiva para a realização dos serviços citados.

4.5.1. Serviços com característica não isenta podem ser realizados durante o período de indisponibilidade de
serviço isento, porém, devem ser solicitados em documento de intervenção separado. Nesse caso, a
isenção de PVI só ocorre para os períodos em que forem executados, exclusivamente, os serviços
isentos na FT, desde que sejam realizados dentro do período programado ou reprogramado da
intervenção cadastrada para a realização do serviço isento.

4.5.2. Em relação aos serviços com característica não isenta, a PVI será calculada com base no período
verificado da intervenção, não sendo considerados eventuais adicionais por atraso e/ou período não
utilizado, desde que sua realização esteja contida no período programado ou reprogramado da
intervenção isenta.

4.6. A isenção dos períodos de indisponibilidade para implantação de Ampliações, Melhorias e Reforços
está sujeita, adicionalmente, ao atendimento das seguintes condições:

4.6.1. A indisponibilidade deve constar no Programa Mensal de Intervenções;

4.6.2. A indisponibilidade deve ocorrer, no caso de melhorias, após a data de encaminhamento, pelo ONS, à
ANEEL, do Plano de Melhorias e, nas situações de obras aprovadas e autorizadas por resoluções
autorizativas, após a data de emissão da(s) referida(s) resolução(ões) autorizativa(s).

4.7. As franquias estabelecidas na regulação vigente para realização de manutenção preventiva cadastrada
no sistema de acompanhamento de manutenções do ONS podem ser utilizadas em mais de uma
intervenção, caso tenha havido solicitação do ONS, por questões sistêmicas, para realização em mais
de uma intervenção. Esta solicitação do ONS deve estar comprovada na documentação do processo
de programação de intervenções.

4.8. Nas solicitações de realização de serviços com FT energizada e com bloqueio do religamento
automático, caso ocorra desligamento automático ou de emergência da FT, durante a realização dos

Referência: REN ANEEL 853/2019 6/19


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referidos serviços, poderá haver isenção de PVI para o período necessário à disponibilização da FT após
retirada das equipes.

4.8.1. A isenção citada está condicionada à existência de restrição sistêmica para a realização dos serviços
com desligamento da FT, e à decisão pela realização dos serviços sem desligamento, após análise de
viabilidade, realizada pelo agente proprietário da FT, informações estas que devem estar comprovadas
na documentação do processo de programação de intervenções.

5. CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS PARA A APURAÇÃO DE FT CONVERSORA

5.1. Para apuração de FT Conversora são considerados todos os eventos com duração igual ou superior a 1
(um) minuto em que, por condição interna à FT Conversora, haja redução da capacidade de
transmissão de potência ou impossibilidade de utilização de seus equipamentos para manobra ou
operação, conforme regulamentação vigente.

5.2. O período preferencial de manutenção é indicado no SATRA, por FT Conversora, até 31 de dezembro
do ano anterior de vigência do referido período.

5.3. Quando da ocorrência de indisponibilidades programadas dentro do período preferencial de


manutenção, o período de indisponibilidade, contido no período programado, será descontado de
acordo com a seguinte hierarquia:

i. da franquia de 80 horas equivalentes;

ii. das 40 horas equivalentes de fator K igual a 1;

iii. da franquia de 20 horas equivalentes por janela móvel de 12 meses.

5.4. Quando ocorrerem, num mesmo instante, indisponibilidade programada e não programada, para uma
mesma FT, primeiramente é registrado o evento com redução de capacidade relativa à
indisponibilidade programada. Posteriormente, o evento não programado é registrado com sua
redução adicional, se houver.

6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

6.1. As equipes de Apuração da Operação do ONS realizam, diariamente, a apuração dos eventos objeto
desta Rotina Operacional, disponibilizando esses eventos, devidamente classificados, para
consistência pelos agentes proprietários das FT ou os agentes designados por estes para o processo de
consistência.

6.2. Para as apurações dos eventos objeto desta Rotina Operacional são utilizadas informações referentes
à programação de intervenções, à operação realizada do sistema, bem como outras informações
relevantes ao processo.

