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SÍNODO
PAROQUIAL
Documento da Assembleia
Plano de Pastoral
ORAÇÃO SINODAL
Espírito Santo, Deus amor!
Queremos ouvir o apelo que fazeis
para a Igreja permanecer
em processo sinodal.
Desejamos caminhar juntos
em vosso nome.
Nosso Defensor, vinde, cai conosco,
tomai posse do nosso coração,
mostrai-nos os caminhos
que devemos seguir,
conservando-nos em comunhão,
incentivando-nos à participação
e à saída missionária.
Ai de nós pecadores
se cairmos na confusão.
Não o permitais.
Iluminai a nossa ignorância,
libertai-nos da parcialidade.
Em vós a unidade,
convosco a verdade e a justiça.
Abrigados no Coração de Maria,
marchamos juntos até a vida sem ocaso.
Com Jesus ao Pai, nós vos adoramos,
agora e sempre. Amém.
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APRESENTAÇÃO
Caríssimos irmãos e irmãs, éis da Basílica Imacu-
lado Coração de Maria, com espírito de gratidão a
Deus e à comunidade, apresentamos as conclu-
sões da Assembleia Paroquial realizada nos dias
15, 16 e 17 de julho de 2022, no Sítio Assunção em
Teresópolis, RJ.
A convocação do Sínodo da Igreja Universal
2019/2023: “Por uma Igreja sinodal: comunhão,
participação e missão”, acolhida como inspiração
do Espírito Santo, colocou nossa Paróquia em pro-
cesso sinodal. Constituímos uma comissão para
agilizar o processo.
Os membros desta comissão se aprofundaram no
tema do Sínodo, assimilaram o questionário de
consulta, estabeleceram uma pedagogia para apli-
cação do questionário e obtenção das respostas
na comunidade e, por m, sistematizaram as res-
postas e se preocuparam em dar continuidade ao
processo com a preparação da Assembleia Paro-
quial.
Criaram uma Assembleia toda participativa e cola-
borativa, desde a sua convocação, metodologia,
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ………………………………………………………… 03
2. ILUMINAÇÕES ………………………………………………………….… 07
2.1. A Palavra de Deus ………………………………….…. 07
2.2. O Magistério …………………………………………….. 08
3. A SINODALIDADE ……………………………………………………….. 11
3.1. As Palavras Chave …………………………………….. 11
3.2. As Atitudes ………………………………………………… 13
3.3. As Armadilhas …………………………………………… 17
4. A METODOLOGIA ……………………………………………………….. 23
4.1. A Investigação Apreciativa ………………….….. 23
5. OBJETIVOS: O PLANO DE PASTORAL ……………………….. 29
5.1. Sonhos ……………………………………………………… 30
5.1. Dimensão da Comunhão ………………………….. 32
5.2. Dimensão da Participação ……………………… 37
5.3. Dimensão da Missão ………………………………… 43
6. ORAÇÕES ………………………………………………………………. 49
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2. ILUMINAÇÕES
2.1. A PALAVRA DE DEUS
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onsiderai com que amor nos amou o Pai, para
que sejamos chamados lhos de Deus… Carís-
simos, desde agora somos lhos de Deus,
embora ainda não tenha se manifestado o que
haveremos de ser, pois seremos semelhantes a
Deus… Portanto, amemo-nos uns aos outros. Não
façamos como Caim, que era do maligno e matou
seu irmão… Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas
odeia seu irmão, é mentiroso, porque aquele que
não ama a seu irmão a quem vê, é incapaz de amar
a Deus a quem não vê.” (IJo 3,1-2.12 e IJo 4,20)
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2.2. O MAGISTÉRIO
Vamos acolher como iluminações do Magistério da
Igreja para o processo Sinodal em nossa Paróquia,
alguns textos da Fratelli Tutti do Papa Francisco:
“… A agressividade aumenta. Contudo, ainda é
possível optar pelo cultivo da amabilidade; há pes-
soas que o conseguem, tornando-se estrelas no
meio da escuridão.
São Paulo designa um fruto do Espírito Santo com
a palavra grega chrestotes (Gal 5, 22), que expres-
sa um estado de ânimo não áspero, nem rude ou
duro, mas benigno, suave, que sustenta e conforta.
A pessoa que possui esta qualidade ajuda os ou-
tros, para que a sua existência seja mais suportá-
vel, sobretudo quando sobrecarregados com o
peso dos seus problemas, urgências e angústias.