6.3. Mensalmente, as informações referentes às FT da Rede Básica e das Interligações Internacionais são
disponibilizadas à Apuração Mensal de Serviços e Encargos da Transmissão, servindo de base para o
cálculo da Parcela Variável por Indisponibilidade – PVI, da Parcela Variável por Restrição Operativa –
PVRO, da Parcela Variável de FT Conversora – PVC e outras informações para cumprimento da
regulação vigente.
Referência: REN ANEEL 853/2019 7/19
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6.4. A apuração relacionada aos eventos de indisponibilidade de FT Conversora é disponibilizada


mensalmente à Apuração Mensal de Serviços e Encargos da Transmissão independentemente do
término da indisponibilidade.

7. ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES E DO ONS

7.1. EQUIPE DE APURAÇÃO DA OPERAÇÃO DO ONS

7.1.1. Diárias

7.1.1.1. Coletar e consistir os eventos objeto desta Rotina Operacional. O processo de coleta e consistência
é feito com base no Programa de Intervenções, definido no Submódulo 6.5 dos Procedimentos de
Rede, nos dados disponíveis nos sistemas de suporte à operação, nas informações registradas, em
tempo real, pelos operadores de sistema, e nos dados complementares informados pelos Agentes
de Transmissão.

7.1.1.2. Efetuar a triagem dos eventos, citados no item anterior, classificando-os conforme descrito nesta
Rotina Operacional, utilizando o sistema de apuração de dados específico.

7.1.1.3. Disponibilizar, aos Agentes envolvidos, até o terceiro dia útil subsequente à sua ocorrência, os
eventos destes Agentes, cadastrados e classificados.

7.1.1.4. Se necessário, interagir com os Agentes envolvidos para dirimir dúvidas e inconsistências nos eventos
registrados.

7.1.1.5. Emitir parecer final a respeito das contestações dos eventos realizadas pelos agentes no prazo de até
15 (quinze) dias úteis após o recebimento das informações dos agentes a respeito dos eventos. Caso
as informações disponibilizadas pelos agentes não sejam suficientes para conclusão do ONS, este
informará o fato ao agente, indicando as providências necessárias.

7.1.1.6. Emitir parecer final a respeito dos relatórios técnicos e das informações adicionais solicitadas pelo
ONS, bem como das consultas formais que o agente porventura envie ao ONS, no prazo de até 45
(quarenta e cinco) dias após o recebimento das informações. Caso haja necessidade de prazo
adicional, o ONS informará o fato ao agente.

7.1.2. Mensais

7.1.2.1. Disponibilizar na Base de Dados do ONS, as durações das indisponibilidades e restrições da


capacidade operativa nas FT da Rede Básica e das Interligações Internacionais, até o 10 (décimo)
dia útil do mês subsequente ao da apuração.

7.1.2.2. Disponibilizar e informar aos Agentes quando ocorrerem atualizações no Manual de Classificação
de Eventos do SATRA.

7.2. AGENTES DE TRANSMISSÃO

7.2.1. Diárias

7.2.1.1. Consistir os eventos objeto desta Rotina Operacional, em até 05 (cinco) dias úteis, após seu
recebimento.

Referência: REN ANEEL 853/2019 8/19


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7.2.1.2. Encaminhar ao ONS os relatórios técnicos com pleitos de alteração de classificação de eventos, que
considerar necessários, em até 10 (dez) dias úteis após o recebimento dos referidos eventos para
consistência. Após decorrido esse prazo, sem envio do relatório, a apuração do evento será dada
como concluída, e o fechamento do evento será realizado com as informações disponíveis. Caso o
relatório seja enviado no prazo determinado, o fechamento das apurações desses eventos será
feito após a análise dos referidos relatórios pelo ONS.

7.2.1.3. Encaminhar ao Gerente Executivo de Apuração, Análise e Custos da Operação do ONS, definidos na
Rotina de Operação RO-RO.BR.02, em até 90 (noventa dias) após o fechamento da Apuração
Mensal de Serviços e Encargos de Transmissão, as solicitações de revisão de aspectos técnicos da
apuração de eventos já contabilizados. Solicitações de revisão relacionadas a aspectos financeiros
devem ser encaminhadas à correspondente área do ONS.

7.2.1.4. Participar das análises das informações e relatórios de apuração.

7.2.1.5. Enviar, quando solicitado pelo ONS, os dados e as informações complementares necessários às
apurações, em até 05 (cinco) dias úteis após a solicitação.

7.3. DEMAIS AGENTES ENVOLVIDOS

7.3.1. Participar, por iniciativa própria ou quando solicitado pelo ONS, fornecendo os dados e as
informações complementares necessários às apurações.

8. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS COMPLEMENTARES

8.1. APURAÇÃO DOS DESLIGAMENTOS

8.1.1. São registrados todos os eventos de mudança de estado operativo nas FT da Rede Básica, das
Interligações Internacionais e das demais instalações de transmissão da Rede Complementar de
propriedade de concessionárias de transmissão de energia elétrica. No caso de FT Conversora,
também são registrados os eventos em que, devido a alguma condição interna à conversora, haja
redução da capacidade de transmissão de potência ou impossibilidade de utilização de seus
equipamentos para manobra ou operação.

8.1.1.1. Entende-se como mudança de estado operativo qualquer alteração de “ligado” para “desligado” e
vice-versa, ou qualquer alteração na caracterização desses estados, como, por exemplo, de
“desligado disponível” (conveniência operativa) para “desligado indisponível” (em intervenção).

8.1.2. No desligamento/religamento de uma FT para intervenção (programada ou de urgência), ou


decorrente de emergência ou desligamento automático, independentemente de o desligamento ser
passível ou não de PVI ou PVC, ou no caso da FT Conversora, ocorrência de redução de capacidade
de transmissão de potência ou impossibilidade de utilização de seus equipamentos para manobra ou
operação, são registrados os seguintes eventos de mudança de Estado Operativo.

tLO tDE tDA tRE

Referência: REN ANEEL 853/2019 9/19


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Figura 8.1 – Eventos de mudança de estado operativo registrados para FT durante período de
indisponibilidade.

 Liberação pelo ONS = tLO – data e hora em que o ONS autoriza o Agente, por contato telefônico,
para que este efetue as manobras de desligamento da FT;

 Desligamento efetivo = tDE – data e hora de desligamento da FT;

Observação 1: Para as Linhas de Transmissão em corrente contínua e FT Conversora, é considerada


como manobra de desligamento, a manobra de bloqueio do polo. Caso haja coordenação do ONS
para desenergização da FT-Conversora, será considerado este segundo horário como o horário do
desligamento efetivo.

Observação 2: Para as FT Transformação e FT Linha de Transmissão, a hora do desligamento a ser


considerada é quando da ocorrência do desligamento do primeiro terminal. Caso haja coordenação
do ONS até o desligamento do segundo terminal, deve ser considerado este segundo horário como
o horário do desligamento efetivo.

 Disponibilização pelo Agente = tDA – data e hora em que o Agente comunica a disponibilização da
FT ao ONS, por contato telefônico, conforme condições dispostas no submódulo 15.6 dos
Procedimentos de Rede.

 Religamento efetivo = tRE – data e hora em que a FT é reintegrada ao sistema elétrico.

Observação 3: Para as FT Transformação e Linha de Transmissão, a hora do religamento a ser


considerada é quando da ocorrência do religamento do segundo terminal, salvo nos casos em que
ocorrer solicitação do ONS, por questões sistêmicas, para que a FT permaneça energizada a vazio
por um dos terminais. Nesse caso é registrado o evento de religamento, mesmo a FT não estando
efetivamente ligada em dois terminais, mas, somente, energizada por solicitação do ONS.

Observação 4: Nos casos de desligamento automático ou de emergência, não existe o evento de


liberação pelo ONS - tLO.

Observação 5: Nos casos de impossibilidade de utilização de equipamentos para manobra ou


operação de FT Conversora pode não existir o evento de liberação pelo ONS - tLO

Observação 6: Nos casos de intervenção programada em FT que já se encontra desligada, por


conveniência operativa, por exemplo, a hora de início da indisponibilidade é considerada no
momento da liberação pelo ONS para o início da intervenção (tLO = tDE).

Observação 7: Nos casos onde a FT é religada, porém mantida sob intervenção para a realização de
serviço(s) e/ou teste(s) que exijam a mesma conectada ao SIN, os eventos tDA e tRE ocorrem em
ordem invertida, sendo a FT considerada disponível para a operação somente após declaração do
Agente de finalização do(s) referido(s) serviço(s) e/ou teste(s).

8.1.3. A duração real (período verificado) dos desligamentos, tanto os solicitados pelos Agentes, quanto os
automáticos ou de emergência, considera o período compreendido entre os eventos apresentados a
seguir:

 Desligamento Efetivo = tDE, conforme Figura 8.1;

Referência: REN ANEEL 853/2019 10/19


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 Disponibilização pelo Agente = tDA, ou o Religamento Efetivo = tREL, caso não ocorra a
disponibilização, conforme Figura 8.1.