É um modo de tratar os outros, que se manifesta
de diferentes formas: amabilidade no trato, cuidado
para não magoar com as palavras ou os gestos,
tentativa de aliviar o peso dos outros. Supõe «dizer
palavras de incentivo, que reconfortam, consolam,
fortalecem, estimulam», em vez de «palavras que
humilham, angustiam, irritam, desprezam».
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3. A SINODALIDADE
3.1. AS PALAVRAS-CHAVE
A
s palavras-chave para o processo sinodal são
as três dimensões do tema do Sínodo: comu-
nhão, participação e missão. Elas estão pro-
fundamente inter-relacionadas e são os pila-
res vitais de uma Igreja sinodal. Não há hierarquia
entre elas. Ao contrário, cada uma enriquece e ori-
enta as outras duas em uma relação dinâmica que
deve ser articulada tendo em conta as três em con-
junto.
Comunhão
A comunhão que partilhamos encontra as suas raí-
zes mais profundas no amor e na unidade da Trin-
dade. É Cristo que nos reconcilia com o Pai e nos
une uns aos outros no Espírito Santo.
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Participação
Todos os éis estão capacitados e são chamados a
colocar ao serviço uns dos outros os dons que
cada um recebeu do Espírito Santo. Na Igreja sino-
dal toda a comunidade é convocada para rezar, es-
cutar, analisar, dialogar, discernir e aconselhar na
hora de tomar as decisões pastorais mais de acor-
do com a vontade de Deus, se bene ciando da rica
diversidade dos seus membros.
Missão
A Igreja existe para evangelizar, e por isso não po-
demos estar centrados em nós mesmos. Nossa
missão é testemunhar o amor de Deus nos ambien-
tes de vida de toda a família humana, numa dimen-
são profundamente missionária, especialmente
com aqueles que vivem nas periferias espirituais,
sociais, econômicas, políticas, geográ cas e exis-
tenciais do nosso mundo.
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3.2. AS ATITUDES
A prática do Processo Sinodal pede atitudes que
permitam uma escuta e um diálogo genuínos. Al-
gumas delas seriam:
Escutar
À humildade de escutar deve corresponder a cora-
gem de falar, uma vez que todos têm o direito de
ser ouvido, tal como todos têm o direito de falar.
Não se trata de entrar em debate para convencer
os outros, mas, antes, de acolher o que os outros
dizem como um modo através do qual o Espírito
Santo pode falar para o bem de todos (1Cor 12,7).
Diálogar
Somos convidados a falar com coragem e honesti-
dade autênticas a m de integrar a liberdade, a
verdade e a caridade. Todos podem crescer em
compreensão através do diálogo e estar dispostos
a mudar as nossas opiniões com base no que ou-
vimos dos outros, abandonando atitudes de confor-
to, que nos levam a tomar decisões com base ape-
nas na forma como se fazia no passado ou de res-
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Escuta Mútua
A Igreja é o Corpo de Cristo, em que cada membro
tem um papel único a desempenhar, segundo seus
diferentes carismas. Dependemos uns dos outros e
todos nós temos a mesma dignidade no seio do
Povo de Deus. Em Cristo o verdadeiro poder é o
serviço, e a sinodalidade exige que os pastores es-
cutem atentamente o rebanho con ado aos seus
cuidados, assim como requer que os leigos expri-
mam os seus pontos de vista com liberdade e ho-
nestidade. Todos se escutam uns aos outros por
amor, num espírito de comunhão e da nossa mis-
são comum, e desta forma, o poder do Espírito
Santo manifesta-se de múltiplas maneiras em todo
o Povo de Deus e através dele. Assim venceremos
o agelo do clericalismo.
Caminhar Juntos
Devemos caminhar juntos, aprendendo uns com os
outros, e estando uns ao serviço dos outros. A au-
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Sem Ideologias
Devemos evitar o risco de dar mais importância às
ideias do que à realidade da vida de fé que as pes-
soas vivem em concreto.
Fidelidade
Precisamos fazer o que é certo não com a nalida-
de chamar a atenção ou fazer manchetes, mas com
o objetivo de ser el a Deus e servir o seu Povo.
Somos chamados a ser faróis de esperança, não
profetas da desgraça.