8.1.4. A duração ajustada dos períodos de indisponibilidade decorrentes de desligamento é válida somente
para as FT da Rede Básica e das Interligações Internacionais, e leva em conta as regras estabelecidas
na regulação vigente quanto à aplicação de Parcela Variável e suspensão de pagamento base.

8.1.5. Nas intervenções classificadas como Desligamento Programado, o período previsto, que serve de
referência para apuração de eventuais atrasos e/ou períodos não utilizados, é a maior duração entre
o período programado e o reprogramado, exceto nos casos de reprogramação por iniciativa do ONS,
quando é considerado sempre o período reprogramado.

8.1.6. O período não utilizado de um Desligamento Programado corresponde à diferença entre o período
previsto e o período verificado contido dentro do previsto.

8.1.7. O atraso de um Desligamento Programado corresponde ao período entre a data de término prevista
e a data de término verificada.

8.1.8. O desligamento de uma FT, exceto FT Conversora, em aproveitamento, conforme critérios do


submódulo 6.5 dos Procedimentos de Rede, só é considerado isento de aplicação da PVI, conforme
regulação vigente, caso a intervenção principal seja em uma FT da Rede Básica.

8.1.9. Para a situação definida no item 4.5 desta Rotina Operacional, em que haja serviços com
características diferentes, do ponto de vista de isenção de PVI, sendo realizados na FT, devem ser
identificados os períodos de execução exclusiva dos serviços isentos e os períodos em que sejam
executados, juntamente aos serviços isentos, os serviços com característica não isenta, períodos
esses em que haverá aplicação de PVI. Para a correta caracterização dessas situações, são registrados
os seguintes eventos de mudança de Estado Operativo:

tLO tDEI1 tDTC1 tDNI tDTC2 tDEI2 tDA tRE

01 minuto 01 minuto

Período de isenção Período de desconto Período de isenção


de PVI de PVI de PVI

Figura 8.2 – Eventos de mudança de estado operativo registrados para FT, durante realização de serviços
com características isentas e não isentas.

 Liberação pelo ONS = tLO – data e hora em que o ONS autoriza o Agente, por contato telefônico,
para que este efetue as manobras de desligamento da FT, para o início da intervenção isenta;

 Desligamento efetivo = tDEI1 – data e hora de desligamento da FT para início da intervenção isenta;

 Troca de caracterização da indisponibilidade (FT permanece desligada) = tDTC1 – evento registrado


no minuto anterior à liberação do ONS para início do serviço com característica não isenta;

Referência: REN ANEEL 853/2019 11/19


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 Início do serviço não isento = tDNI – data e hora de liberação do ONS para início do serviço com
característica não isenta. A partir desse evento tem início a aplicação de PVI para a FT;

 Troca de caracterização da indisponibilidade (FT permanece desligada) = tDTC2 – evento registrado


no momento do término, declarado pelo agente, do serviço com característica não isenta;

 Troca da caracterização da indisponibilidade (FT permanece desligada) = tDEI2 – evento registrado


no minuto seguinte ao término do serviço não isento e que caracteriza a execução somente de
serviços isentos na FT;

 Disponibilização pelo Agente = tDA – data e hora em que o Agente comunica a disponibilização da
FT ao ONS, por contato telefônico, conforme condições dispostas no submódulo 15.6 dos
Procedimentos de Rede, após o término de todos os serviços em estavam sendo realizados;

 Religamento efetivo = tRE – data e hora em que a FT é reintegrada ao sistema elétrico.

Observação: os períodos programados das intervenções isenta e não isenta deverão ser ajustados,
de forma a refletirem os períodos de realização dos serviços e as informações da programação de
intervenções.

8.1.10. Uma FT desligada por conveniência operativa deve se encontrar disponível à operação, e seu
religamento, quando solicitado pelo ONS, deve ser realizado em tempo inferior a 05 (cinco) minutos
após a solicitação do ONS, para que não ocorra apuração de indisponibilidade, conforme Submódulo
15.6 dos Procedimentos de Rede.

8.1.10.1. Caso, após o desligamento por conveniência operativa, tenha ocorrido solicitação adicional do ONS
para complementação de vãos, ou, no caso de FT – Linha de Transmissão, para utilização de reator
de linha como reator de barra, a contagem do prazo, excepcionalmente, tem início somente após
o agente desfazer as manobras adicionais solicitadas pelo ONS. Nesse caso, o tempo inferior a 05
(cinco) minutos mencionado se aplica somente para o fechamento de seu módulo de conexão,
desde que não seja identificada indisponibilidade de equipamento pertencente à FT durante os
procedimentos de manobra. O tempo para desfazer as manobras adicionais solicitadas pelo ONS
não deverá exceder o tempo normal de manobra da instalação.

8.2. APURAÇÃO DAS RESTRIÇÕES DA CAPACIDADE OPERATIVA DE FT DA REDE BÁSICA E DAS


INTERLIGAÇÕES INTERNACIONAIS, EXCETO FT CONVERSORA

8.2.1. Nas restrições da capacidade operativa, de longa e de curta duração, são registrados os
seguintes eventos de mudança de Estado Operativo:

tINF1 tINF2 tREL ou tDES

Figura 8.3 - Eventos de restrição de capacidade operativa registrados para FT.

 tINF1 - data e hora de início da restrição, informado pelo Agente;

 tINF2 - data e hora em que o Agente informar ao ONS que está em condições de eliminar a restrição,
ainda que não possa fazê-lo por questões sistêmicas ou de terceiros;

Referência: REN ANEEL 853/2019 12/19


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 tREL - data e hora em que a restrição é eliminada, válida no caso em que há necessidade de
intervenção sem desligamento e esta seja aprovada pelo ONS. Neste caso não existe o evento tINF2;

 tDES – data e hora em que a FT é desligada, para intervenção com desligamento, para solucionar a
restrição operativa.

Observação 1: Caso haja necessidade de intervenção com desligamento, e esta seja aprovada pelo
ONS na data solicitada pelo Agente, a apuração da restrição da capacidade operativa cessa no
momento do desligamento da FT para a realização da intervenção.

Observação 2: Caso haja necessidade de intervenção com ou sem desligamento, e esta seja
aprovada pelo ONS em data diferente da solicitada pelo Agente, a apuração da restrição cessa no
momento em que o Agente estaria apto a eliminar a indisponibilidade, ou seja, no horário de início
solicitado da intervenção.

8.2.2. A duração real (período verificado) das restrições da capacidade operativa considera o período
compreendido entre os eventos apresentados a seguir:

 tINF1 – data e hora de início da restrição, informado pelo Agente;

 tINF2 ou tREL ou tDES - data e hora em que o Agente informar ao ONS que está em condições de
eliminar a restrição, ainda que não possa fazê-lo por questões sistêmicas ou de terceiros, ou data e
hora em que a restrição é eliminada, quando houver necessidade de intervenção sem desligamento
e a mesma seja aprovada pelo ONS, ou data e hora em que a FT é desligada para realização de
intervenção para solucionar a restrição operativa.

8.2.3. No caso das FT que tiverem capacidades contratadas de longa e de curta duração, podem ser
registradas restrições da capacidade operativa de longa e/ou de curta duração. As durações
reais das restrições consideram os eventos descritos no item 8.2.2. As durações ajustadas,
utilizadas para efeito do cálculo das parcelas variáveis, consideram os critérios a seguir:

8.2.3.1. No caso de registro somente de restrição da capacidade operativa de longa duração, a duração
ajustada dessa restrição é igual à duração real dessa;

8.2.3.2. No caso de registro somente de restrição da capacidade operativa de curta duração, a duração
ajustada dessa restrição possui um valor máximo por ciclo, conforme estabelecido nas Referências
Técnicas do Módulo 10 dos Procedimentos de Rede, sendo a duração do ciclo e a duração máxima
de operação com capacidade acima da nominal no ciclo (capacidade de curta duração) dependentes
do tipo de FT. A duração ajustada da restrição de operação com capacidade acima da nominal é igual
à duração real, limitada à duração máxima de operação com capacidade acima da nominal por ciclo.
Na ocorrência de mais de um registro de restrição de capacidade operativa de curta duração em um
ciclo, a soma de suas durações ajustadas está limitada à duração máxima por ciclo para a FT em
questão;

8.2.3.3. No caso de registro simultâneo dos dois tipos de restrição, de curta e de longa duração, a duração
ajustada da restrição de curta duração deve respeitar as condições definidas no item 8.2.3.2 acima,
e o restante da duração real será considerada como duração ajustada da restrição de longa duração.