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3.3. AS ARMADILHAS
Precisamos estar conscientes para evitar que as
armadilhas di cultem o nosso progresso durante
este tempo de sinodalidade. Algumas delas seriam:
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4. A METODOLOGIA
A INVESTIGAÇÃO APRECIATIVA
O
Processo sinodal da Igreja chegou à nossa Pa-
róquia com a proposta da realização de uma
Assembleia Paroquial que fosse bem partici-
pativa para que a sinodalidade pudesse ter
efeitos enriquecedores em toda a vida pastoral da
comunidade. Na busca de um método para alcan-
çar estes objetivos, optamos pelo caminho da In-
vestigação Apreciativa, método aplicado com su-
cesso no mundo corporativo e em alguns organis-
mos eclesiásticos.
A Investigação Apreciativa (IA) é uma das mais ino-
vadoras e bem-sucedidas abordagens de mudança
organizacional usadas nas últimas décadas no
mundo inteiro, inclusive, no Brasil. Este tipo de me-
todologia desenvolveu-se, a princípio, nas empre-
sas e depois, devido ao seu grande sucesso, ex-
pandiu-se para outras áreas como entidades, insti-
tuições, órgãos públicos e associações religiosas.
A IA foi desenvolvida nos anos 1980 pelo norte-
americano David Cooperrider,
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professor do Departamento de Empreendedorismo
Social da Escola de Administração da Case Wes-
tern Reserve University, nos Estados Unidos. A re-
ferida metodologia propõe uma mudança de para-
digma em termos organizacionais, pois em vez de
se focar em “qual é o problema a ser resolvido” no
setor de trabalho, foca-se em “qual é o núcleo posi-
tivo já existente que pode ser potencializado”. Pro-
cura-se investigar por meio de perguntas positivas
o que há de apreciável; deste modo, muda-se a
percepção do setor. Assim, as pessoas recordam
suas experiências bem-sucedidas, permitem-se so-
nhar com um ambiente melhor, traçam um projeto
e, en m, buscam chegar ao nível idealizado. Para
isso, deve-se selecionar de três a cinco tópicos
a rmativos para investigação e seguir as etapas
dos 4-Ds:
1) Discovery (Descoberta)
Nesta fase, a atividade do organismo é inquirida
sobre as experiências bem sucedidas e qual seu
núcleo positivo que precisa ser descoberto. Quais
são as vivências de êxito, em que as pessoas tive-
ram conquistas, quais são seus principais valores e
suas melhores qualidades. Então, tudo é voltado
para essa perspectiva de passado, de onde precisa
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2) Dream (Sonho)
Na etapa do Sonho, a comunidade busca visualizar
o melhor futuro, o futuro ideal, o futuro sonhado, o
futuro desejado, o futuro positivo, acreditando que
visualizar esse futuro positivo pode extrair o melhor
da organização, dos participantes e do sistema que
está sendo avaliado.
3) Design (Planejamento)
Depois de identi car o futuro sonhado na fase an-
terior, agora é hora de planejar como alcançá-lo, de
propor objetivos e meios. Por isso, nessa fase da
Investigação Apreciativa, serão pensadas ações
planejadas de mudanças que possibilitem que a
comunidade chegue ao futuro ideal.
4) Destiny (Concretização)
Nesta fase da investigação apreciativa o organismo
já coloca um pé nesse futuro tão sonhado. Come-
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5. OBJETIVOS
O Que Queremos
Alcançar
O PLANO DE PASTORAL
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SONHOS
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uscar, em todos os setores da vida paroquial, o
espírito trinitário, de liação divina e fraterni-
dade, expresso no estilo Sinodal, como esfor-
ço coletivo e procura contínua de aprender-
mos a “caminhar juntos” como irmãos e irmãs que
somos, sem estar uns sobre os outros, mas na po-
sição entre iguais para juntos fazermos a experiên-
cia de fé, frente aos desa os internos e externos
que se apresentam em nosso dia a dia, como um
jeito de ser Igreja, pelo qual, cada pessoa é impor-
tante, tem voz, é ouvida, capacitada e envolvida na
realização da missão do Pai, iluminada pela Palavra
do Filho, frutuosa pela ação do Espírito.
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DIMENSÃO DA COMUNHÃO
A comunh o que partilhamos encontra as suas ra -
zes mais profundas no amor e na unidade da Trin-
dade. Cristo que nos reconcilia com o Pai e nos
une uns aos outros no Esp rito Santo. Juntos, so-
mos inspirados pela escuta da Palavra de Deus,
atrav s da Tradi o viva da Igreja, e com base no
sensus dei que partilhamos. Todos temos um pa-
pel a desempenhar no discernimento e na viv ncia
do chamamento que Deus faz ao seu povo.