Referência: REN ANEEL 853/2019 13/19


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8.2.4. Para a apuração das restrições da capacidade operativa, são consideradas as durações
ajustadas das mesmas e a(s) capacidade(s) da FT, considerada(s) a(s) redução(ões) em relação
ao(s) valor(es) contratado(s), independente da necessidade operacional do sistema.

8.3. APURAÇÃO DAS INDISPONIBILIDADES NO MÓDULO DE CONTROLE DAS FT CONTROLE DE REATIVO


(COMPENSAÇÃO SÉRIE)

8.3.1. Nas indisponibilidades dos módulos de controle das FT Controle de Reativo (Compensação
Série), devem ser registrados os seguintes eventos de mudança de Estado Operativo:

tIMC tDMC tREL ou tDES

Figura 8.4 – Eventos de indisponibilidade no módulo de controle da FT-CR.

 tIMC - data e hora de disponibilização da FT para a operação, sem seu módulo de controle associado;

 tDMC - data e hora em que o Agente informar ao ONS que está em condições de eliminar a
indisponibilidade, caso não possa fazê-lo por questões sistêmicas ou de terceiros;

 tREL - data e hora em que a FT é reintegrada ao sistema, com o seu módulo de controle associado.

 tDES - data e hora em que a FT é desligada para intervenção com desligamento para solucionar a
indisponibilidade do módulo de controle.

Observação 1: Caso haja necessidade de intervenção sem desligamento, e esta seja aprovada pelo
ONS, ter-se-á apenas o evento tREL quando do término da referida intervenção após correção do
problema no módulo de controle.

Observação 2: Caso haja necessidade de intervenção com desligamento, e esta seja aprovada pelo
ONS na data solicitada pelo Agente, a apuração da indisponibilidade no módulo de controle cessa
no momento do desligamento da FT para a realização da intervenção.

Observação 3: Caso haja necessidade de intervenção com ou sem desligamento, e esta seja
aprovada pelo ONS em data diferente da solicitada pelo Agente, a apuração da indisponibilidade
no módulo de controle cessa no momento em que o Agente estaria apto a eliminar a
indisponibilidade, ou seja, no horário de início solicitado da intervenção.

8.3.2. A duração real (período verificado) das indisponibilidades do módulo de controle das FT
controle de reativo (compensação série), considera o período compreendido entre os eventos
apresentados a seguir:

• Início = tIMC, conforme figura 8.3;

• Término = tDMC, ou tREL ou tDES, conforme figura 8.3.

8.3.3. A duração ajustada dos períodos de indisponibilidade no módulo de controle das FT controle
de reativo (compensação série) leva em conta os critérios estabelecidos na regulação vigente
para aplicação da PVI.

Referência: REN ANEEL 853/2019 14/19


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8.4. APURAÇÃO DAS INDISPONIBILIDADES DE EQUIPAMENTOS RESERVA REMUNERADOS E PERÍODOS


DE OPERAÇÃO COM EQUIPAMENTOS RESERVA

8.4.1. Quando ocorrer energização de uma FT – Transformação ou de reator pertencente a FT –


Controle de Reativo ou pertencente a FT – Linha de Transmissão, com utilização de
equipamento reserva, devem ser registrados os seguintes eventos de mudança de Estado
Operativo:

tFRE tATF

Figura 8.5 – Eventos para registro de FT operando com equipamento reserva.

 tFRE - data e hora de religamento da FT com a utilização do equipamento reserva associado em


substituição a uma fase principal que está indisponível;

 tATF - data e hora em que o Agente declarar estar apto a realizar a troca de fases devido ao término
da indisponibilidade da fase original, substituída pelo equipamento reserva, momento a partir do
qual é considerado que a fase substituída assume a condição de reserva.

Observação: No caso de reator pertencente a FT – Linha de Transmissão, o evento de utilização de


equipamento reserva deve ser registrado para o reator, com a identificação do equipamento reserva
que está sendo utilizado.

8.4.2. A duração real (período verificado) dos períodos de operação de FT com equipamento reserva
considera os eventos apresentados a seguir:

 Início = tFRE, conforme figura 8.5;

 Término = tATF, conforme figura 8.5.

8.4.3. Quando ocorrer indisponibilidade de equipamento reserva remunerado, devem ser registrados
os seguintes eventos de mudança de Estado Operativo:

tIRE tDLA

Figura 8.6 – Eventos de indisponibilidade de equipamento reserva registrados para FT.

 tIRE - data e hora de início da indisponibilidade do equipamento reserva;

 tDLA - data e hora de disponibilização da fase reserva para operação.

8.4.4. A duração real (período verificado) das indisponibilidades de equipamentos reserva


remunerados, considera o período compreendido entre os eventos apresentados a seguir:

 Início = tIRE, conforme figura 8.6;

 Término = tDLA, conforme figura 8.6.

Referência: REN ANEEL 853/2019 15/19


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8.4.5. A duração ajustada para as situações descritas nos itens 8.4.2 e 8.4.3 é igual à duração real.

8.5. APURAÇÃO DOS PERÍODOS DE UTILIZAÇÃO PARCIAL DE UMA FT, EXCETO FT CONVERSORA

8.5.1. A utilização parcial de uma FT pode ocorrer nas seguintes situações:

8.5.1.1. Com equipamento principal da FT ligado ou energizado por solicitação do ONS, e um ou mais
terminais desligados por responsabilidade do agente proprietário da FT.

8.5.1.2. Com equipamento principal da FT - Linha de Transmissão ligado ou energizado por solicitação do
ONS, e reator não manobrável desta FT desligado por responsabilidade do Agente.

8.5.1.3. Com equipamento principal da FT desligado indisponível, havendo a solicitação do ONS para
complementação de vão em um ou mais terminais da FT.

8.5.1.4. Com equipamento principal da FT desligado e indisponível, havendo solicitação do ONS para
energização do reator não manobrável desta FT como reator de barra.

8.5.2. Na situação descrita em 8.5.1.1, em que o equipamento principal da FT, por solicitação do ONS,
seja energizado, seja ligado ou permaneça ligado, e um ou mais terminais da FT permaneçam
desligados, por responsabilidade do agente proprietário da FT, devem ser registrados, para a
FT em questão, os seguintes eventos de mudança de Estado Operativo, com identificação do
terminal ou terminais que estiver(em) sendo mantido(s) desligado(s), durante o período de
operação da FT:

tOIN tAOI tREL

Figura 8.7 – Eventos de utilização parcial de FT, com o equipamento principal ligado.

 tOIN - data e hora em que a FT passa a operar de forma parcial. No registro desse evento deve haver
identificação do terminal ou do(s) terminal(is) indisponível(is);

 tAOI - data e hora em que o Agente declara estar apto a operar a FT completa;

 tREL - data e hora em que a FT passa a operar de forma completa.

Observação: quando, durante a indisponibilidade de um terminal da FT, ocorrer solicitação do ONS,


por questões sistêmicas, para que a FT permaneça energizada a vazio pelo terminal que se encontra
disponível, é registrado o evento de religamento, mesmo a FT não estando efetivamente ligada em
dois terminais, mas somente energizada.

8.5.3. A duração real (período verificado) dos períodos de utilização parcial de FT descritos no item
8.5.1.1, considera o período compreendido entre os eventos apresentados a seguir:

 Início = tOIN conforme figura 8.7;

 Término = tOIA, ou tREL, conforme figura 8.7.

Referência: REN ANEEL 853/2019 16/19


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8.5.4. Na situação descrita em 8.5.1.1, no caso específico de FT – Linha de Transmissão com reator
não manobrável associado, caso a linha de transmissão seja religada e o reator permaneça
desligado, por responsabilidade do agente proprietário da FT, devem ser registrados os
seguintes eventos de mudança de Estado Operativo para a FT – LT e para o referido reator:

Registros para a FT-LT


tDFT tRFT tDFT tRFT

P1 P2
Registros para o reator
tDES tDLA

Figura 8.8 – Eventos de utilização parcial de FT-LT com indisponibilidade de reator não-manobrável.

 tDFT - data e hora em que a FT foi desligada para liberação do reator (P1) ou desligada, após
disponibilização do reator para retorno no mesmo (P2);

 tRFT - data e hora em que a FT é disponibilizada ou religada após isolamento do reator (P1) ou em
que a FT é disponibilizada ou religada após conexão do reator (P2);

 tDES - data e hora em que o reator passa a ficar desligado, com a LT já disponível à operação ou já
ligada (FT-LT ligada parcialmente);

 tDLA - data e hora em que o reator é disponibilizado, sendo necessário novo desligamento da FT – LT
para seu retorno.