(Vademecum Sínodo 1.4)
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Objetivo Especí co para a Comunhão
Fomentar na comunidade paroquial o convívio fra-
terno sem preconceitos, sem discriminação, de
mente e de coração abertos, por meio do trabalho
em conjunto, caminhando lado a lado, respeitando
a limitação do outro, acolhendo suas virtudes, per-
doando e integrando seus defeitos, testemunhan-
do a amizade social e a fraternidade cristã para
atrair todos aqueles que Deus convida a fazer par-
te da mesma família dos seus lhos e lhas.
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DIMENSÃO DA PARTICIPAÇÃO
“A participação fundamenta-se no fato de todos os
éis estarem capacitados e serem chamados a co-
locar ao serviço uns dos outros os dons que cada
um recebeu do Espírito Santo. […] Na Igreja sinodal,
toda a comunidade, na livre e rica diversidade dos
seus membros, é convocada para rezar, escutar,
analisar, dialogar, discernir e aconselhar na hora de
tomar as decisões pastorais mais de acordo com a
vontade de Deus”. É preciso esforçar-se genuina-
mente por assegurar a inclusão das pessoas mar-
ginalizadas ou que se sentem excluídas."
(Vademécum do Sínodo 2023, item 1.4)
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E
struturar equipes orgânicas para atuar em con-
junto nas atividades pastorais da paróquia, li-
gadas ao Pároco e Vigários, com a nalidade
de discutir ideias e, de forma imparcial, criativa,
autônoma e e ciente, possam se tornar agentes
das decisões pastorais e administrativas, de acordo
com os apelos que o Espírito faz à Igreja, procu-
rando despertar o interesse dos outros, convidan-
do e acolhendo mais pessoas para se engajarem
na ação evangelizadora da Comunidade.
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DIMENSÃO DA MISSÃO
“A Igreja não pretende disputar poderes terrenos,
mas oferecer-se como «uma família entre as famíli-
as – a Igreja é isto –, disponível (…) para testemu-
nhar ao mundo de hoje a fé, a esperança e o amor
ao Senhor mas também àqueles que Ele ama com
predileção. Uma casa com as portas abertas... A
Igreja é uma casa com as portas abertas, porque é
mãe». E como Maria, a Mãe de Jesus, «queremos
ser uma Igreja que serve, que sai de casa, que sai
dos seus templos, que sai das suas sacristias, para
acompanhar a vida, sustentar a esperança, ser sinal
de unidade (…) para lançar pontes, abater muros,
semear reconciliação”. (Fratelli Tutti 276)
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Objetivo para a Missão
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ultivar uma consciência missionária, não pro-
selitista, entre todos os éis, especialmente
entre os membros das pastorais, à luz da pala-
vra de Deus e da Conferência de Aparecida,
na qual todo batizado é protagonista da missão
como discípulo-missionário de Jesus Cristo, reali-
zando nosso serviço pastoral em chave missioná-
ria, como testemunhas do Seu amor, procurando
entender o mundo dos outros que nos cercam, seja
na paróquia, seja nos ambientes da família, da
educação, da saúde, da cultura, da política, das re-
ligiões e dos desa os da acessibilidade social; e
priorizar projetos e momentos fortes especí cos de
missão, assumidos em conjunto por todos.
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Linhas de Ação para a Missão
1. Descobrir quais as demandas missionárias e
pastorais dos moradores do Meier e propor mo-
dos e planos de aproximação, diálogo, testemu-
nho evangélico e adesão deles à vida cristã e à
nossa comunidade de fé.
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6. ORAÇÕES
PARA INÍCIO DE REUNIÃO
Abertura para o diálogo
Aqui estamos, Senhor, reunidos em vosso nome e dese-
josos de dilatar vosso Reino. Que o Espírito Santo nos
inspire o que convém tratar e para onde caminhar, para
que, fortalecidos com vossa graça, possamos realizar
vossos desígnios. Divino Espírito Santo, inspirador de
todo discernimento, iluminai nossa mente, dirigi nossos
afetos. Ensinai-nos a escutar nossos irmãos, a propor e
não impor. Livrai-nos da cegueira de quem sempre
acredita ter razão, do perigo de favoritismos e de toda
acepção de pessoas. Unidos a Vós, nunca nos separe-
mos da verdade. - Amém.
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