8.5.5. A duração real (período verificado) dos períodos de utilização parcial de FT descritos no item
8.5.1.1, considera o período compreendido entre os eventos registrados para o reator e
apresentados a seguir:

 Início = tDES, conforme figura 8.8;

 Término = tDLA, conforme figura 8.8.

8.5.6. Durante os períodos de utilização parcial de FT, conforme item 8.5.1.1, somente as parcelas de
receita dos equipamentos ou terminais indisponíveis serão utilizadas no cálculo das parcelas
variáveis referentes ao período de operação parcial da FT.

8.5.7. Na situação descrita em 8.5.1.2, deverão ser identificados, nos períodos de indisponibilidade
da FT, os subperíodos em que ocorreu complementação de vão em um ou mais terminais da
FT, por solicitação do ONS, com identificação do(s) respectivo(s) terminal(is):

Referência: REN ANEEL 853/2019 17/19


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Registros para a FT
tDFT tRFT

Registros para o terminal i


tETi tDTi

Registros para o terminal k


tETk tDTk

Figura 8.9 – Eventos para registro de complementação de vão durante indisponibilidade da FT.

 tDFT - data e hora em que a FT é desligada;

 tETi - data e hora de energização do terminal i, por solicitação do ONS;

 tDTi - data e hora de desligamento do terminal i, por solicitação do ONS;

 tETk - data e hora de energização do terminal k, por solicitação do ONS;

 tDTk - data e hora de desligamento do terminal k, por solicitação do ONS;

 tRFT - data e hora em que a FT é disponibilizada ou religada.

Observação: durante o período em que o equipamento principal da FT permanecer desligado,


poderá ocorrer um ou mais subperíodos de energização de um ou mais terminais, devendo cada
subperíodo ser registrado separadamente, com seu início e término.

8.5.8. Na situação descrita em 8.5.1.2, no caso específico de FT – Linha de Transmissão com reator
não manobrável associado, caso, durante o período de desligamento da linha de transmissão,
o reator seja religado como reator de barra, por solicitação do ONS, devem ser registrados os
seguintes eventos de mudança de Estado Operativo para a FT – LT e para o referido reator:

Registros para a FT
tDFT tRFT

Registros para o reator i


tOIN tAOI

Figura 8.10 – Eventos para registro de utilização de reator não manobrável durante indisponibilidade da
FT.

Referência: REN ANEEL 853/2019 18/19


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 tDFT - data e hora em que a FT é desligada;

 tOIN - data e hora de energização do reator i, por solicitação do ONS;

 tAOI - data e hora de desligamento do reator i, por solicitação do ONS;

 tRFT - data e hora em que a FT é disponibilizada ou religada;

Observação: durante o período em que o equipamento principal da FT permanecer desligado,


poderá ocorrer um ou mais subperíodos de energização de um ou mais reatores, devendo cada
subperíodo ser registrado separadamente, com seu início e término.

8.5.9. Durante os períodos de energização de terminais ou equipamentos complementares de uma


FT, as parcelas de receita desses equipamentos ou terminais, não serão utilizados no cálculo
das parcelas variáveis referentes ao período de indisponibilidade da FT.

8.6. APURAÇÃO DOS CANCELAMENTOS PELO AGENTE COM ANTECEDÊNCIA INFERIOR A 5 DIAS

8.6.1. Os cancelamentos motivados pela ocorrência de condições climáticas adversas e necessidade


de atendimento de urgências, emergências e/ou perturbações no sistema poderão ser
considerados como fundamentados nas condições impeditivas e isentos de PV, de acordo com
a regulação vigente, desde que o agente informe ao ONS a necessidade e motivação para o
cancelamento, anteriormente ao horário programado para a intervenção, conforme
estabelecido na IO-PD.BR.01 – Execução do Programa Diário de Intervenções Consolidado.

8.6.2. No caso de cancelamento motivado pela ocorrência de condições climáticas adversas, deve ter
havido declaração prévia do agente, em fase de programação, de que a realização dos serviços
dependia de condições climáticas favoráveis. Para solicitar a isenção de PV, faz-se necessário o
envio de Relatório Técnico nos prazos estabelecidos nos Procedimentos de Rede. Os
cancelamentos de intervenções em aproveitamento ou de intervenções em equipamentos
reserva contratados não são objeto de apuração.

Referência: REN ANEEL 853/2019 19/19

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